"...ele tem razão: suas convicções são firmes. Ele acredita no que faz. Na sua música,
na minha letra, na primeira voz do Pardinho... Que sorte eu tenho em ter o Tião Carreiro
prá cantar meus versos..."
(Palavras de
Lourival dos Santos,
autor de célebres composições gravadas por Tião Carreiro)
Também é opinião quase unânime de diversos Solistas de Viola que "Tião Carreiro está para a
Viola assim como Pelé está para a bola."
"Tião Carreiro foi uma das maiores essências musicais violeirísticas do nosso país. Além de suas
Músicas com letras bem elaboradas, em motivos diversos, os solos que antecediam as mais variadas
estrofes, julgo eu, são verdadeiros estudos melódicos, aos que pretendem ingressar na carreira
violeirística, sem contar o famoso ritmo do pagode."
(Palavras de
Fernando Deghi,
excelente Solista de Viola, nascido em Santo André-SP)
Antes de falar sobre Tião Carreiro e Pardinho, quero perguntar se o Apreciador já ouviu falar
nas duplas "Zezinho e Lenço Verde", "Palmeirinha e Coqueirinho" e "Zé Mineiro e Tietezinho".
Eu também não conhecia essas duplas, pois, ao que consta, não chegaram a deixar seu trabalho
gravado. A existência dessas duplas, no entanto, foi importantíssima para a evolução
do aprendizado do nosso homenageado desta página:
José Dias Nunes nasceu no dia 13/12/1934 em Monte Azul, região de Montes
Claros, norte das Minas Gerais e faleceu em 15/10/1993 no Hospital da Beneficência Portuguesa
na Capital Paulista. Criado numa fazenda nos arredores
de Araçatuba, Interior Paulista, começou a tocar Violão ainda pequeno com 8 anos de idade,
quando também já cuidava do arado e dos afazeres na roça.
Aprendeu a tocar Viola na
adolescência, praticamente sozinho, sem nunca ter tido um professor. Isto porque em 1950,
com apenas 13 anos, Tião Carreiro trabalhava no Circo Giglio, onde já cantava em dupla
com seu primo Waldomiro (a dupla Palmeirinha e Coqueirinho); o dono do circo dizia que
"dupla de violeiros tinha que tocar viola" enquanto que na época, Tião tocava Violão.
No mesmo ano, o mesmo circo apresentava em
Araçatuba-SP
a dupla
Tonico e Tinoco.
E enquanto
os irmãos estavam no hotel, Tinoco havia deixado sua Viola no circo e Tião aproveitou para
"decorar a afinação escondido".
Algum tempo depois, Tião ganhou uma Violinha de presente, que havia sido pintada por Romeu,
pintor lá da cidade de
Araçatuba.
A partir de então, Tião se inspirou num dos maiores Violeiros
da época, que era o Florêncio (João Batista Pinto de Barretos-SP), que cantava em dupla com o
Raul Torres
(a famosa dupla pioneira "Torres e Florêncio"). Tião Carreiro alguns anos depois
recebeu de presente a valiosíssima Viola Vermelha que pertenceu ao Florêncio.
Antes de conhecer o companheiro Pardinho, Tião Carreiro cantou em diversas duplas, tendo adotado
diferentes nomes artísticos, tais como Zezinho (com Lenço Verde), Palmeirinha (com Coqueirinho)
e Zé Mineiro (com Tietezinho). Lenço Verde e Coqueirinho eram pseudônimos do mesmo parceiro,
o Waldomiro, que era primo de Tião Carreiro.
Suas parcerias mais famosas foram com Antônio Henrique de Lima
(o Pardinho) e Adauto Ezequiel (o Carreirinho).
Tião Carreiro começou a gravar com
Carreirinho
em 1958 ("Rei do Gado" (Teddy Vieira), "Saudade de Araraquara" (Zé Carreiro),
"Meu Carro É Minha Viola (Carreirinho - Mozart Novaes)" e "O Beijo" (Carreirinho), entre
outras). Foram quatro anos, que renderam dez discos de 78 rpm e um LP.
Clique aqui
e ouça a belíssima Moda de Viola "A Viola e o Violeiro" (Tião Carreiro - Lourival dos Santos) interpretada pela Dupla "Tião Carreiro e Carreirinho", que é a 9ª Faixa
do LP/CD "Meu Carro é Minha Viola", postada no YouTube por Diego Sanches, e cujo link me foi enviado pelo Irmão.·. e "Cumpadre"
Antônio Célio da Silva.·.!!!
De acordo com Violonista, Arranjador e Pesquisador Antônio Célio, essa Formação foi o que ele considera como A Melhor Dupla Caipira do Brasil:
"
... Pena que gravou apenas um LP e depois foram mudando de parceiros até estabilizarem. Para o meu gosto e no Estilo Raiz, temos a melhor "Primeira Voz" do Brasil,
juntamente com a melhor "Segunda Voz". Se tivessem continuado juntos, seriam, de longe, A Melhor Dupla Caipira do Brasil. Mas o destino assim não quis... As vozes
eram potentes e combinavam maravilhosamente bem. É simplesmente de arrepiar nos agudos, e calmante, nos graves. Para mim, nenhum dos dois, nem antes e nem depois,
conseguiram parceiros tão adequados. Estou falando de 'Tião Carreiro e Carreirinho'. Meus Deus!
"
Foi num circo ainda em Araçatuba-SP que Tião Carreiro conheceu Antônio Henrique de Lima, o
Pardinho (São Carlos-SP 14/08/1932 - Sorocaba-SP 01/06/2001) que, como
Tião, já havia trabalhado com outros parceiros na Música Caipira. A nova dupla, no
início, tinha o nome de Zé Mineiro e Pardinho.
Pardinho era um verdadeiro Mestre no Violão com bastante destreza nos solos. E soube dar a
base perfeita para os solos de Viola de Tião. Em todas as duplas que formou, foi sempre o
responsável pela "primeira voz".
Quero aqui "abrir um parêntesis" para falar um pouco sobre o Pardinho, pois, apesar da fama
e da facilidade de se encontrar informações e também do merecidíssimo mérito de Tião Carreiro, o
Pardinho, por outro lado, tem sido sempre deixado "em segundo plano" sendo lembrado apenas como
"parceiro do Tião Carreiro". Tal fato não deixa de causar um certo constrangimento pois é comum
a dupla ser citada de tal modo como se somente tivesse existido o Tião Carreiro.
Pardinho também teve importante participação na criação do "Pagode" (ver logo abaixo), fazendo o
contra-tempo ao Violão.
Por outro lado, nos períodos de rompimento da parceria com Tião Carreiro, Pardinho formou Dupla com Pardal e também com
João Mulato.
Merece ser destacado também que seu filho Carlos Henrique formou com
Simone Sperança
a Dupla "Pardinho Filho e Simone Sperança", que, apesar da pouca duração e de ter gravado apenas um CD, seguiu os passos de Pardinho, reverenciando a genuína
Música Caipira Raiz.
Desfeita a Dupla "Pardinho Filho e Simone Sperança", Pardinho Filho passou a cantar em Dupla com o Carreiro, o mesmo que já cantou em Dupla com o célebre
Carreirinho.
Na foto abaixo, da esquerda prá direita, Pardinho Filho, Pinho (
Revista Viola Caipira),
Pardini e
Ramiro Vióla,
por ocasião do show comemorativo do 80º. Aniversário de
Inezita Barroso
que teve lugar na Sala São Paulo - Sala de Concerto da Orquestra Sinfônica do Estado de São
Paulo - na Estação Júlio Prestes, em 14/03/2005. Foto enviada por Rosângela Paschoal, filha de
Antônio Henrique de Lima, o Pardinho.
Na foto abaixo, da esquerda prá direita, Pardinho Filho, Ricardinho e Sebastião Gonçalo, o
Carreiro,
no PO (Sociedade Amigos do Parque Novo Oratório), em Santo André-SP, por ocasião do lançamento do 6º CD da Dupla
Joseval e Josiene,
no dia 19/05/2013:
Para quem reside em Santo André-SP e Região, fica aqui o convite para conhecer Sociedade Amigos do Bairro do Parque Novo Oratório (popularmente conhecida como "PO"), na
Rua Jerusalem Nº 100 - esquina com a Rua Araucária, na Cidade de Santo André-SP. No PO, aos Domingos, a partir das 15:00, diversas Duplas Caipiras se apresentam no lugar,
proporcionando ao Apreciador uma tarde bastante agradável com bastante Música Raiz de Qualidade! Ricardinho, o criador desse site, foi, gostou e recomenda!!!
Após uma vida batalhadora em Araçatuba, Tião Carreiro e Pardinho resolveram tentar a sorte na
Capital Paulista. Em São Paulo, foram apresentados a
Diogo Mulero,
o conhecidíssimo
Palmeira
que fez dupla com Biá e também com
Piraci
e era na época o diretor de Música Sertaneja da gravadora RCA-Victor (hoje BMG), porém não
foi gravado nenhum disco nesse primeiro encontro.
O primeiro disco, um "78 rpm", só foi gravado algum tempo depois pela Columbia, para onde
haviam sido levados pelo
próprio Palmeira e também pelo renomado compositor Teddy Vieira de Azevedo (Itapetininga-SP:
23/12/1922 - 16/12/1965) (famoso pelos sucessos de
"Menino da Porteira", "Pagode em Brasília" e "Rei do Gado", entre muitos outros).
E aconteceu uma "troca de duplas", entre "Tião Carreiro e Pardinho" e a dupla já existente
"Zé Carreiro e
Carreirinho" (a mesma dupla que ajudou
"Zé Mulato e Cassiano"
a gravar o primeiro disco em 1978,
em São Paulo): a idéia foi de
Teddy Vieira
que era o então diretor do departamento de Música Sertaneja
da Colúmbia; Tião Carreiro formou dupla com Carreirinho e Pardinho formou dupla com Zé
Carreiro. Também foi
Teddy Vieira
que sugeriu ao Zé Mineiro, como ainda era conhecido na época,
o pseudônimo de Tião Carreiro, com o qual ficou famoso pelo resto da vida. A primeira dupla
(Tião Carreiro e Carreirinho) lançou um LP que tinha o título
"Meu Carro é Minha Viola". A segunda dupla (Zé Carreiro e Pardinho) também lançou vários
discos, e a "troca de duplas" durou três anos.
Ao lado de Pardinho, Tião Carreiro gravou a grande maioria de seus discos de sucesso, todos na
Chantecler, entre eles "Cavaleiros do Bom Jesus", "Boiadeiro Punho de Aço", "Rancho dos Ipês",
"Modas de Viola Classe A" (em 4 volumes). No fim dos anos 60 e na década de 70 a dupla
teve enorme popularidade, e sucessos como "Rio de Lágrimas" (Tião Carreiro - Lourival dos
Santos - Piraci)
(também conhecida como "Rio de Piracicaba"). Uma das "brigas feias" fez com que Pardinho deixasse
a dupla em 1978; foi uma separação que durou quatro anos.
Tião Carreiro formou dupla com José Plínio Trasferetti (o
Paraíso),
com quem
gravou quatro discos nesses quatro anos; Foi nesse período que Pardinho fez dupla com Pardal.
Após a curta parceria com
Paraíso,
Tião Carreiro voltou a se apresentar com Carreirinho por um
período.
Na foto abaixo, Tião Carreiro e Paraíso:
Tião Carreiro também gravou (sozinho) em 1976 e em 1979
os primeiros discos brasileiros contendo Solos de Viola, praticamente sem canto!
("É Isto Que o Povo Quer" e "O Criador e Rei do Pagode em Solo de Viola Caipira"), lançados também
em um único CD com o nome "Dose Dupla - Tião Carreiro - Vol 2" pela Warner. Violeiro exímio,
Tião gravou os dois discos instrumentais cultuando o gênero chamado pagode, criado por ele
dentro dos parâmetros da Música Caipira.
Juntaram-se novamente os famosos parceiros e Tião Carreiro e Pardinho gravaram mais seis LPs
até 1991, quando Pardinho deixou novamente a dupla, após outra briga, e foi tocar com
João Mulato. Tião Carreiro, dessa vez formou dupla com Praiano e gravou em 1992 "O Fogo e
a Brasa", quando começou a "eletrificar a Viola", aderindo à moda que Sérgio Reis e
Chitãozinho e Xororó também haviam aderido, porém com "Baladas Sertanejas" e "Guarânias",
sem ter havido a exagerada descaracterização do estilo, como veio a ocorrer posteriormente.
Grande sucesso foi "Final dos Tempos", uma Moda de Viola composta em parceria com
Lourival dos Santos.
Realmente "Tião Carreiro e Pardinho" foi a dupla mais constante, na vida deste Mineiro
do Norte. Além de terem cantado em excelente dupla, encenaram também duas peças teatrais,
"O Mineiro e o Italiano", melodrama baseado na musica homônima e também "Pai João", drama
de um velho carreiro; e gravaram também o filme "Sertão em Festa" (de Oswaldo de Oliveira),
que foi também enorme sucesso de bilheteria.
E, apesar da "incompatibilidade de gênios", Tião Carreiro e Pardinho chegaram a gravar quase
30 LP's, todos remasterizados em CD, para nossa felicidade, e os mesmos ainda sustentam
uma boa vendagem e continuam em catálogo!
Conforme visto, Tião Carreiro, cantou em dupla com Carreirinho,
Paraíso
e Praiano, quando
das constantes brigas e separações que aconteceram entre o "Deus Carrancudo" e o Pardinho,
apesar deste último ter sido o parceiro mais constante de Tião Carreiro. Existe uma certa
dificuldade para "biografar" Tião Carreiro e Pardinho, não só pelas "idas e vindas" da dupla,
como também devido a diversos nomes similares que existiram e continuam existindo na História
da Música Caipira, com relação aos "Carreiros"...
Temos, por exemplo, Peão Carreiro e Zé Paulo, excelente dupla que, no entanto, não tem nada a
ver com Tião Carreiro, a não ser a semelhança de nome, e também o excelente repertório
Caipira Raiz. Temos também o excelente Violeiro e Compositor
Tião do Carro,
que já cantou em dupla com Pagodinho, Odilon, Adilon e Santarém, dentre outros. E, na famosa
"Linhagem dos Carreiros" o inesquecível Zé Carreiro que cantava dupla com
Carreirinho
que, no início de suas carreiras, chegou a "trocar as duplas" com Tião Carreiro e Pardinho,
conforme foi mencionado acima. E as duplas "Pardinho e Pardal" e "
João Mulato
e Pardinho" também foram formadas nos períodos de separação entre Pardinho e Tião
Carreiro, conforme mencionado logo acima.
E, quem gostar mesmo de ouvir a característica Voz Barítono de Tião Carreiro e seu tão
característico toque de viola que "fez escola" (
Almir Sater
que o diga!!), além dos CD's de
"Tião Carreiro e Pardinho", pode também adquirir sem medo os CD's de "Tião Carreiro e Carreirinho",
"Tião Carreiro e Paraíso" e "Tião Carreiro e Praiano", pois nessas quatro duplas a "Segunda Voz
e o excelente toque de Viola é do nosso inesquecível Criador e Rei do Pagode!
E, por falar em "Pagode", o mesmo foi criado pelo Tião Carreiro no final da década de 50
em Maringá-PR; "Primeiro gravei uns acordes
de Violão e depois os mesmos acordes, de trás pra frente, na Viola... aquele batidão diferente,
com o Violão fazendo o ritmo do "coco" e a Viola, o do "Calango de Roda", um tipo de Calango
que tem lá na nossa região (Minas Gerais)." Tião ensaiou essas batidas com um gravador,
e tocou a fita para que
Lourival dos Santos e
Teddy Vieira
ouvissem; Lourival
(nascido em Guaratinguetá-SP em 11/08/1917 - falecido em 19/05/1997), consagrado compositor, disse:
"Isso parece um Pagode"! Estava "batizado" o novo ritmo;
Pagode "lá pros lados das Gerais" quer dizer uma reunião, uma festa animada, e foi esse pagode
por ele criado que deu ao Tião Carreiro o titulo de "O Criador e Rei do Pagode - Sua Majestade
Tião Carreiro". Título esse reconhecido por gerações de "Novos Caipiras" e renomados solistas de
Viola, tais como Almir Sater, Renato Andrade e Téo Azevedo (os dois últimos também do Norte
de Minas).
"Nasceu em Três Corações aquele que é o Rei da Bola,
Rei do Pagode nasceu nos braços dessa Viola"
"A Majestade O Pagode" (Tião Carreiro - Lourival dos Santos)
Uma curiosidade: a palavra "Pagode" (do Sânscrito: Bhagavati, pelo Dravídico, Pagôdi)
significa originalmente "Templo no qual alguns povos asiáticos (Chineses, Japoneses,
Birmaneses) destinam ao culto e à adoração dos seus deuses" de acordo com o Dicionário
"Aurélio"; no Brasil, de um modo geral e, tanto nas Minas Gerais como no Rio de Janeiro, a
palavra
"pagode", também de acordo com o "Aurélio", significa "reuniões onde se canta e dança diversos
ritmos populares, principalmente o Samba e o acompanhamento, por instrumentos de percussão
e também cavaquinho e violão" e, nesse caso, o Pagode do Tião Carreiro não deixa de ter
também certa semelhança de significado (embora não tenha nada a ver musicalmente) com o Pagode
desenvolvido no Rio de Janeiro (Zeca Pagodinho, Almir Guineto, grupo
Fundo de Quintal), com o ritmo de Samba, a partir das "reuniões descontraídas no
fundo do quintal"; "festa animada" como também é o significado do Pagode nas Gerais. Lembrar,
no entanto, que o Pagode de Tião Carreiro foi criado no final da década de 50, enquanto que o
"Pagode Carioca" surgiu a partir da década de 80.
Temos como alguns exemplos do ritmo criado por Tião Carreiro, os sucessos "Pagode"
(Tião Carreiro - Carreirinho),
"Pagode Em Brasília" (Teddy Vieira - Lourival dos Santos) e "Rio de Lágrimas" (Tião Carreiro -
Piraci - Lourival dos Santos).
A criação desse gênero musical, por outro lado, se deu na mesma época da inauguração de nossa
Capital Federal Planejada, que é Brasília, no Planalto Central. Tal acontecimento levou seus
autores a serem homenageados pelo então Presidente da República que era Juscelino Kubitschek de
Oliveira. Vale lembrar que o inesquecível JK foi um excelente "desenvolvimentista", viveu "bem
na frente do seu tempo" e também era apreciador da Boa Música Brasileira e gostava das sátiras
de Alvarenga e Ranchinho. Juscelino também teve aulas de Violão com o exímio virtuose Dilermando
Reis!
Moacyr dos Santos
e
Lourival dos Santos
(na foto à esquerda, ao lado de Pardinho e Tião Carreiro) foram também dois grandes Compositores do Repertório
Caipira Raiz que devem seu grande sucesso em parte às excelentes interpretações de Tião Carreiro.
Muito doente e diabético, Tião Carreiro faleceu no dia 15/10/1993 no Hospital da Beneficência
Portuguesa em São Paulo. Mesmo sabendo da doença que tanto mal lhe fez no final da vida, Tião
procurou sempre viver o melhor possível da vida que lhe restava: não largou jamais a Viola e
também jamais suportou a idéia de ter que recusar os churrascos para os quais era freqüentemente
convidado em diversos lugares do Brasil.
"Quem viu Pelé jogar, viu; quem não viu, nunca mais verá nada parecido. Da mesma
forma, quem não ouviu Tião Carreiro tocar, nunca vai saber o que perdeu..."
Frase do saudoso
Renato Andrade,
exímio Solista de Viola e Concertista, também do Norte de Minas, numa
entrevista concedida à
Inezita Barroso,
na TV Cultura.
Clique aqui e conheça o Site Oficial de Tião Carreiro, criado e desenvolvido por sua Esposa, Dona Nair e por sua filha
Alex Marli Dias.
Clique aqui e conheça um excelente site dedicado ao Tião Carreiro, elaborado por
Cláudio Bittencourt, Apreciador do Rei do Pagode, residente em Jales-SP.
Clique aqui,
e saiba um pouquinho mais sobre a vida do Criador e Rei do Pagode, num trecho do Programa "Rota Sertaneja", num vídeo postado no
YouTube
por
Luca Violeiro.
E, na Capital Paulista, existe o Memorial Tião Carreiro, criado por iniciativa de Dona Nair e Alex Marli Dias (Esposa e Filha de Tião Carreiro, respectivamente), e que fica no segundo andar da Churrascaria Tião Carreiro, na Av. Rio Branco, 694 - Campos Elísios - 01206-000 - São Paulo-SP - F.: (11) 3331-9702 (foto à esquerda - feita pelo Radialista José Francisco, de Curitiba-PR ("In Memoriam")).
Na foto abaixo, Ricardinho, Dona Nair (Esposa de Tião Carreiro), o Radialista José Francisco ("In Memoriam") (que apresentou, junto com Maikel Monteiro, o Programa "Brasil Caboclo" nos 630 kHz da
Rádio Paraná Educativa (e-Paraná) - AM
de Curitiba-PR, no ar todos os Domingos das 07:00 às 09:00 da manhã), e
Ramiro Vióla
na Churrascaria Tião Carreiro, no dia 26/03/2008, por ocasião do lançamento do segundo CD de Poemas de autoria de
José Caetano Erba,
declamados por Kleber Oliveira.
Na foto abaixo, Alex Marli Dias (Filha de Tião Carreiro), Ricardinho e o Radialista José Francisco ("In Memoriam"), na Churrascaria Tião Carreiro em São Paulo-SP, no dia 26/03/2008.
Na foto abaixo, minha Esposa (a Netinha) e eu, na Churrascaria Tião Carreiro, no mesmo evento, no dia 26/03/2008. Foto batida pelo Radialista José Francisco ("In Memoriam").
Essa viagem pela Música Caipira Raiz continua:
Clique aqui
e pegue o trem, que ele agora irá para São Sebastião da Grama-SP, Guará-SP e Duartina-SP: conheça um pouquinho dessa excelente
Dupla Caipira formada por Radialistas e que, apesar de ter durado pouco tempo, foi bastante representativa na História da autêntica
Música de Raiz, com Repertório composto por autênticas Modas de Viola, Valsas e Cateretês, além de letras satíricas e muito bem
humoradas que também se tornaram inesquecíveis!!! Conheça um pouquinho da Trajetória Artística dessa inesquecível Dupla que foi
Barreto e Barroso!!!