Assim como aconteceu comigo h� alguns anos atr�s, quando comecei a me interessar pela Boa M�sica,
� prov�vel que muita gente n�o saiba quem foi, por exemplo,
Teddy Vieira,
Goi� ou
Anten�genes Silva,
mas, com certeza, quase todos conhecem grandes sucessos como "Menino da Porteira",
"Saudade da Minha Terra" ou "Saudade de Mat�o" que continuam sendo gravados at� hoje pelos
melhores int�rpretes!
Quero, nessa p�gina, homenagear um tipo de personagem de fundamental import�ncia para a nossa
M�sica Caipira Raiz e que no entanto "quase n�o aparece", ou seja, � mui pouco divulgado.
Quando ouvimos a m�sica nas emissoras de r�dio, o locutor, na maioria das vezes, costuma
mencionar apenas o nome da mesma e do int�rprete (isso quando menciona, pois muitas emissoras
apenas tocam a m�sica sem nada dizer sobre a mesma); tamb�m na Internet, quando encontramos
links musicais, � comum vermos apenas o nome da composi��o e do int�rprete, sem mencionar o
nome do(s) compositor(es).
Considero uma injusti�a o fato de termos em geral tanta dificuldade em saber o nome de quem
comp�s o trabalho do qual tanto gostamos e que nem sempre � de autoria do int�rprete! At�
mesmo as capas dos LP's e CD's costumam omitir a informa��o e muitas vezes precisamos ler
o nome dos autores das m�sicas no r�tulo do LP ou ent�o dentro do encarte do CD, pois nas
"contra-capas", muitas vezes consta apenas e t�o somente o nome da m�sica!
Temos alguns exemplos cl�ssicos na nossa Boa M�sica Brasileira que podem causar confus�o e fazer
at� com que n�o acertemos na hora da compra de um disco, pois n�o basta saber o nome da m�sica:
� preciso tamb�m saber o nome do autor da mesma. Temos por exemplo duas bel�ssimas m�sicas
que foram gravadas por N�lson Gon�alves e tamb�m por Roberto Luna, cujo nome � "Castigo": uma
delas foi composta por Dolores Duran ("A gente briga / Diz tanta coisa que n�o quer
dizer..." ) e a outra foi composta por Lupic�nio Rodrigues e Alcides Gon�alves ("Eu
sabia que voc� um dia me procuraria em busca de paz...").
E, na M�sica Caipira Raiz, temos tamb�m um exemplo de duas m�sicas gravadas por
Ti�o Carreiro e Pardinho
em dois discos diferentes e que possuem o mesmo nome, por�m de diferentes compositores:
"Novo Amor" (Jesus Belmiro - Lourival dos Santos) ("Voc� n�o � mais meu grande amor /
n�o adianta querer voltar...") e "Novo Amor" (Retrato - Retrois) ("Estes
versos t�o tristes que eu canto / s� voc� pode compreender...").
Os compositores s�o de fundamental import�ncia na cria��o musical, assim como um belo quadro
jamais existiria se n�o tivesse sido pintado. E, no caso de um quadro, � comum at�
ser chamado n�o pelo nome da obra, mas pelo nome do pintor ("O milion�rio adquiriu um Van
Gogh naquele leil�o por 10 milh�es de d�lares...").
Para ilustrar a real import�ncia do Compositor, quero contar um "causo" que me foi contado pelo
excelente compositor
Roberto Stanganelli,
o qual tamb�m est� presente nessa p�gina:
Conta-se que um matuto possu�a na gaiola dois bel�ssimos can�rios, dos quais um ficava o
tempo todo quietinho, sem sair do lugar e sem emitir nenhum som, enquanto que o outro cantava
e alegrava o ambiente durante horas a fio!
At� que apareceu um "cumpadre" que queria comprar a ave canora a qualquer pre�o, mas somente o
passarinho que cantava. Ao que o matuto respondeu que s� venderia se fossem os dois juntos e
com a gaiola! De outra forma, nada feito!!
- Mas, por qu�, oc� s� vende os dois?!
- � porque aquele que est� quietinho al� no seu cantinho � que comp�e o que o outro est�
sempre a cantar... � o Compositor!!
Pensando nessa import�ncia fundamental, foi que resolvi criar essa p�gina dedicada a
COMPOSITORES E POETAS
da M�sica Caipira Raiz
L�gico que grandes int�rpretes tamb�m foram e/ou ainda s�o grandes compositores, como por
exemplo
Jo�o Pac�fico,
Raul Torres,
Serrinha,
Tonico e Tinoco,
Ti�o Carreiro,
Carreirinho,
Teixeirinha,
Rolando Boldrin,
Pena Branca e Xavantinho,
Z� Mulato e Cassiano,
Renato Teixeira e
Almir Sater,
os quais possuem p�ginas a eles dedicadas nesse site.
Corn�lio Pires e seu sobrinho
Ariowaldo Pires, o Capit�o Furtado
tamb�m foram grandes compos�tores que, devido � sua import�ncia
hist�rica fundamental no come�o de tudo na M�sica Caipira, tamb�m t�m p�ginas a eles dedicadas.
Alguns deles inclusive n�o compuseram apenas Repert�rio Caipira, como � o caso de
Anten�genes Silva,
Catulo da Paix�o Cearense,
Zica Bergami e
Joubert de Carvalho,
que compuseram tamb�m
Modinhas, Serestas e outros estilos da Boa M�sica Brasileira, alguns dos quais bem pr�ximos
do Erudito. Como exemplo, podemos citar "Maring�" (Joubert de Carvalho) a qual foi composta
no piano, embora tenha um "Sabor Bem Caipira" na interpreta��o de excelentes int�rpretes tais
como
Pena Branca e
Tonico e Tinoco.
Clique no nome do compositor desejado e a p�gina rolar� automaticamente para a sua
respectiva biografia resumida:
Ademar Braga
Ado Benatti
Aleixinho
Anacleto Rosas Jr.
Anten�genes Silva
Arlindo Pinto
Athos Campos
Bariani Ort�ncio
Batista dos Santos
Benedito Seviero
Bi�
Caetano Erba
Capit�o Bardu�no
Catulo da Paix�o Cearense
Comendador Bigu�
Dino Franco
Elp�dio dos Santos
Gen�sio Tocantins
Geraldo Meirelles
Goi�
Inami Cust�dio Pinto
�ndio Vago
Jeca Mineiro
Jesus Belmiro
Jos� Fortuna
Joubert de Carvalho
Jura�ldes da Cruz
Laureano
Lourival dos Santos
Luiz de Castro
Marrequinho
Moacyr dos Santos
Muybo C�sar Cury
Nh� Chico
Nh� Pai
Non� Bas�lio
Palmeira
Patativa do Assar�
Piraci
Roberto Stanganelli
Roque Jos� de Almeida
Sulino
Teddy Vieira
Ti�o do Carro
Valdemar Reis
Zacarias Mour�o
Z� Paio�a
Zica Bergami
Ademar Braga:

Nascido em Pindorama-SP no dia 12/05/1939, o Compositor Ademar Braga foi criado nas fazendas de caf� daquela regi�o situada entre
Catanduva-SP e Itajob�-SP, onde ele j� compunha desde os 16 anos de idade.
Quando chegava o Domingo, Ademar Braga caminhava at� a cidade para mostrar as suas Composi��es �s diversas Duplas Sertanejas que se
apresentavam na antiga R�dio Difusora. Nessa ocasi�o, Ademar conviveu com Violeiros que depois vieram a se tornar famosos, dentre os quais
Liu e L�u,
Vidoco,
Abel,
Dema e
Primas Miranda,
apenas para citar alguns.
Em 1959 Ademar se mudou juntamente com a fam�lia para o munic�pio de Guarulhos-SP, onde ele passou a trabalhar numa empresa multinacional.

Ademar Braga chegou a gravar algumas obras na ocasi�o, no entanto, o trabalho e os estudos acabaram por afast�-lo das Composi��es por
v�rios anos. O Dom de Compor, no entanto, ficou "guardado l� no fundo" para "vir � tona" mais tarde, como vem acontecendo recentemente,
atrav�s de novas Composi��es de sua autoria que v�m sendo gravadas por diversos excelentes interpretes do quilate de
Ti�o do Carro e Santar�m,
Pedro Bento e Z� da Estrada,
Ivan Lobo e Vitor C�sar, Rio Pardo e Odilon,
Cacique e Paj�,
Dario e Delmonte, Pedro Paulo e Ti�o Louren�o, Valdo Reis e Pratini,
Louren�o e Lourival,
Dino Franco e Fandangueiro e muitos outros.

E, como Compositor, Ademar Braga vem recebendo significativas premia��es em diversos Festivais de M�sica Sertaneja. Para ele, � tamb�m
uma honra ter suas letras musicadas por renomados parceiros tais como:
Ti�o do Carro,
Para�so,
Pedro Bento,
Jo�o Miranda e
Dino Franco,
al�m da indescrit�vel satisfa��o de poder dar a sua pequena contribui��o a nossa maravilhosa M�sica Caipira Raiz.
Quero aqui destacar a bel�ssima Composi��o intitulada "Primeira Cartilha" (Ademar Braga - Ti�o do Carro), gravada pela Dupla "Z� Ricardo e Thomazini",
que nos faz "voltar � inf�ncia", quando, no Primeiro Ano Prim�rio, a gente estudava na Cartilha "Caminho Suave" e as contra-capas dos cadernos traziam
impressa a Letra do Hino Nacional Brasileiro (Francisco Manuel da Silva - General Os�rio Duque Estrada)!! Quem estudou na Cartilha "Caminho Suave"
n�o se esquece jamais da maneira did�tica como �ramos alfabetizados al�m das figuras com o formato das letras na Cartilha "Caminho Suave", em que o "J"
min�sculo era o "cabo da jarra", enquanto que o "E" min�sculo era a tromba do "elefante", o "C" min�sculo era o rabo do "cachorro", o "F" min�sculo era
a "faca", o "M" min�sculo estava nas patas do "macaco", o "N" min�sculo era a fuma�a do "navio", e por a� vai...
Quero aqui agradecer ao Apreciador e Compositor
Pedro Ornellas
pela colabora��o e pelo link enviado!
De acordo com Pedro Ornellas,
"Meu amigo Ademar Braga �, sem d�vida, um dos melhores Compositores da M�sica Sertaneja. Suas Composi��es se igualam
�s dos grandes Poetas
Goi�,
Jos� Fortuna,
Caetano Erba e
Ti�o do Carro.
Todos estes j� deixaram nosso conv�vio, e assim, Poetas desse calibre s�o 'esp�cie em extin��o'
, infelizmente, pois a M�sica Sertaneja enveredou
pelos rumos da banalidade e pouco se cultiva letras com Conte�do e Poesia. Ademar � um desses raros sobreviventes!!!"
Pedro Ornellas enviou o link que repete na �ntegra o Programa "M�sica Regional Brasileira" que foi ao ar no dia 30/10/2010, �s 05:00 da manh� pela
R�dio Cultura-AM - 1200 kHz de S�o Paulo-SP!
Clique aqui
e ou�a na �ntegra esse programa, apresentado por S�rgio Rodrigues: na primeira meia hora, o destaque ao Compositor Ademar Braga; na segunda meia-hora,
o destaque a diversas faixas do inesquec�vel LP e CD "Caipira - Ra�zes e Frutos", lan�ado em 1980 pela Gravadora Eldorado; na terceira parte do
programa,
Renato Teixeira e
S�rgio Reis
no excelente Programa
Viola Minha Viola,
apresentado pela "Madrinha"
Inezita Barroso,
na
TV Cultura
de S�o Paulo-SP; e, na �ltima parte desse programa, uma sele��o musical indicada pelos ouvintes!
E, segundo Ademar Braga,
"N�o reconhecer o Autor � o mesmo que negar a nascente do rio"!
Clique aqui
e conhe�a o Site Oficial do Compositor Ademar Braga onde o Apreciador poder� ouvir algumas de suas bel�ssimas Composi��es com excelentes
int�rpretes, al�m poder entrar em contato com o Compositor.
Algumas composi��es de Ademar Braga:
A Escolha Certa (Ademar Braga - Valdo Reis)
Aonde Eu Moro (Ademar Braga - Rio Pardo)
A Semente (Ademar Braga - Ti�o do Carro)
Ba� de Saudade (Ademar Braga - Ti�o do Carro - Toni Gomide)
Caboclo Casti�o (Ademar Braga - Dino Franco)
Caboclo do Mato (Ademar Braga - Para�so)
Casinha Velha (Ademar Braga - Cacique)
Cenas de Saudade (Ademar Braga - Lucemir - Lucemar)
Cenas do Passado (Ademar Braga - Ti�o do Carro)
Cora��o de Gelo (Ademar Braga - Ti�o do Carro)
Depois A Gente Se Fala (Ti�o do Carro - Ademar Braga)
Espada Azul (Ti�o do Carro - Ademar Braga)
Estradinha de Arei�o (Ademar Braga - Brazando)
Figueira Velha (Ademar Braga - Zelinho - Lucas Louren�o)
Folhas de Outono (Ademar Braga - Valdo Reis)
Grande Amor de Minha Vida (Ademar Braga - Dino Franco)
Harmonia Sertaneja (Ademar Braga - Para�so)
Janela do Tempo (Ademar Braga - Pedro Bento)
Menino Santo (Ademar Braga - Pedro Bento)
Morena de Araraquara (Ademar Braga - Jo�o Miranda)
O Bom Pescador (Ademar Braga - Cacique)
O Cachorro Manco (Ademar Braga - Jo�o Miranda)
O Executivo Caipira (Ademar Braga - Para�so)
O Paciente da Janela (Ademar Braga - Ti�o do Carro)
O Som da Minha Chibata (Ademar Braga - Cacique)
Peda�o da Minha Inf�ncia (Ademar Braga - Lorito)
Porteira da Saudade (Ademar Braga - Para�so)
Porto da Saudade (Ademar Braga - Dino Franco)
Presen�a Divina (Ademar Braga - Para�so)
Preto Velho Sebasti�o (Ademar Braga - Pedro Bento)
Primeira Cartilha (Ademar Braga - Ti�o do Carro)
Recanto dos Violeiros (Cacique - Ademar Braga)
Sonho de Caboclo (Ademar Braga - Ti�o do Carro)
Velho Querido (Ademar Braga - Jo�o Miranda)
Viagem Encantada (Ademar Braga - Brazando)
Na foto abaixo (na Churrascaria Ti�o Carreiro, no dia 26/03/2008, por ocasi�o do lan�amento do segundo CD de Poemas de autoria de
Jos� Caetano Erba,
declamados por Kleber Oliveira), da esquerda pr� direita,
Paj�,
Ramiro Vi�la,
Marina Franco (Irm� do Compositor
Dino Franco -
uma das "Irm�s Franco") e o Compositor Ademar Braga; foto de autoria do Radialista Jos� Francisco ("In Memoriam") (que apresentou junto com Maikel Monteiro
o Programa
Brasil Caboclo
nos 630 kHz da
R�dio Paran� Educativa (e-Paran�) - AM
de Curitiba-PR, no ar todos os Domingos Das 07:00 �s 09:00 da manh�).
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Ricardinho, o Compositor Ademar Braga,
Laura
e o Radialista Jos� Francisco ("In Memoriam"), tamb�m na Churrascaria Ti�o Carreiro em S�o Paulo-SP, no dia 26/03/2008.
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, o Violeiro J�lio Santin, o Compositor Ademar Braga e o Radialista Valdecir Matioli (que apresenta seu programa
"Madrugada Especial" simultaneamente na
R�dio ABC
de Santo Andr�-SP e na
R�dio Atl�ntica
de Santos-SP, diariamente das 00:00 �s 05:00 da manh�), por ocasi�o da posse da Diretoria da ASESP - Associa��o Dos Sertanejos Da M�sica Raiz Do Estado De
S�o Paulo-SP, no Teatro da UNIP (Campus Anchieta), no dia 21/11/2009:
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, a Dupla "Rio Pardo e Odilon", o Compositor Ademar Braga e o Radialista Valdecir Matioli (que apresenta seu
programa "Madrugada Especial" simultaneamente na
R�dio ABC
de Santo Andr�-SP e na
R�dio Atl�ntica
de Santos-SP, diariamente das 00:00 �s 05:00 da manh�), tamb�m por ocasi�o da posse da Diretoria da ASESP - Associa��o Dos Sertanejos Da M�sica Raiz Do Estado De
S�o Paulo-SP, no Teatro da UNIP (Campus Anchieta), no mesmo dia 21/11/2009:
Voltei a me encontrar com o Compositor Ademar Braga no dia 18/01/2011 em Belo Horizonte-MG, por ocasi�o do
Pr�mio Rozini de Excel�ncia da Viola Caipira!
Na foto abaixo, Ricardinho e Ademar Braga, que foi contemplado com o Pr�mio Rozini, na Categoria "Compositor":
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Ado Benatti:

Nasceu em Taquaritinga-SP no dia 23/09/1908 e faleceu em Pirapora do Bom Jesus-SP no dia
04/11/1962.
Iniciou sua carreira art�stica compondo emboladas e cantando em programas de
calouros. Em 1939 atuou na R�dio Educadora Paulista com o Regional de Caxang�, cantando
emboladas. Mais tarde seguiu para a R�dio Difusora de S�o Paulo.
Deixou de cantar em 1940 e passou a se dedicar mais � composi��o. Tornou-se popular com o
pseud�nimo de Z� do Mato e em 1947 teve sua primeira composi��o gravada: a Moda de Viola
�Destino de um Caboclo� (Ado Benatti - Tonico), na interpreta��o da dupla
Tonico e Tinoco
na Continental. A partir da�, passou a se dedicar exclusivamente ao g�nero Sertanejo, com
in�meras composi��es gravadas pelos mais renomados int�rpretes e duplas caipiras, tais como
"
Palmeira
e
Bi�",
"
Serrinha
e Caboclinho", "Z� Carreiro e
Carreirinho",
"Tonico e Tinoco",
Inezita Barroso,
"Sulino
e Marrueiro",
Duo Guaruj�,
"Cascatinha e Inhana" e
"Vieira e Vieirinha",
entre outros.
Foi tamb�m autor de v�rias pe�as caipiras, entre elas, �O Filho do Sapateiro�, �Sindicato dos
Malucos�, �Arma Secreta� (em colabora��o com Humberto Pelegrini) e �M�o Criminosa� (em
colabora��o com
Tonico e Tinoco).
Publicou tamb�m diversos livros de poemas e contos populares.
Algumas composi��es de Ado Benatti:
A Dama de Vermelho (Jeca Mineiro - Ado Benatti)
Adeus Querida (Ado Benatti - Arlindo Pinto)
A Morte do Dioguinho (Ado Benatti - Anacleto Rosas Jr. - Serrinha)
As Duas Cruis De Ferro (Ado Benatti - Limeira)
A Vida do Aleijadinho (S. Pauletti - A. Benatti - Carij�)
A Volta do Corumba (Ado Benatti - Sulino)
Bandeirante Fern�o (Ado Benatti - Campos Negreiro)
Besta Ruana (Ado Benatti - Tonico)
Bom Jesus de Pirapora (Ado Benatti - Serrinha)
Burro de A�o (Ado Benatti - Serrinha)
Ca�ador De Esmeraldas (Ado Benatti - Cascatinha - Campos Negreiros)
Campe�o Piracicabano (Teddy Vieira - Ado Benatti)
Chofer da Estrada (Ado Benatti � Luizinho)
Cuiabana (Ado Benatti - Tonico)
Destino de um Caboclo (Ado Benatti - Tonico)
Encontro Divino (Piraci - Ado Benatti)
Falso Juramento (Ado Benatti)
Filho De Fazendeiro (Brioso - Brinquinho - Ado Benatti)
Ga�cho Independente (Ado Benatti - Jeca Mineiro)
Idade Da Inoc�ncia (Luisinho - Ado Benatti)
Madrasta Perversa (Ado Benatti - Am�rico Campos)
Mandamentos do Chofer (Ado Benatti - Sulino)
Morena dos Olhos Pretos (Sulino - Ado Benatti)
Norte do Paran� (Ado Benatti - Teddy Vieira)
O Azar � Festa (Ado Benatti - Jo�o Izidoro Pereira "Z� do Rancho")
O Fim Do Z� Carreiro (Ado Benatti - Serrinha)
O Gosto do Caipira (Luiz Lauro - Ado Benatti)
Os Crimes do Dioguinho (Ado Benatti - Anacleto Rosas J�nior - Serrinha)
Paix�o de Carreiro (Lourival dos Santos - Ado Benatti)
Paix�o do Divino (Am�rico de Campos - Ado Benatti)
P� na T�bua (Ado Benatti - Luizinho - Bigu�)
Potro Selvagem (Brioso - Ado Benatti - Brinquinho)
Promessa Do Batistinha (Moacyr dos Santos - Ado Benatti - Marrueiro)
Resposta (Roque Jos� de Almeida - Juven� - Ado Benatti)
Rita De C�ssia (Rodolfo Vila - Ado Benatti)
Roceiro Do Brasil (Z� Pag�o - Ado Benatti)
Rosa De Sangue (Ado Benatti - Luizinho)
Sagrado Of�cio (Teddy Vieira - Ado Benatti)
Santa Cec�lia (Ado Benatti - Carlos Piazolli)
S�o Crist�v�o (Luizinho - Ado Benatti)
Sombra de Mulher (Silveira - Ado Benatti)
Sucuri (Z� Carreiro - Ado Benatti)
Terra De Anchieta (Ado Benatti - Poly)
Transporte de Boiada (Ado Benatti - Ruy de Oliveira)
Triste Lembran�a (Piraci - Ado Benatti)
Vida De Barbeiro (Luizinho - Ado Benatti)
Violeiro Sem Medo (Ado Benatti - Brinquinho - Lourival dos Santos)
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Aleixinho:

Jos� Paulo Bueno nasceu em Piracaia-SP no ano de 1927. Com apenas treze anos de idade j� cantava em dupla
com seu irm�o Alcides, tendo passado por diversas cidades do Interior Paulista, tais como a
sua pr�pria Piracaia natal, al�m de Nazar� Paulista-SP, Joan�polis-SP, Bragan�a Paulista-SP e Atibaia-SP.
Na d�cada de 1940, Jos� Paulo fez seu primeiro trabalho no R�dio com o programa "A Voz de
Piracaia"; na mesma �poca, participou tamb�m de diversos espet�culos circenses e foi vencedor
do Festival de Violeiros de Joan�polis-SP.
Foi em 1954 que Aleixinho comp�s a c�lebre �M�e Amorosa� (Tanabi - Aleixinho), homenageando
sua pr�pria m�e que ficara em Piracaia-SP, enquanto ele seguia sua carreira art�stica na
Cidade Grande! Gravada pela primeira vez somente em 1966, foi com essa M�sica que Aleixinho
conquistou o reconhecimento dos admiradores da M�sica Caipira Raiz em todo o Brasil. E essa
bel�ssima composi��o foi e continua sendo gravada at� hoje por artistas do quilate de
Abel e Caim,
Vadico e Vidoco,
Pedro Bento e Z� da Estrada e
S�rgio Reis,
apenas para citar alguns.
Ainda na d�cada de 1950, Aleixinho foi contratado pela R�dio Padre Bento em Guarulhos-SP, cidade
onde residiu at� o fim de seus dias. Em 1955, Aleixinho foi vencedor no Festival de Violeiros da R�dio Clube de
Santo Andr�. E, em 1956, foi apresentador de um programa sertanejo na extinta R�dio S�o Paulo.

Em 1977 Aleixinho passou a cantar em dupla com seu filho H�lio Bueno. A nova dupla participou
do primeiro programa �Canta Viola� na TV Record de S�o Paulo-SP e, em 1983, Aleixinho e H�lio
Bueno se apresentaram pela primeira vez no
Viola Minha Viola
que vai ao ar pela
TV Cultura
de S�o Paulo, apresentado pela "Madrinha"
Inezita Barroso.
Desde ent�o, foram centenas de shows em cidades do Interior Paulista e tamb�m em diversos
Estados Brasileiros.
Aleixinho tamb�m teve diversos reconhecimentos na d�cada de 1990. Dentre eles, o
Destaque Cultural na �rea de M�sica, na Semana de Educa��o e Cultura, promovido pela
Secretaria de Cultura de Guarulhos-SP, em 1990, ano no qual foi tamb�m homenageado pelos seus
50 anos de carreira, pela Super R�dio Tupi, no programa Arte Brasil. Recebeu tamb�m o
o t�tulo de Cidad�o Guarulhense, em 1992. E, em 1998, foi homenageado pelo programa "Viola Viva",
com o apoio da Secretaria de Cultura de Guarulhos-SP.

Durante v�rios anos Aleixinho cantou em dupla com seu filho H�lio Bueno, tocou a Viola Caipira,
dan�ou Catira, declamou Poemas, contou piadas e "causos". E continuava compondo quando vinha inspira��o,
jamais "for�ando" para compor, j� que havia momentos menos f�rteis e outros em que compunha bastante,
corforme ele pr�prio comentava.
Aleixinho se manteve em constante atividade praticamente at� o final de seus dias. Estava prevista a sua participa��o na Festa do Pe�o de
Boiadeiro de Barretos-SP, no ano de 2007. No entanto, tendo se sentido mal, precisou ser internado no dia 24 de Agosto num hospital de Guarulhos-SP,
onde veio a falecer um m�s depois, no dia 24/09/2007, v�tima de diverticulite.
Suas Composi��es Musicais continuam sendo gravadas por excelentes int�rpretes tais como
Cacique e Paj�,
Brazando e Brazandinho,
Pininha e Verinha,
Tapaj�s e Tocantins, Joseval e Joseane, Duo Canto da Terra,
Rodrigo Mattos,
Os Favoritos da Catira e tamb�m as
Irm�s Galv�o,
dentre muitos outros.
O Radialista Z� Leite divulgou bastante o trabalho musical de Aleixinho na �poca em que apresentava o programa
"No Mour�o Da Porteira" que ia ao ar pela R�dio Regional de Guarulhos aos Domingos das 11:00 �s 13:00. Atualmente o trabalho
desse excelente Radialista pode ser ouvido na
R�dio Tupi AM
de S�o Paulo-SP - 1150 kHz - emissora que apresenta excelente Programa��o dedicada � M�sica Caipira Raiz, tendo tamb�m o Radialista e Compositor
Toni Gomide na Programa��o Musical da Emissora.
Algumas composi��es de Aleixinho:
A Cilada (Aleixinho - Cacique - Paj�)
A For�a Da Viola (Cacique - Aleixinho)
A Indigente (Cacique - Aleixinho)
Amigo do Copo (Aleixinho - Cacique - Paj�)
Bonito Avi�o (Aleixinho - Cacique - Antonio L. Duarte)
Caipira Feliz (Z� Batuta - Aleixinho)
Ch� de Canela (Cacique - Aleixinho)
Dose De Amor (Aleixinho - Cacique)
For�a da Viola (Cacique - Aleixinho)
�ndios Do Brasil (Cacique - Aleixinho)
Jo�o Corisco (Ti�o do Carro - Aleixinho)
M�e Amorosa (Tanabi - Aleixinho)
Meu Lugar � Na Ro�a (Aleixinho - Cacique)
N�o Sei O Que � Que Eu Tenho (Athos Campos - Aleixinho)
O Folgaz�o e o diabo (Aleixinho - Athos Campos)
O Velho Jequitib� (Cacique - Aleixinho)
Pai Protetor (Jesus do Chap�u - Aleixinho - Rodrigo Mattos)
�ltima Mancada (Aleixinho - Oswanil Vieira Pinto - Cacique)
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Anacleto Rosas Jr.:

Anacleto Rosas Jr. nasceu no dia 18/07/1911 em Mogi das Cruzes-SP e faleceu no dia 05/02/1978 em Taubat�-SP. Filho de
Anacleto Rosas, Espanhol e de dona Maria Bourdon, Italiana. Ap�s morar algum tempo em Po�-SP, seguiu para a Capital Paulista, onde, em 1942, ocasi�o na qual exercia o
cargo de Gerente no Cine Broadway, conheceu
Ariowaldo Pires, o
Capit�o Furtado,
que se interessou por suas Composi��es e o apresentou � Dupla
"
Palmeira e
Piraci",
que, em 1944, gravou pela Continental sua primeira Composi��o, a Toada "Promessa de Caboclo" (Anacleto Rosas Jr.), no Lado B do Disco 78 RPM 15.191-B.
Anacleto foi Compositor de M�sica Caipira sem nunca ter estudado m�sica: compunha com o Viol�o
nas m�os. Suas primeiras composi��es, feitas por volta de 1930, foram rancheiras, valseados,
sambas e tangos.
Sua Obra foi gravada por diversos int�rpretes, tais como
"
Palmeira e
Piraci",
Tonico e Tinoco
e tamb�m
Luizinho e Limeira.
Foram seus parceiros de composi��o, entre outros,
Tonico,
Serrinha,
Ado Benatti e
Brioso.
Arlindo Pinto,
foi seu maior parceiro, com o qual comp�s mais de 20 m�sicas.
Um de seus maiores sucessos, foi o valseado "Os Tr�s Boiadeiros" (Anacleto Rosas Jr.), um Cl�ssico Caipira que
conta a longa viagem dos amigos tocando a boiada e dos percal�os sofridos; foi gravada por
Pedro Bento e Z� da Estrada
e tamb�m por
S�rgio Reis.

Outro grande sucesso de Anacleto Rosas Jr. foi "Aparecida do Norte", em parceria com
Tonico:
a M�sica foi composta dentro de um �nibus, quando Anacleto voltava da cidade de Aparecida-SP,
onde vendia seus discos. Anacleto foi o primeiro compositor a homenagear a cidade e a Santa
Padroeira do Brasil, Nossa Senhora de Aparecida.
Anacleto tamb�m teve um programa de r�dio que se iniciava com a seguinte frase:
"Acoooorda muierada! V�o prepar� o leite do marido que ele tem que trabai�! Bota a
garrafa pr� fora que o caminh�o vai pass�!".
Foi autor de cerca de 430 composi��es, segundo dados da �Revista Sertaneja� de 1959, e 60
delas foram feitas para a Dupla
Tonico e Tinoco.
Anacleto Rosas Junior tamb�m foi integrante da Dupla "Os Dois Turunas", junto com seu sobrinho Luiz Rosas Sobrinho. O tio e o sobrinho, tamb�m se
apresentavam como sendo o "Trio Turuna" quando eram acompanhados pelo Acordeonista Anaiel Teodoro do Prado. Eis porque em alguns Discos 78 RPM que foram
gravados por eles encontra-se impresso num lado "Dois Turunas" e, no outro lado, "Trio Turuna".
Em 1960, Anacleto foi tamb�m diretor art�stico do Selo Sabi� da gravadora Copacabana.
Residindo em Taubat�-SP, Anacleto Rosas Jr. tamb�m recebeu o t�tulo de �Cidad�o Taubateano� em 1977, um ano antes do seu falecimento.
Algumas composi��es de Anacleto Rosas Jr.:
A Cruz Do Caminho (Anacleto Rosas Jr. - Arlindo Pinto)
A Fronha (Belmonte - Anacleto Rosas Jr.)
A Morte do Canoeiro (Anacleto Rosas Jr.)
A Mulher do Canoeiro (Elp�dio dos Santos - Anacleto Rosas Jr.)
Aparecida do Norte (Dia do Sertanejo) (Anacleto Rosas Jr. - Tonico)
Baldrana Macia (Anacleto Rosas Jr. - Arlindo Pinto)
Boi De Carro (Anacleto Rosas Jr. - Tinoco)
Boi Penacho (Anacleto Rosas Jr.)
Brasil (Arlindo Pinto - Anacleto Rosas Jr.)
Burro Pica�o (Anacleto Rosas Jr. - Geraldo Costa)
Caboclo (Capit�o Bardu�no - Anacleto Rosas Jr.)
Cavalo Preto (Anacleto Rosas Jr.)
Cortando Estrad�o (Anacleto Rosas Jr.)
Filho de Mato Grosso (Anacleto Rosas Jr.)
Flor Cobi�ada (Anacleto Rosas Jr. - Sulino)
Fogo no Rancho (Anacleto Rosas Jr. - Elp�dio dos Santos)
Londrina Rainha (Anacleto Rosas Jr.)
Luar de Aquidauana (Zacarias Mour�o - Anacleto Rosas Jr.)
Mil E Quinhentas Cabe�as (Anacleto Rosas Jr.)
Moda do Pescador (Anacleto Rosas Jr. - Serrinha)
N�o Sinto Saudade (Anacleto Rosas Jr. - Patativa)
N�o Sou Ga�cho (Anacleto Rosas Jr. - Torino)
Noite De Lua (Z� Coc�o - Anacleto Rosas Jr.)
Os Tr�s Boiadeiros (Anacleto Rosas Jr.)
Peito Magoado (Anacleto Rosas Jr.)
Promessa De Caboclo (Anacleto Rosas Jr.)
Quer�ncia Amada (Anacleto Rosas Jr. - Luizinho)
Rancho Vazio (Anacleto Rosas Jr. - Arlindo Pinto)
Recado (Anacleto Rosas Jr. - Arlindo Pinto)
Rei Da Guasca (Anacleto Rosas Jr. - Tonico)
Romaria (Anacleto Rosas Jr. - Dois Turunas)
Solteiro � Mi� (Anacleto Rosas Jr.)
Triste Despedida (Tonico - Tinoco - Anacleto Rosas Jr.)
Trucada (Anacleto Rosas Jr. - Limeira)
Z� Valente (Anacleto Rosas Jr.)
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Anten�genes Silva:

Ant�nio Hon�rio da Silva, ou Anten�genes Silva, Compositor e Acordeonista, conhecido como �O Mago do Acordeon�. Nasceu em Uberaba MG, em 30/10/1906, onde fez os seus primeiros estudos. Aprendeu a tocar Acordeon e tamb�m estudou Teoria Musical. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 09/03/2001.
Em 1929 fez suas primeiras grava��es, em solo de Acordeon, na RCA-Victor: o choro �Gostei da tua Ca�da�, a valsa �Norma�, o maxixe �Saudade de Uberaba� e a valsa �Feliz de Quem Ama� (todas de sua autoria). Autor de sucessos como: �Alegria� (1933), as valsas �Pisando Cora��es� (com Ern�ni Campos, 1936) e �Saudades de Mat�o� (com Jorge Gallatti e Raul Torres, 1937) (esta conhecid�ssima valsa descoberta por
Raul Torres
na Esta��o Ferrovi�ria de Bebedouro-SP, e que gerou in�meras controv�rsias com rela��o � autoria da mesma), �Saudades de Petr�polis� (1942), �M�s de Maria� (1947) e outros mais.
Manteve tamb�m durante v�rios anos no Rio de Janeiro uma escola de Acordeon para
profissionais, que inclu�a cursos de teoria, solfejo e harmonia.
Trabalhou no r�dio e na TV, onde apresentou o programa �O Rancho Alegre de Paulo Bob�. Em 1957, ganhou o primeiro pr�mio num festival na Alemanha tocando Sanfona de Oito Baixos.
Anten�genes Silva faleceu em 09/03/2001 no Rio de Janeiro, aos 94 anos, v�tima de
insufici�ncia renal.
Algumas composi��es de Anten�genes Silva:
Alegria (Anten�genes Silva)
At� O Mar Chorou (Anten�genes Silva)
Feliz de quem Ama (Anten�genes Silva)
Gostei da tua Ca�da (Anten�genes Silva)
Norma (Anten�genes Silva)
Pisando Cora��es (Anten�genes Silva - Ernani Campos)
Saudade de Uberaba (Anten�genes Silva)
Saudade Eu Tenho (Anten�genes Silva - De Moraes)
Saudades de Mat�o (Anten�genes Silva � Jorge Galatti � Raul Torres)
Saudades de Ouro Preto (adapt.: Anten�genes Silva - Edmundo Lys)
Se Amas, �s Feliz (Anten�genes Silva - Oswaldo Santiago)
Sueli (Anten�genes Silva - Miguel de Lima)
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Arlindo Pinto:

Arlindo Pinto dos Santos nasceu em S�o Paulo-SP no dia 19/09/1906 e faleceu tamb�m na Capital
Paulista no dia 29/04/1968.
Tendo trabalhado como gr�fico, Arlindo Pinto adquiriu o gosto pela leitura e come�ou a escrever
versos e par�dias, os quais apresentava em diversas festas, circos e teatros. Arlindo tamb�m
interpretou mon�logos de sua pr�pria autoria no Teatro de Com�dia.
Em 1928, Arlindo passou a fazer parte da Guarda Civil de S�o Paulo, tendo permanecido durante
25 anos na Corpora��o.
Ao final da d�cada de 1940, Arlindo Pinto j� vinha sendo considerado como um dos mais
importantes Compositores Sertanejos. Sua primeira composi��o gravada foi a moda "Desafio N� 2"
(Arlindo Pinto), interpreta��o que ficou a cargo de Nh� Zefa.
Arlindo comp�s suas M�sicas em ritmos diversos, tais como Xote, Arrasta-P�, Samba, Chorinho,
Valsa, Moda De Viola, Foxtrote, Tango, Polca, Guar�nia e Rasqueado, entre outros.
Em 1945, sua composi��o "Al� Mister Johnny" (Arlindo Pinto - H�lio Sind�) foi gravada pela dupla
Brinquinho e Brioso.
E em 1947, seu Foxtrote "Vaqueiro de Verdade" (Arlindo Pinto - Anacleto Rosas Jr.) foi gravado
por Monte Alegre e, nesse mesmo ano,
Tonico e Tinoco
gravaram as Modas De Viola "A Cruz Do Caminho" (Arlindo Pinto - Anacleto Rosas Jr.) e
"Boiadeiro Entrevado" (Arlindo Pinto - Geraldo Costa). A
Dupla Cora��o do Brasil
tamb�m gravou em 1949 a Moda De Viola "Rancho Vazio" (Arlindo Pinto - Anacleto Rosas Jr.) e,
na mesma �poca, S�lon Sales gravou "Segue Teu Caminho" (M�rio Zan - Arlindo Pinto) composi��o
que foi um dos primeiros grandes sucessos de autoria de Arlindo Pinto.
Arlindo teve tamb�m diversas de suas composi��es gravadas pela dupla "
Palmeira e
Luizinho",
tais como a Valsa "Marcaremos Casamento" (Arlindo Pinto - Anacleto Rosas Jr.), o Xote "O Estoro
da Boiada" (M�rio Zan - Arlindo Pinto), a Moda De Viola "Chico Raimundo" (Arlindo Pinto) e o
Cururu "Bom Jesus de Pirapora" (Arlindo Pinto - Palmeira).
Curiosamente, a cantora
Inhana
gravou em 1949 o bai�o "O Segredo Est� No Molho" (Arlindo Pinto - Palmeira), que foi uma rara
interpreta��o dela sem o seu esposo e parceiro
Cascatinha.
Em 1953,
Luizinho e Limeira
gravaram o galope "Ga�cho Amigo" (Arlindo Pinto - Luizinho), enquanto que "
Palmeira e
Bi�"
gravaram "O Pre�o do Pecado" (Arlindo Pinto - Palmeira), no mesmo ano.
E foi no ano seguinte, 1954, que o inesquec�vel Acordeonista
M�rio Zan
lan�ou pela gravadora RCA Victor (hoje BMG) o c�lebre Rasqueado "Chalana" (M�rio Zan - Arlindo
Pinto), Rasqueado esse que foi sem d�vida o maior sucesso de Arlindo Pinto como compositor, e
que tamb�m foi gravado (cantado ou na forma instrumental) por in�meros int�rpretes do quilate de
Tonico e Tinoco,
Trio da Vit�ria,
Irm�s Castro,
Irm�s Galv�o,
Suzamar,
Pena Branca e Xavantinho,
S�rgio Reis,
Almir Sater,
Alzira e Tet� Espindola,
Inezita Barroso,
Roberto Corr�a,
Helena Meirelles,
Pereira da Viola,
Mazinho Quevedo,
Nestor da Viola,
En�bio Queiroz,
Z� do Rancho,
Lu�s Bourdon e H�lio Rios, apenas para citar alguns!
Outros dois grandes sucessos de autoria de Arlindo Pinto foram a Valsa "Cantando" (Arlindo
Pinto - M�rio Zan), gravada em 1957 pelo
Duo Irm�s Celeste
(que, para nossa felicidade, foi remasterizada no CD "50 Anos de M�sica Sertaneja" lan�ado
em 1999 BMG) e o rasqueado "Baldrana Macia" (Arlindo Pinto - Anacleto Rosas Jr.), gravada por
Luiz Gonzaga no LP "Luiz 'Lua' Gonzaga" em 1961. Esse rasqueado tamb�m foi gravado por diversos
outros int�rpretes, dentre os quais,
S�rgio Reis,
Bras�o e Bras�ozinho e "
Bi� e
Dino Franco".
Arlindo Pinto contou com diversos parceiros na Composi��o tais como
M�rio Zan,
Tonico,
Priminho, Geraldo Costa,
Palmeira,
Luizinho
e H�lio Sind�, apenas para citar alguns. E, seu maior parceiro foi sem d�vida
Anacleto Rosas Jr.
que dividiu com Arlindo a autoria de mais de 15 bel�ssimas composi��es.
O riqu�ssimo repert�rio de Arlindo Pinto foi gravado pelos mais diversos int�rpretes da M�sica
Caipira Raiz e tamb�m da Fina Flor da MPB. Al�m dos j� citados acima, merecem destaque tamb�m "
Raul Torres
e Flor�ncio", Trio Orix�, Z� Cupido, Duo Batu�ra,
Campanha e Cuiabano,
Duo Guaruj�,
Vieira e Vieirinha
e muitos outros!

Ayrton Mugnaini Jr., na p�gina 153 do seu livro "Enciclop�dia das M�sicas Sertanejas" - Editora
Letras & Letras - 2001 - adverte o Apreciador para que n�o confunda o Compositor Arlindo Pinto
dos Santos com o jornalista Arlindo Pinto de Souza (foto � direita), que foi o fundador da revista "Moda e
Viola" e tamb�m autor de "Minha Viola" (Tonico - Nh� Moraes - Arlindo Pinto de Souza) (gravada
pela dupla
Tonico e Tinoco).
� comum, no entanto, encontrarmos em algumas biografias o nome do compositor tendo o
sobrenome Dos Santos que � na verdade o sobrenome do mencionado jornalista.
Clique na foto abaixo e veja o artigo publicado na Revista "Moda e Viola" sobre "Arlindo Pinto de Souza, nosso Diretor Secret�rio e Arlindo Pinto, o
Compositor":
E, na foto abaixo, da esquerda pr� direita, quatro grandes Compositores da M�sica Caipira Raiz:
Anacleto Rosas Jr.,
Teddy Vieira,
Arlindo Pinto e
Ado Benatti.
Algumas composi��es de Arlindo Pinto:
A Cruz Do Caminho (Anacleto Rosas Jr. - Arlindo Pinto)
Adeus Querida (Ado Benatti - Arlindo Pinto)
Amor De Caboclo (Anacleto Rosas J�nior - Arlindo Pinto)
A Morte do Gavi�o (Arlindo Pinto)
Apenas Uma Cartinha (Geraldo Costa - Arlindo Pinto)
Aus�ncia (Arlindo Pinto - M�rio Zan)
Baldrana macia (Arlindo Pinto - Anacleto Rosas Jr.)
Boiadeiro Entrevado (Arlindo Pinto - Geraldo Costa)
Brasil (Arlindo Pinto - Anacleto Rosas Jr.)
Briga Na Festan�a (Arlindo Pinto - Zez� Campos)
Cantando (Arlindo Pinto - M�rio Zan)
Cidades de Mato Grosso (M�rio Zan - Arlindo Pinto)
Cigana (Arlindo Pinto - J. Alves)
Chalana (Arlindo Pinto - M�rio Zan)
Galopando (Arlindo Pinto - Torino - Isa�as Vieira)
Ga�cho Amigo (Luizinho - Arlindo Pinto)
Jerimum (Arlindo Pinto)
O Segredo Est� No Molho (Arlindo Pinto - Palmeira)
Rancho Vazio (Anacleto Rosas Jr. - Arlindo Pinto)
Recado (Anacleto Rosas Jr. - Arlindo Pinto)
Remorso (Anacleto Rosas J�nior - Arlindo Pinto)
Rio Grande Do Sul (Arlindo Pinto - Luizinho)
Segue Teu Caminho (M�rio Zan - Arlindo Pinto)
Viol�o Amigo (Arlindo Pinto - Priminho)
Quando o Destino (Jos� Alfredo Gimenez - Arlindo Pinto)
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Athos Campos:

Athos Campos, assim como
Rolando Boldrin,
possui tamb�m o nome art�stico igual ao seu nome completo. Nasceu em 14/07/1923 na cidade de
Bebedouro-SP e faleceu no dia 01/11/1992 em Bragan�a Paulista-SP.
Compositor, Violeiro, Folclorista e Radialista, em 1939, com apenas 16 anos de idade,
em parceria com
Serrinha,
comp�s "Chit�ozinho e Xoror�", sua primeira m�sica que foi justamente o seu maior sucesso, e
que foi regravada v�rias dezenas de vezes pelos mais renomados int�rpretes da M�sica Caipira
Raiz tais como "
Tonico e Tinoco", "
Serrinha e Caboclinho", "
Serrinha e
Z� do Rancho" e "
Pedro Bento e Z� da Estrada",
apenas para citar alguns.

Essa bel�ssima composi��o conta a est�ria do "inhambuxint�" e do "inhambuxoror�"
(Crypturellus tataupa e Crypturellus parvirostris, respectivamente, dois p�ssaros
da fam�lia dos Inhambus) e ressalta tamb�m a beleza e a simplicidade da vida
no campo, mesmo vivendo num "ranchinho amarradinho de cip�", sem vizinhos ao redor, ouvindo o
canto do galo carij�, al�m dos pios da coruja, do ja�, do "inhambu-chit�" e do "xoror�". Na foto
acima e � esquerda, o Inhambuxint�.

E na foto � direita, o "inhambuxoror�", que em outras regi�es � tamb�m conhecido como "sururina":
a mesma "sururina" que � tarde "chora a sua viuv�z" que foi imortalizada no bel�ssimo poema
do "Luar do Sert�o" (
Catulo da Paix�o Cearense - Jo�o Pernambuco). O "Cumpadre" Luiz Viola de Bauru-SP escreveu um
excelente Artigo sobre o "inhambuxoror�" no
Blog O Violeiro,
em mat�ria publicada no dia 10/02/2005, intitulada "Etimologia Enviolada". No entanto, esse excelente Blog que continha informa��es preciosas sobre a
Viola e a Cultura Caipira, n�o existe mais... Com muita tristeza, eu tenho que noticiar que, no in�cio de 2013 o UOL "fez o favor" de desativar o
Blog, e o Site
O Violeiro
do "Cumpadre" Luiz Viola, diminuindo drasticamente a quantidade de Conte�do Cultural na Internet... Lamentavelmente s� nos resta continuar visitando o
Trabalho de Artes Pl�sticas do "Cumpadre" Luiz Viola, em seu Blog
O Desenhista...
E a ordem �: conhe�a-o, antes que mais uma "mente inculta" resolva tir�-lo do ar...

Athos Campos tamb�m foi Radialista na Capital Paulista e, durante 17 anos foi produtor do
excelente programa
Viola Minha Viola
na
TV Cultura
de S�o Paulo-SP, apresentado por
Inezita Barroso.
Athos Campos passou a residir em Mairipor�-SP no final da d�cada de 1930, tendo inclusive
composto o Hino Municipal da respectiva cidade, a qual se orgulha de ter sido a terra querida e
amada pelo compositor.
Al�m de "Chit�ozinho e Xoror�" (Serrinha - Athos Campos), Athos Campos tamb�m comp�s outras
bel�ssimas obras-primas do repert�rio Caipira Raiz, dentre elas, "Sinhazinha" (Athos Campos -
�ndio Vago), "Bate na Viola" (Athos Campos), "Samba de Roda (Athos Campos - Geraldo Meireles)"
e "Viola Sem Defeito" (Athos Campos), apenas para citar algumas.
Fazendo imita��es de animais, Athos Campos tamb�m participou do primeiro LP da dupla
Chit�ozinho e Xoror� ("Os Garotinhos Do Paran�"), quando eles ainda eram adolescentes e n�o
haviam "mudado a voz"; e nesse LP, os meninos tamb�m interpretaram sua c�lebre composi��o que
tamb�m deu o nome � nova dupla que surgia! Curiosamente, a preferida de Athos Campos n�o era
famosa toada j� mencionada que homenageia os dois passarinhos. A que ele mais gostava era
"Sinhazinha" (Athos Campos - �ndio Vago).

Athos Campos foi, sem d�vida, um dos artistas mais importantes do nosso pa�s e sempre defendeu
as Ra�zes Culturais do povo. Atrav�s de seus programas de r�dio e TV, costumava sempre denunciar
o mercantilismo que j� come�ava a deturpar a M�sica Caipira Raiz.
Lamentavelmente, Athos Campos veio a falecer no dia 01/11/1992 em Bragan�a Paulista-SP em
prec�rias condi��es financeiras, n�o tendo podido tratar eficientemente de duas pneumonias e
de dois derrames de que foi v�tima. Seus �ltimos dias ele passou fazendo di�lises no por�o da
casa de sua filha num abandono total...
Algumas composi��es de Athos Campos:
A Saudade Continua (Athos Campos - �ndio Vago)
Bate Na Viola (Athos Campos)
Boiada Saudosa (Athos Campos - Serrinha)
Chit�ozinho e Xoror� (Athos Campos - Serrinha)
Divertimento de Violeiro (Serrinha - Athos Campos)
N�o Sei O Que � Que Eu Tenho (Athos Campos - Aleixinho)
O Folgaz�o e o diabo (Aleixinho - Athos Campos)
Onde Canta O Choror� (Athos Campos)
Samba De Roda (Athos Campos - Geraldo Meireles)
Sinhazinha (Athos Campos - �ndio Vago)
Viola Sem Defeito (Athos Campos)
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Bariani Ort�ncio:

Nascido em Igarapava-SP, no dia 24/07/1923, Waldomiro Bariani Ort�ncio, al�m de Compositor, � tamb�m Escritor, Pesquisador da Cultura Popular e
Presidente de Honra da
Comiss�o Goiana de Folclore,
al�m de ser tamb�m Membro da Academia Goiana de Letras.
Alguns bi�grafos mencionam como sendo 24/10/1923 a data de nascimento da Bariani Ort�ncio, quando na verdade, essa foi a data na qual ele foi registrado.
Waldomiro, quando crian�a, trabalhou como Alfaiate. Na d�cada de 1940, ele foi Goleiro do Atl�tico Clube Goianiense (num tempo em que Jogador de Futebol
realmente gostava do "Esporte Bret�o", j� que n�o ganhava praticamente nada de sal�rio!). Waldomiro foi tamb�m Professor de Matem�tica, Comerciante,
Fazendeiro, Industrial e Minerador, al�m de ter cursado tamb�m o primeiro ano de Odontologia.
Como Escritor, Bariani Ort�ncio publicou diversos livros, dentre os quais
"Dicion�rio do Brasil Central" - Editora �tica - 1983,
"O Homem Que N�o Teimava" - Editora Saraiva - 2000,
"Cartilha do Folclore Brasileiro" - Editora da UCG - Universidade Cat�lica de Goi�s - 1997,
"O Enigma do Saco Azul" - Editora Atual,
"Cozinha Goiana - Estudo e Receitu�rio" - Kelps Editora - 2001 e
"Medicina Popular do Centro-Oeste" (1997), al�m do famos�ssimo "Sert�o Sem Fim" e "O Que Foi Pelo Sert�o" (seu primeiro livro), ambos de edi��o esgotada.
Como Compositor, Waldomiro � autor de Tangos, Guar�nias, Congadas e Corridos, entre outros ritmos e teve suas primeiras Composi��es gravadas a partir de
1957, por diversos int�rpretes, dentre os quais "Irm�s Santos", "Duo Paranaense", "Trio da Vit�ria", "Duo Estrela D'Alva" e
Duo Guaruj�,
dentre outros.
E, em 1960, por ocasi�o da inaugura��o da nova Capital do Brasil (em 21/04/1960), a Orquestra e Coro RGE gravou a Marcha "Bras�lia Vinte E Um De Abril"
(Waldomiro Bariani Ort�ncio), no Disco 78 RPM N� 10.229. E, no Lado B do mesmo disco, a Marcha "Bras�lia A Capital Da Esperan�a"
(Henrique Simonetti - Capit�o Furtado).
Al�m de seu excelente trabalho pelo Folclore e pela Boa M�sica Brasileira, esse
"Paulista de Cora��o Goiano", tamb�m � famoso pelo seu
"Bazar Paulistinha" (o famoso "Bazar do Waldomiro") em Goi�nia-GO, que � inclusive citado em diversos cl�ssicos do repert�rio Caipira Raiz, como por
exemplo "Pagode em Bras�lia" (Lourival dos Santos - Teddy Vieira), "Visita a Goi�s" (Goi� - Sidon Barbosa) e "Saudade de Goi�s" (Goi� - Amara�). A matriz
do "Bazar do Waldomiro" fica na Av. Anhanguera N� 5290 - Setor Central - 74043-010 - Goi�nia-GO - F.: (62) 3224-4607, tendo tamb�m filiais no
Goiania-Shop
e no
Shopping Flamboyant.
"...No Estado de Goi�s meu Pagode est� mandando,
O Bazar do Waldomiro em Bras�lia � o soberano,
No repique da Viola balancei o ch�o goiano,
Vou fazer a retirada e despedir dos paulistanos,
Adeus que eu j� vou me embora, que Goi�s t� me chamando..."
"Pagode em Bras�lia" (Lourival dos Santos - Teddy Vieira)
"...Quero visitar o Bazar Paulistinha,
Ver o Waldomiro velho companheiro,
E convid�-lo para meu parceiro
Numa pescaria no rio Araguaia,
Depois pretendo rever as fazendas,
E, revivendo um tempo saudoso,
Ouvir o pio do Ja� manhoso
Nas matas goianas quando o sol desmaia..."
"Visita a Goi�s" (Goi� - Sidon Barbosa)
"...Goi�s � saudade em tudo que falo,
�s vezes me calo por essa raz�o,
Mas o Valdomiro Bariani Ort�ncio
Rompeu o sil�ncio do meu cora��o
Porque em seu livro 'Sert�o Sem Fim'
Mandou para mim recorda��o..."
"Saudade de Goi�s" (Goi� - Amara�)
Clique aqui
e ou�a "Treze de Dezembro" (Waldomiro Bariani Ort�ncio) interpretada por Adolfinho e Chit�ozinho, numa grava��o hist�rica do
Disco 78 RPM - 5938 - Lado A - Gravadora Copacabana - Gravado na d�cada de 1950 - do Acervo de Jos� Ramos Tinhor�o - num excelente Arquivo Musical
pertencente ao
IMS - Instituto Moreira Salles,
excelente site que se preocupa com a Preserva��o de Inestim�veis Acervos Brasileiros em termos de M�sica, Fotografia, Artes
Pl�sticas e Biblioteca, o qual convido o Apreciador a visitar!
Clique aqui,
veja a letra e ou�a "Saudade de Goi�s" (Goi� - Amara�) interpretada por
Belmonte e Amara�,
num v�deo do
Youtube,
que faz parte do site
Letras de M�sicas.
Tive a felicidade de conhecer pessoalmente o Waldomiro Bariani Ort�ncio (com seus 87 anos de idade e irradiando uma simpatia fora do cumum!!!), na viagem
que fiz com minha Esposa (a Netinha) a Goi�nia-GO entre os dias 13 e 17/09/2010, ocasi�o na qual tamb�m conhecemos a hist�rica cidade de Goi�s-GO, que � a
terra-natal da Cora Coralina e tamb�m da
Ely Camargo.
Tive a honra de conhecer, tamb�m nessa ocasi�o, a Presidente F�tima Paraguassu e tamb�m a Segunda Secret�ria Izabel Cristina Alves Signoreli, da
Comiss�o Goiana de Folclore).
Na foto abaixo, Waldomiro Bariani Ort�ncio, em sua Biblioteca, em Goi�nia-GO, no dia 13/09/2010:
Na foto abaixo, Waldomiro Bariani Ort�ncio e Ricardinho, em Goi�nia-GO, no dia 13/09/2010:
Na foto abaixo, Waldomiro Bariani Ort�ncio e seu Gramophone, no seu Acervo, em Goi�nia-GO, no dia 13/09/2010:
Na foto abaixo, Waldomiro Bariani Ort�ncio em sua resid�ncia em Goi�nia-GO, no dia 13/09/2010:
Na foto abaixo, Ricardinho em frente ao Bazar Paulistinha, no
Shopping Flamboyant,
em Goi�nia-GO, no dia 13/09/2010:
Na foto abaixo, Ricardinho no Bazar Paulistinha, no
Goiania-Shop,
em Goi�nia-GO, no dia 14/09/2010:
Na foto abaixo, Ricardinho em frente � matriz do Bazar Paulistinha, na Av. Anhanguera N� 5290, em Goi�nia-GO, no dia 15/09/2010:
Na foto abaixo, Ricardinho, Waldomiro Bariani Ort�ncio e Netinha, em Goi�nia-GO, no dia 15/09/2010:
Na foto abaixo, Waldomiro Bariani Ort�ncio, Ricardinho e F�tima Paraguassu (a Presidente da
Comiss�o Goiana de Folclore),
em Goi�nia-GO, no dia 15/09/2010:
Na foto abaixo, Izabel Signoreli (Segunda Secret�ria da
Comiss�o Goiana de Folclore),
Waldomiro Bariani Ort�ncio, Ricardinho e F�tima Paraguassu (a Presidente da
Comiss�o Goiana de Folclore),
em Goi�nia-GO, no dia 15/09/2010:
Na foto abaixo, Waldomiro Bariani Ort�ncio, Ricardinho, F�tima Paraguassu (a Presidente da
Comiss�o Goiana de Folclore)
e Netinha, em Goi�nia-GO, no dia 15/09/2010:
Clique aqui
e conhe�a o Blog da
Comiss�o Goiana de Folclore,
elaborado pela F�tima Paraguassu, que preside essa Institui��o da Sociedade Civil, sem fins lucrativos, que tem, como Miss�o, identificar os v�rios
sotaques da Cultura Popular do Estado de Goi�s, promover a incorpora��o dos saberes, fazeres e falares ao conte�do das Escolas, para que o Estudante,
conhe�a, aprenda a gostar e crie o sentimento de pertencimento dentro de uma Identidade Coletiva!
Quero aqui agradecer � F�tima Paraguassu, que fez a "ponte", para que eu e minha Esposa (a Netinha) pud�ssemos conhecer pessoalmente essa Grande
Enciclop�dia de Folclore que � o Waldomiro Bariani Ort�ncio!!!
Muito obrigado, "Cumadre" F�tima!!!
Algumas composi��es de Bariani Ort�ncio:
A �ltima Serenata (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Acalma Cora��o (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Ag�enta Cora��o (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Amore Mio (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Aruan� (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Ave-Maria (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Bras�lia, 21 de Abril (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Caf� Recalentado (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Cantador (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Como Esquecer Voc�? (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
De Amor Tamb�m Se Morre (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Despedindo de Ti (Waldomiro Bariani Ort�ncio - Rezendinho)
Destinos Iguais (Waldomiro Bariani Ort�ncio - Caetano Somma)
Direitos Humanos (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Encantamento (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Entre Copas (Waldomiro Bariani Ort�ncio - Zacarias Mour�o - Jo�o de Deus)
Enxugue A L�grima (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Ergam As Ta�as (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Espera Acontecer (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Folia de Nossa Senhora da Guia (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Folia de Nossa Senhora do Ros�rio (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Folia de Reis (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Folia de Santa Luzia (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Folia de S�o Jo�o (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Folia do Divino (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Folia do Divino Pai Eterno (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Galo de Briga (Waldomiro Bariani Ort�ncio - Augusto Roselen)
Galo Velho (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Gar�a Branca (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Ladra (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
M�goas Trocadas (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Maria-Maria (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Me Deixa Devagarinho (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Mo�o De Fora (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
N�o me Pergunte (Waldomiro Bariani Ort�ncio - N�zio)
N�o Saberei Sofrer (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
No Abandono (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Nome Santo (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Nossa Senhora da Guia (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
O M�stico (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
O Que � o Amor (Waldomiro Bariani Ort�ncio - Zacarias Mour�o)
Outono Da Vida (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Pensas Em Mim (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Por Que? (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Qualquer Coisa (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Quinta Comarca (Waldomiro Bariani Ort�ncio - Odilon Faria)
Relembrando Nelson Gon�alves (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Rem�dio De Amor (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Santa Isabel (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Senhora da Abadia (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Severino (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Treze de Dezembro (Waldomiro Bariani Ort�ncio)
Voltar�s (Waldomiro Bariani Ort�ncio - Heitor Cardoso)
Vou-se Embora (Waldomiro Bariani Ort�ncio - Ramiro Hern�ndez)
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Batista dos Santos:

Jos� Batista dos Santos � natural de Fartura-SP, onde nasceu, no dia 20/07/1956.
Quero aqui passar a palavra ao pr�prio Batista dos Santos para que ele conte ao Apreciador a sua brilhante Trajet�ria Musical:
"
Meu pai, natural da cidade de Martinho Campos-MG, pr�ximo � Monte Claros-MG, tocava Sanfona de Oito Baixos. O que eu mais admirava nele era a facilidade que
tinha para improvisar versos em repentes cantados no estilo de Calango.
Vez ou outra eu o encontrava cantarolando seus versos ao tamborilar sobre o tampo da mesa com uma caixa de f�sforos.
Desde a idade de seis anos eu j� sonhava em cantar, tocar, compor e viver no meio da Arte Musical.
Durante a juventude eu sentava num banco do jardim e ficava ouvindo as M�sicas que tocavam no servi�o de radiofus�o do coreto da pra�a. Decorava as letras
das M�sicas e ficava cantarolando por todo lugar que eu ia.
Um dia a minha irm� mais velha trouxe da cidade uma revista de letras de M�sicas cantadas pela dupla
Tonico e Tinoco
e me deu de presente.
Entre as M�sicas do pequeno livreto se destacavam 'Pangar�' (Cascatinha - Carreirinho) e 'O Gondoleiro do Amor' (Castro Alves - Salvador F�bregas). Eu
passava o dia todo cantando essas duas Can��es pelos quatro cantos do terreiro do quintal da pequena propriedade rural onde mor�vamos.
Minha m�e, natural da cidade de Itai-SP, observando a minha inclina��o, pediu ao meu pai para que comprasse um 'Viol�ozinho' de presente pr� mim l� no
'armaz�m' da cidade.
Depois de alguns dias sem resposta eu fui perguntar a ela sobre o 'Viol�ozinho', mas recebi a noticia de que meu pai n�o havia aprovado a compra por
achar muito caro.
Aos 11 anos de idade eu fui morar com uma das minhas irm�s na cidade de Piraju-SP no Vale do Paranapanema. L�, aos 12 anos de idade, comecei a estudar Teoria Musical.
Quando cheguei na 48� li��o da 'Bona' (M�todo de Ensino de Teoria Musical) o meu Professor, Maestro L�zaro Coser, entregou-me um Trombone para que eu
come�asse a praticar alguns exerc�cios.
Em pouco tempo de estudo eu ingressei na Banda Musical da Guarda Mirim da cidade de Piraju-SP.
Al�m de ter a oportunidade para desenvolver o dom pela M�sica, receb� naquela institui��o a orienta��o necess�ria para a minha forma��o c�vica e
educacional, base dos valores morais e �ticos que estabeleci como diretriz para a minha vida.
Deixo aqui meus eternos agradecimentos ao Sr. Constantino Leman, Presidente da Institui��o, e ao Policial Militar Euclides Fernandes Zampieri, dedicados e
inesquec�veis Orientadores Educacionais daquela Coorpora��o.
Eu tinha facilidade para aprender as li��es das partituras e, de outra parte, tirava sons estilizados do Instrumento, destacando-me entre os demais
componentes da Banda.
Ao sentir a minha empolga��o pela Arte Musical certa vez o Maestro me chamou para uma conversa particular e me disse:
'Batista, voc� tem todas as caracter�sticas para ser um excelente M�sico. Entretanto, no nosso pa�s, M�sico n�o tem nenhum valor profissional. Por
isso, n�o se deixe enganar. D� prioridade aos seus estudos e ao seu trabalho
(Office-Boy do Banespa) para que voc� tenha um futuro melhor.'
Deixei a M�sica para um segundo plano e nunca esqueci daquele conselho.
Naquela ocasi�o eu j� tinha 16 anos de idade. Passei dias refletindo sobre a situa��o econ�mica da minha fam�lia. Eu tinha que trabalhar para ajudar na
subsist�ncia dos meus pais e irm�os.
Com muita tristeza cheguei � conclus�o de que o experiente Maestro tinha toda raz�o... Naquele mesmo ano eu voltei para morar na casa dos meus pais, na
cidade vizinha de Taquarituba-SP.
Sem emprego... Sem amigos na cidade... Tendo que mudar de Escola no meio do ano... Entristecido com a mudan�a radical pela qual estava passando, come�ei a
escrever versos onde constestava a realidade, manifestava saudades e falava das paixoes da juventude...
Naquela ocasi�o eu comecei a dedilhar um Viol�o de propriedade de um dos meus irm�os. Quando eu chegava do Col�gio, por volta das 23:00, eu ficava at�
altas horas da madrugada sentado na cama e dedilhando o Viol�o, abafando as cordas com a palma da m�o, para n�o acordar os demais...
No ano de 1977 eu fui embora para S�o Paulo - Capital, com 21 anos de idade.
A solid�o da Cidade Grande me empurrou ainda mais para a vida contemplativa e, conseq�entemente, brotava muito mais inspira��es para escrever...
Eu tinha uma mala de couro e um Viol�o que eu carregava por todos os lugares onde eu morei. Naquela mala, al�m das roupas, eu mantinha um caderno e
in�meros peda�os de papel sobre os quais eu escrevia os meus versos.
Entre os peda�os de papel havia uma infinidade de guardanapos de balc�o de bar nos quais eu registrava as inspira��es inesperadas que brotavam durante as
rondas bo�mias que eu fazia diariamente pela Capital Paulista.
Em 19 de dezembro de 1977, ingressei, atrav�s de Concurso, na PETROBRAS DISTRIBUIDORA S. A, no cargo de Auxiliar de Escrit�rio. Ali eu iniciava o plano
do meu primeiro objetivo.
Depois veio o desejo de cursar uma Faculdade. Iniciei o curso de Administra��o de Empresas, mas tive dificuldades financeiras para pagar as mensalidades e
acabei abandonando o estudo.
Dois anos depois retornei � Faculdade no curso de Economia. Mas tive que interromper o curso em fun��o de dificuldades financeiras novamente.
Depois de casado, j� com 34 anos, ap�s j� ter recebido tr�s promo��es na PETROBRAS, iniciei o Curso de Direito, que conclu� no ano de 1986.
Em 1992 eu conclui o curso de P�s-Gradua��o em Administra��o de Marketing na PUCCAMP. Pronto. Agora s� restava zelar pela Carreira Profissional.
A� voltei a escrever numa produ��o imensur�vel de Versos e Poesias. Mas n�o as divulgava para n�o misturar Arte com as atribui��es da minha Vida
Profissional.
Em Outubro de 1999 aposentei-me por tempo de servi�o na PETROBRAS.
No mesmo m�s mantive contato com artistas de Campo Grande-MS, para onde eu havia sido transferido pela PETROBRAS no de 1993, e j� consegu� gravar tr�s
letras in�ditas com a Dupla 'Ivo de Souza e Janguinho', os maiores astros da M�sica Sertaneja Ra�z do Centro-Oeste Brasileiro e uma das melhores Duplas,
no Estilo, que eu j� conheci.
Aos poucos eu fui me entrosando com o meio art�stico e aprendendo t�cnicas e estilos que muito me ajudaram nas minhas Composi��es.
No ano de 2000, inscrevi uma letra intitulada 'O �LTIMO TROF�U', no Festival da 17� Violeira Rose Abr�o de Barretos-SP. A M�sica foi interpretada pelos
meus primeiros parceiros, 'Ivo de Souza e Janguinho', e obtivemos o Primeiro Lugar!
A partir de ent�o eu passei a ser procurado para fazer letras e ceder Composi��es para grava��es de artistas da Regi�o Centro-Oeste.
Atualmente j� s�o mais de 175 Discos e DVD's com letras de minha autoria, gravadas por artistas de diversas regi�es do pais. De 1999 a 2010, participei,
como compositor, de 20 Festivais, dos quais minhas letras venceram 18, sendo que em todos minhas obras estiveram na final.
Iniciei em 2002, a atividade de Produtor Musical e promovi diversos lan�amentos de novos artistas, entre Estilos Sertanejo, Regional, MPB e Pop/Rock.
No per�odo de Mar�o de 2002 at� Maio de 2005, apresentei o programa 'Gente da Nossa Terra', pela R�dio Educa��o Rural de Campo Grande-MS.
Apresentei o programa 'Na Boca do Brete' pela TV Regional Educativa do Estado do Mato Grosso do Sul.
Atualmente, morando na cidade de Itu-SP, estou iniciando um projeto de divulga��o de mais de 100 M�sicas DEMOS gravadas em 'MP3' para os Grandes Interpretes.
S�o M�sicas sertanejas de Raiz, Rom�nticas, Modernas, Bregas, Sambas de Ra�z, Evang�licas e MPB.
Entre M�sicas gravadas e DEMOS prontos tenho mais de 500 obras j� musicadas e mais de 600 letras in�ditas para serem musicadas.
Escrevo e concorro a pr�mios liter�rios atrav�s de Contos e Poesias em diversas regi�es do pa�s, com in�meras obras j� divulgadas.
Sou eternamente grato ao Maestro L�zaro Coser. Onde quer que ele esteja, que DEUS lhe d� o Eterno Descanso. Al�m de ter me orientando para iniciar no
mundo da M�sica, ainda me alertou e influenciou-me de forma inestim�vel para que eu tra�asse objetivos paralelos ao mundo da Arte Mmusical na minha vida
pessoal.
Foi assim que, ap�s 28 anos de espera, aposentei-me e retomei a lida com a Arte Musical em busca da realiza��o dos meus sonhos de menino.
Cumpre-me esclarecer a voc� que acabou de ler a minha biografia, que este breve relato tem o objetivo �nico e exclusivo, de mostrar, principalmente aos
jovens, que a gente consegue tudo o que a gente quer. Basta persistir, crer, confiar no seu talento e jamais 'deixar o sonho na gaveta'. Passe o tempo que
passar, nunca deixe de caminhar, com F�, em dire��o ao seu sonho com a certeza de que um dia voc� realizar� os seus objetivos!
Que DEUS ilumine sempre os nossos passos!"
Ap�s diversos contatos por e-mail, vim conhecer pessoalmente o Compositor Batista dos Santos na Cidade de Pardinho-SP, por ocasi�o do 3� FESMURP (Festival
de M�sica Sertaneja Ra�z de Pardinho-SP):
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, o Compositor
Valdemar Reis,
Ricardinho e o Compositor Batista dos Santos, no dia 10/06/2005, por ocasi�o do III FESMURP - Festival de M�sica Sertaneja Raiz - que teve lugar na
cidade de Pardinho-SP nos dias 09 a 12/06/2005:
Na foto abaixo, Batista dos Santos e Ricardinho, em Pardinho-SP, no dia 10/06/2005:
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, o compositor Batista dos Santos,
Ramiro Vi�la,
Ricardinho, Rivaldo Corulli (Produtor do Programa
Viola Minha Viola),
Pardini,
e os compositores
Valdemar Reis
e Z� Proc�pio, por ocasi�o do III FESMURP - Festival de M�sica Sertaneja Raiz - que teve lugar na cidade de Pardinho-SP nos dias 09 a 12/06/2005:
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Batista dos Santos,
Valdemar Reis,
Rivaldo Corulli (na �poca, Diretor do programa
Viola Minha Viola),
Z� Proc�pio (Compositor), Jos� Simi�o (estudioso da Cultura da regi�o e idealizador do Projeto de Bom Jesus do Ribeir�o Grande),
Ramiro Vi�la,
Pardini,
H�lio Proc�pio (irm�o do compositor Z� Proc�pio) e S�rgio Veira (coordenador do festival) no dia 10/06/2005 no palco do III FESMURP:
Voltei a rever o Batista dos Santos em 2008 na Churrascaria Ti�o Carreiro-SP, na Paulic�ia Desvairada!
Na foto abaixo (de autoria do Radialista Jos� Francisco ("In Memoriam") de Curitiba-PR), Batista dos Santos e Ricardinho, na Churrascaria Ti�o Carreiro, em S�o Paulo-SP,
no dia 26/03/2008:
Encontrei-me novamente com Batista dos Santos no "PO" (Sociedade Amigos do Parque Novo Orat�rio), em Santo Andr�-SP,
por ocasi�o do lan�amento do 6� CD da Dupla
Joseval e Josiene,
no dia 19/05/2013!!! Na foto abaixo, Ricardinho e Batista dos Santos, nesse mesmo dia no "PO":
E, para quem reside em Santo Andr�-SP e Regi�o, fica aqui o convite para conhecer Sociedade Amigos do Bairro do Parque Novo Orat�rio (popularmente conhecida como "PO"), na
Rua Jerusalem N� 100 - esquina com a Rua Arauc�ria, na Cidade de Santo Andr�-SP. No PO, aos Domingos, a partir das 15:00, diversas Duplas Caipiras se apresentam no lugar,
proporcionando ao Apreciador uma tarde bastante agrad�vel com bastante M�sica Raiz de Qualidade! Ricardinho, o criador desse site, foi, gostou e recomenda!!!
Voltei e me encontrar com Batista dos Santos quando ele foi contemplado, na Categoria "Letrista", com o Pr�mio Rozini de
Excel�ncia da Viola Caipira, promovido pelo
IBVC - Instituto Brasileiro da Viola Caipira,
no Memorial da Am�rica Latina, em S�o Paulo-SP, no dia 17/06/2013.
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Batista dos Santos, Ricardinho,
Cleber Vianna,
Jo�o Carvalho
e Douglas, no dia no dia da premia��o - 17/06/2013 - Cleber e Douglas tamb�m foram agraciados nas Categorias
"Professor" e "Site"
(
Blog Cultura Caipira), respectivamente!!!
Clique aqui
e conhe�a o
Site Oficial do Compositor Batista dos Santos,
com Biografia, Discografia, Letras de suas Composi��es, Fotos, Contatos, Premia��es e Agenda desse excelente Compositor!
Clique aqui
e ou�a "Chap�u de Carand�" (Batista dos Santos), interpretada pela Dupla "Ivo de Sousa e Janguinho", num Arquivo Musical pertencente ao site do
Youtube.
Clique aqui
e ou�a "O Taquaritubense" (Batista dos Santos), interpretada por Batista dos Santos e Jo�o Carvalho (o mesmo que j� cantou em Dupla com
Ronaldo Viola
e
Jo�o Mulato),
num Arquivo Musical pertencente ao site do
Youtube.
Algumas composi��es de Batista dos Santos:
Alvo Do Cupido (J. Carvalho - Batista dos Santos - Giba Goiab.)
A Viola e a Cultura (Ramiro Vi�la - Batista dos Santos)
Ber�o de Ouro (Batista dos Santos)
Cabelos Brancos (Batista dos Santos)
Cen�rio de Tristeza (Batista dos Santos)
Chap�u De Carand� (Batista dos Santos)
Forma��o de Caboclo (Batista dos Santos)
Inquilino do Mundo (Valdemar Reis - Batista dos Santos)
Jardim do Pantanal (Batista dos Santos)
Meus Dois Diamantes (Valdemar Reis - Batista dos Santos)
Mulher Goiana (Batista dos Santos - Jesus Belmiro)
O Canto do Caipira (Batista dos Santos)
O Taquaritubense (Batista dos Santos)
O �ltimo Trof�u (Batista dos Santos)
Viola de M�e Para Filha (Batista dos Santos)
Viola Em Sil�ncio (Batista dos Santos - Ramiro Vi�la)
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Benedito Seviero:

Benedito Onofre Seviero nasceu no dia 20/10/1931, num subdistrito de Boa Esperan�a do Sul-SP, hoje denominado Trabiju-SP,
emancipado em 1997, e faleceu no dia 20/01/2016, em Santo Andr�-SP, onde residia.
Residindo ainda na ro�a, em Boa Esperan�a do Sul-SP, Benedito j� gostava de escrever Poesias, na Escola onde estudava.
Come�ou a compor aos 18 anos de idade, sendo que ele j� tinha interesse em que suas M�sicas fossem gravadas, o que era
dific�limo na �poca, por residir na ro�a.
Apesar de n�o tocar nenhum Instrumento Musical, Benedito Seviero foi um dos mais prol�feros Compositores Brasileiros, mesmo tendo escrito apenas as letras das M�sicas!!!
At� que o jovem Compositor resolveu se mudar para a Grande S�o Paulo, para onde trouxe seus pais, em 1956.
Foi na Paulic�ia Desvairada que Benedito Seviero conheceu o Compositor
Teddy Vieira,
que gostava das letras de suas Composi��es!
Sua primeira Composi��o, datada de 1949, � a Toada "Santa Cruz Da Serra"
(Benedito Seviero - Bigu� - Teddy Vieira), e foi gravada, pela primeira vez, no Lado A do 78 RPM N� CB-10.025, da Dupla
"Z� Mariano e Tibagi", disco esse lan�ado pela Columbia em Janeiro de 1954.
Essa bel�ssima Composi��o Musical � uma lembran�a das "Santas Miss�es", festa religiosa realizada no ano de 1949, ocasi�o na
qual havia sido constru�do o Cruzeiro em Trabij� (que na �poca ainda era distrito de Boa Esperan�a do Sul-SP).
E, no Lado B do mesmo Disco 78 RPM, foi gravado, pela mesma Dupla, o Cururu "Pescad� e Cano�ro"
(Bigu� - Benedito Seviero - Teddy Vieira), tamb�m de sua autoria!
Clique aqui
e ou�a a Toada "Santa Cruz da Serra" (Benedito Seviero - Bigu� - Teddy Vieira) interpretada por Z� Mariano e Tibagi, numa
grava��o hist�rica do Disco 78 RPM - 10025 - Lado A - Gravadora Col�mbia - Gravado em Janeiro/1954 - do Acervo de Jos�
Ramos Tinhor�o - num excelente Arquivo Musical pertencente ao
IMS - Instituto Moreira Salles,
excelente site que se preocupa com a Preserva��o de Inestim�veis Acervos Brasileiros em termos de M�sica, Fotografia, Artes
Pl�sticas e Biblioteca, o qual convido o Apreciador a visitar!
Clique aqui
e ou�a o Cururu "Pescad� e Cano�ro" (Benedito Seviero - Bigu� - Teddy Vieira) interpretado por Z� Mariano e Tibagi, numa
grava��o hist�rica do Disco 78 RPM - 10025 - Lado B - Gravadora Col�mbia - Gravado em Janeiro/1954 - do Acervo de Jos�
Ramos Tinhor�o - num excelente Arquivo Musical pertencente ao
IMS - Instituto Moreira Salles,
excelente site que se preocupa com a Preserva��o de Inestim�veis Acervos Brasileiros em termos de M�sica, Fotografia, Artes
Pl�sticas e Biblioteca, o qual convido o Apreciador a visitar!
Por outro lado, a primeira Composi��o de Benedito Seviero a ser gravada em disco foi a Moda Campeira "Pe�o Vira-Mundo"
(Benedito Seviero - Campanha), interpretada pela Dupla
Campanha e Cuiabano,
e que foi o Lado B do Disco 78 RPM N� 00-00.250, gravado na Sinter em 1953.
Tamb�m foi destaque, no primeiro Disco da Dupla
Zilo e Zalo,
a grava��o de seu Cateret� "A Volta Do Seresteiro" (Zalo - Benedito Seviero), no Lado B do Disco 78 RPM N� TA-5.797, gravado
pela Todam�rica no ano de 1958.

Benedito Seviero foi o Autor da letra de bel�ssimas Composi��es Musicais, em diversos ritmos, dentre os quais predominaram Can��es
Rancheiras, Tangos e Guar�nias em seu imenso Repert�rio.
S�o mais de 2.000 Composi��es e sua Obra Musical foi e continua sendo gravada e regravada por renomad�ssimos int�rpretes
do quilate de
Campanha e Cuiabano,
Zilo e Zalo,
Ti�o Carreiro e Pardinho,
Joao Mulato e Douradinho,
Zico e Zeca,
Liu e L�u,
Belmonte e Amara�,
Ca�ula e Marinheiro,
Can�rio e Passarinho,
Mensageiro e Mexicano,
Tibagi e Miltinho,
Sulino e Marrueiro,
Louren�o e Lourival,
Pe�o Carreiro e Z� Paulo,
Valderi e Mizael,
S�rgio Reis,
Trio Parada Dura,
Joaquim e Manuel,
"Gino e Geno", "Chit�ozinho e Xoror�" e "Chico Rey e Paran�", apenas para citar alguns!
Importante ser lembrado tamb�m que um dos maiores sucessos de Benedito Seviero foi "Boate Azul" (Benedito Seviero - Thomaz),
cuja composi��o data de Novembro de 1963, mas que, devido � "ditadura" que sucedeu o Golpe Militar de 31/03/1964, ela acabou
sendo censurada e teve sua comercializa��o proibida, at� ser finalmente liberada a partir de 1980, quando da Abertura
Pol�tica no Governo de Jo�o Batista Figueiredo.
"Boate Azul" (Benedito Seviero - Thomaz) foi gravada por uns 80 Int�rpretes em 70 pa�ses, incluindo Portugal, Espanha, Fran�a,
It�lia, Alemanha e Dinamarca! Essa Composi��o � tamb�m o maior sucesso da Dupla
Joaquim e Manuel,
que ficou conhecida como "A Dupla Da Boate Azul"!
Numa descontra�da entrevista concedida ao Programa "Piracicaba Hist�rias E Mem�rias", apresentado pelo Jornalista e Radialista
Jo�o Umberto Nassif,
na R�dio Educadora De Piracicaba-SP (AM - 1060 KhZ), Benedito Seviero comentou sobre essa Composi��o e outras de tem�ticas
similares:
"...Foi na situa��o dos outros. Eu tinha um amigo que amanhecia b�bado na porta da boate. Ele era apaixonado por uma
mulher dessa boate. Ele ficava l� esperando ela sair. S� que ia bebendo, ia bebendo, na hora de sair n�o ag�entava mais,
ent�o, na hora de ir embora, ele ficava l� ca�do na porta da boate...",
Benedito Seviero tamb�m comentou bem humorado que
"...Cada composi��o � um caso que aconteceu com algu�m, n�o comigo..."
Mas, o Compositor assegura que n�o h� perigo em se fazer amizade com ele:
"...Se voc� tiver um passado limpo, n�o farei M�sica sua! Eu fa�o M�sica s� de quem tem um passado de muitas paix�es incontroladas..."
Clique aqui
e leia a �ntegra dessa entrevista concedida pelo Compositor Benedito Seviero.
Quero aqui agradecer tamb�m pela valios�ssima colabora��o que foi enviada pelo Apreciador
Jos� Luiz Possato,
pelas informa��es adicionais sobre Benedito Seviero e seu maravilhoso Repert�rio Musical! Muito obrigado, "Cumpadre"
Jos� Luiz!!!
Na foto abaixo, datada de 21/06/2009, Benedito Seviero e a Pesquisadora Sandra Cristina Peripato, idealizadora do
excelente site
Recanto Caipira,
que tamb�m possui uma
P�gina Dedicada ao Benedito Seviero,
site esse que, por sinal, foi uma das rar�ssimas refer�ncias biogr�ficas que encontrei sobre esse excelente Compositor!
Parab�ns Sandra cristina!!!
Minha Esposa (Netinha) e eu tivemos a honra de conhecer pessoalmente esse simp�tico Compositor no dia 28/10/2010, na
Editora Fortuna,
que � administrada pela Iara Fortuna, filha do inesquec�vel Compositor
Jos� Fortuna.
Numa agrad�vel conversa, comentamos que a "pergunta dif�cil de se responder" �
"Qual a Dupla que n�o tem em seu Repert�rio pelo menos uma Composi��o de
Benedito Seviero?"
O simp�tico Benedito Seviero, por�m, comentou com muita propriedade que
Jos� Fortuna,
com certeza, comp�s um Repert�rio bem maior que o dele, mesmo porque o n�mero de Composi��es gravadas � similar, n�o esquecendo de levar em conta que
Jos� Fortuna
viveu apenas 60 anos de idade, enquanto que Benedito Seviero acabava de completar 79 anos, 8 dias antes desse descontra�do encontro!
Nas 4 fotos abaixo, Benedito Seviero, Netinha e Ricardinho, na
Editora Fortuna,
no dia 28/10/2010:
E, foi com profunda tristeza que a Cultura Caipira recebeu a not�cia do falecimento do Compositor Benedito Seviero, aos 84 anos de idade, v�tima de um infarto, em sua resid�ncia em Santo Andr�-SP, no dia 20/01/2016...
Benedito Seviero passou para o Oriente Eterno e deixou sua esposa, Lourdes Domingas Santos Sevi�ro, que foi quem primeiro noticiou no Facebook...
Seu corpo foi sepultado no dia 21/01/2016 no Cemiterio de Camil�polis (Necr�pole Sagrado Cora��o de Jesus) em Santo Andr�-SP...
Benedito Seviero, com certeza, foi recebido de Bra�os Abertos no Oriente Eterno, e agora suas bel�ssimas Composi��es fazem parte do Repert�rio do Grande Coro e da Grande Orquestra Celestial de Violeiros.�., sob a Reg�ncia do Grande.�. Arquiteto.�. Do.�. Universo.�. ...
Benedito Seviero: Receba de Netinha e Ricardinho essa singela homenagem...
Algumas composi��es de Benedito Seviero:
A Mancha Do Pecado (Benedito Seviero - Bigu�)
A Marca Da Trai��o (Benedito Seviero - Zalo)
A Volta Do Seresteiro (Benedito Seviero - Zalo)
Abandono (Benedito Seviero - Paiozinho)
Abajur (Benedito Seviero - Sebasti�o Victor)
Abismo Da Dor (Benedito Seviero - N�zio)
Abismo Da Vida (Benedito Seviero - Palmito - Jaime Marques)
Abismo De Ilus�es (Benedito Seviero - Sulino - Marrueiro)
Alian�a (Benedito Seviero - Pedro Bento)
Alian�a Aben�oada (Benedito Seviero - Zalo)
Alma Aventureira (Benedito Seviero - Luiz de Castro)
Alma De Bo�mio (Benedito Seviero - Ti�o Carreiro)
Alma Inocente (Benedito Seviero - Zalo)
Amarga Confiss�o (Benedito Seviero - Zalo)
Amargura (Benedito Seviero - Miltinho Rodrigues - Zeza Dias)
Amor em Segredo (Benedito Seviero - Bas�lio)
Apaixonado (L�o Canhoto - Benedito Seviero)
Aproveita Minha Gente (Benedito Seviero - Ronaldo Adriano)
Beco Sem Sa�da (Tom�s - Benedito Seviero - Barrerito)
Boate Azul (Benedito Seviero - Thomaz)
Cachorro Amigo (Benedito Seviero - Luiz de Castro)
Can��o Da Madrugada (Benedito Seviero - Sebasti�o Aur�lio)
Casinha da Esta��o (Benedito Seviero - Ant�nio Ventura Filho)
Chora Cora��o (Benedito Seviero - Ronaldo Adriano)
Confiss�o (Benedito Seviero - Miltinho)
Confiss�o De Bo�mio (Benedito Seviero - Sereno)
Desengano (Benedito Seviero - Ti�o Carreiro)
Desse Jeito N�o Vai D� (Benedito Seviero - Corumba)
Deusa Da Madrugada (Benedito Seviero - Sebasti�o Victor)
Drama Da Vida (Benedito Seviero - Flor da Serra)
Duelo de Amor (Goi� - Benedito Seviero)
Escuta Minha Can��o (Benedito Seviero - Jos� Vito)
Espelho Da Vida (Benedito Seviero - Paiozinho)
Esperan�a Perdida (Benedito Seviero - Osvaldo Galhardi)
Espuma de Cerveja (Benedito Seviero - Toni Gomide)
Eterna Companheira (Benedito Seviero - Zilo)
Falsos Carinhos (Benedito Seviero - Pirassununga)
Flor Da Boemia (Benedito Seviero - Zalo)
Flor Da Lama (Benedito Seviero - Paiozinho)
Flor Proibida (Benedito Seviero - Miltinho Rodrigues)
Foi Um Sonho (Benedito Seviero - Benedito da Silva)
Futebol na Lua (Benedito Seviero - Milano)
Homem De Bem (Benedito Seviero - Luiz de Castro - Sulino)
Inferno da Vida (Benedito Seviero - Tomaz - Barreirito)
Ingratid�o (Benedito Seviero - Luiz de Castro)
Jo�o Ningu�m (Lu�s de Castro - Benedito Seviero - Amara�)
Luz Vermelha (Benedito Seviero - Ti�o Carreiro)
M�goa Cruel (Benedito Seviero - Z� do Carro)
Mal Agradecida (Benedito Seviero - Jo�o Mulato - Nene Dias)
Maldito Dinheiro (Benedito Seviero - Ronaldo Adriano)
M�o Amiga (Ronaldo Adriano - Benedito Seviero - Para�so)
Meu Crescimento (Benedito Seviero - Sebasti�o Aur�lio)
Meu Regresso (Benedito Seviero - Antonio Mariani)
Minha M�goa, Minha Dor (Benedito Seviero)
Mula Granfina (Benedito Seviero - Pirassununga)
Mulher Avi�o (Benedito Seviero - Ronaldo Adriano)
Mulher De Ningu�m (Benedito Seviero - Paiozinho)
Mulher Do Meu Amigo (Benedito Seviero - Sebasti�o Victor)
Mulher Dos Meus Sonhos (Benedito Seviero - Joel da Costa Leite)
Mulher Inocente (Benedito Seviero - Zilo)
N�o Amo Ningu�m (Teodoro - Benedito Seviero)
Neg�cio De S�cio (Benedito Seviero - Jos� Felipe)
Noite de Ang�stia (Benedito Seviero - Maravilhoso)
No Ponteio Da Viola (Para�so - Benedito Seviero)
O Destino N�o Quis O Nosso Matrim�nio (Benedito Seviero - Miltinho Rodrigues)
O Dinheiro Compra Tudo (Benedito Seviero - Luiz de Castro)
O Maior Castigo (Zilo - Benedito Seviero)
O Mesmo Amigo (Benedito Seviero - Rocha de Menezes)
O Mesmo Castigo (Ronaldo Adriano - Benedito Seviero)
�rf�os de Pais Vivos (Benedito Seviero - Luiz de Castro)
O Sil�ncio Do Seresteiro (Zilo - Benedito Seviero)
Palavra De Honra (Benedito Seviero - Ronaldo Adriano - Rosa Quadros)
Pescad� e Cano�ro (Bigu� - Benedito Seviero - Teddy Vieira)
Pi�o Vira-Mundo (Benedito Seviero - Campanha)
Pranto Amargo (Benedito Seviero - Miltinho)
Pre�o Da Trai��o (Benedito Seviero - Zalo)
Primeira Ilus�o (Benedito Seviero - Vicente de Oliveira)
Queixumes De Amor (Benedito Seviero - Z� da Estrada)
Querida Minha (Benedito Seviero)
Que Seja Feita A Sua Vontade (Benedito Seviero - Ronaldo Adriano)
Rainha Da Trai��o (Benedito Seviero - Sebasti�o Victor)
Rainha Do Meu Cora��o (Benedito Seviero - Barrinha)
Recado Mortal (Benedito Seviero - Goi�)
Regresso De Bo�mio (Benedito Seviero - Paiozinho)
Rei Da Capa (Benedito Seviero - Pirassununga)
Remorso (L�o Canhoto - Benedito Seviero)
Rescis�o De Contrato (Benedito Seviero - Sulino)
Santa Cruz da Serra (Benedito Seviero - Bigu� - Teddy Vieira)
S�o Jo�o Batista (Benedito Seviero - Vieirinha)
Sentenciado (Benedito Seviero - N�zio)
Serenata Do Adeus (Benedito Seviero - Nascimento Filho)
Seresteiro Do Amor (Benedito Seviero - Le�ncio - Leonel)
Sistema Antigo (Benedito Seviero - Teddy Vieira)
Sombra Do Passado (Benedito Seviero - Zilo)
Som de Cristal (Benedito Seviero - Thomaz)
Sonho De Amor (Benedito Seviero - Teddy Vieira)
Ta�a Da Dor (Benedito Seviero - N�zio)
Ta�a Da Saudade (Benedito Seviero - Miltinho)
Ta�a Vazia (Benedito Seviero - Miltinho)
Tango Da Meia-Noite (Benedito Seviero - Zilo)
Tango Da Trai��o (Benedito Seviero - Zalo)
Teu Adeus (Benedito Seviero - Luiz de Castro)
Toalha De Mesa (Benedito Seviero - Luiz de Castro)
Trem Das Seis (Luiz de Castro - Benedito Seviero)
Triste Caminho (Benedito Seviero - Miltinho)
�ltima Conquista (Benedito Seviero - Dorinho)
�ltima Noite (Benedito Seviero - Zalo)
V� Com Deus (Benedito Seviero - Ronaldo Adriano)
Velha Quer�ncia (Benedito Seviero - Bigu�)
Vento Mensageiro (Benedito Seviero - Tomaz)
Vestido Branco (Benedito Seviero - Ronaldo Adriano - Mangabinha)
Viol�o Amigo (Benedito Seviero - Zilo)
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Bi�:

Sebasti�o Alves da Cunha, o Sabi� e, posteriormente, o Bi�, nasceu em Coromandel-MG em 1927 e
faleceu em S�o Paulo-SP no dia 02/09/2006.
Ap�s algum tempo trabalhando como garimpeiro, Sebasti�o iniciou a carreira art�stica em Araguari-MG no ano de 1947,
formando o trio "Sabi�-Canarinho-Albertinho", juntamente com seu irm�o Elias e o acordeonista paulista
Alberto Cal�ada
(Alberto de Souza Cal�ada nasceu em S�o Paulo-SP no dia 06/08/1929 e faleceu tamb�m na Capital Paulista no dia 29/07/1983 -
celebrizou-se por excelentes interpreta��es de diversas Valsas de Zequinha de Abreu, tais como "Branca", "Aurora", "Tardes
em Lind�ia", "�ltimo Beijo" e "Rosa Desfolhada").
Seu irm�o Elias mais tarde integrou o "Trio Ga�cho", com o nome art�stico Gauchito.
O Trio "Sabi�-Canarinho-Albertinho" atuou na R�dio Araguari at� 1950, ano em que os tr�s m�sicos seguiram para a Capital
Paulista e passaram a se apresentar em diversos programas, tais como "Hora dos Munic�pios" (de Blota Junior na R�dio Record)
e "Arraial da Curva Torta" (do
Capit�o Furtado
na R�dio Difusora). No mesmo ano, Sebasti�o resolveu encurtar o nome art�stico (Sabi�) para Bi�.
O trio por�m acabou por se desfazer e Bi� formou ent�o uma dupla com o Mariano (Mariano da Silva que j� integrou a
inesquec�vel Turma de
Corn�lio Pires
juntamente com seu irm�o, o Ca�ula - Mariano e Ca�ula tamb�m foram respectivamente pai e tio do acordeonista Ca�ulinha �
conhecid�ssimo na Rede Globo). "Bi� e Mariano" gravaram, na ocasi�o, "Onde Foi Voc�" (Bolinha) e "Pelejo Pr� Te Deixar"
(Bi� - Gauchinho), na gravadora Continental (hoje Warner Music).
A dupla com Mariano foi desfeita e Bi� formou ent�o, em 1952, outra dupla, dessa vez com Diogo Mulero, o
Palmeira:
a famos�ssima dupla "Palmeira e Bi�", que fez sucesso durante oito anos.

Palmeira e Bi� foram contratados pela R�dio Piratininga para o programa que ia ao ar todas as Ter�as-Feiras �s 21:00.
E a dupla era tamb�m acompanhada pelo j� mencionado Acordeonista
Alberto Cal�ada.
No primeiro ano de exist�ncia,
a dupla chegou a gravar 10 discos 78 RPM, ou seja, quase um por m�s!

Dentre os diversos sucessos da dupla "Palmeira e Bi�", merecem destaque "Garimpeiro do Brasil" (Bi�), "A Voz Dos
Sinos" (J. M. Alves), "Bai�o Da Serra Grande" (Palmeira - Fred Williams), "O Milagre De Tamba�" (Palmeira - Teddy Vieira),
"Couro De Boi" (Palmeira - Teddy Vieira), "Disco Voador" (Palmeira), al�m do famos�ssimo Bolero Sertanejo "Boneca Cobi�ada"
(Bi� - Bolinha), que foi gravado em 1956.
Inusitado, para a �poca, incluindo novas tem�ticas, arranjos e instrumenta��o, esse Bolero Sertanejo que Bi� comp�s em
parceria com Euclides Pereira Rangel (o Bolinha), permaneceu por mais de 10 semanas nas paradas de sucesso, tendo vendido
mais de 500 mil c�pias, ocasi�o na qual
Palmeira
foi nomeado Diretor Art�stico dos discos sertanejos da RCA (hoje BMG).
Esse bolero tornou-se um cl�ssico n�o s� na M�sica Sertaneja, mas tamb�m na MPB de um modo geral, j� que tamb�m foi
gravado por diversos artistas renomados, do quilate de Carlos Galhardo, al�m de ter dado origem a um filme hom�nimo.
Eis abaixo a letra de "Boneca Cobi�ada" (Bi� - Bolinha):
Quando eu te conheci,
Do amor desiludida
Fiz tudo e consegui
Dar vida � tua vida.
Dois meses de aventura,
O nosso amor viveu
Dois meses com ternura,
Beijei os l�bios teus.
Por�m eu j� sabia
Que perto estava o fim
Pois tu n�o conseguias
Viver s� pra mim.
Eu poderei morrer,
Mas os meus versos, n�o.
Minha voz h�s de ouvir,
Ferindo o cora��o!
Boneca cobi�ada,
Das noites de sereno
Teu corpo n�o tem dono,
Teus l�bios tem veneno...
Se queres que eu sofra,
� grande o teu engano
Pois olha nos meus olhos,
V� que n�o estou chorando!
Clique aqui
e saiba mais um pouco sobre Bi� e tamb�m sobre o surgimento do Bolero Sertanejo e da M�sica "Boneca Cobi�ada" (Bi� - Bolinha), num trecho de um dos
primeiros Programas
Viola Minha Viola
que foi ao ar em Julho de 1980, pela
TV Cultura
de S�o Paulo-SP!!! No clipe, a presen�a de Bi�, Moraes Sarmento e
Non� Bas�lio
(foto abaixo, da esquerda pr� direita), todos de Saudosa Mem�ria... Arquivo esse postado no site do
YouTube.
E "Boneca Cobi�ada" ganhou tamb�m em 1957 uma vers�o sat�rica gravada pelo famoso humorista Z� Fid�lis (Gino Cortopassi,
nascido em S�o Paulo-SP em 23/09/1910 e falecido em 1985 tamb�m em S�o Paulo-SP), intitulada
"Boneca Cabe�uda",
tamb�m em ritmo de Bolero.
Consta tamb�m que Bi� chegou a formar com seu conterr�neo a dupla "Bi� e Goi�" na d�cada de 1950, na Capital Paulista. Na
ocasi�o, o compositor
Goi�,
(nascido tamb�m em Coromandel-MG) j� havia deixado o Trio "Goi�, Goiazinho e Z� Micuim" e tamb�m j� havia trocado Goiania-GO
pela Paulic�ia Desvairada.
E, em 1961, Sebasti�o passou a cantar em dupla com seu outro irm�o, o S�lvio: a dupla "Bi� e Biazinho" gravou o LP
"Rel�quias Sertanejas". No ano seguinte, Bi� gravou na Chantecler (hoje Warner Music) um LP no qual fez uma
"dupla
com ele mesmo": "Um Cantor Em Duas Vozes", tendo usado o nome de Sid Bi�.
Mais tarde, juntamente com
Dorinho
(o mesmo da famosa dupla com
Nenete),
Bi� formou a dupla "Dorinho e Bi�" a qual gravou tr�s LP's, entre 1966 e 1968.
Bi� tamb�m atuou na R�dio Nacional de S�o Paulo-SP, com o conjunto "Bi� e Seus Batutas" (formado por Bi�, Sirley e Gonzales),
ocasi�o na qual gravou tamb�m o LP "Os Grandes Sucessos de Palmeira e Bi�", na gravadora Cantagalo, onde Bi� trabalhou
tamb�m como Diretor Art�stico. Esse conjunto voltou a se reunir em 1982, a convite do Selo Rodeio da gravadora Warner Music,
para a grava��o de mais um LP.
E foi em 1972 que Bi� formou com
Dino Franco
a famosa dupla "Bi� e Dino Franco", dupla que gravou diversos LP's destacando-se, dentre outras, m�sicas como "Cruz do Meu
Ros�rio" (Bi� - S�lvio Cunha), "Miss�o de um Rep�rter" (Dino Franco - Nh� Cido), "Encontro de Poetas" (Jo�o Pac�fico),
"Travessia do Araguaia" (Dino Franco - D�cio dos Santos), "Peda�o de Poema" (Fl�vio Montes - Milongueiro) e "Que Ser� De N�s"
(Silvio Cunha - Bi�)! A dupla durou at� o ano de 1979 quando
Dino Franco
resolveu encerrar a carreira art�stica, ainda que de forma tempor�ria, j� que em 1981,
Dino Franco
j� havia formado a inesquec�vel Dupla com Moura�.
De acordo com Ayrton Mugnaini Jr. na p�gina 56 de seu livro "Enciclop�dia das M�sicas Sertanejas",
"Bi� poderia disputar
com
Raul Torres
uma men��o no Guinness como o Cantor Sertanejo que cantou em maior n�mero de duplas".

Bi� foi ainda Produtor Sertanejo da R�dio Tupi de S�o Paulo-SP (a qual fechou suas portas em 1980, juntamente com a
inesquec�vel primeira emissora brasileira de televis�o); e, na R�dio Imprensa FM, tamb�m de S�o Paulo-SP, Bi� apresentou, de
1984 a 1986, um programa que foi, por sinal, o primeiro programa sertanejo numa emissora FM em todo o Brasil.
Um acidente dom�stico no entanto fez com que Bi� interrompesse em definitivo sua carreira art�stica, no ano de 1987. E diabete cr�nica
transportou Bi� para o "Andar de Cima", no dia 02/09/2006, na Capital Paulista.
Algumas composi��es de Bi�:
ABC Do Cora��o (Palmeira - Bi�)
A Andorinha (Bi� - Jo�o Borges)
Amigo Heleu (Bi� - J. M. Alves)
A Volta Da Morena (Palmeira - Bi�)
Boneca Cobi�ada (Bi� - Bolinha)
Cal�nia (Palmeira - Bi�)
C�u De Goi�s (Palmeira - Bi�)
Cora��o Sabe O Que Faz (Bi� - Bolinha)
Cruz Do Meu Ros�rio (Bi� - S�lvio Cunha)
Dois Cora��es (Palmeira - Bi�)
Flor Do Lodo (Bi� - Goi�)
Garimpeiro do Brasil (Bi�)
Pelejo Pr� Te Deixar (Bi� - Gauchinho)
Resposta Do Couro De Boi (Palmeira - Bi�)
Se Ela Voltasse (Bi� - Bolinha)
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Caetano Erba:

Jos� Caetano Erba nasceu no dia 11/09/1937 em Pederneiras-SP e faleceu no dia 11/07/2009 em S�o Paulo-SP.
Junto com seus pais, trabalhou nas lavouras de caf� at� os 18 anos de idade.
Desde os 11 anos j� escrevia seus primeiros versos, influenciado que foi pela conviv�ncia com
as freq�entes festas da ro�a, catiras e bailes de terreiros onde ouvia a m�sica de violeiros,
sanfoneiros e cantadores da regi�o e adjac�ncias que por l� se apresentavam. Em 1958, formou-se
em Contabilidade e dois anos depois foi trabalhar no extinto �Banco de S�o Paulo S.A�, ocasi�o
na qual se mudou para a Paulic�ia Desvairada, onde ocupou o cargo de banc�rio at� 1976.
Em S�o Paulo, conheceu
Jo�o Salvador Perez, o
Tonico,
atrav�s de
Craveiro e Cravinho,
que foi, inclusive a dupla que gravou em 1968 a primeira composi��o de Caetano Erba,
"Pai da Avia��o".
Participou tamb�m de diversos festivais sertanejos, tendo obtido o segundo lugar nos de Santa
Izabel e tamb�m no da inaugura��o do Parque Ecol�gico, em S�o Paulo-SP. Tirou o primeiro lugar
nos concursos de Gar�a-SP e Jacare�-SP. Em 1972, recebeu o t�tulo de "Cidad�o Pederneirense".
Participou de diversos programas de r�dio na Capital Paulista e tamb�m foi jurado em diversos
festivais, em cidades como Santo Andr�-SP, Jacare�-SP e Guarulhos-SP.
Tamb�m foi Jos� Caetano Erba que escreveu o pref�cio do livro "Da Beira da Tuia ao Teatro
Municipal", escrito por
Tonico e Tinoco.
Diversos int�rpretes gravaram e continuam gravando suas composi��es, entre os quais,
Craveiro e Cravinho,
Tonico e Tinoco,
Ramiro Vi�la e Pardini,
Liu e L�u,
Vieira e Vieirinha,
Cacique e Paj�,
Mococa e Para�so,
Pena Branca e Xavantinho,
Ti�o do Carro e
Jackson Antunes�,
apenas para citar alguns.

Jos� Caetano Erba esteve presente no Programa
Viola Minha Viola
que foi ao ar no dia 28/05/2003 na
TV Cultura
de S�o Paulo, apresentado pela
Inezita Barroso,
programa no qual estiveram presentes, entre outros, interpretando suas composi��es,
Pena Branca
com o conjunto "Viola de N�is" (que na �poca ainda se chamava "Mano V�io"),
"C�sar e Paulinho" e tamb�m a dupla �
Ti�o do Carro
e Odilon�.
Pena Branca
interpretou inclusive a bel�ssima composi��o "Prociss�o de Gado" (Caetano Erba -
Xavantinho
-
Ti�o do Carro).
E, segundo,
Inezita,
Jos� Caetano Erba � um
"Poeta Paulista que as antologias ainda n�o registram por pura
ingratid�o"...

Tive o prazer de conhecer pessoalmente esse grande Compositor e Poeta na
Pra�a Caipira do Vila Country na Paulic�ia Desvairada, no dia 04/11/2003, por ocasi�o do
5�. anivers�rio do Programa
Celia e Celma,
que na �poca ia ao ar pelo Canal Rural.
Jos� Caetano Erba continuou compondo, com bastante Inspira��o, at� o final de sua vida; e possui centenas de Poemas at� ent�o in�ditos. As M�sicas
"Mala Amarela" (Jos� Caetano Erba - Para�so), "Saco de Ouro" (Para�so - Caetano Erba) e "M�e De Carv�o" (Ti�o do Carro - Caetano Erba), eram, nessa ordem,
suas tr�s Composi��es preferidas, segundo seu pr�prio depoimento!
Jos� Caetano Erba passou para o "Oriente Eterno" no dia 11/07/2009, v�tima de uma doen�a degenerativa contra a qual esse Grande Poeta vinha lutando h�
mais de dois anos...
De acordo com
Ramiro Vi�la,
"Falar de Caetano Erba � falar da pr�pria ess�ncia pura e verdadeira de um Grande Ser Humano que veio a este mundo para ser um Ser Humano como Deus
quer que todos os Seres Humanos sejam aqui na Terra... Deus o tenha a Seu lado e que sua Alma descanse em Paz!!! (...) Amigo Caetano, que bom foi ter te
conhecido e ter compartilhado com voc� momentos que jamais esquecerei em minha vida. Seus Versos e sua Poesia com certeza ficar�o eternamente em nossos
cora��es. Neste momento me faltam as palavras que, com certeza, voc� encontraria para descrever em forma de Poesia uma perda de algu�m que foi, pelo
menos um pouquinho, igual a voc�. Minha eterna lembran�a a voc� meu Amigo de verdade, Jos� Caetano Erba!!!"
Seu corpo foi sepultado no Cemit�rio Parque dos Pinheiros, pr�ximo � Rodovia Fern�o Dias.
Clique aqui
e ou�a "Capiau" (Jos� Caetano Erba - Ti�o do Carro) interpretada por J�lio C�sar e Santiago, Dupla Caipira de Itarar�-SP, divulgada pela
R�dio Educadora FAFIT-FM de Itarar�-SP - 88,7 MHz.
Na foto abaixo, Jos� Caetano Erba e o Radialista Jos� Francisco ("In Memoriam") (
R�dio Paran� Educativa (e-Paran�)
de Curitiba-PR) em S�o Paulo-SP, no dia 13/09/2007:
Na foto abaixo, Jos� Caetano Erba e Ricardinho, em S�o Paulo-SP, no dia 13/09/2007:
Clique aqui
e ou�a "Tributo Ao Caetano Erba" (Batista dos Santos), que � uma bel�ssima homenagem ao Jos� Caetano Erba, interpretada pelo pr�prio Compositor
Batista dos Santos,
que postou esse Link Musical no
GoEar!!!
Algumas composi��es de Caetano Erba:
A Formiguinha (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
A Mudan�a (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Aquele Homem (Jos� Caetano Erba - Rodrigo Mattos - Garutti)
Asilo (Jos� Caetano Erba - Rodrigo Mattos - Cuiab�)
A Volta do Filho (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Ber�o de Espinhos (Jos� Caetano Erba - Ti�o do Carro)
Bolha de Sab�o (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Brasil 500 Anos (Cacique - Paj� - Caetano Erba)
Cabritinha de Ouro (Caetano Erba - Da Costa - Cacique)
Cadeira de Balan�o (Caetano Erba - Para�so)
Cama de Areia (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Campo de Batalha (Caetano Erba - Cacique)
Capiau (Jos� Caetano Erba - Ti�o do Carro)
Caquinho de Saudade (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Casa de Inf�ncia (Caetano Erba - Luciano - Cacique)
Cobra Enrolada (Caetano Erba - Cacique)
Consulte Sempre Um Caipira (Cacique - Caetano Erba - Da Costa)
Cortina Dourada (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Dois Astros (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Dr. Cora��o (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Dr. da Agricultura (Tonico - Tinoco - Jos� Caetano Erba)
Duelo Sem Espada (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Exemplo de C�o (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Fazenda do Braga (Caetano Erba - Cacique - Russo)
Francisco de Assis (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Garganta do Mundo (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Gra�a Divina (Jos� Caetano Erba - Rodrigo Mattos - Barbosa)
Guerra De Trinta Segundos (Vicente P. Machado - Jos� Caetano Erba)
Hino Sertanejo (Tonico - Jos� Caetano Erba)
Jo�ozinho Da Favela (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Lembran�a da Ro�a (Jos� Caetano Erba - Jo�o Pinheiro)
Lembran�a do Carreiro (Jos� Caetano Erba - Ramiro Vi�la)
Lembran�as do Meu Pai (Jos� Caetano Erba - Mazinho Quevedo)
M�e De Carv�o (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Mala Amarela (Jos� Caetano Erba - Para�so)
Mala de Ouro (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Meu Cachorro Fiel (Tonico - Tinoco - Caetano Erba)
Meu Pai (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Meu Retrato (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Mo�a Canavieira (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Natal no Sert�o (Tonico - Caetano Erba)
Ninho de Andorinha (Jos� Caetano Erba - Ti�o do Carro)
N�is � Do Mato Mais N�is Conhece (C�zar - Jos� Caetano Erba)
O Cachorro e o Andarilho (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
O Choro da Goteira (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
O Escravo (Caetano Erba - Para�so)
O Homem de Sorte (Caetano Erba - Jos� Lu�s - Cacique)
O Rep�rter Andarilho (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
O Trouxa e a Fera (Jos� Caetano Erba - Paj�)
Patrono do Infinito (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Pe�es Veteranos (Jos� Caetano Erba - Cacique)
Primeiro Brinquedo (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Prociss�o de Gado (Caetano Erba - Xavantinho - Ti�o do Carro)
Professor Galdino Chagas (Jos� Caetano Erba - Cacique)
Puro Caboclo (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Recado de Carreiro (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Rold�o Bueno (Cacique - Jos� Caetano Erba - Alexandre)
Saco de Ouro (Para�so - Caetano Erba)
Sala dos Milagres (Jos� Caetano Erba - Rodrigo Mattos - Gina)
S�o Paulo Antigo (Cacique - Jos� Caetano Erba)
Sebasti�o Gomes (Cacique - Jos� Caetano Erba - Fernando Gaspar)
Sem Terra E Sem Caminho (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Trilhas da Vida (Jos� Caetano Erba - Jo�o Pinheiro)
34 Anos (Tonico - Tinoco - Jos� Caetano Erba)
33 Anos (Tonico - Jos� Caetano Erba)
Um Peso, Duas Medidas (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Vaca Maiada (Jos� Caetano Erba - Cacique - Nil)
Velhos Retratos (Jos� Caetano Erba - Rodrigo Mattos)
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Capit�o Bardu�no:

Pedro Anestori Marigliani, o Capit�o Bardu�no nasceu em Socorro-SP no dia 13/11/1904 e faleceu em S�o Paulo-SP no dia 01/08/1967. Filho de italianos, como se pode observar no sobrenome, desde crian�a sonhava trabalhar em r�dio.
Em 1937, foi levado pelo
Ariowaldo Pires, o Capit�o Furtado,
� Odeon, onde estreou como compositor, quando �Nh� Zefa e Juca Matias� lan�aram sua Moda de
Viola
�Cas�?!... S� Ansim� (Capit�o Bardu�no - Nh� Zefa (Maria de L�o)).
Foi em 1939, na R�dio Bandeirantes, de S�o Paulo-SP, quando foi contratado por Ot�vio Gabus
Mendes, diretor art�stico da emissora, que Pedro Anestori Marigliani acabou recebendo o apelido
pelo qual ficou conhecido em toda a sua carreira art�stica.
Capit�o Bardu�no tamb�m comandou o programa �Brasil Caboclo� na R�dio Bandeirantes, que era na
�poca o programa de maior audi�ncia no Brasil. A mesma emissora tamb�m apresentava o programa
�Na Serra da Mantiqueira�, que era comandado pelo
Comendador Bigu�,
outro grande sucesso do R�dio.
Um fato curioso � que na mesma �poca, as meninas iniciantes
Mary Zuil Galv�o
(Ourinhos-SP 04/05/1940) e
Marilene Galv�o
(Palmital-SP 27/04/1942), as
Irm�s Galv�o,
desde 1954 se apresentavam nessa emissora (inicialmente no programa �Na Serra da Mantiqueira�
e posteriormente no �Brasil Caboclo�) e seus nomes j� eram pronunciados com admira��o pelos
profissionais e ouvintes.
E, ouvindo o programa �Brasil Caboclo�, comandado pelo Capit�o Bardu�no, foi que
Diogo Mullero,
tamb�m conhecido como
Palmeira,
que era na �poca diretor art�stico da RCA, �previu o futuro" da dupla feminina e convidou
Mary e Marilene
para gravar seu primeiro disco, o que aconteceu no Rio de Janeiro em 1957.
Capit�o Bardu�no dedicou-se esporadicamente � composi��o; merece destaque a bel�ssima
mensagem na letra de �A Enxada e a Caneta� (Capit�o Bardu�no - Teddy Vieira), lan�ada por
Zico e Zeca
na gravadora Columbia, e gravada tamb�m por outros renomados int�rpretes, tais como
Nestor da Viola e tamb�m
Louren�o e Lourival.
Como redator e apresentador de programas de r�dio, destacou-se tamb�m com o programa
�A C�mara dos Despeitados�, s�tira pol�tica que fez tamb�m bastante sucesso na �poca.
E, em sua homenagem, a SP-08, Estrada que liga os munic�pios de Bragan�a Paulista-SP e
Socorro-SP, recebeu o nome de Rodovia Capit�o Bardu�no.
Ao contr�rio dos demais compositores e poetas homenageados nessa p�gina, h� pouqu�ssima
informa��o dispon�vel sobre o Capit�o Bardu�no e seus dados biogr�ficos foram encontrados
somente no
Dicion�rio Cravo Albin de M�sica Popular Brasileira
e na
Enciclop�dia Musical Brasileira.
Algumas composi��es de Capit�o Bardu�no:
Abre a Janela (Capit�o Bardu�no - Piraci)
A Enxada e a Caneta (Capit�o Bardu�no - Teddy Vieira)
A Vingan�a do Soldado (Capit�o Bardu�no - Chiquinho)
Caboclo (Capit�o Bardu�no - Anacleto Rosas Jr.)
Carmen Miranda (Palmeira - Capit�o Bardu�no)
Cas�?!... S� Ansim (Capit�o Bardu�no - Nh� Zefa)
La Gilota (Capit�o Bardu�no)
Marcha do Tubar�o (Capit�o Bardu�no - H�lio Sindo)
Moreninha do Pinhal (Capit�o Bardu�no - Rielinho)
Ritinha (Capit�o Bardu�no - Flauzino - Flor�ncio)
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Catulo da Paix�o Cearense:

Catulo da Paix�o Cearense (S�o Lu�s-MA 08/10/1863 � Rio de Janeiro-RJ 01/05/1946): Nascido na
verdade em 1866, como ele mesmo confidenciou. Apesar do nome com que era conhecido, ele era
Maranhense e morou no Estado do Cear� dos 10 aos 17 anos de idade.
Em 1880, seguiu
com a fam�lia para o Rio de Janeiro. Com Flauta e Viol�o freq�entava as rodas dos estudantes
cariocas, o que n�o era visto com bom olhos pelo seu pai que era dono de uma loja de ourives
e relojoaria.
Na �poca, o Viol�o era desprezado e perseguido, �sin�nimo de malandragem� e, na
�poca de Catulo, foi adquirindo prest�gio nos �Sal�es da Elite� (Naturalmente, n�o podemos nos
esquecer tamb�m do excelente Dilermando Reis que popularizou o t�o c�lebre Instrumento Musical,
que por sinal � o meu instrumento musical preferido).
Grande parte do trabalho de Catulo da
Paix�o Cearense foi voltada �s Modinhas e Serestas, no entanto, ao citar esse nome � realmente
inevit�vel que nos venham � lembran�a os versos de seu famoso �Luar do Sert�o� (Catulo da
Paix�o Cearense � Jo�o Pernambuco):
�N�o h�, oh gente, oh n�o
Luar como esse do sert�o...�
Quanto � autoria de �Luar do Sert�o�, por �falhas na impress�o� na edi��o partitura original,
ficou esquecido e negligenciado o co-autor Jo�o Pernambuco, que, ao que consta, torna-se cada
vez mais evidente que o nome dele n�o deve ser omitido juntamente com o do Catulo na autoria
da c�lebre composi��o. No CD �Ribeir�o Encheu�, de
Pena Branca e Xavantinho,
gravado pela
Velas,
a excelente dupla fez tamb�m um belo registro dessa composi��o e o nome de Jo�o
Pernambuco aparece como co-autor juntamente com o de Catulo da Paix�o Cearense.
Ao que consta, nenhum int�rprete gravou at� hoje o bel�ssimo "Luar do Sert�o" na �ntegra, j�
que esse Verdadeiro Poema, segundo informa��es, possui um total de 12 estrofes mais o refr�o.
De acordo com o compositor
Roberto Stanganelli,
o Poema originalmente ocupava todo o conte�do de um Livro, a exemplo do "Canto Geral" do Poeta Chileno Pablo Neruda.
Adauto Santos
chegou a gravar 7 estrofes da bel�ssima composi��o, em seu excelente CD intitulado
"Varanda Sertaneja" (gravado pela
Movieplay).
Eis a seguir a letra de "Luar do Sert�o" (Catulo da Paix�o Cearense - Jo�o Pernambuco), com 12
estrofes e o refr�o: a letra
"menos incompleta" que consegui encontrar at� o
momento:
Oh! Que saudades do luar da minha terra
L� na serra branquejando folhas secas pelo ch�o!
Este luar c� da cidade t�o escuro
N�o tem aquela saudade do luar l� do sert�o.
N�o h�, oh gente, oh! n�o,
Luar como esse do sert�o!
Se a lua nasce por detr�s da verde mata
Mais parece um sol de prata prateando a solid�o.
E a gente pega na viola que ponteia,
E a can��o � a lua cheia a nos nascer no coracao!
N�o h�, oh gente, oh! n�o,
Luar como esse do sert�o!
Quando vermelha no sert�o desponta a lua
Dentro d'alma onde flutua tamb�m rubra nasce a dor!
E a lua sobe e o sangue muda em claridade
E a nossa dor muda em saudade branca... assim... da mesma cor.
N�o h�, oh gente, oh! n�o,
Luar como esse do sert�o!
Ai!... Quem me dera que eu morresse l� na serra,
Abra�ado � minha terra e dormindo de uma vez!
Ser enterrado numa grota pequenina,
Onde � tarde, a sururina chora a sua viuvez!
N�o h�, oh gente, oh! n�o,
Luar como esse do sert�o!
Diz uma trova, que o sert�o todo conhece,
Que se, � noite, o c�u floresce, nos encanta, e nos seduz,
� porque rouba dos sert�es as flores belas,
Com que faz essas estrelas l� do seu jardim de luz!!
N�o h�, oh gente, oh! n�o,
Luar como esse do sert�o!
Mas como � lindo ver, depois por entre o mato
Deslizar calmo, o regato, transparente como um v�u,
No leito azul das suas �guas, murmurando,
Ir por sua vez roubando as estrelas l� do c�u!
N�o h�, oh gente, oh! n�o,
Luar como esse do sert�o!
A gente fria desta terra sem poesia
N�o se importa com esta lua nem faz caso do luar!
Enquanto a on�a, l� na verde capoeira,
Leva uma hora inteira, vendo a lua a meditar!
N�o h�, oh gente, oh! n�o,
Luar como esse do sert�o!
Coisa mais bela neste mundo nao existe
Do que ouvir um galo triste no sert�o se faz luar.
Parece at� que a alma da lua � que descanta,
Escondida na garganta desse galo a solu�ar!
N�o h�, oh gente, oh! n�o,
Luar como esse do sert�o!
Se Deus me ouvisse com amor e caridade,
Me faria esta vontade o ideal do cora��o.
Era que a morte a descantar me surpreendesse
E eu morresse numa noite de luar no meu sert�o!!
N�o h�, oh gente, oh! n�o,
Luar como esse do sert�o!
E quando a lua surge em noites estreladas,
Nessas noites enluaradas, em divina apari��o,
Deus faz cantar o cora��o da Natureza,
Para ver toda beleza do Luar do Maranh�o. (*)
N�o h�, oh gente, oh! n�o,
Luar como esse do sert�o!
Deus l� no c�u, ouvindo um dia, essa harmonia,
A can��o do meu sert�o, do meu sert�o primaveril,
Disse aos arcanjos que era o Hino da Poesia,
E tamb�m a Ave-Maria da grandeza do Brasil. (**)
N�o h�, oh gente, oh! n�o,
Luar como esse do sert�o!
Pois s� nas noites do sert�o de lua plena,
Quando a lua � uma a�ucena, � uma flor primaveril,
� que o Poeta, descantando a noite inteira,
V�, na Lua Brasileira, toda a alma do Brasil. (**)
N�o h�, oh gente, oh! n�o,
Luar como esse do sert�o!
(*) De acordo com Pinho, editor da excelente
Revista Viola Caipira,
"Essa estrofe in�dita foi escrita especialmente para (...) interpret�-la em S�o Lu�s-MA. Era desejo de Catullo que o
seu famoso 'Luar do Sert�o'
, quando cantado em sua Terra Natal (...) terminasse sempre, com ela.".
(**) Tamb�m de acordo com Pinho (
Revista Viola Caipira),
"...uma dessas estrofes, � escolha do int�rprete, dever� encerrar o c�lebre 'Luar do Sert�o'
, quando cantado
em solenidades comemorativas de nossa P�tria."
Valeu, "Cumpadre" Pinho!! Muito obrigado pela colabora��o!!

A viv�ncia do �Catulo Sertanejo� com as noites de �Luar do Sert�o� foi apenas naquele per�odo
dos 10 aos 17 anos em que ele viveu no Cear�. Ele era na verdade um �homem de cidade�, no
entanto, cantava a natureza, nossa terra e nossa gente. Tinha o m�rito de �n�o conhecer o
sert�o por�m descrev�-lo de modo admir�vel!".
N�o se pode afirmar, no entanto, que Catulo tenha escrito alguma melodia. Era, sim poeta, e
possu�a uma singular habilidade de �encaixar versos� em qualquer melodia conhecida. N�o tivesse
sido a composi��o dos versos de Catulo, muitas dessas bel�ssimas m�sicas instrumentais teriam
ca�do logo no esquecimento, apesar de t�o bem compostas e do indiscut�vel valor que possuem em
termos de melodia.
Catulo morava em uma casa bem simples, de madeira, no bairro carioca Engenho de Dentro (o mesmo
bairro onde nasceu e se criou Orlando Silva, o c�lebre Cantor das Multid�es), resid�ncia essa �
qual deu o nome de �Pal�cio Choupanal�. E n�o se acanhava em receber visitas de grandes
nomes das Letras, das Artes e da Pol�tica. Ao falecer em 01/05/1946, j� tinha assistido
� inaugura��o de seu busto e era uma indiscut�vel Gl�ria Nacional.
Algumas composi��es de Catulo da Paix�o Cearense:
Ai De Mim! (Catulo da Paix�o Cearense)
Ao Luar (Catulo da Paix�o Cearense)
At� As Flores Mentem (Catulo da Paix�o Cearense - Juventino Rosas)
Caboca Bunita (Catulo da Paix�o Cearense)
Cl�lia (Catulo da Paix�o Cearense - Luiz de Souza)
Fechei O Meu Jardim (Catulo da Paix�o Cearense)
Flor Amorosa (Catulo da Paix�o Cearense - Callado)
Luar do Sert�o (Catulo da Paix�o Cearense � Jo�o Pernambuco)
N�o V�-La Mais (Catulo da Paix�o Cearense - Viriato Figueira da Silva)
O Meu Ideal (Catulo da Paix�o Cearense - Irineu de Almeida)
Ontem Ao Luar (Catulo da Paix�o Cearense - Pedro de Alc�ntara)
O Que Tu �s (Catulo da Paix�o Cearense - Anacleto de Medeiros)
Os Olhos Dela (Catulo da Paix�o Cearense - Irineu de Almeida)
Palma De Mart�rio (Catulo da Paix�o Cearense - Anacleto de Medeiros)
Porque Eu Fui Poeta (Catulo da Paix�o Cearense - Jos� "Juca" Kallut)
Por um Beijo (Catulo da Paix�o Cearense - Anacleto de Medeiros)
Quando Ela Passa (Catulo da Paix�o Cearense - M�rio �lvares)
Rasga o Cora��o (Catulo da Paix�o Cearense - Anacleto de Medeiros)
Recorda-Te De Mim (Catulo da Paix�o Cearense)
Sertaneja (Catulo da Paix�o Cearense Ernesto Nazareth)
Talento e Formosura (Catulo da Paix�o Cearense - Edmundo Octavio Ferreira)
Templo Ideal (Catulo da Paix�o Cearense - Albertino "Carramona" Pimentel)
Tu Passaste Por Este Jardim (Catulo da Paix�o Cearense - Alfredo Dutra)
U Poeta Du Sert�o (Catulo da Paix�o Cearense)
Vai, Meu Amor, Ao Campo Santo (Catulo da Paix�o Cearense - Irineu de Almeida)
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Comendador Bigu�:

O Compositor e Radialista Jos� �ngelo de Campos, tamb�m conhecido como Comendador Bigu�
nasceu em Paragua�u Paulista-SP no dia 28/09/1924 e faleceu em Tup�-SP no dia 29/07/1974.
Tendo iniciado sua carreira na R�dio Propaganda de Paragua�u (PRP), onde atuou como
declamador e apresentador de programa sertanejo, Bigu� dedicou-se ao r�dio durante a vida
inteira.

Mudou-se para a Capital Paulista em 1947 e, dois anos depois, come�ou a apresentar o programa
"Na Serra da Mantiqueira", na Bandeirantes. Esse programa foi criado pelos Irm�os Mota,
que o dirigiam at� que o Comendador Bigu� assumiu a dire��o do mesmo e transformou-o num l�der
de audi�ncia. Foi tamb�m nesse programa que Bigu� contratou a dupla feminina que se iniciava
naquela �poca: as
Irm�s Galv�o,
que haviam encantado o Comendador Bigu�. Na foto � esquerda, Bigu� e as
Irm�s Galv�o.
Al�m da Bandeirantes, Bigu� tamb�m trabalhou nas R�dios Tupi e Cultura tamb�m de S�o Paulo-SP.
Atua��o em circo tamb�m fez parte da carreira art�stica de Bigu�, que viajou durante cinco
anos com o "Circo Oni", da fam�lia Stuart.
Em 1954,
Zico e Zeca
gravaram a toada "Capelinha de Chico Mineiro" (Comendador Bigu� - Teddy
Vieira) e, no ano seguinte, gravaram o cateret� "Desprezo" (Comendador Bigu� - Priminho). E,
ainda no mesmo ano de 1955, sua valsa "Amor Passageiro" (Comendador Bigu� - Teddy Vieira) foi
gravada pela dupla "Souza e Monteiro".
Luizinho e Limeira
tamb�m gravaram uma das mais famosas Composi��es do Comendador Bigu� que � "P� Na T�bua" (Ado Benatti - Luizinho - Bigu�).
Algumas composi��es de Comendador Bigu�:
Amarga Saudade (Goi� - Comendador Bigu�)
Amor Passageiro (Comendador Bigu� - Teddy Vieira)
Capelinha de Chico Mineiro (Comendador Bigu� - Teddy Vieira)
Criador de Passarinho (Teddy Vieira - Bigu�)
Desprezo (Comendador Bigu� - Priminho)
Desventura (Zacarias Mour�o - Bigu� - Z� do Rancho)
Os Degraus da Fama (Lourival dos Santos - Bigu�)
P� Na T�bua (Ado Benatti - Luizinho - Bigu�)
Pescad� e Cano�ro (Benedito Seviero - Bigu� - Teddy Vieira)
Santa Cruz da Serra (Benedito Seviero - Comendador Bigu� - Teddy Vieira)
Saudades Do Passado (Bigu� - Roque Jos� de Almeida)
Se Os Animais Falassem (Bigu� - Taubat� - Teodomiro)
Velha Quer�ncia (Comendador Bigu� - Benedito Seviero)
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Dino Franco:
"Conheci o Dino nos bastidores do
Viola Minha Viola,
atrav�s do meu amigo Dema, que me apresentou como grande Compositor. Confesso que fiquei meio sem jeito quando ele disse 'grande Compositor'
na frente do Dino Franco... Perguntei a ele humildemente se eu podia lhe mostrar algum trabalho.
Ele me passou seu endere�o e, na semana seguinte, eu lhe enviei tr�s letras. "Porto da Saudade" (Ademar Braga - Dino Franco), "Caboclo Casti�o" (Ademar Braga - Dino Franco) e "Grande Amor da Minha Vida" (Ademar Braga - Dino Franco)...
Passando algum tempo, eu, na d�vida, liguei para ele e perguntei se havia gostado das minhas letras. Ele me respondeu: 'J� musiquei e vou gravar as tr�s, num novo trabalho com o Fandangueiro. Voce � um grande Letrista! '
"
Fiquei muito feliz da vida. Um elogio vindo do Dino Franco me deu �nimo para continuar. Depois vieram outras parcerias. Dino Franco foi o Artista Sertanejo mais completo que conheci! "

Oswaldo Franco nasceu em Paranapanena-SP, no dia 08/09/1936, e faleceu em Rancharia-SP, no dia 04/04/2014.
Em sua inf�ncia, j� ouvia no r�dio excelentes Duplas Caipiras, tais como
Tonico e Tinoco,
e
"
Raul Torres e Flor�ncio",
entre outras. Aos 12 anos trocou o trabalho na enxada pela carreira art�stica,
abandonando em definitivo a lavoura que era seu "ganha-p�o" na �poca.
Na d�cada de 1950, trocou o Interior Paulista pela Capital e adotou inicialmente o nome art�stico
de Pirassununga. Atuou com
Tibagi
(o mesmo que havia acabado de desfazer a dupla com Z� Marciano e que depois havia feito dupla
com
Miltinho).
A Dupla "Tibagi e Pirassununga" gravou em 1959 pela Gravadora RGE o Disco 78 RPM N� 10.186, tendo no Lado A o Xote "Pe�o De Minas" (Anacleto Rosas J�nior - Z� Claudino)
e, no Lado B, a Valsa "Falsos Carinhos" (Benedito Seviero - Pirassununga).
Oswaldo tamb�m se apresentava no inesquec�vel programa "Arraial da Curva Torta" (produzido e apresentado por
Ariowaldo Pires,
o Capit�o Furtado).
Em S�o Paulo, na d�cada de 1960, Oswaldo Franco cantou com diversos parceiros usando tamb�m nomes art�sticos
diversos. Em 1960, por exemplo, adotou o nome art�stico de Junqueira quando cantou em dupla
com Juquinha. Foram 15 parceiros com os quais Dino Franco cantou em dupla nessa d�cada, dentre
os quais
Bi�,
Belmonte
e Piratininga.
A Dupla "Pirassununga e Piratininga" gravou no in�cio da d�cada de 1960 tr�s Discos 78 RPM: pela Gravadora Farroupilha, o Disco N� FR-2.002, tendo no Lado A
a Chula intitulada "A Dan�a Do Chula" (Arlindo Pinto - Jos� Cupido) e, no Lado B, a Moda Campeira "Tafurela" (Mirinho - Ado Benatti); pelo Selo Caboclo, o
Disco N� CS-639, tendo no Lado A a Chula "Cuidado Mo�o" (Arlindo Pinto - Z� Cupido) e, no Lado B, o Tango "Somos De Algu�m" (Piratininga - Pirassununga);
e pela CBS, o Disco N� 3.355-1, tendo no Lado A a Guar�nia "Aventureira" (Pirassununga) e, no Lado B, a conhecid�ssima Valsa "Capricho Do Destino" (Piratininga - Pirassununga).

"Pirassununga e Piratininga" tamb�m gravaram um Compacto Duplo rar�ssimo pela Gravadora OMB-Seresta (Organiza��o Musical Brasileira), tendo, no Lado A,
o Cururu
"Pescador do Iva�" (Pirassunga - Adolfinho) e o Xote
"Festejos de Trindade" (Pirassunga - Claudino Silveira) e, no Lado B, a Valsa-Can��o
"Sinfonia Brasileira" (Pirassunga - Z� Maring�) e a Moda de Viola
"Bandeirante Fern�o" (Carreirinho - Jo�o Caboclo).
O Compositor Jo�o Caboclo comenta na Contra-Capa desse Disco que
"PIRASSUNUNGA E PIRATININGA apresentam ao P�blico Apreciador da M�sica Regional Brasileira atrav�s deste Compacto Duplo lan�ado pela O. M. B.,
n�mero que foi escrito em homenagem a uma cidade tradicional do ESTADO DE GOI�S: 'FESTEJOS DE TRINDADE'
. Trindade, como todos conhecem, � uma
pequena cidade do Centro-Oeste Brasileiro, onde muitas pessoas de diversas regi�es do Brasil a visitam para cumprirem suas obriga��es religiosas, na
ocasi�o de sua festa, que realiza-se todos os anos em louvor ao 'DIVINO PAI ETERNO'
. Gostaria, caro amigo leitor, que a sua am�vel aten��o n�o
fosse dispensada s� nesta minha disserta��o e sim que comprovasse junto comigo o valor indiscut�vel das quatro composi��es aqui gravadas como tamb�m
a interpreta��o segura de 'PIRASSUNUNGA E PIRATININGA'
, esta dupla que sempre soube fazer jus ao SLOGAM que lhes conferiram 'OS CABOCLOS
ROM�NTICOS DO CANCIONEIRO POPULAR SERTANEJO
'. Parab�ns aos diretores e produtores da O. M. B., pelo lan�amento deste compacto, parab�ns ao p�blico
apreciador de nossa m�sica VERDE E AMARELA que tem enaltecido o nome de PIRASSUNUNGA E PIRATININGA, em todos os quadrantes do nosso querido e aplaudido
BRASIL Sertanejo. As minhas considera��es sinceras a todos aqueles que defendem o direito de: BOM BRASILEIRO, NA GRANDE P�TRIA, BRASIL."

E a Dupla "Juquinha e Junqueira", ao que consta, gravou 11 Discos 78 RPM e dois LP's ("Mineiro N�o Perde o Trem" e "Percorrendo Goi�s"), pelos Selos
RCA-Camden e Sertanejo, tamb�m no in�cio da d�cada de 1960.
N�o pode deixar de ser mencionado que a Discografia de Dino Franco, com as diversas duplas que formou e com os diversos nomes art�sticos que adotou, �
realmente muito mais ampla do que as informa��es que qualquer cataloga��o possa fornecer.
De acordo com o Radialista, Produtor e Pesquisador
Maikel Monteiro
(que apresenta o Programa "Brasil Caboclo" nos 630 kHz da
R�dio Paran� Educativa (e-Paran�) - AM
de Curitiba-PR),
"
A dupla 'Juquinha e Junqueira'
, integrada pelo Dino Franco, gravou apenas os 6 primeiros Discos de 78 Rota��es, ou seja, at� o disco RCA-CAMDEN
(CAM 1095/A/B) gravado em 1961 e lan�ado em 1962. Depois disso o Dino terminou a dupla com o Juquinha e este por sua vez formou dupla com outro mo�o
(...) e gravou os outros 05 discos de 78 rota��es e que resultaram em um Compacto Duplo tamb�m com as mesmas grava��es, al�m dos dois LP�s (...)
� importante lembrar que o Dino gravou um Compacto Simples com as m�sicas 'Cora��o de Fera' (Pirassununga)'
e 'A Fronha'
(Belmonte -
Anacleto Rosas Jr.) em trio chamado 'Pirassununga, Belmonte e Z� Maring�'
. Al�m dessa Obra, o Dino Franco lan�ou em 1968 pelo selo Sabi�
o LP solo 'Dino Franco - Rinc�o Ga�cho'
com M�sicas do Cancioneiro Regional do Rio Grande do Sul e, em 1971, lan�ou pela Chantecler o LP tamb�m solo
'Dino Franco e Sus Mariachis'
."
Em 1968, Oswaldo adotou em definitivo o nome art�stico de Dino Franco, pelo qual ficou conhecido e consagrado at� os �ltimos dias de vida.

Em 1972, Dino Franco firmou contrato com a gravadora Chantecler como produtor e diretor da
Linha Sertaneja. Em seguida, formou a dupla com
Bi�.
"Bi� e Dino Franco", foi uma dupla de sucesso, sendo que
Bi�
(ou Sabi� - Sebasti�o Alves de Cunha nascido em Coromandel-MG em 1927) foi o mesmo que tamb�m fez dupla com
Palmeira.
A Dupla "Bi� e Dino Franco" gravou 7 LP's, al�m de alguns Compactos e Discos de Colet�neas, entre 1973 e 1977, pelo Selo Sertanejo/Chantecler. Dentre as
diversas M�sicas gravadas pela Dupla, merecem destaque as bel�ssimas "A Sementinha" (Dino Franco - Itapu�) e "Peda�o de Poema" (Fl�vio Mattes - Milongueiro).

E, em 1979, Dino Franco formou dupla com Moura� (Luiz Carlos Ribeiro que nasceu em Ibirarema-SP
no dia 19/07/1946 e faleceu em Catanduva-SP no dia 16/10/2005). "Dino Franco e Moura�" foram
pioneiros na regrava��o de antigos sucessos da M�sica Sertaneja, tais como "Sertaneja" e "A
Volta do Caboclo".

Em seu trabalho, "Dino Franco e Moura�" procuraram sempre cultivar a M�sica Caipira Ra�z e se destacaram tamb�m com temas de Inspira��o Ecol�gica, tais
como "Manto Estrelado" (Dino Franco - Tenente Wanderley), "Serra Molhada" (Dino Franco - Valdemar Reis), "Amanhecer Divino" (Tenente Wanderley - Dino Franco),
"Cheiro de Relva" (Dino Franco - Jos� Fortuna) e "Por do Sol" (Jesus Belmiro - Cl�udio Balestro), apenas para citar algumas. Na foto acima e � esquerda,
Dino Franco, de camisa vermelha, cantando juntamente com o saudoso parceiro Moura�, ao centro, de camisa branca, no programa
Viola Minha Viola
que foi gravado na cidade de Araras-SP, e que foi ao ar no dia 25/06/2003, pela
TV Cultura de S�o Paulo-SP.

Quero aqui destacar o CD "Dino Franco - 50 Anos de Hist�ria", lan�ado em 2004 pela Atra��o Fonogr�fica (com Fonogramas gentilmente cedidos pela Warner
Music e Paradoxx Music), que brinda o Apreciador com algumas das mais belas e inspiradas Composi��es de Dino Franco, em consagradas interpreta��es a cargo de
"Dino Franco e Moura�", Duo Esperan�a,
Liu e L�u,
Jackson Antunes,
Chico Lobo,
Abel e Caim e
Milion�rio e Jos� Rico,
dentre outros, al�m da participa��o de Marina Franco e Marisa Franco, irm�s do excelente Compositor e que tamb�m formaram a Dupla "Irm�s Franco". Destaque
para "Amargurado" (Dino Franco - Ti�o Carreiro), "Festan�a em Bras�lia" (Dino Franco), "Medo" (Dino Franco - Jos� Neves),
"A Sementinha" (Dino Franco - Itapu�), "Ber�o De Deus" (Jos� Rico - Dino Franco) e "Manto Estrelado" (Dino Franco - Tenente Wanderley).
Dino Franco tamb�m produziu e apresentou algumas pe�as teatrais juntamente com
Liu e L�u,
Abel e Caim e
Zico e Zeca.
Dino Franco teve merecido destaque como excelente Compositor, especialmente na Moda de Viola, com
in�meras composi��es que t�m sido gravadas pelas mais renomadas Duplas Caipira Raiz.
Dino Franco tamb�m foi "Dono" da Cadeira N� 14 da Academia Municipalista de Letras do Brasil, conforme narrado por Siderley Clein no in�cio do CD
"Dino Franco - 50 Anos de Hist�ria"!
Clique aqui
e veja a nota de 20/01/2006 no Site Oficial da
Prefeitura Municipal de Rancharia-SP
a qual documenta o evento no qual Dino Franco recebeu das m�os do Presidente da C�mara Pedro
�vila o T�tulo de Cidad�o Ranchariense, no dia 06/01/2006!

E, ap�s o falecimento do Moura�, Dino Franco passou a cantar em Dupla com o Fandangueiro (Nestor de Souza Prado, nascido em Iep�-SP - na foto � esquerda,
junto com Gauchito do Acordeon). Quero aqui destacar o CD "Sert�o, Viola e Amor", gravado em Outubro de 2007 pela �guia Pro Audio Records, produzido por
Dino Franco e Fandangueiro e com a participa��o de Thiago Viola (Viol�o, Viola, Baixo e Percuss�o)

e Gauchito do Acordeon (Sanfona e Ritmo). Destaque para "O Dil�vio" (Dr. Manoel Algusto), "Sert�o, Viola e Amor" (Alcino Alves Costa - Dino Franco),
"Porto da Saudade" (Ademar Braga - Dino Franco), "Temporal de L�grimas" (Dino Franco - Fandangueiro), "A Fuga" (Nh� Chico - Dino Franco),
"Grande Amor da Minha Vida" (Ademar Braga - Dino Franco), "Caboclo Casti�o" (Ademar Braga - Dino Franco) e "Flores Do Meu Caminho" (Dino Franco).
Na foto abaixo, Dino Franco e Fandangueiro no Programa "Espa�o Cultura" na TV Assembleia de Mato Grosso Do Sul:

Quero tamb�m destacar o excelente CD "Integra��o Art�stica - Volume 01", lan�ado em 2008, produzido por Maciel Corr�a, que tamb�m participa do mesmo
solando o Acordeon. Importante mencionar que Maciel Corr�a � primo do saudoso Z� Corr�a (O "Rei do Chamam�", mito da M�sica Sul-Mato-Grossense, que morreu
assassinado no dia 09/04/1974, com apenas 29 anos de idade e que deixou um legado de 9 LP's e um Compacto). O CD tamb�m conta com a participa��o de Wando
(Viol�o e Baixo), Oz�ias (Viola), Oziel (Percuss�o), al�m das bel�ssimas vozes de "Dino Franco e Fandangueiro", "Irm�s Franco" e as declama��es de Wilson
de Aquino e Dino Franco. Destaque para "Altar da Natureza" (Dino Franco - An�zio Ant�nio Moreira), "Eu, Boi e Boiada" (Maciel Corr�a - Dino Franco),
"Garoto do Pantanal" (Dino Franco), "Cidade Morena" (Nh� Pai - Rielinho), al�m das bel�ssimas vers�es de "Guavira Poti (Flor de Guavira)"
(Mauricio Cardozo Ocampo - Emiliano R. Fernandez) e "Kilometro 11" (Transito Cocomarola - Jos� Aguer Constante - Adapta��o: Dino Franco).
Um CD "imperd�vel" para quem aprecia a M�sica T�pica do Estado de Mato Grosso do Sul e sua influ�ncia com a Fronteira Paraguaia!!
Na foto abaixo (na Churrascaria Ti�o Carreiro, no dia 26/03/2008, por ocasi�o do lan�amento do segundo CD de Poemas de autoria de
Jos� Caetano Erba,
declamados por Kleber Oliveira), da esquerda pr� direita,
Paj�,
Ramiro Vi�la,
Marina Franco (Irm� de Dino Franco e que forma com Marisa Franco a Dupla "Irm�s Franco") e o Compositor
Ademar Braga;
foto de autoria do Radialista Jos� Francisco ("In Memoriam") (que apresentou junto com Maikel Monteiro
o Programa
Brasil Caboclo
nos 630 kHz da
R�dio Paran� Educativa (e-Paran�) - AM
de Curitiba-PR, no ar todos os Domingos Das 07:00 �s 09:00 da manh�).
Tive a honra de conhecer pessoalmente o Compositor Dino Franco e sua irm� Marisa, al�m de rever Marina Franco em Rancharia-SP, no dia 19/10/2008, ocasi�o na
qual estava visitando o "Cumpadre"
Luciano Queiroz,
que � Violeiro e Luthier em Assis-SP.
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Ricardinho, Luciano Queiroz e Dino Franco, em sua resid�ncia em Rancharia-SP, no dia 19/10/2008:
Na foto abaixo, Suzzi (Esposa do Luthier Luciano Queiroz), ouve as Irm�s Franco, em sua resid�ncia em Rancharia-SP, na tarde de 19/10/2008:
Na foto abaixo, Suzzi (Esposa do Luthier Luciano Queiroz), Ricardinho, Sr. Expedito e Dona Edna (os Pais de Luciano Queiroz) ouvem as Irm�s Franco,
na tarde descontra�da de 19/10/2008, em Rancharia-SP:
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, o Poeta e Escritor An�zio Ant�nio Moreira (pertencente � Academia de Letras de Mato Grosso do Sul, e tamb�m
Compositor de algumas bel�ssimas M�sicas do CD "Integra��o Art�stica"), Ricardinho e o Acordeonista Maciel Corr�a (que participou da grava��o do CD
"Integra��o Art�stica" - ver acima), na tarde descontra�da de 19/10/2008, na resid�ncia de Dino Franco em Rancharia-SP:
Na foto abaixo, as Irm�s Franco: Marina (� esquerda) e Marisa (� direita), irm�s do Compositor Dino Franco, na mesma tarde descontra�da de 19/10/2008,
na resid�ncia de Dino Franco em Rancharia-SP:
Na foto abaixo, as Irm�s Franco: Marisa (� esquerda) e Marina (� direita) e Ricardinho, na tarde de 19/10/2008. Ao fundo, diversos Pr�mios Honor�rios e
T�tulos de Cidad�o de diversas Cidades, os quais Dino Franco conquistou pelo seu Dom de Compor:
Na foto abaixo, as Irm�s Franco, Dino Franco e Ricardinho, na mesma tarde descontra�da de 19/10/2008:
E, na foto abaixo, Dino Franco e Ricardinho, na mesma tarde de 19/10/2008 em Rancharia-SP:
Clique nos links abaixo (do
YouTube)
e conhe�a um pouquinho do trabalho das Irm�s Franco e da Dupla "Dino Franco e Fandangueiro":
Irm�s Franco:
Marina e Marisa Franco, ensaiando a musica "Arraste" (F�tima Le�o - Jura�ldes Da Cruz), acompanhadas pelo Gauchito Do Acordeon, na resid�ncia de Dino Franco
em Rancharia-SP. V�deo adicionado por S�rgio Rodrigues.
Dino Franco e Fandangueiro
interpretando e comentando o grande sucesso "Amargurado" (Dino Franco - Ti�o Carreiro), no Programa "Espa�o Cultura" na TV Assembleia de Mato Grosso Do Sul.
V�deo adicionado tamb�m por S�rgio Rodrigues.
Porto da Saudade (Ademar Braga - Dino Franco)
interpretada tamb�m pela Dupla "Dino Franco e Frandangueiro". V�deo adicionado por Boca di p� mu�da.
Marisa Franco partiu para o Oriente Eterno, aos 69 anos de idade, no dia 21/12/2013, em Ivinhema-SP, �s 15h:35min, ap�s uma grande complica��o decorrida de um c�ncer...
E o Poeta Dino Franco tamb�m partiu para o Oriente Eterno na manh� do dia 04/04/2014, aos 77 anos, em Rancharia-SP, onde residia... Ele foi encontrado morto em seu
quarto pela sua Irm� Marina Franco... Dino Franco havia passado alguns dias internado no Hospital e Maternidade de Rancharia-SP, na semana anterior ao seu falecimento...
Marisa e Dino Franco: Recebam de Netinha e Ricardinho essa singela homenagem...
Algumas composi��es de Dino Franco:
Abandono (Dino Franco - Fabiano)
A Cacha�a E O Fumo (Dino Franco - Nh� Chico)
A Fuga (Nh� Chico - Dino Franco)
A Infla��o E O Sal�rio (Chrys�stomo - Dino Franco)
Altar da Natureza (Dino Franco - An�zio Ant�nio Moreira)
Amanhecer Divino (Tenente Wanderley - Dino Franco)
Amargurado (Dino Franco - Ti�o Carreiro)
A Moda Do Cachaceiro (Dino Franco - Nh� Chico)
Amor e Saudade (Dino Franco - Jos� Milton Faleiros)
Amores Perdidos (Dino Franco - Ti�o Carreiro)
A Sementinha (Dino Franco - Itapu�)
As Tr�s Namoradas (Dino Franco - Jos� Fortuna)
Baile Na Fazenda (Dino Franco - Gauchito do Acordeon)
Bailinho do Mat�o (Dino Franco - Z� Maring�)
Ber�o De Deus (Jos� Rico - Dino Franco)
Boiadeiro Da Saudade (Sebasti�o Ferraz - Dino Franco)
Brasil 85 (Dino Franco - Tenente Wanderley)
Caboclo Casti�o (Ademar Braga - Dino Franco)
Caboclo Centen�rio (Dino Franco - Nh� Chico)
Caboclo De Sorte (Dino Franco - Ti�o Carreiro)
Caboclo Na Cidade (Dino Franco - Nh� Chico)
Ca�ada De On�a (David Vieira - Dino Franco)
Candidato Caipira (Nh� Chico - Dino Franco)
Canta Canta Pantaneira (M�rio Zan - Dino Franco)
Capricho Do Destino (Dino Franco)
Casa Pobre (Dino Franco)
C�u de Mato Grosso (Dino Franco - Orlando Ribeiro)
Cheiro de Relva (Dino Franco - Jos� Fortuna)
Cusco Do Pago (Dino Franco)
Derradeira Morada (Dino Franco)
Desencanto da Natureza (Alcino Alves Costa - Dino Franco)
Desesperado (Dino Franco - Ti�o Carreiro)
Eu, Boi e Boiada (Maciel Corr�a - Dino Franco)
Exemplo de Humildade (Dino Franco - Ti�o Carreiro)
Festan�a em Bras�lia (Dino Franco)
Festa Pantaneira (M�rio Zan - Dino Franco)
Festa Paraguaia (M�rio Zan - Dino Franco)
Filho De Ningu�m (Jos� Rico - Dino Franco)
Flor Do Campo (Dino Franco)
Flor Predileta (Dino Franco - Tertuliano Amarilla)
Foi Demais o que Fizeste Comigo (Dino Franco - Tertuliano Amarilha)
Fonte Dos Namorados (Dino Franco)
Fund�o De Serra (Dino Franco - Cl�udio Rodante)
Garoto do Pantanal (Dino Franco)
Gr� Fino Na Ro�a (Dino Franco - Nh� Chico)
Grande Amor da Minha Vida (Ademar Braga - Dino Franco)
He He Goi�s (Dino Franco)
Her�i Do Brasil (Dino Franco - Oswaldo de Andrade)
Homem Descrente (Dino Franco - Aparecida Mello)
Ideal do Caboclo (Dino Franco - Ari Guardi�o)
Ida Sem Volta (An�zio Ant�nio Moreira - Dino Franco)
Inconfid�ncia Mineira (Dino Franco - Oswaldo de Andrade)
Ingrata (Dino Franco)
J�ia Perdida (Dino Franco - Tenente Wanderley)
Juramento (Dino Franco)
Lavoura de Maconha (Dino Franco - Jesus Carlos)
M�goa (Dino Franco - Zeca)
Manh� Do Nosso Adeus (Z� do Rancho - Dino Franco)
Manto Estrelado (Dino Franco - Tenente Wanderley)
Medo (Dino Franco - Jos� Neves)
Mesti�a Arisca De La�o (Dr. Alves Lima - Dino Franco)
Meu Amor � Todo Seu (Dino Franco)
Meu Erro (Dino Franco - Mococa)
Meu Passado (Dino Franco)
Meu Pequeno Itajobi (Dino Franco)
Meu Ranchinho (Sebasti�o Victor - Dino Franco)
Milagrosa Nossa Senhora (Tonico - Tinoco - Dino Franco)
Minha Inf�ncia (Dino Franco)
Minha Mensagem (Dino Franco - Nh� Chico)
Minha Vida, Minha Cruz (Dino Franco - Ti�o Carreiro)
Namoro Proibido (Dino Franco - Zezito)
Natal De Esperan�a (Dino Franco)
Natureza (Dino Franco)
Noites De Ang�stia (Dino Franco - Ti�o Carreiro)
Nossa Raiz (Dino Franco - Moura�)
O Jeitinho Da Chica (Dino Franco)
Ora��o do Nosso Amor (Dino Franco - Lusmar)
Paineira Velha (Dino Franco - Juquinha)
Passos Na Cal�ada (Dino Franco)
Peda�o de Ch�o (Dino Franco - D�cio Pol�nio)
Pescador de Iva� (Dino Franco - Adolfinho)
Pinguinho de Gente (Dino Franco)
Pombinha Mensageira (Belmonte - Dino Franco)
Porto da Saudade (Ademar Braga - Dino Franco)
Por Que Me Deixaste (Dino Franco - Liu)
Pousada De Boiadeiro (Dino Franco - Ti�o Carreiro)
Presente de Deus (Aparecido Abel - Dino Franco)
Primeira Ilus�o (Dino Franco)
Punhal Da Falsidade (Dino Franco - Ti�o Carreiro)
Quando A Saudade Machuca (Dino Franco)
Rebanho Brasileiro (Dino Franco - Julio Paiva)
Regresso (Dino Franco)
Rei Da Capa (Dino Franco)
Retrato Do Boi Soberano (Dino Franco)
Santa Helena De Goi�s (Liu - Dino Franco)
Serra Molhada (Dino Franco - Valdemar Reis)
Sert�o, Viola e Amor (Alcino Alves Costa - Dino Franco)
Sopro de Brisa (Dino Franco - Tenente Wanderley)
Temporal de L�grimas (Dino Franco - Fandangueiro)
Travessia Do Araguaia (Dino Franco - D�cio dos Santos)
Trova Campeira (Jorge Neves - C�ndido - Dino Franco)
Um Pouco De Minha Vida (Dino Franco)
Velhas Ru�nas (Tenente Wanderley - Dino Franco)
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Elp�dio dos Santos:

Elp�dio dos Santos nasceu em
S�o Luiz do Paraitinga-SP,
em 14/01/1909 e faleceu a 03/09/1970. Filho de Benedito Alves que era maestro da Banda Santa
Cec�lia, na mesma cidade, foi nesse ambiente �saudavelmente contaminado pela m�sica�, que
Elp�dio dos Santos passou a inf�ncia, a adolesc�ncia e o in�cio de sua juventude e descobriu
o gosto pelas harmonias, ritmos e melodias.
Elp�dio trabalhou como apontador de jogo do bicho, funcion�rio de cart�rio e banc�rio.
A Arte Musical, por�m, j� estava incorporada � sua vida.

Elp�dio elegeu o Viol�o como seu Instrumento Musical preferido, apesar de tamb�m tocar com destreza outros instrumentos de cordas e tamb�m de
sopro.
Foi tamb�m em S�o Luiz do Paraitinga que Elp�dio conheceu
Am�cio Mazzaropi,
que n�o era at� ent�o conhecido pelo grande p�blico e que viera se apresentar num circo. Depois
do primeiro espet�culo, Elp�dio dos Santos tocou Viol�o a noite inteira e, a partir dali,
ficaram amigos at� a morte. Quando
Mazzaropi
come�ou a produzir seus filmes, chamou Elp�dio para encarregar-se das trilhas sonoras. Elp�dio
foi realmente o compositor preferido de
Mazzaropi,
e era sempre convidado para criar as m�sicas espec�ficas para cada filme, muitas das quais eram
cantadas pelo pr�prio
Mazzaropi.
Casado com Cinira Pereira dos Santos, mudou-se para S�o Paulo, para onde havia sido transferido
pelo banco onde trabalhava. Mesmo trabalhando em per�odo integral, n�o parou de compor nem de
dar aulas de Viol�o. Em S�o Paulo, estudou na Escola Paulista de Canto Orfe�nico.

Elp�dio faleceu em 03/09/1970, deixando mais de mil composi��es as quais s�o preservadas e
divulgadas pelos seus filhos, que tamb�m s�o respons�veis pelo Grupo
Paranga,
que vem fazendo um importante trabalho de resgate da produ��o musical do Vale do Para�ba. A foto � direita � da revista Manchete e foi tirada dois
meses antes do falecimento do Compositor.
Elp�dio teve diversas composi��es gravadas n�o s� pelo
Mazzaropi,
mas tamb�m por int�rpretes consagrados tais como
Cascatinha e Inhana,
Titulares do Ritmo,
Sulino e Marrueiro,
Irm�s Galv�o,
Tonico e Tinoco,
S�rgio Reis,
Cl�udio Lacerda,
Ivan Vilela,
Jo�o Ara�jo e Viola Urbana,
Pininha e Verinha,
Primas Miranda,
Almir Sater e
Pena Branca e Xavantinho, dentre muitos outros.
Clique aqui
e conhe�a o Site Oficial do
Instituto Elp�dio dos Santos
que foi inaugurado em 14/01/2009, na ocasi�o da comemora��o do Centen�rio desse excelente Compositor!
Clique aqui
e conhe�a o
Portal Paranga
que � o Site Oficial do excelente Grupo Musical de S�o Luiz do Paraitinga-SP, e que mant�m viva a Mem�ria Musical do inesquec�vel Compositor! Neg�o dos
Santos integra o Grupo
Paranga
e � filho de Elp�dio dos Santos!
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita,
Neg�o dos Santos,
Ricardinho e
Noel Andrade,
ap�s a apresenta��o no
SESC-Pomp�ia,
no dia 29/06/2007:
Algumas composi��es de Elp�dio dos Santos:
A Dor Da Saudade (Elp�dio dos Santos)
Alma Solit�ria (Elp�dio dos Santos)
A Mulher do Canoeiro (Elp�dio dos Santos - Anacleto Rosas Jr.)
Ave-Maria do Sert�o (Elp�dio dos Santos - P�dua Muniz)
Cai Sereno (Rama Da Mandioquinha) (Conde - Elp�dio dos Santos)
Cora��o De Mineiro (Elp�dio dos Santos - Z� Pag�o)
Despertar Do Sert�o - (Elpid�o dos Santos - P�dua Muniz)
Dona Do Sal�o (Elp�dio dos Santos - Conde)
Fogo no Rancho (Elp�dio dos Santos � Anacleto Rosas Jr.)
Ingratid�o (Elp�dio dos Santos)
Jeca Magoado (Elp�dio dos Santos)
Lamparina Do Nordeste (Elp�dio dos Santos)
Longe Dos Olhos (Armando Neves - Elp�dio dos Santos)
Me Leva (Priminho - Elp�dio dos Santos)
Menina De Escola (Elp�dio dos Santos)
Meu Burrinho (Elp�dio dos Santos)
N�o V� (Elp�dio dos Santos - Pininha)
O Ling�iceiro (Elp�dio dos Santos)
Rede De Tab�a (Elp�dio dos Santos)
Sopro Do Vento (Elp�dio dos Santos)
Voc� Vai Gostar (L� no P� de Serra) (Elp�dio dos Santos)
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Gen�sio Tocantins:
"O trabalho deles, Gen�sio e
Jura�ldes,
� maravilhoso. S�o bons Poetas e t�m M�sicas absolutamente in�ditas."
"Se apresentar ao lado de Gen�sio Tocantins � uma honra, pois trata-se de um Artista Popular em sua ess�ncia; de um grande Compositor."
Almir Sater (para o Correio Braziliense).
"Gen�sio ser� a grande surpresa e revela��o da MPB... Um grande Cantador, dos melhores de toda minha carreira de Produtor Musical, canta f�cil,
grande Int�rprete de M�sicas suas e de seus amigos. Como Cantor, demonstra a mesma for�a de quando
Luiz Gonzaga - o Gonzag�o
come�ou."
Rildo Hora (Maestro e Produtor).

Gen�sio Sampaio Filho � Compositor e tamb�m Cantador, nascido em Goiatins-TO, � beira do Rio
Tocantins onde, com seu pai (Gen�sio Sampaio Rodrigues que era lavrador, trovador e
cordelista), aprendera a entoar os primeiros versos nas feiras locais.
Quanto a essas feiras, Gen�sio, por sinal, considera-as important�ssimas para a Cultura
Popular, j� que, segundo ele,
"... sua inspira��o musical vem de um Universo Cultural
formado pela conviv�ncia com artistas populares, repentistas e cantadores, que fazem das
feiras uma explos�o de Cultura Popular, apresentada por diferentes linguagens�.
Ainda menino, Gen�sio seguiu,
"no lombo de animais", rumo a Aragua�na-TO, �s margens da
rodovia Bel�m-Bras�lia, numa comitiva com mais de vinte fam�lias que seus pais haviam
organizado. E foi nessa cidade que Gen�sio come�ou seus estudos b�sicos, continuando-os
mais tarde em Ceres-GO.

Aprendeu sozinho o toque do Viol�o; desde crian�a, estava decidido e queria ser artista.
Quanto ao seu gosto musical, Gen�sio o atribui � sua m�e, pois ela o levava com freq��ncia
�s Rodas de Folias, onde ele ouvia as Rezas, os Benditos, os Cantos do Divino e, como n�o
poderia deixar de ser, o Forr�, que sempre acontecia ap�s as Ora��es...
Gen�sio Tocantins iniciou sua carreira art�stica participando de diversos festivais regionais
e tamb�m por todo o Brasil. Dentre os pr�mios conquistados, destaca-se o Pr�mio Sharp de 1989 e
o Pr�mio Fiat de 1990.
E foi no "Festival Novos Talentos", com in�cio em Mar�o de 2000, que Gen�sio Tocantins,
defendeu a famos�ssima composi��o de
Jura�ldes da Cruz
"N�is � Jeca Mais � J�ia", em ritmo de Forr�, que � uma cr�tica bem humorada a certos
preconceitos que muita gente tem com rela��o ao Caipira e ao seu linguajar. O compositor
Jura�ldes da Cruz
tamb�m havia ganho o Pr�mio Sharp com essa composi��o em 1997.
No mesmo ano de 2000, Gen�sio foi classificado para as eliminat�rias do Festival da M�sica
Brasileira promovido pela Rede Globo, do qual participou com sua composi��o "Bai�o Internauta",
feita em parceria com Beir�o.
Como compositor, Gen�sio Tocantins possui composi��es em parceria com
Jura�ldes da Cruz,
Braguinha Barroso, Wanda D'Almeida, Hamilton Carneiro, Jo�o Gomes, Beir�o, Salgado Maranh�o e
Telma Tavares.
E, como int�rprete, Gen�sio gravou em 1988 o seu primeiro disco, o LP "Rela Bucho", pela
RGE (hoje Som Livre), disco esse que lhe conferiu no ano seguinte II Pr�mio Sharp de M�sica,
ocasi�o na qual recebeu o Trof�u Ano Dorival Caymmi na categoria Revela��o da M�sica
Regional Brasileira.
Gen�sio tamb�m gravou os CD's "U-Cantante", pela Gravadora Mercosom e "Brasis - As Can��es e o
Povo", pela Gravadora Brasis, al�m de um "single" que cont�m a famosa composi��o humor�stica de
Jura�ldes da Cruz
"N�is � Jeca Mais � J�ia", j� mencionada logo acima.
Gen�sio tamb�m gravou algumas m�sicas junto a excelentes int�rpretes tais como Fagner,
Pena Branca e Xavantinho e
Rolando Boldrin,
entre outros.

O trabalho musical de Gen�sio Tocantins, no entanto, n�o consiste apenas em compor e
interpretar. Tamb�m � apaixonado pela pesquisa e produ��o musical. Para a FIETO - Federa��o
das Ind�strias do Tocantins, Gen�sio � personagem fundamental para a conserva��o e divulga��o
da Riqueza Cultural de seu povo, guardada na mem�ria e nos sentimentos da gente de sua terra.

Gen�sio Tocantins � tamb�m Presidente da Comiss�o Provis�ria da Ordem dos M�sicos do
Brasil - Seccional Tocantins (OMB�TO). Nesse cargo, desenvolve um trabalho muito importante
com rela��o ao combate da "pirataria". Para Gen�sio,
�A pirataria tanto �
prejudicial do ponto de vista econ�mico como do ponto de vista da imagem de quem consome.
Do primeiro porque est� lesando as pessoas que est�o fazendo um trabalho original; do
segundo, porque a pessoa que compra um CD pirata, muitas vezes, se sente constrangida quando
algu�m descobre.�
Clique aqui
e veja na �ntegra esse interessante artigo publicado no Jornal
O Girassol.

E, tamb�m o jovem Estado do
Tocantins,
criado em 1988, situado no "Centro do Brasil", a Norte do Estado de Goi�s, ao lado
da Regi�o Nordeste Brasileira (um grande mercado consumidor) e praticamente vizinho da
Regi�o Amaz�nica (a maior reserva de recursos naturais do mundo), tem seu Hino
composto por esse Tocantinense chamado Gen�sio Tocantins!

Quero aqui destacar o CD "Bras�s - As Can��es e o Povo", gravado pela
MCK,
o qual contou com a Produ��o Musical de Rildo Hora e a Produ��o Fonogr�fica do pr�prio Gen�sio Tocantins, com bel�ssimas Interpreta��es de Composi��es
pr�prias e tamb�m de autoria de
Jura�ldes da Cruz,
tais como
"Bai�o Internauta" (Gen�sio Tocantins),
"Frutos da Terra" (Gen�sio Tocantins),
"Quem Ama Perdoa" (Jura�ldes da Cruz),
"Lira do Povo" (Gen�sio Tocantins),
"N�is � Jeca Mais � J�ia" (Jura�ldes da Cruz),
"Canto de Arriba��o" (Gen�sio Tocantins) e tamb�m o
"Hino ao Tocantins" (Gen�sio Tocantins), apenas para citar algumas!!!
Contato para shows:
(63) 3225-2070
(63) 8123-9170
e-mail:
[email protected]
Tive o prazer de conhecer pessoalmente esse grande Compositor, em Palmas-TO, no dia 16/05/2012, ocasi�o na qual conheci o Parque Estadual do Jalap�o e tamb�m a
cidade de Palmas-TO que � a capital planejada do jovem Estado do Tocantins e, conforme j� mencionei antes, a �nica Capital Brasileira que ainda n�o conhecia at�
ent�o!!!
Na foto abaixo, Gen�sio Tocantins e Ricardinho no Espa�o Cultural de Palmas-TO, no dia 16/05/2012:
Na foto abaixo, Gen�sio Tocantins, Netinha (minha Esposa) e eu, Ricardinho, no Espa�o Cultural de Palmas-TO, no mesmo dia 16/05/2012:
Na foto abaixo, Gen�sio Tocantins, nosso Guia Tur�stico Eudes Torres e eu, Ricardinho, no Espa�o Cultural de Palmas-TO, no mesmo dia 16/05/2012:
Na mesma noite em Palmas-TO, tamb�m tive o prazer de conhecer o casal Maur�cio e Dona Santinha, que s�o Cantadores do Jalap�o, al�m do Violeiro Toninho Borges, que
divulga em seu trabalho a Cultura do Tocantins e tamb�m do Vale do Jequitinhonha, no Norte das Minas Gerais!!!
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Toninho Borges, Ricardinho, Dona Santinha e Maur�cio, no Teatro do Memorial Coluna Prestes, em Palmas-TO, no mesmo dia 16/05/2012:
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Dona Santinha, Netinha, Ricardinho e Maur�cio, no Teatro do Memorial Coluna Prestes, em Palmas-TO, no mesmo dia 16/05/2012:
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Maur�cio (tocando Viola de Buriti), Dona Santinha e Toninho Borges, em excelente Apresenta��o no Teatro do Memorial Coluna Prestes, em Palmas-TO, no mesmo dia 16/05/2012:
E, na foto abaixo, Netinha e Ricardinho no Parque Estadual do Jalap�o, no Estado do Tocantins, no dia 13/05/2012, alguns dias antes do encontro com Gen�sio Tocantins,
Toninho Borges, Maur�cio e Dona Santinha:
Algumas composi��es de Gen�sio Tocantins:
Alian�a (Juraildes da Cruz - Gen�sio Tocantins)
Bai�o Internauta (Gen�sio Tocantins - Beir�o)
Beijo Transparente (Gen�sio Tocantins)
Canto de Arriba��o (Gen�sio Tocantins)
Coco Livre S. A. (Gen�sio Tocantins)
Destino Sanfoneiro (Gen�sio Tocantins - Jo�o Gomes)
Esta��o Saudade (Gen�sio Tocantins)
Festan�a (Gen�sio Tocantins)
Forr� do Ano 2000 (Gen�sio Tocantins)
Frutos da Terra (Gen�sio Tocantins)
Hino Ao Tocantins (Gen�sio Tocantins)
Lira do Povo (Gen�sio Tocantins)
Ol� Ol� Sabi� (Gen�sio Tocantins)
Rala Bucho (Gen�sio Tocantins)
Rita Medeiro (Gen�sio Tocantins)
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Geraldo Meirelles:

Conhecido como "O Marechal da M�sica Sertaneja", esse not�vel Compositor e Apresentador nasceu
em Casa Branca-SP no dia 24/02/1926 e se criou na fazenda "Sert�ozinho", no Vale do Para�ba. Faleceu na mesma cidade no dia 05/07/2013.
Passou a residir na Capital Paulista ainda jovem. Geraldo tamb�m morou no Rio de Janeiro-RJ
durante 5 anos, pois havia sido convocado pelo Ex�rcito durante a Segunda Guerra Mundial.
Geraldo iniciou sua carreira na d�cada de 1940, como Ator de Circo e Locutor de R�dio. Em 1947
passou a fazer R�dio-Teatro juntamente com Lulu Benencase.
Em entrevista ao Radialista Z� Leite de Guarulhos-SP (representante da excelente
Revista Viola Caipira),
Geraldo disse que iniciou no R�dio
"...praticamente por volta de 1947, quando o
Capit�o Furtado
tinhas uns programas l� no Alto do Sumar�, na Difusora, era o "Mutir�o do Sumar�". Eu comecei
a freq�entar e na �poca eu comecei a fazer humorismo em circo. Naquele tempo eu assistia ao
Serrinha,
ao Caboclinho... Agora, um programa meu mesmo, foi da d�cada de 1950, na R�dio Nove de Julho e na
R�dio Tupi: 'Prel�dio Sertanejo'
, 'Manh� no seu R�dio'
foram programas meus, e
depois tive um na R�dio Marconi. Eu fazia as tr�s R�dios juntas: entrava �s 04:00 na R�dio Tup�,
�s 06:00 na Nove de Julho e �s 08:00 na R�dio Marconi. A gente quase n�o tinha material naquele
tempo pr� mostrar nos programas. A gente fazia muito programa ao vivo com as Duplas".
Na d�cada de 1950, Geraldo criou um programa na R�dio Nove de Julho, o qual durou 20 anos, at�
o dia em que a emissora foi fechada durante o Regime Militar.
Como Radialista, Geraldo Meirelles tamb�m atuou nas R�dios Nacional e Aparecida, al�m da Tupi,
Marconi e Nove de Julho, conforme mencionado acima.

A partir de 1961, Geraldo come�ou a atuar tamb�m na M�sica Sertaneja, incentivado pelo renomado
Compositor
Athos Campos
que era seu cunhado e compadre. Tratava-se do inesquec�vel programa "Crep�sculo Sertanejo", na j�
mencionada R�dio Nove de Julho.
Geraldo Meirelles tamb�m atuou na Televis�o, apresentando, a partir de 1962, o programa "Canta
Viola" na TV Cultura de S�o Paulo-SP (que �poca pertencia aos Di�rios e Emissoras Associados),
Programa esse que foi o primeiro do g�nero durar mais de uma hora. O programa de estr�ia contou
inclusive com a participa��o das
Irm�s Galv�o,
conforme citado logo abaixo.
E em 1966, o "Canta Viola" passou para a extinta TV Tupi, tamb�m na Cidade de S�o Paulo-SP.

Geraldo atuou por um ano na TV Bandeirantes, retornando logo depois para a TV Tupi. A partir de
1971, passou a apresentar seu programa na TV Record, na qual permaneceu at� 1995. Em 1985, por�m, Geraldo sofreu um acidente automobil�stico e o
programa passou a ser apresentado por seu filho Marcelo.
Al�m da carreira no R�dio e na TV, Geraldo Meirelles foi tamb�m Fiscal Federal durante v�rios anos,
al�m de ter atuado tamb�m como Diretor Art�stico da Gravadora Copacabana, de 1970 at� 1973.
Mesmo ap�s o acidente, Geraldo Meirelles permaneceu apresentando o quadro "Na Beira do Forno",
dirigido � M�sica Caipira Raiz.
V�rios Int�rpretes Caipiras dos mais renomados se apresentaram no seu programa "Canta Viola",
dentre os quais podemos citar
Cascatinha e Inhana,
Liu e L�u,
Irm�s Galv�o,
Zilo e Zalo
e at� mesmo algumas duplas mais jovens in�ciando a carreira e que acabaram aderindo ao
"pop-sertanejo", tais como "Chit�ozinho e Xoror�", "Leandro e Leonardo" e "Zez� Di Camargo e
Luciano".
Geraldo Meirelles foi tamb�m autor de bel�ssimas p�ginas do Repert�rio Caipira, em parceria com
renomados Compositores do quilate de
Athos Campos,
Goi�,
Nenete,
Tonico,
Z� Claudino, Nh� Fio, Tony Damito e Nardel, dentre muitos outros. Diversas de suas composi��es
foram gravadas por excelentes int�rpretes tais como
Tonico e Tinoco,
Nenete e Dorinho,
"Monet�rio e Financeiro", Duo Brasil Moreno,
Irm�s Galv�o,
"Z� Claudino e Carreteiro",
S�rgio Reis,
Nardel e Delon,
Pena Branca e Xavantinho e
Liu e L�u,
apenas para citar alguns.

De acordo com
Mary Zuil Galv�o,
Geraldo Meirelles
"...foi o pioneiro da Televis�o Brasileira a tocar M�sica Sertaneja (...) foi quem
'peitou'
. Fez o primeiro programa de M�sica Sertaneja na TV Cultura. N�s est�vamos l� no
primeiro, ajudando, ficamos na produ��o tamb�m e cada uma contribu�a conforme seu potencial. Um
ficava no camarim, outro ia ligar pro
Cascatinha e Inhana...
Todo mundo ajudou a fazer o primeiro programa e foi o Geraldo quem 'peitou'
. A partir
da� surgiu o
Viola Minha Viola,
que n�s tamb�m est�vamos no primeiro programa. N�s somos arroz de festa..." (
Entrevista
concedida pelas
Irm�s Galv�o
ao Dafne Sampaio no site
Gafieiras -
Clique aqui
e veja a �ntegra dessa entrevista).
Geraldo Meirelles voltou a residir em Casa Branca-SP, sua cidade-natal. E por um bom tempo continuou ativo, apresentando
o programa "Ultrafarma" que ia ao ar diariamente a partir das 04:00 da manh� pela
TV Gazeta
de S�o Paulo-SP. Na mesma entrevista concedida ao Radialista Z� Leite (representante da
Revista Viola Caipira),
Geraldo tamb�m disse que
"...Uma coisa eu posso garantir e afirmar: ajudei de boa vontade, sem interesse nenhum. Nunca levei
vantagem, nunca cobrei um tost�o de nada... esse era o meu 'hobbie'. Sempre fui um f� da M�sica
Sertaneja", referindo-se aos grandes e famosos int�rpretes da M�sica Caipira que foram lan�ados
durante todos esses anos em seus inesquec�veis programas de R�dio e Televis�o!
Na mesma entrevista, Geraldo Meirelles tamb�m afirmou que
"O G�nero Sertanejo sempre foi discriminado e
ainda � at� hoje, mas muita coisa j� mudou. Antigamente era bem pior. Os mais antigos sabem do que eu
estou falando. A gente era a 'lata de lixo' da programa��o. O Caipira era tratado de ignorante (...)
Naquela �poca, o pessoal da Tupi nem olhava na minha cara. O pr�prio Lima Duarte, que eu admiro e sou f�,
nem olhava pr� gente. E hoje em dia, ainda existe isso..."
Geraldo Meirelles partiu para o Oriente Eterno na noite de 05/07/2013, em Casa Branca-SP, sua cidade-natal, aos 87 anos de idade.
A causa de seu falecimento n�o foi divulgada por sua fam�lia. Sabe-se apenas que ele sofria de diabetes e apresentou um quadro de fal�ncia m�ltipla dos
�rg�os. Seu corpo foi sepultado na tarde de 06/07/2013 no Cemit�rio Municipal de Casa Branca-SP, deixando sem d�vida, um enorme "vazio" na M�sica Caipira
Raiz...
Geraldo Meirelles: receba de Netinha e Ricardinho essa singela homenagem...
Algumas composi��es de Geraldo Meirelles:
A Imagem Aparecida (Nenete - Geraldo Meireles)
Brasil Sertanejo (Tonico - Geraldo Meirelles)
Caboclo Radialista (Geraldo Meirelles - Waldir de Oliveira)
Canoa Velha (Geraldo Meirelles - Athos Campos)
Carrosel da Vida (Goi� - Geraldo Meirelles)
Chora, Minha Viola (Nilsen Ribeiro - Geraldo Meirelles)
Eta Saudade (Marcelo Costa - Geraldo Meirelles)
Exalta��o (Z� Claudino - Geraldo Meirelles)
Grades da Saudade (Geraldo Meirelles)
Homenagem ao Lavrador (Dr. Ant�nio de Lima - Geraldo Meirelles)
Lembran�a da Minha Terra (Geraldo Meirelles - Z� Claudino)
Minha Izabel (Athos Campos - Geraldo Meirelles)
Pinha No Pinheiro (Geraldo Meirelles - Nh� Fio)
Pobre do Violeiro (Geraldo Meirelles - Luis Ravani)
Poema Sertanejo (Tony Damito - Geraldo Meirelles)
Que Caipira Sou Eu (Dr. Ant�nio Lima - Geraldo Meirelles - Z� Claudino)
Samba de Roda (Athos Campos - Geraldo Meirelles)
Triste Cabana (Geraldo Meirelles - Z� Claudino)
�ltima Boiada (Geraldo Meirelles - Nardel)
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Goi�:

Gerson Coutinho Da Silva (Goi�), filho de Celso Coutinho da Silva e Margarida Rosa de Jesus, nasceu em Coromandel-MG em 11/01/1935 e faleceu em Uberaba-MG em 20/01/1981. Desde pequeno, com apenas 4 anos de idade, j� gostava de recitar uns versinhos e gostava de �receber um cach�" que podia ser um doce ou um queijinho...
At� que ganhou do pai uma gaita de boca, que foi sua companheira por v�rios anos; trocou-a mais tarde por um cavaquinho; e finalmente conseguiu ganhar um Viol�o de tarrachas, que era o que mais desejava.
Foi para Goi�nia-GO em 1953 onde morou por dois anos, e formou o "Trio da Amizade", com programas di�rios na R�dio Brasil Central. Goi� e os componentes desse trio foram os primeiros do Estado de Goi�s a gravar discos na Capital Paulista (foram dois discos 78 RPM na Columbia).
Apesar de gostar muito de Coromandel-MG, sua cidade natal no Tri�ngulo Mineiro, fora da qual
n�o suportava passar mais que dois meses, Goi� tinha um carinho todo especial pelo Estado de
Goi�s, principalmente por sua capital Goi�nia, onde fez grandes amizades.
E em 1955, um novo rumo: a Capital Paulista, para onde partiu com l�grimas nos olhos, mas Goi� estava ciente da import�ncia dessa grande Metr�pole para o desenvolvimento de sua carreira art�stica.
Durante toda essa trajet�ria, pelas cidades por onde passou, Goi� compunha suas m�sicas, nas quais chorava a saudade de sua terra, apesar de ter em mente um ideal que, como tal, exigia sacrif�cios. Longe de sua Coromandel e sua gente, era esse, sem d�vida, o maior sacrif�cio para Goi�.

Na Paulic�ia Desvairada, fez parte do elenco de diversas emissoras de r�dio e suas
composi��es foram gravadas por diversos int�rpretes consagrados, entre eles,
Pedro Bento e Z� da Estrada,
Liu e L�u,
Irm�s Galv�o,
Zilo e Zalo,
Ca�ula e Marinheiro,
Tibagi e Miltinho,
Primas Miranda,
Belmonte e Amara�,
Sergio Reis,
Celia e Celma,
e muitos outros.
Tamb�m � de autoria de Goi� a trilha sonora composta para o filme "A Vingan�a de Chico Mineiro", embora, ao que conste, ele pouqu�ssimo recebeu por um trabalho de t�o boa qualidade.
E, a partir de 1971, a doen�a debilitava-o cada vez mais: a diabete e a cirrose hep�tica em conjunto, levaram-no ao falecimento em Uberaba-MG, no dia 20/01/1981, quando contava apenas 46 anos e 9 dias. Foi sepultado no Cemit�rio Municipal de Coromandel, sua cidade-natal onde sempre foi muito bem recebido.
Uma considera��o interessante sobre seu grande sucesso �Saudade da Minha Terra": corria o m�s de Novembro de 1955. Goi� escreveu a m�sica logo que se transferiu de Goi�nia-GO para S�o Paulo-SP. Com saudade de Coromandel-MG, sua terra natal, vagava pelas ruas dessa grande metr�pole, recordando seus tempos de inf�ncia, as po�ticas madrugadas, o cantar da passarada... Alguns anos mais tarde, quando foi gravada pela primeira vez (hoje existem cerca de quarenta regrava��es) ele ficou surpreso com o sucesso alcan�ado. Segundo Goi�, �quem �chorava com o r�dio ligado" era a sua m�e�!
Clique aqui
e veja algumas fotos de Coromandel-MG, cidade natal de Goi�, no site da
CompucenterNet.
Clique aqui,
veja e ou�a o Goi�, em seus �ltimos meses de vida, sendo entrevistado por Moraes Sarmento e
Non� Bas�lio,
num dos primeiros Programas
Viola Minha Viola,
no in�cio da d�cada de 1980, na
TV Cultura
de S�o Paulo-SP! Nesse mesmo clip, postado no YouTube por Daniel David Martins, a Dupla
Zilo e Zalo
interpreta sua bel�ssma Composi��o "Aurora do Mundo" (Goi�)!!!
Clique aqui,
ou�a o Trio Mineiro (formado por Hernandes, Mineirinho e Goi�) interpretando "Catarina (Vem C� Embaixo)" (Sav�rio Rondinelli - Vers�o: Jader Bruno de Carvalho - Jo�o Furtado) e conhe�a o lado humor�stico do Compositor Goi�,
nesse "clip" postado no YouTube por Polaco210396.
Observa-se que a famos�ssima "Florentina" gravada pelo Tiririca foi sem d�vida um pl�gio dessa M�sica gravada pelo Trio Mineiro muitos anos antes!!! Segundo o
Violonista e Arranjador
Ant�nio C�lio da Silva.�.,
"A gra�a desta M�sica � o refr�o, seguido da voz manhosa do mestre Goi�, contando causos. Desde as primeiras grava��es ele j� mostrava um agu�ad�ssimo senso de humor,
al�m, claro, um Poeta e Letrista �mpar na M�sica Caipira Brasileira. Foi ele o primeiro Compositor a usar o Portugu�s de modo correto, com perfei��o e muita Poesia,
na M�sica Caipira (...) O Goi� (...) quebrou um grande paradigma, mostrando que o Povo Sertanejo gosta tamb�m da Bela Poesia com Letras bem elaboradas e com Erudi��o."
Clique aqui,
ou�a o pr�prio Compositor Goi� interpretando (em duas vozes - Dueto "Com Ele Mesmo") sua bel�ssima Composi��o "Natal Em Goi�s" (Goi� - Chic�o Pereira), nesse "clip"
postado no YouTube pelo Compositor
Marrequinho.
Nessa bel�ssima Composi��o Goi� homenageia, al�m do Povo Goiano, de um modo geral, dois amigos em especial: Jorival dos Santos e o Compositor
Marrequinho. De acordo com Violonista e Arranjador
Ant�nio C�lio da Silva.�.,
"O Goi� n�o era apenas um Grande Compositor, mas tamb�m grande Cantor (...) Ou�am como o homem era afinado. Nesta M�sica ele mesmo faz as duas vozes. A modula��o
na segunda at� hoje ainda representa inova��o na M�sica Caipira. Goi� estava muito al�m do seu tempo em todos os sentidos da M�sica."
Clique aqui
e ou�a "Recorda��o" (Nenete - Goi�) interpretada por Celia e Celma, num Arquivo Musical pertencente ao
Site Oficial de Celia & Celma,
o qual convido o Apreciador a visitar e conhecer n�o apenas o excelente Trabalho Musical das Irm�s G�meas de Ub�-MG,
como tamb�m o Conhecimento que elas possuem na Culin�ria Mineira.
"...E onde est�o meus estimados companheiros?
Se foram tantos Janeiros desde que deixei meus pais...
Adeus Lagoa Po�o Verde da Esperan�a,
Meu Tempinho de crian�a que n�o volta nunca mais..."
E abaixo, uma foto da Lagoa "Po�o Verde", que Goi� imortalizou em sua m�sica
"Recorda��o (Goi� - Nenete):
Algumas composi��es de Goi�:
Adeus Maria (Goi� - Sebasti�o Victor)
Alma Triste (Goi� - Chico Vieira)
Amada Ausente (Goi� - Zacarias Mour�o)
Amarga Saudade (Goi� - Comendador Bigu�)
Amor E Felicidade (Zacarias Mour�o - Goi�)
Aurora Do Mundo (Goi�)
Can��o Do Meu Adeus (Goi� - Z� Claudino)
Carta de Filho (Goi� - Pl�nio Alves)
Chorarei Ao Amanhecer (Goi� - Amir)
Cidade de Santo Andr� (Goi� - Juli�o Saturno)
Copo na Mesa (Zacarias Mour�o - Goi�)
Desilus�o (Goi� - Piraj�)
Dias Mais Tristes Da Vida (Goi�)
Dois Artistas (Goi�)
Duelo De Amor (Goi� - Benedito Seviero)
Entardecer Da Vida (Goi� - Jos� Neto)
Esquina Do Adeus (Goi�)
Estrela Dourada (Goi� - Mizael)
Estrela Guia (Goi� - Sebasti�o Victor)
Feiti�o Espanhol (Zacarias Mour�o - Goi�)
Flor Do Lodo (Goi� - Bi�)
Gente de Minha Terra (Goi� - Amir - Pereirinha)
Gr�o de Areia (Goi� - Leonardo Am�ncio)
�ndia Misteriosa (Goi� - Chico Vieira)
�ndia Soberana (Zacarias Mour�o - Goi�)
Juriti Mineira (Zacarias Mour�o - Goi�)
Lamento (Goi� - Zacarias Mour�o)
Lamento De Uma Saudade (Goi� - Zilo)
Li��o De Caboclo (Goi� - Juli�o Saturno)
Mais Uma Noite Vou Dormir Sem Meu Bem (Goi� - Waldemar de Freitas Assun��o)
Mares Da Ilus�o (Goi� - Zalo)
Mensagem De Amor (Goi� - Zalo)
Meu Natal Sem Mam�e (Goi� - Sebasti�o Aur�lio)
Nas Curvas Do Seu Corpo Capotei Meu Cora��o (Goi� - Amir)
Nossa Mensagem (Goi�)
O Adeus Do Meu Bem (Goi� - Tomaz)
O M�rtir Do Calv�rio (Goi� - Bie)
Outra Noite Sem Meu Bem (Goi� - Waldemar de Freitas Assun��o)
Paran� Querido (Paulinho Gama - Goi�)
Paraguaia Da Fronteira (Goi�)
Pecado Loiro (Zacarias Mour�o - Goi�)
P� de Cedro (Goi� - Zacarias Mour�o)
Po�o Verde (Goi� - Taubat�)
Poente da Vida (Goi� - D. Thomaz)
Recorda��o (Nenete - Goi�)
Sabe Deus (Sebasti�o Victor - Goi�)
Saudade Cruel (Goi� - Zalo)
Saudade da Minha Terra (Goi� - Belmonte)
Saudade de Goi�s (Goi� - Amara�)
Sem Ela N�o Sei Viver (Goi� - Zilo)
Sonho De Crian�a (Goi�)
Tardes Morenas de Mato Grosso (Goi� - Valderi)
Travessa da Amizade (Goi� - Sebasti�o Victor)
Triste Abandono (Goi� - Zacarias Mour�o)
Uai (Goi�)
Um Abra�o, Um Adeus (Goi� - Amir)
Visita a Goi�s (Goi� - Sidon Barbosa)
Volta Ao Passado (Goi� - Ant�nio Marani)
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Inami Cust�dio Pinto:

O C�lebre "�gua Azul" do riqu�ssimo Folclore do Estado do Paran�, um dos maiores Folcloristas e Pesquisadores que esse Estado j� produziu, Inami Cust�dio Pinto nasceu
na Capital Curitiba-PR, no dia 19/10/1930.
Inami, cujo nome, em Tupi-Guarani, significa "�gua Azul", formou-se na FAP (Faculdade de Artes do Paran�) e veio a se tornar uma refer�ncia ao pesquisar e publicar
trabalhos sobre os Ind�genas e as Coletividades que conservam a Mem�ria de Mitos, Lendas, Supersti��es, Cren�as, Tabus e onde ocorrem manifesta��es de Dan�as, Autos,
Poesias, al�m do cultivo de Artesanato.
Como se tudo isso n�o bastasse, Inami Cust�dio Pinto tamb�m foi Fil�sofo e Compositor, merecendo ser homenageado nessa P�gina Dedicada Aos Compositores E Poetas da
M�sica Caipira Raiz, j� que, dentre as diversas Obras Musicais por ele compostas, destacamos, por exemplo, o Hino da Cidade de Toledo-PR e tamb�m "Gralha Azul"
(Inami Cust�dio Pinto), imortalizada na interpreta��o da Cantadora, Compositora e Folclorista
Ely Camargo!!!
Inami comp�s mais de 200 M�sicas, v�rias das quais j� gravadas por Int�rpretes do "quilate" das
Irm�s Castro,
Ary Fontoura, Odelair Rodrigues, Albertinho Fortuna, "Os Calouros do Ritmo",
Ely Camargo e do
excelente Grupo Paranaense
Viola Quebrada,
apenas para citar alguns!!!
E, em suas Pesquisas voltadas ao Folclore Paranaense, Inami desenvolveu diversos trabalhos sobre figuras relevantes da Hist�ria Paranaense, como a Gralha Azul, o
Fandango e a M�sica Folcl�rica de um modo geral.
Inami iniciou suas Pesquisas no Litoral do Estado do Paran� atrav�s do contato com Nativos e Pescadores das ilhas da regi�o, tendo tamb�m realizado as primeiras
grava��es em �udio e v�deo do Fandango Paranaense.
No meio universit�rio, Inami Cust�dio Pinto tamb�m ministrou diversas aulas da Disciplina de Folclore, na Faculdade de Educa��o Musical do Paran�, e tamb�m na
Faculdade de Artes do Paran�, al�m de ter proferido tamb�m diversas palestras sobre o riqu�ssimo assunto.
Inami Cust�dio Pinto tamb�m foi Presidente da Primeira Jornada de Debates sobre o Folclore Nacional, tendo tamb�m participado de diversos Projetos Culturais Paranaenses.
De acordo com a excelente Monografia, datada de 2012, intitulada
Fandangueiros, Folcloristas E Produtores Culturais: Um Estudo Sobre A Trajet�ria Conceitual Do Fandango,
de autoria de Carlos Eduardo Silveira, do Setor de Ci�ncias Humanas da Universidade Federal do Paran� (UFPR),
" ... O Fandango foi objeto ainda de um estudo minucioso de Inami Cust�dio Pinto, representante de uma outra fase dos Estudos de Folclore. Ao contr�rio de
Loureiro Fernandes e Fernando de Azevedo, com quem ele at� chegou a colaborar, Inami n�o pertencia aos C�rculos Intelectuais do Paran�, refletindo um outro lado dos
Estudos de Folclore: os colaboradores 'leigos', 'amadores', que trabalhavam por paix�o.
Inami era graduado em Educa��o Art�stica, e desenvolveu suas pesquisas durante muito tempo solitariamente; apenas em meados da d�cada de 1960 ele se engajou na
Comiss�o Paranaense de Folclore. Ao contr�rio dos seus antecessores, ele n�o teve uma atua��o institucional proeminente. Seu maior legado, realmente, foram os
materiais recolhidos em campo e as suas iniciativas de resgate do fandango.
(...) Durante uma de suas temporadas de ida a campo, na Ilha dos Valadares, em Paranagu�-PR, o Professor Inami iniciou um projeto de resgate do Fandango:
'... as pessoas vinham de longe dos lugares mais afastados da Civiliza��o pra pegar assist�ncia em Paranagu�-PR (...) Come�aram a ficar na Ilha dos Valadares,
coladinho a Paranagu�-PR, e ali ent�o foi bom, porque eu achei uma diferen�a enorme (...) � a mesma coreografia mas o andamento, um conjunto n�o bate com o outro (...)
Eu consegui fazer o "quartel-general" do fandango, na Ilha dos Valadares e peguei gente oriunda de todas essas localidades, ent�o tinha um casal de Guaraque�aba-PR,
outro da Ilha dos Teixeiras, das Pe�as, da Ilha do Mel, e comecei a ensaiar s� com conjunto, ent�o fiz uma sele��o...'
Assim, em meados da d�cada de 1960, Inami Cust�dio Pinto foi o respons�vel pela cria��o do primeiro Grupo de Fandango de que se tem not�cia: O grupo chamava-se
'Sete de Setembro': nada mais natural para um folclorista buscando resgatar uma manifesta��o popular associada as nossas Ra�zes e que, no seu entendimento,
estava sendo corro�da pelo estrangeirismo e pela cultura de massa. Com o intuito de resgatar o fandango, Inami selecionou, ensaiou e formou um conjunto.
A est�tica atual do Fandango, a saber, pares de homens e mulheres, vestidos a car�ter, utilizando o 'tradicional tamanco', acompanhados por Violas, Rabecas e Adufos
feitos de cacheta, foi selecionada neste processo. Al�m do conjunto, Inami mobilizou os moradores na constru��o de uma Casa de Fandango Tradicional.
"
Obs.: Existente at� os dias de hoje, a "Casa do Fandango", na �poca chamada de "Clube Sete de Setembro" foi concebida pelo Inami, tomando como refer�ncia os
Centros de Tradi��es Ga�chas (CTG's). Em 1969, Inami foi procurado por um grupo de dissidentes do CTG curitibano "20 de Setembro" para formar, junto a eles, a
Associa��o Tradicionalista Gralha Azul. Atualmente, as atividades desta Associa��o est�o praticamente paradas, mas durante muito tempo eles organizaram eventos,
mobilizando Escolas e Prefeituras em torno das suas propostas!!!
Ainda de acordo com Carlos Eduardo Silveira,
"
(...) Inami tomou esta iniciativa tomando como base lembran�as de sua inf�ncia em Paranagu�-PR, quando seu pai levava seus filhos para o Miramar � uma pracinha que
dava vista (...) pra Ilha dos Valadares (...)
Casa do Fandango era uma verdadeira 'caixa ac�stica', uma casa de madeira sem forro e as paredes separadas do assoalho, (...) para que o ressoar dos tamancos se
escutasse a quil�metros...
"
N�o resta d�vida de que o Fandango Paranaense seria "praticamente desconhecido", se n�o fossem iniciativas como as de Carlos Eduardo Silveira, do Grupo
Viola Quebrada
e do Compositor Inami Cust�dio Pinto!!!

E, por falar em Gralha Azul, j� mencionada como uma das principais Composi��es de Inami Cust�dio Pinto, diz a Lenda que a Cyanocorax caeruleus,
ave passeriforme da fam�lia dos Corv�deos, com aproximadamente 40 cent�metros de comprimento, de colora��o geral azul vivo e preta na cabe�a,
"... h� muito tempo atr�s, a Gralha Azul era apenas uma gralha parda, semelhante as outras de sua esp�cie. Mas um dia a gralha azul resolveu pedir para Deus lhe
dar uma miss�o que lhe faria muito �til e importante. Deus lhe deu um pinh�o, que a gralha pegou com seu bico com toda for�a e cuidado. Abriu o fruto e comeu a parte
mais fina. A outra parte mais gordinha resolveu guardar para depois, enterrando-a no solo. Por�m, alguns dias depois ela havia esquecido o local onde havia enterrado
o restante do pinh�o.
A gralha procurou muito, mas n�o encontrou aquela outra parte do fruto. Por�m, ela percebeu que havia nascido, na �rea onde havia enterrado, uma pequena Arauc�ria.
Ent�o, toda feliz, a Gralha Azul cuidou daquela �rvore com todo amor e carinho. Quando o pinheiro cresceu e come�ou a dar frutos, ela come�ou a comer uma parte dos
pinh�es e enterrar a parte mais gordinha (a semente), dando origem a novas Arauc�rias. Em pouco tempo, conseguiu cobrir grande parte do Estado do Paran� com milhares
de Pinheiros, dando origem � Floresta de Arauc�ria.
Quando Deus viu o trabalho da Gralha Azul, resolveu dar um Pr�mio a ela: pintou suas penas da Cor do C�u, para que as pessoas pudessem reconhecer aquele P�ssaro, seu
esfor�o e dedica��o. Assim, a gralha que era parda, tornou-se azul...
"
No riqu�ssimo Folclore do Estado do Paran�, atribui-se a forma��o e manuten��o das Florestas de Arauc�ria a este bel�ssimo p�ssaro, como uma "Miss�o Divina", raz�o
pela qual, segundo as cren�as, as espingardas explodiriam ou negariam fogo quando apontadas para as mesmas...

Associada � Mata das Arauc�rias e de fundamental import�ncia para o respectivo Bioma, a Gralha Azul � um dos S�mbolos do Estado do Paran�, de acordo com a
Lei Estadual N� 7957 de 1984, a qual consagra a mesma como a "Ave S�mbolo" desse bel�ssimo Estado!!!
E a Gralha Azul foi tamb�m eleita Mascote do Paran� Clube, Time de Futebol da cidade de Curitiba-PR, onde a mesma aparece no respectivo Escudo!!!
Saiba mais informa��es sobre a Gralha Azul nos Sites da
Wikipedia
e
Sua Pesquisa.

Quero aqui destacar o LP "Gralha Azul (Folclore DO Paran�), gravado pela
Ely Camargo,
no ano de 1966, na Gravadora Chantecler (CMG-2405), com diversas M�sicas Folcl�ricas recolhidas pelo Inami Cust�dio Pinto, al�m de duas bel�ssimas Composi��es de sua
autoria intituladas "Barreado" (Inami Cust�dio Pinto), que � a 7� Faixa do LP, al�m da Faixa-T�tulo "Gralha Azul" (Inami Cust�dio Pinto), que abre o LP!!! Lembrando
que o Barreado � o Prato T�pico da Regi�o de Morretes-PR, Antonina-PR, Paranagu�-PR e Litoral Paranaense, enquanto que a "Gralha Azul" � a c�lebre Ave-S�mbolo do
Estado do Paran�!!!
E, por iniciativa do Governo do Estado do Paran�, da Secretaria de Estado da Cultura do Paran� e do Museu Paranaense, esse LP foi reeditado num CD de riqu�ssimo
encarte repleto de informa��es! Um "verdadeiro livro"! Sendo, por�m, um "CD Independente", como tal, foi lan�ado em pequena quantidade...

Quero tamb�m destacar o CD
Retratos Musicais,
com diversas bel�ssimas Composi��es de Inami Cust�dio Pinto, que proporcionam ao Apreciador uma verdadeira Viagem
pelas 5 Regi�es do Estado do Paran�: Litoral, Primeiro Planalto, Segundo Planalto, Norte e Oeste, e na qual o Apreciador come�a, na 1� Faixa, Apreciando um Barreado e
visitando Ilha do Valadares, Paranagu�-PR e Litoral Paranaense, subindo a serra, e passando por diversas cidades tais como Curitiba-PR, Ponta Grossa-PR, Londrina-PR,
Toledo-PR, at� a Usina de Itaipu e as bel�ssimas Cataratas em Foz do Igua�u-PR!!!
Esse bel�ssimo CD conta com a participa��o de
Jackson Lima (Viol�o de 6 Cordas, Viol�o de 12 Cordas, Cavaquinho, Vocal),
M�rio Penzo (Viol�o de 6 Cordas, Harpa Paraguaia),
Silviane Stockler de Lima (Viol�o de 6 Cordas, Vocal),
Cl�udio Fernandes (Viol�o de 7 Cordas),
Ricardo Janotto (Bateria e Percuss�o),
Rodrigo Mendes (Rabeca),
Luciano Madalozzo (Pandeiro),
Andrea Stockler Pinto (Vocal),
Ana Fruet Labes (Vocal) e
Jallerson Lima (Baixo, Vocal).
Clique aqui
e assista a uma interessant�ssima Entrevista que o Compositor Inami Cust�dio Pinto concedeu �
TV Paulo Freire,
no ano de 2010. Nessa Entrevista aparecem tamb�m algumas cenas de Dan�a de Fandango, do Arquivo de Inami Cust�dio Pinto!!!
Clique nos links abaixo e assista �
Primeira Parte
e tamb�m �
Segunda Parte
da interessant�ssima Entrevista que o Compositor Inami Cust�dio Pinto concedeu ao "Cumpadre" Maikel Monteiro no excelente Programa "Canto da Gente", por ele
apresentado e que foi ao ar em Mar�o de 2014 pela
TV Evangelizar
de Curitiba-PR!!! Nesse mesmo "clip" o Grupo "Retratos Musicais" tamb�m interpretou quatro bel�ssimas Composi��es de Inami Cust�dio Pinto: "Gralha Azul", "Paz e Amor",
"Maring�" e "Naipi Tarob� - Itaipu - A Lenda Das Sete Quedas do Guayra", essa �ltima com a primeira parte da letra em Portugu�s e segunda parte no Idioma Tupi,
a "L�ngua Nativa Brasileira"!!! O Programa "Canto da Gente" vai ao ar todos os S�bados �s 19:30 pela
TV Evangelizar
de Curitiba-PR!!!
Algumas composi��es de Inami Cust�dio Pinto:
A Palmeirinha (Inami Cust�dio Pinto)
Amar Sim Casar N�o (Inami Cust�dio Pinto)
Barreado (Inami Cust�dio Pinto)
Caiob� (Inami Cust�dio Pinto)
Conselho Da Vov� (Inami Cust�dio Pinto)
Gralha Azul (Inami Cust�dio Pinto)
Jo�o Ningu�m (Inami Cust�dio Pinto)
Recorda��o (Inami Cust�dio Pinto)
Sacrif�cio de Amor (Inami Cust�dio Pinto)
Tem Bobob� No Bububu (Inami Cust�dio Pinto)
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, o Radialista Maikel Monteiro, Ricardinho, o Compositor Inami Cust�dio Pinto e o Radialista Jos� Francisco ("In Memoriam"), no dia
14/01/2014, num encontro descontra�do, na resid�ncia de Inami, em Curitiba-PR. O "Cumpadre" Maikel Monteiro apresenta o excelente Programa "Brasil Caboclo" nos 630 kHz da
R�dio Paran� Educativa (e-Paran�) - AM
de Curitiba-PR, no ar todos os Domingos Das 07:00 �s 09:00 da manh�)!!!
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Ricardinho, o Compositor Inami Cust�dio Pinto e o Radialista Jos� Francisco ("In Memoriam"), no mesmo encontro descontra�do na resid�ncia
de Inami, em Curitiba-PR, no dia 14/01/2014!!!
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, o Radialista Maikel Monteiro, Ricardinho, o Compositor Inami Cust�dio Pinto e o Radialista Jos� Francisco ("In Memoriam"),
no mesmo encontro descontra�do na resid�ncia de Inami, em Curitiba-PR, no dia 14/01/2014!!!
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, o Radialista Maikel Monteiro, Ricardinho, o Compositor Inami Cust�dio Pinto, Minha Esposa (a Netinha) e o Radialista Jos� Francisco ("In Memoriam"),
no mesmo encontro descontra�do na resid�ncia de Inami, em Curitiba-PR, no dia 14/01/2014!!!
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, o Radialista Maikel Monteiro, Ricardinho, o Compositor Inami Cust�dio Pinto, o Radialista Jos� Francisco ("In Memoriam") e minha Sobrinha
Em�lia Mendon�a, no mesmo encontro descontra�do na resid�ncia de Inami, em Curitiba-PR, no dia 14/01/2014!!!
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Ricardinho e o Compositor Inami Cust�dio Pinto, no mesmo encontro descontra�do na resid�ncia de Inami, em Curitiba-PR, no dia 14/01/2014!!!
E foi com profunda tristeza que a Cultura Caipira recebeu a not�cia do falecimento de Inami Cust�dio Pinto, aos 83 anos de idade, no dia 27/05/2014, pouco mais de 4 meses depois desse encontro descontra�do...
Inami j� vinha sofrendo de uma insufici�ncia respirat�ria e seu quadro vinha se agravando... Foi em sua resid�ncia que ele exalou seu �ltimo suspiro na manh� de 27/05/2014...
Seu corpo foi velado e sepultado no Cemit�rio Municipal de Curitiba-PR, sua Cidade-Natal, no mesmo dia...
A Grande Orquestra Celestial.�., sob a Reg�ncia do Grande.�. Arquiteto.�. Do.�. Universo.�., com certeza recebeu o Inami ao som de bel�ssimos Fandangos, quando de sua chegada ao Oriente Eterno.�. ...
Inami Cust�dio Pinto: Receba de Netinha e Ricardinho essa singela homenagem...
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�ndio Vago:

Elias Costa nasceu em �guas de Santa B�rbara-SP e, com apenas seis anos, j� acompanhava seu pai
Jo�o Avelino da Costa que era Rezador, Violeiro e tamb�m Boiadeiro.
Dessa forma, Elias passou praticamente toda a inf�ncia e adolesc�ncia em contato com boiadas e
montarias.
Curiosamente, aos 18 anos, Elias tentou embarcar como volunt�rio para a Europa, para participar
da II guerra mundial, por�m, acabou retornando � vida de Boiadeiro.
Elias trabalhou tamb�m em circos de tourada e foi nessa �poca que ele conheceu um ga�cho que
declamava poemas e falava sobre os "�ndios Vagos" que eram valorosos Guerreiros que defendiam o
Territ�rio Nacional contra as invas�es estrangeiras. Identificando-se com o temperamento deles,
foi que Elias Costa acabou adotando o nome art�stico pelo qual � conhecido como Compositor.
Ironicamente, no Linguajar Regional do Estado do Rio Grande do Sul, "�ndio-vago" tamb�m vem
sendo usado como sin�nimo de "gaud�rio", denomina��o dada ao antigo Ga�cho, em sentido
depreciativo, andarengo, pessoa que viaja muito, que n�o tem ocupa��o s�ria e vive � custa dos
outros. Nada a ver com os Guerreiros mencionados acima...
Presenciando a gradativa substitui��o do tradicional m�todo de condu��o das Boiadas pelas
estradas asfaltadas e pelos caminh�es e jamantas, foi que �ndio Vago encontrou inspira��o para
compor sua Obra Prima "M�goa de Boiadeiro" (�ndio Vago - Non� Bas�lio). E, para o transporte do
gado, tal procedimento continua sendo utilizado at� os dias atuais apenas nos Estados de Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul.
Clique aqui
e veja
A Longa Viagem dos Pe�es -
excelente reportagem da
Revista �poca
sobre as Boiadas que s�o conduzidas na Serra da Bodoquena, no Estado do Mato Grosso do Sul).

Sobre a "M�goa de Boiadeiro" (�ndio Vago - Non� Bas�lio), quero aqui dar um destaque ao Museu do
"Boiadeiro Moacir Fabiano", o qual tive o prazer de visitar, juntamente com minha Esposa, a
Netinha, no dia 17/03/2003, na cidade de Botucatu-SP.
Nessa ocasi�o, "entabulei uma conversa" bastante agrad�vel com o propriet�rio do Museu que � o
Sr. Moacir de Campos (foto � esquerda) que, j� tendo sido Boiadeiro, reuniu uma cole��o de
cerca de 1500 pe�as que nos fazem "viajar no espa�o e no tempo" e gostar ainda mais da Nossa
M�sica Caipira Raiz!
O Museu do Boiadeiro fica na Pra�a Jos� de Souza Nogueira N�. 140 - Fone: (14)3813-8245 - no
Distrito de Rubi�o J�nior - no lado esquerdo da Rodovia Marechal Rondon, para quem chega de
S�o Paulo-SP. A pr�pria instala��o bem simples do Museu j� nos p�e em contato com a simplicidade
do Boiadeiro! N�o h� "formalidades" e o pr�prio dono do Museu � o nosso Cicerone explicando-nos
a sua Hist�ria!
O Sr. Moacir de Campos ("Fabiano" � um apelido carinhoso que ele tinha desde o tempo de
Boiadeiro - na verdade era o nome de seu Av�!) nos contou algumas Hist�rias muito interessantes
da Vida dos Tropeiros e tamb�m nos deu �timas explica��es sobre cada objeto exposto, al�m de
diversas fotos nas quais ele estava presente com diversos Compositores e Int�rpretes
famos�ssimos de nossa M�sica Raiz!!

A letra da m�sica "M�goa de Boiadeiro", que �ndio Vago comp�s em parceria com
Non� Bas�lio),
passou a possuir para mim um significado ainda mais profundo, depois da visita que fiz ao Museu
do Boiadeiro e da conversa com Moacir Fabiano, j� que o compositor �ndio Vago tamb�m foi
companheiro do Sr. Moacir como mostra a foto � direita, tirada em 29/10/1956, com Sr. Moacir �
esquerda e �ndio Vago � direita. O local � a Cachoeira de Emas, junto � barranca do Rio
Mogi-Gua�u, a cerca de 9 Km de Pirassununga-SP. Essa foto faz parte do Acervo do Museu do
Boiadeiro Moacir Fabiano.
E, de acordo com Moacir, �ndio Vago comp�s "M�goa de Boiadeiro" praticamente na sua totalidade,
apesar de registrada a parceria com
Non� Bas�lio.
Tal procedimento, apesar de lament�vel, � bastante comum quando se deseja registrar um trabalho
para garantia de Direitos Autorais... Assim como, da mesma forma, para conseguir que sua m�sica
fosse gravada, At�lio Versutti tamb�m se viu obrigado a dividir a autoria do seu "Fusc�o Preto"
com
Jeca Mineiro,
que na �poca era diretor da gravadora Continental (hoje Warner Music).
Clique aqui,
veja a letra e ou�a uma grava��o de "M�goa de Boiadeiro" (�ndio Vago - Non� Bas�lio)
interpretada pela dupla "Ouro e Pinguinho" numa grava��o em vinil fora de cat�logo.
Clique aqui
e veja mais um pouquinho do acervo do Museu do Boiadeiro Moacir Fabiano.
Clique aqui e veja tamb�m a visita que
Paulo Roberto Moura Castro
e
Ramiro Vi�la
fizeram algum tempo depois ao Museu do Boiadeiro Moacir Fabiano, com bastante riqueza de
detalhes, destacando inclusive o Carro de Boi.
Foi tamb�m o Compositor �ndio Vago quem implantou nos regulamentos internacionais dos rodeios a
regra do pe�o segurar as r�deas da montaria com apenas uma das m�os, regra essa que continua
v�lida at� os dias atuais.
"No Brasil, tudo morre no sil�ncio, no t�mulo da corrup��o." � a queixa de �ndio Vago com
rela��o � falta de considera��o do ECAD para com os Artistas, de um modo geral.
Apesar da import�ncia da bel�ssima "M�goa de Boiadeiro" (�ndio Vago - Non� Bas�lio) na Hist�ria
da M�sica Caipira Raiz, �ndio Vago � um Compositor "injustamente desconhecido" e esse resumo
biogr�fico s� foi poss�vel gra�as � excelente
Revista Viola Caipira,
editada pelo Pinho em Belo Horizonte-MG, que incluiu uma biografia do Compositor na se��o
"Celeiro".
Algumas composi��es de �ndio Vago:
A Saudade Continua (�ndio Vago - Athos Campos)
M�goa de Boiadeiro (�ndio Vago - Non� Bas�lio)
No Vazio da Minha Vida (�ndio Vago - Athos Campos)
O Her�i An�nimo do Sert�o (�ndio Vago)
Pe�o de Rodeio (�ndio Vago - Adauto Santos)
Porteira Grande (�ndio Vago)
Saudade (�ndio Vago - Athos Campos)
Sinhazinha (�ndio Vago - Athos Campos)
Sobrado Velho (�ndio Vago - Athos Campos)
Velho Pouso de Boiada (�ndio Vago - Dino Franco)
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Jeca Mineiro:

Conhecido principalmente pelo mega sucesso do "Fusc�o Preto" (Jeca Mineiro - At�lio Versutti),
Jos� Silva, tamb�m conhecido como Jeca Mineiro, al�m do "Fusc�o Preto", � autor
de diversas obras primas no repert�rio Caipira Raiz, como por exemplo "N�o Beba Mais N�o"
(Jeca Mineiro - Orlandinho) e "A Dama de Vermelho" (Jeca Mineiro - Ado Benatti).
Jeca Mineiro nasceu em Arceburgo-MG no dia 04/09/1913 e faleceu na Capital Paulista no dia 26/05/2003 (essa informa��o foi fornecida pelo Apreciador
Marcos Marcondes,
editor da "Enciclop�dia da M�sica Brasileira" - Muito obrigado, "Cumpadre" Marcos!).
Criado junto de Violeiros e Catireiros, pode-se dizer
que sua Carreira Art�stica se iniciou quando contava com apenas 10 anos de idade, quando passou
a tocar viola e cantar em reuni�es festivas. E, aos 15 anos, ganhou de sua av� uma Viola; por
essa �poca, mudou-se para S�o Jos� do Rio Pardo-SP, onde continuou a se apresentar em festas.
Em 1946 passou a residir em S�o Paulo SP, onde formou dupla com Chico Carretel, apresentando-se
na R�dio Cruzeiro do Sul. A dupla logo se desfez e, em 1947, Jeca Mineiro formou uma nova
parceria com Motinha e, com ele, passou a atuar no programa "Serra da Mantiqueira", na R�dio
Bandeirantes de S�o Paulo.
Sua primeira composi��o foi "Boiadeiro Paulista", a qual foi composta em 1948 e gravada no
ano seguinte pela dupla "Z� Pag�o e Nh� Rosa", na gravadora Continental.
De 1949 a 1965, Jeca Mineiro formou dupla com Mineirinho. Nessa �poca, gravou, como int�rprete,
seu primeiro disco 78 RPM. A dupla tamb�m gravou na Copacabana diversos sucessos, dentre eles,
os rasqueados "Perfume de Meu Bem" (Jeca Mineiro) e "Mulher Ciumenta" (Palmeira - Non� Bas�lio).
Em 1955, formou-se o Trio "Jeca Mineiro, Bambu� e Piraj�", que gravou, entre outras, a toada
"Filho de Ningu�m" (Jos� Fortuna), e a moda de viola "Moda das Duplas" (Piraci).
No in�cio da d�cada de 1960 Jeca Mineiro passou a cantar em dupla com Nininha; e o primeiro
disco da nova dupla incluiu a can��o rancheira "Meu Di�rio" (Jeca Mineiro - Teixeira Filho),
e tamb�m a guar�nia "Quem � Que N�o Sente" (Jeca Mineiro - Jos� Russo).

Jeca Mineiro teve diversas de suas composi��es gravadas por gente de renome, como por
exemplo, "
Non� e Nan�",
Liu e L�u,
Zilo e Zalo,
Tonico e Tinoco
e Ga�cho da Fronteira, apenas para citar alguns exemplos. E "Paiozinho e Z� Tapera" gravaram o
bolero "A Dama de Vermelho" (Jeca Mineiro - Ado Benatti), que foi um dos maiores sucessos de
sua autoria e um dos cl�ssicos do repert�rio sertanejo, que tamb�m foi gravado por
Pedro Bento e Z� da Estrada.
Al�m da Cruzeiro do Sul e da Bandeirantes, a R�dio Cultura de S�o Paulo tamb�m teve o programa
"L� No P� Da Serra" apresentado por Jeca Mineiro.
Jeca Mineiro tamb�m chegou a cantar em dupla com
Luizinho
(Lu�s Raymundo, nascido em S�o Paulo-SP em 1916 e falecido tamb�m em S�o Paulo-SP em 1983 - o mesmo que tamb�m j� formou dupla com
Palmeira
e tamb�m com Limeira al�m de ter composto em parceria com
Teddy Vieira
o c�lebre cururu "Menino da Porteira").
Em 1968 Jeca Mineiro parou de cantar por recomenda��es m�dicas e passou a atuar somente como
compositor.

E foi em 1978 que Jeca Mineiro comp�s, juntamente com o pintor de placas e cartazes Atilio
Versuti, o famos�ssimo "Fusc�o Preto", que se tornou um verdadeiro fen�meno na m�sica sertaneja.
"Giovanti e Mariel" foram os primeiros a gravar a m�sica, o que foi feito numa prensagem
particular.

Em 1980, o trio mineiro "Vandeirante, Z� Batista e Darlon" (foto � direita) gravou o "Fusc�o Preto"
numa pequena gravadora. E, no final do mesmo ano, Z� Tapera e Teodoro tamb�m gravaram o "Fusc�o
Preto" pela RCA. Grava��es essas que n�o fizeram sucesso e passaram desapercebidas.
Clique aqui
ou na foto abaixo e ou�a essa grava��o de "Fusc�o Preto" (Jeca Mineiro - Atilio Versuti), interpretada pelo trio "Vandeirante, Z� Batista e Darlon", num Arquivo Musical postado no YouTube:
E foi com profunda tristeza que a Cultura Caipira recebeu a not�cia do falecimento de Gilberto Fel�cio da Silveira, o Vandeirante, que partiu para o Oriente Eterno.�. no dia 22/04/2021, aos 63 anos de idade, em Pouso Alegre-MG, v�tima do terr�vel virus chin�s COVID19...
Vandeirante, com certeza, foi recebido de Bra�os Abertos no Oriente Eterno.�. e agora sua Voz j� faz parte do Grande Coro e da Grande Orquestra Celestial de Violeiros.�., sob a Reg�ncia do Grande.�. Arquiteto.�. Do.�. Universo.�. ...
Vandeirante: Receba de Netinha e Ricardinho essa Singela Homenagem...
Mas, foi s� em 1982 que o "Fusc�o Preto" come�ou a ficar famoso quando foi regravado pelo Trio "Os Gladiadores", com o qual vendeu mais de 100 mil c�pias. E, para
aumentar ainda mais a vendagem, Almir Rog�rio tamb�m gravou o "Fusc�o Preto" e, na voz dele, chegou a vender mais de 700 mil c�pias!!!
A partir de ent�o, o sucesso alavancou at� mesmo no exterior! Nos Estados Unidos, por exemplo,
foi gravada com o t�tulo "Black Mustang" e na It�lia, com o nome "Fiat Nero". A m�sica
tamb�m "virou filme" dirigido por Jeremias Moreira Filho, com as participa��es de Almir
Rog�rio e Xuxa Meneghel (que mais tarde passou a ser a famos�ssima "Rainha dos Baixinhos"). E
ganhou tamb�m uma vers�o humor�stica num
ingl�s errado e com sotaque brega feita pelo
Falc�o ("Black People Car").
Tamb�m n�o faltam controv�rsias sobre o "Fusc�o Preto": de acordo com Moacyr Cust�dio
(Jornalista e radialista, amigo pessoal de At�lio Versutti) no jornal
Not�cias de Itaquera,
Giovanti (j� falecido) e Mariel (a dupla que gravou a m�sica pela primeira vez, conforme j�
mencionado) trabalhavam como pintores na cidade de Serra Negra-SP em 1975 e viam diariamente
uma mulher casada que por ali passava freq�entemente num Fusca preto, com um homem que, de
acordo com as "fofocas de boteco", n�o era o marido dela.
Em S�o Paulo, a dupla contou o fato ao compositor At�lio Versutti, natural de S�o Jos� do
Rio Preto-SP, pintor de placas e cartazes, que come�ou a compor algumas m�sicas em 1976.
At�lio morava h� mais de dez anos na Capital Paulista e, juntamente com Giovanti e Mariel,
come�ou a escrever a introdu��o
�Me disseram que ela foi vista com outro, num fusc�o preto
pela cidade a rodar...�. Mariel comp�s a melodia e a m�sica foi inclu�da no LP que a
dupla preparava e que, por sinal, recebeu o nome de �Fusc�o Preto�.
E, ainda segundo Moacyr Cust�dio, para conseguir que o disco fosse gravado, At�lio Versutti
se viu obrigado a dividir a autoria da m�sica com Jeca Mineiro que era diretor da Continental.
Tal fato, apesar de lament�vel � muito comum no meio art�stico.
N�o se sabe ao certo da veracidade da est�ria desse adult�rio em Serra Negra-SP que teria inspirado
a composi��o do "Fusc�o Preto", mas o fato � que ela foi relatada diversas vezes tanto por
At�lio Versutti como tamb�m por Mariel, de acordo com Moacyr Cust�dio no jornal Not�cias de
Itaquera.
Seria "Fusc�o Preto" o "divisor de �guas" entre a M�sica Caipira e o
"breganejo e
sertanojo"? Na �poca, o
Trio Parada Dura
e as duplas
L�o Canhoto e Robertinho e
"Milion�rio e Jos� Rico"
j� atingiam tamb�m mega-vendagens com seus discos, apesar de que
tal faturamento ainda era pouco comparado com o que viria depois com as duplas "Chit�ozinho
e Xoror�", "Leandro e Leonardo" e "Zez� di Camargo e Luciano", que ainda n�o eram conhecidas
(apenas "Chit�ozinho e Xoror�" que eram iniciantes j� come�avam a ter algum sucesso nas
paradas). O fato � que essa famos�ssima composi��o atribu�da a Jeca Mineiro e At�lio Versutti
foi (e ainda �) um mega-sucesso que quebrou records de vendas, equiparados, na
�poca, por exemplo, ao "Cora��o de Luto"
(Teixeirinha),
lan�ada 1961.
Algumas composi��es de Jeca Mineiro:
A Dama de Vermelho (Jeca Mineiro - Ado Benatti)
A Fuma�a Do Cigarro (Jeca Mineiro - Carlos Gil)
Alma do Ferreirinha (Jeca Mineiro - Zilo)
Amar N�o � Crime (Jeca Mineiro - Paiozinho)
Baile Ga�cho (Jeca Mineiro - Milton Cristofani)
Boiadeiro Paulista (Jeca Mineiro)
Caboclo de Fato (Jeca Mineiro - Kambukira)
Eterno Apaixonado (Jeca Mineiro - Labareda)
Felicidade de Matuto (Jeca Mineiro - Professor Gilson)
Flor Dos Meus Sonhos (Jeca Mineiro - Rochedo)
Folia de Santo Rei (Tonico - Jeca Mineiro)
For�a do Destino (Jeca Mineiro - Ado Benatti)
Fusc�o Preto (Jeca Mineiro - Atilio Versuti)
Ilus�o Perdida (Jeca Mineiro - Maria Terezinha)
J� Encontrei a Solu��o (Jeca Mineiro - J. Ribeiro)
Lembran�as Que O Tempo N�o Apaga (Luiz de Castro - Jeca Mineiro)
M�ezinha Feliz (Jeca Mineiro - Jos� Fortuna)
Mandamento Sagrado (Jeca Mineiro - Sebasti�o Vitor)
Meu Di�rio (Jeca Mineiro - Teixeira Filho)
Meu Sabi� (Jeca Mineiro - Atilio Versuti)
Minas Gerais (Jeca Mineiro - Moreno)
Minha Secret�ria (Jeca Mineiro - Iray de O. Machado)
N�o Beba Mais N�o (Jeca Mineiro - Orlandinho)
P� Vermelho (Pedro Ornellas - Jeca Mineiro)
Perfume de Meu Bem (Jeca Mineiro)
Quem � Que N�o Sente (Jeca Mineiro - Jos� Russo)
Remorso (Jeca Mineiro - Benedito Seviero)
Saudade N�o Levarei (Jeca Mineiro - Iray de O. Machado)
Sem Voc� Eu N�o Sou Nada (Jeca Mineiro - At�lio Versutti)
Sonhando Acordado (Jeca Mineiro - Chico Lau)
Traidor (Jeca Mineiro - Piraci)
Vamos Cantar E Sorrir (Ant�nio R. Pereira - Jeca Mineiro)
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Jesus Belmiro:

Jesus Belmiro Mariano nasceu em Taia�u-SP no dia 10/05/1943.
Foi em 1969, aos 26 anos de idade, que Jesus Belmiro iniciou como compositor. E, ap�s se aposentar como Primeiro Sargento
da Pol�cia Militar, passou a dedicar mais tempo � composi��o. As letras por ele compostas v�m sendo disputadas por
diversos Violeiros de todo o Brasil.
Como exemplo, podemos citar algumas composi��es musicais com bel�ssimas letras de sua autoria, como por exemplo "Viola
Vermelha" (Jesus Belmiro - Ti�o Carreiro), que homenageia o Flor�ncio, c�lebre parceiro do
Raul Torres,
al�m de "Fazenda S�o Francisco (Maior proeza)" (Jesus Belmiro - Para�so) e "Preto Velho" (Jesus Belmiro - Ti�o Carreiro -
Lourival dos Santos), que est�o entre seus maiores sucessos.

Jesus Belmiro comp�e em parceria com diversos renomados compositores tais como
Para�so,
Ti�o do Carro,
Z� Goiano,
Vicente P. Machado,
Lourival dos Santos,
Cacique,
Jo�o Mulato,
Ti�o Carreiro,
Dino Franco,
Ronaldo Adriano, Benedito Seviero,
Carreirinho,
e muitos outros.
E suas composi��es t�m sido gravadas por excelentes int�rpretes do quilate de
Ti�o Carreiro e Pardinho,
Zilo e Zalo,
Z� do Rancho e Z� do Pinho,
Liu e L�u,
Zico e Zeca,
Eli Silva e Z� Goiano,
Irm�s Galv�o,
Z� do Cedro e Jo�o do Pinho e
Dino Franco e Moura�,
apenas para citar alguns.
Clique aqui
e ou�a "Barba Azul" (Jesus Belmiro - Z� Goiano) interpretada por
Ramiro Vi�la e Pardini,
num Arquivo Musical pertencente ao site
Music Express,
o qual convido o Apreciador a visitar e conhecer a diversidade de Estilos Musicais nele divulgados.

Jesus Belmiro continua "na estrada" e reside atualmente em Monte Alto-SP, cidade interiorana da qual ele desfruta, longe
das agita��es e tribula��es dos grandes centros urbanos.
E, ao contr�rio da maioria dos Compositores e Poetas homenageados nessa p�gina, h� pouqu�ssima informa��o dispon�vel sobre
Jesus Belmiro. Seus dados biogr�ficos, bem como a segunda foto, foram encontrados somente na excelente
Revista Viola Caipira (Edi��o de N� 11 - Maio e Junho/2005);
e a primeira foto (no in�cio do resumo biogr�fico) foi fornecida pelo Radialista, Produtor e Pesquisador
Maikel Monteiro
que possui um excelente conhecimento sobre a trajet�ria de diversos compositores e int�rpretes da M�sica Caipira Raiz (ver Refer�ncias Bibliogr�ficas no final dessa p�gina).
Algumas composi��es de Jesus Belmiro:
Adeus Rio Piracicaba (Jesus Belmiro - Ti�o Carreiro - Craveiro)
A For�a Do Amor (Jesus Belmiro - Para�so)
A Loira Do Caixa (Ti�o do Carro - Jesus Belmiro)
A Loura Do Carro Branco (Jesus Belmiro - Para�so)
Amo Voc� (Jesus Belmiro - Para�so)
Barba Azul (Jesus Belmiro - Z� Goiano)
Boiada Da Saudade (Jesus Belmiro - Para�so)
Cabelos Cor De Mel (Jesus Belmiro - Teodoro)
Candieiro Da Fazenda (Jesus Belmiro - Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos)
Cerne De Aroeira (Lourival dos Santos - Jesus Belmiro - Vicente P. Machado)
Ch�o Sagrado (Jesus Belmiro - Z� Goiano)
Cidade de Sonho (Jesus Belmiro)
Colibri (Jesus Belmiro - Para�so)
Couro Grosso (Jesus Belmiro - Z� Goiano)
Dever Do Policial (Jesus Belmiro - Ti�o Carreiro)
Diamante Verde (Jesus Belmiro - Juliana Andrade)
Duelo de Paix�o (Jesus Belmiro - Ronaldo Viola)
Gente Invejosa (Jesus Belmiro - Jos� Victor)
Fazenda S�o Francisco (Maior proeza) (Jesus Belmiro - Para�so)
Filha do Barbeiro (Jesus Belmiro - Mococa)
Filha Do Caminhoneiro (Edson Bellodi - Para�so - Jesus Belmiro)
Flor de Goi�s (Jesus Belmiro - Ronaldo Viola)
Fonte Dos Prazeres (Jesus Belmiro - Ti�o Carreiro)
For�a Infinita (Jesus Belmiro - Para�so)
Homem De Fibra (Eli Silva - Jesus Belmiro)
Idolatro Quem Me Ama (Jesus Belmiro - Edson Belodi)
�ndio Patax� (Cacique - Jesus Belmiro)
Interven��o Divina (Jo�o Mulato - Jesus Belmiro)
Joio No Trigo (Jesus Belmiro - Geraldo L. Mendes - Cacique)
Justi�a Divina (Jesus Belmiro - Julinho Guidini - Ti�o Carreiro)
Meus Inimigos Tamb�m S�o Filhos De Deus (Jesus Belmiro - Lourival dos Santos - Jos� Russo)
Mina De Ouro (Jo�o Mulato - Jesus Belmiro)
Mineirinho De Fibra (Jesus Belmiro - Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos)
Mosca Branca (Cacique - Jesus Belmiro)
Noite Chuvosa (Ronaldo Adriano - Jesus Belmiro)
Novo Amor (Jesus Belmiro - Lourival dos Santos)
O Milagre da Trai��o (Jesus Belmiro - Caim)
Por do Sol (Jesus Belmiro - Cl�udio Balestro)
Por Isso Estou Com Ela (Jesus Belmiro - Z� Goiano)
Preto Velho (Jesus Belmiro - Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos)
Prova De Fogo (Joselito - Jesus Belmiro)
Pulover De L� (Jesus Belmiro - Para�so)
Rainha Do Meu Destino (Jo�o Carvalho - Jesus Belmiro)
Rei da Pecu�ria (Ronaldo Viola - Jesus Belmiro)
Relembrando Ti�o Carreiro (Jesus Belmiro - Para�so)
Rodeio Do Amor (Jesus Belmiro - Para�so)
Sangue De �ndio (Eli Silva - Jesus Belmiro - Z� Goiano)
Saudade Me Fez Voltar (Jesus Belmiro - Ti�o Carreiro)
Se N�o G�enta N�o Vem (Ronaldo Viola - Jesus Belmiro)
Sombra Do Desengano (Jesus Belmiro - Carminha - Para�so)
Sonho De Saudade (Jo�o Mulato - Jesus Belmiro)
Velho Poeta (Zacarias Falseti - Benedito Falseti - Jesus Belmiro)
Veneno Da Mentira (Jesus Belmiro - Ti�o Carreiro)
Viola Vermelha (Jesus Belmiro - Ti�o Carreiro)
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Jos� Fortuna:

Nasceu em It�polis-SP em 02/10/1923 e faleceu em S�o Paulo-SP no dia 10/11/1983. J� compunha desde crian�a, quando acompanhava seu pai na lavoura e escrevia versos com um peda�o de madeira no ch�o de terra.
Considerado por muitos estudiosos como um dos melhores letristas da nossa Boa M�sica Brasileira, Jos� Fortuna tamb�m era o compositor preferido de
Cascatinha.
Sua primeira composi��o "Moda das Flores" (em parceria com
Raul Torres)
foi gravada em 1944 pelos "Tr�s Batutas do Sert�o", (
Raul Torres, Flor�ncio e Rielli).

Em 1947 Jos� Fortuna formou juntamente com seu irm�o Euclides Fortuna (tamb�m de It�polis-SP, nascido em 18/10/1928 e falecido em 11/01/2013 - foto � esquerda) a famosa dupla "Z� Fortuna e Pitangueira" (foto � direita). Mudaram-se para S�o Paulo no mesmo ano e, em 1948, j� cantavam na R�dio Record. A partir de 1950 a dupla deu in�cio a uma longa e brilhante carreira de sucesso sendo que ao mesmo tempo Jos� Fortuna se destacava como compositor e versionista atrav�s de Guar�nias, Toadas e Valseados.

E foi em 1952, que a dupla
Cascatinha e Inhana
lan�ou um disco 78 RPM contendo dois dos maiores sucessos de sua carreira, tendo vendido na �poca mais de 1 milh�o de c�pias: Duas famos�ssimas Guar�nias Paraguaias com vers�o em portugu�s de Jos� Fortuna: "�ndia" (Jose Assuncion Flores - Ortiz Guerrero - Vers�o: Jos� Fortuna) e "Meu Primeiro Amor (Lejania)" (Herminio Gimenez - Vers�o: Jos� Fortuna - Pinheirinho Junior). Popularizado esse g�nero no Brasil, intensificou-se o interc�mbio musical com o Paraguai. Outras vers�es de sua autoria e que fizeram sucesso na voz de
Cascatinha e Inhana
foram "Anahy" (J. D. S. Cordero - Vers�o: Jos� Fortuna) e "Solid�o" (El�dio Martinez - Jose Assuncion Flores - M. Cardozo - Vers�o: Jos� Fortuna).
Em 1960, recebeu do ent�o Presidente da Rep�blica, Juscelino Kubitscheck de Oliveira, um cart�o
de Congratula��o e M�rito pela composi��o de "Sob o C�u de Bras�lia", executada quando da
inaugura��o da Nova Capital, sendo ent�o considerada como o Hino Inaugural de Bras�lia
(n�o confundir com o Hino "Bras�lia Capital da Esperan�a" (Ariowaldo Pires e E. Sim�o Neto)).

Em 1979 Jos� Fortuna conquistou o primeiro lugar no Festival de M�sica Sertaneja da R�dio
Record com "Riozinho" (Jos� Fortuna - Carlos Cezar) que foi gravada pelas
Irm�s Galv�o.
No mesmo ano, a Secretaria do Trabalho do Estado de S�o Paulo oficializou a sua composi��o
feita tamb�m em parceria com Carlos Cezar, "Hino do Trabalhador Brasileiro". Dois anos depois,
em 1981, voltou a conquistar o primeiro lugar no mesmo festival com a composi��o "O Vai e Vem
do Carreiro" (Carlos Cezar - Jos� Fortuna) (gravada por
S�rgio Reis
e tamb�m por
Carlos Cezar e Cristiano).
Entre seus principais parceiros na composi��o, est�o entre os mais freq�entes:
Carlos Cezar,
Dino Franco,
Ti�o Carreiro e
Para�so.
Para�so,
por sinal, al�m de ter sido parceiro de
Ti�o Carreiro
e formando atualmente a dupla com
Moc�ca,
tamb�m � genro de Jos� Fortuna, j� que ele � esposo de sua filha Iara Fortuna.

Importante lembrar tamb�m que Jos� Fortuna criou a Companhia Teatral "Os Maracan�s" com a qual viajou por quase trinta anos levando pe�as teatrais a diversos circos espalhados pelo Brasil e tamb�m a outros pa�ses da Am�rica do Sul. Sua companhia teatral conquistou in�meros trof�us, e ficou conhecida como "Os Reis do Teatro". Jos� Fortuna tamb�m escreveu 42 pe�as teatrais (nas quais tamb�m trabalhou como ator) e escreveu 30 livros de poemas e Literatura de Cordel. Gravou tamb�m cerca de 40 LPs. E, tendo sido radialista durante toda sua carreira art�stica, apresentou seu "Programa Jos� Fortuna" diversas emissoras de r�dio da Capital Paulista.

Em seus 40 anos de carreira comp�s cerca de 2.000 m�sicas, gravadas pelos mais diversos
int�rpretes, em diversos g�neros, tais como Marchas, Rancheiras, Guar�nias, Tangos, Maxixes,
Sambas-Can��o, Corridos, Fox, Valsas e Arrasta-P�s. Entre os int�rpretes, "Le�ncio e Leonel", "
Tonico e Tinoco",
"Milion�rio e Jos� Rico",
S�rgio Reis e "
Pena Branca e Xavantinho".
Suas composi��es foram tamb�m regravadas por in�meros int�rpretes da Fina Flor da MPB, entre
os quais, Maria Bet�nia, Gal Costa, Caetano Veloso, Nara Le�o e �ngela Maria. E dessas cerca
de 2000 composi��es, deixou cerca de 900 in�ditas.
Jos� Fortuna tamb�m comp�s uma bel�ssima letra para o famoso "Abismo de Rosas" (Am�rico Jacomino
(Canhoto)), a qual foi gravada pelo inesquec�vel Francisco Petr�nio. Lembrar que, em sua forma
instrumental, essa valsa � uma das mais belas melodias j� compostas para Solo de Viol�o,
imortalizada pelo Dilermando Reis e que n�o pode faltar no Repert�rio de quem se dedica a esse
maravilhoso Instrumento Musical!
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita,
Jos� Fortuna,
Sulino,
Adelino Moreira,
M�rio Zan, e
Lourival dos Santos,
por ocasi�o da posse de Adelino Moreira como Presidente Nacional do ECAD, em 1981. Lembrando tamb�m que Adelino Moreira (nascido no dia 28/03/1918 em Covelo, Portugal e
falecido no dia 09/05/2002, em Campo Grande, no Rio de Janeiro-RJ) foi um excelente Compositor "Luso Brasileiro" e Autor de Bel�ssimas Composi��es gravadas principalmente
pelo "�ltimo Bo�mio", que foi o inesquec�vel Nelson Gon�alves!!! Dentre elas, "A Volta do Bo�mio" (Adelino Moreira), "Deusa do Asfalto" (Adelino Moreira) e
"Fica Comigo Esta Noite" (Adelino Moreira - Nelson Gon�alves), apenas para citar alguns exemplos!!!
Clique aqui
e ou�a "Paineira Velha" (Jos� Fortuna) interpretada por Z� Fortuna, Pitangueira e Z� do Fole, num V�deo Musical
disponibilizado no
YouTube.
Jos� Fortuna "passou para o Andar de Cima" no dia 10/11/1983, v�tima de doen�a de Chagas.
Clique aqui
e conhe�a o Site Oficial de Jos� Fortuna com fotos, biografia, discografia, v�deos musicais, Poemas e letras das M�sicas desse inesquec�vel Compositor,
num bel�ssimo tributo � sua Obra! Site elaborado pela sua filha Iara Fortuna.

Quero aqui destacar o Livro "Vida e Arte de Z� Fortuna e Pitangueira" escrito por Euclides Fortuna (o Pitangueira) - Editora Fortuna - 2009 -
ISBN: 978-85-62890-00-0 - no qual o irm�o e parceiro retrata numa agradabil�ssima leitura, repleta de emo��o e grandes recorda��es, a vida
de Jos� Fortuna e tamb�m a trajet�ria da inesquec�vel Dupla "Z� Fortuna e Pitangueira"! O pref�cio desse livro foi escrito pelo inesquec�vel Compositor e
Amigo
Jos� Caetano Erba!
Euclides Fortuna, o Pitangueira, passou para o Oriente Eterno no dia 11/01/2013, ap�s ter se sentido mal em sua resid�ncia, v�tima de uma hemorragia interna... Ele j� havia
sofrido alguns anos antes um aneurisma numa veia do cora��o, ocasi�o na qual havia operado e colocado uma pequena pe�a de metal...
Euclides era, at� ent�o, o �ltimo dos 9 Irm�os da Fam�lia dos Fortuna...
A Grande Orquestra Celestial de Violeiros.�., sob a Reg�ncia do Grande.�. Arquiteto.�. Do.�. Universo.�., com certeza recebeu o Pitangueira ao som de bel�ssimas Guar�nias,
quando de sua chegada ao Oriente Eterno.�. ...
E o reencontro com seu Irm�o Jos� Fortuna...
"Com certeza est�o cantando juntos novamente, bem embaixo de uma PAINEIRA VELHA!!!", de acordo com a homenagem a ele prestada pelo "Cumpadre"
Ramiro Vi�la...
Pitangueira: Receba de Netinha e Ricardinho essa singela homenagem...
Na foto abaixo, em 26/11/2008, Ricardinho,
Para�so
e sua Esposa Iara Fortuna, filha do inesquec�vel Compositor Jos� Fortuna, e que preserva o Acervo Musical de seu Pai na Editora Fortuna, da qual �
propriet�ria:
Na foto abaixo, tamb�m em 26/11/2008,
Para�so
e sua Esposa Iara Fortuna:
Transcrevo abaixo o Poema "Saudades Do Poeta", no qual
Elsio Poeta
homenageia esse Grande Compositor que foi Jos� Fortuna:
Eu hoje acordei meio chocho,
Meu peito assim meio roxo,
De tanto a saudade bater...
Que eu pensei...Ser� ironia?
Perder assim o meu dia
Com o meu peito t�o triste a doer?
Ser� meu Deus necess�rio,
Que este caboclo solit�rio,
Tem que lembrar pra sofrer?
Lembrei-me ent�o do "Eterno Poeta"...
Quis uns versos construir...
Mas... vi minha banalidade
Diante de uma sumidade
Tristemente a sucumbir...
Parei no meio da prosa
Com meu rosto quase rosa
Na vergonha a diluir...
Porque n�o tenho a metade
Da sua capacidade
Para um verso construir.
Poeta,
No dia em que voc� partiu
Bois e pe�es estancaram...
Na estrada de ch�o batido
Seus passos... silenciaram...
Talvez por tanta tristeza
Os curiangos cantaram
E melodias t�o tristes
Nas vastid�es ecoaram...
Saudades! Do velho poeta
As amplid�es... reclamaram...
E aquele �Riozinho amigo�
Carregado de lembran�a crua
Foi deslizando lentamente
Transbordado de poesia sua...
Parece que ele adivinhava.
Que tudo na vida � assim,
Que l� no horizonte distante,
O mar aguardava seu fim...
Poeta..! No dia que a fria morte
Vier aqui me buscar...
Eu pe�o a Deus, esta sorte,
De l� no C�u te encontrar...
Pois um Poeta s� descansa
Depois que ouvir a "Lembran�a"
Por Anjos, no C�u a tocar...
Segue abaixo o Poema "Obras Do Poeta (Homenagem A Z� Fortuna)" de autoria do Dr. Afonso Celso Barreiros escrito no dia 17/03/2010, no qual s�o destacados os nomes de 16 de suas Composi��es:
"A M�O DO TEMPO me fez voltar ao passado
Pela AVENIDA BOIADEIRA eu caminhei
Atravessei o RIOZINHO devagar
O velho ESTEIO DE AROEIRA eu avistei
Sentei � sombra da minha PAINEIRA VELHA
O CHEIRO DE RELVA perfumava o sert�o
Eu vi ao longe O VAI E VEM DO CARREIRO
E TERRA TOMBADA l� no alto do espig�o
Ouvi o toque de um BERRANTE DE OURO
Eu vi a �NDIA que tem o cheiro da flor
Quanta LEMBRAN�A desta terra aben�oada
Aqui eu conheci o MEU PRIMEIRO AMOR
Passei a m�o pelo meu ROSTO MOLHADO
Senti brotar L�GRIMAS dos olhos meus
Quando ouvi ao longe a VOZ DO SIL�NCIO
E percebi que era o meu �LTIMO ADEUS"
O Dr. Afonso Celso Barreiros � Advogado em Curitiba-PR e grande admirador do Compositor Jos� Fortuna e da dupla
Nh� Belarmino e Nh� Gabriela.
Ele � considerado o "Guardi�o da Fonte" que homenageia a c�lebra Dupla Paranaense. O Apreciador pode conhecer um pouquinho melhor o Dr. Afonso Celso na p�gina dedicada � Dupla
Nh� Belarmino e Nh� Gabriela.
Algumas composi��es de Jos� Fortuna:
Abismo Cruel (Sulino - Z� Fortuna)
Abismo de Rosas (Am�rico Jacomino (Canhoto) - Jos� Fortuna)
A M�o do Tempo (Ti�o Carreiro - Jos� Fortuna)
A Palavra Ladr�o (Jos� Fortuna - Pitangueira)
A Porteira (Jos� Fortuna - Carlos Cezar - O. Bettio)
A Sanfona e o Viol�o (Jos� Fortuna)
As Flores do Lago (Jos� Fortuna - Para�so)
As Tr�s Namoradas (Dino Franco - Jos� Fortuna)
Atalho (Jos� Fortuna - Para�so)
A Vaquinha (Carlos Cezar - Jos� Fortuna - Oswaldo Bettio)
Avenida Boiadeira (Jos� Fortuna - Para�so)
Beijo da Morte (Jos� Fortuna - Oswaldo Aude)
Beijo de Judas (Jos� Fortuna - Para�so)
Beijo Inocente (Jos� Fortuna)
Berrante De Ouro (Carlos Cezar - Jos� Fortuna)
Caixinha De Ci�mes (Jos� Fortuna - Carlos Cezar)
Carga Pesada (Carlos Cezar - Jos� Fortuna)
Carreador (Jos� Fortuna - Para�so)
Casar�o (Jos� Fortuna - Jotha Luiz)
Casinha de Ouro (Jos� Fortuna)
Cheiro de Relva (Dino Franco - Jos� Fortuna)
Col�nia Vazia (Mairipor� - Jos� Fortuna)
Cora��o Doente (Jos� Fortuna - Para�so)
Crime de Amor (Jos� Fortuna)
Cunhada (Jos� Fortuna - Para�so)
De Que Adianta (Jos� Fortuna - Ti�o do Carro)
Despedida de Solteiro (Z� Carreiro - Carreirinho - Jos� Fortuna)
Dois Destinos (Dilermando Reis - Jos� Fortuna)
Drama da Vida (Jos� Fortuna)
Esteio de Aroeira (Jos� Fortuna)
Expresso Boiadeiro (Carlos Cezar - Jos� Fortuna)
Flor do Baile (Jos� Fortuna - Pitangueira)
Flor Proibida (Carreirinho - Jos� Fortuna)
Flor Serrana (Jos� Fortuna - Daniel Salinas)
Folha Seca (Jos� Fortuna)
Fronteiri�a (Jos� Fortuna)
Gera��o de Boiadeiro (Jos� Fortuna - Carlos Cezar)
Hino do Trabalhador Brasileiro (Carlos Cezar - Jos� Fortuna)
Hist�ria dos Times (Jos� Fortuna)
Inquilino do Peito (Jos� Fortuna - Para�so)
Jo�o Ningu�m (Jos� Fortuna - Zeca)
La�o De Amor (Jos� Fortuna - Sulino)
L�grimas (Jos� Fortuna - Carlos Cezar)
Lembran�a (Jos� Fortuna)
Lenda Da Valsa Dos Noivos (Jos� Fortuna)
M�e Terra (Jos� Fortuna - Para�so)
Manh� Sem Aurora (Jos� Fortuna - Carlos Cezar)
Mato-Grossense (Luizinho - Jos� Fortuna - Zezinha)
Metade De Mim (Jos� Fortuna - Para�so)
Mo�a Caminhoneira (Jos� Fortuna - Carlos Cezar)
Mo�a Do Carro De Boi (Jos� Fortuna - Carlos Cezar)
Mour�o Queimado (Jos� Fortuna - Sulino)
N�o Me Abandones (Jos� Fortuna - Enrique de Hoz)
O Beijo Da Morte (Jos� Fortuna)
O Carro e a Faculdade (Sulino - Jos� Fortuna)
Oceano da Vida (Jos� Fortuna)
O Ip� e o Prisioneiro (Jos� Fortuna - Para�so)
O Ponteio da Viola (Jos� Fortuna - Para�so)
O Selo De Sangue (Jos� Fortuna - Pitangueira)
O Vai e Vem do Carreiro (Carlos Cezar - Jos� Fortuna)
Paineira Velha (Jos� Fortuna)
Peda�o de P�o (Jos� Fortuna - Carminha)
Piscina (Jos� Fortuna - Para�so)
Porta Encostada (Jos� Fortuna - Para�so)
Porta-J�ia do Amor (Jos� Fortuna - Para�so)
Quando A Lua Vem Surgindo (Jos� Fortuna - Sulino)
Ra�zes do Amor (Para�so - Jos� Fortuna)
Remorso (Luizinho - Jos� Fortuna)
Retalhos De Amor (Jos� Fortuna)
Riozinho (Carlos Cezar - Jose Fortuna)
Rosto Molhado (Ronaldo Adriano - Jose Fortuna)
Saudadona (Jos� Fortuna - Para�so)
Sentimento Sertanejo (Jos� Fortuna - Jos� B�ttio)
Sob O C�u De Bras�lia (Dilermando Reis - Jos� Fortuna)
Terra Tombada (Carlos Cezar - Jos� Fortuna)
Teu Nome Tem Sete Letras (Jos� Fortuna - Z� Carreiro - Carreirinho)
�ltimo Adeus (Jos� Fortuna - Fernandes)
Uma Noite No Sof� (Jos� Fortuna - Para�so)
Vento Violeiro (Jos� Fortuna - Carlos Cezar)
Vestido Colado (Jos� Fortuna - Para�so)
Viagem do Tiet� (Jos� Fortuna)
24 Horas de Amor (Carlos Cezar - Jos� Fortuna)
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Joubert de Carvalho:

Joubert Gontijo de Carvalho nasceu no dia 06/03/1900 em Uberaba-MG e faleceu no dia 20/09/1977 no Rio de Janeiro-RJ. Filho do fazendeiro Tobias de Carvalho e de Dona Francisca Gontijo de Carvalho, casal que teve treze crian�as no total!
Joubert aprendeu a tocar
"de ouvido" o Piano que seu pai havia comprado quando ele tinha 9 anos de idade; interpretava os Dobrados que ouvia, e que eram tocados pela Banda local.
Quando se mudou juntamente com a fam�lia para S�o Paulo-SP (pois o Sr. Tobias fazia quest�o de uma excelente Educa��o e Forma��o dos filhos que foram estudar no Gin�sio S�o Bento), Joubert chegou a compor uma Valsa intitulada �Cruz Vermelha�, a qual teve a renda revertida para a institui��o homenageada. Estava no in�cio da adolesc�ncia e o relativo sucesso obtido incentivou o menino para a M�sica.
Em 1919, mudou-se para o Rio de Janeiro-RJ, onde estudou Medicina e tamb�m fez sucesso com o Fox �Pr�ncipe� (que foi inclusive editado na Fran�a), composi��o gravada em 1922, que foi o ano do Centen�rio da Independ�ncia do Brasil.
Conclu�u o Curso Universit�rio em 1925 e defendeu a tese intitulada
"Sopros Musicais do Cora��o"; foi aprovado com distin��o, apesar do "t�tulo humor�stico" da tese. E, mesmo com o exerc�cio da profiss�o, continuou com as composi��es musicais ao Piano e a publica��o das mesmas, as quais faziam sucesso entre os editores.
Casou-se dois anos depois de formado com Elza Faria com quem teve o filho Fernando Antonio. E foi tamb�m por essa �poca, em 1928 que Joubert musicou dois poemas de Oleg�rio Mariano ("Cai, Cai Bal�o" e "Tutu Maramb�"), e iniciou com ele uma parceria de mais de vinte m�sicas.
Alcan�ou o primeiro sucesso nacional com a m�sica �Ta-Hi (Pra Voc� Gostar de Mim)�, gravada em 1930 pela Carmen Miranda. A vendagem foi de 35.000 discos, quando na �poca, os grandes cantores vendiam, no m�ximo, algo em torno de 1.000 discos.
Dentre seus sucessos destacam-se �De papo pro �� (1931, em parceria com Oleg�rio Mariano) e o grande sucesso �Maring�, m�sica que foi composta em 1932,
que tinha como tema a seca do Nordeste Brasileiro. O sucesso de �Maring� foi t�o grande que uma famosa cidade do Norte do Paran� recebeu, quando de sua funda��o, esse nome que era na verdade a fus�o das palavras �Maria e Ing�. A bel�ssima composi��o foi gravada inicialmente por Gast�o Formenti e depois seguiram-se diversas outras grava��es, inclusive em v�rios outros pa�ses.
Com efeito, Joubert almejava na �poca (1932) um cargo de �M�dico dos Mar�timos� e, como era amigo do Ministro da Via��o Jos� Am�rico de Almeida, f�z, para agrad�-lo (o Ministro era Nordestino), a can��o "Maring�", que surgiu de �Maria do Ing�, sendo que Ing� era um dos munic�pios nordestinos mais castigados pela seca. "Maring�", na �poca, era cantada pelos oper�rios que constru�am uma nova cidade no norte do Paran� e, quando a �Cidade-Can��o� foi fundada em 1947, foi �batizada� com o nome de Maring�.
Transcrevo a seguir a �Origem do Nome Maring�, conforme foi publicado num �mapa tur�stico� da cidade:
�
Por volta de 1940, esta �rea coberta por uma densa floresta, j� era denominada por Maring�, tendo a Companhia Melhoramentos Norte do Paran� colocado uma placa com esse nome nas imedia��es, a exemplo de outros nomes como Iva�, Tibagi, Inaj� e outros provenientes da l�ngua guarani. Os c�rregos e rios eram tantos que lhes faltava criatividade para nome�-los. Por esse motivo, os funcion�rios da Companhia Norte do Paran� escolhiam nomes de cidades de seus pa�ses, como Astorga e outras. At� marcas de cigarros davam nomes �s �guas, como o c�rrego do Fulgor. Ao demarcar essa regi�o, nomeavam os rios e esses � que davam nomes �s futuras cidades, por exemplo, Marialva, Mandaguari e tantas outras. Encontraram um ribeir�o que recebeu o nome de Maring�, provavelmente inspirado na can��o de Joubert de Carvalho. Esse c�rrego foi batizado pelo Senhor Raul da Silva, na �poca, Chefe do escrit�rio de Vendas da Companhia Melhoramentos Norte do Paran�, em Mandaguari. O nome desse c�rrego passou a ser o nome da futura cidade.
Assim, Maring� recebeu o nome da can��o, que, por sua vez, tamb�m tem sua hist�ria. Morava na cidade de Pombal, interior da Para�ba, numa ruazinha coberta por ingazeiros, uma linda cabocla de nome Maria do Ing�. Era filha de retirantes nordestinos, dona de uma beleza encantadora, de corpo bem feito, pele morena, olhos e cabelos negros. Maria fascinava a todos inspirando ardentes paix�es.
Um dia, uma seca inclemente levou a linda Maria, deixando o pol�tico Rui Carneiro desolado de tristeza. Bairrista (...), Rui pediu ao amigo Joubert de Carvalho que fizesse uma m�sica que exaltasse a mulher amada e sua terra natal.
Na fus�o das palavras de Maria mais Ing�, surgiu Maring�, dando origem � Can��o �Maring�, Maring�, que, por volta de 1935, estourava nas paradas de sucesso.
�
Na foto abaixo, no dia 20/02/2020, minha Esposa (Netinha) e eu junto do Piano que pertenceu ao Compositor Joubert de Carvalho e no qual ele comp�s a bel�ssima Can��o "Maring�"!!! Esse Piano foi restaurado e se encontra no CAC = Centro de A��o Cultural da Prefeitura de Maring�-PR, na esquina das Avenidas XV de Novembro e Get�lio Vargas, bem pertinho da Catedral de Maring�-PR!!!
Em 1933 Joubert foi nomeado M�dico do Instituto dos Mar�timos, onde fez carreira, chegando a ser diretor do hospital.
Em 1959, Joubert tamb�m foi homenageado pelo povo de Maring�-PR, que deu seu nome a uma das ruas da �Cidade-Can��o�:
Al�m de renomados int�rpretes e duplas caipiras que gravaram sucessos tais como �De Papo Pro �� e �Maring� (
Tonico e Tinoco,
Renato Teixeira,
Adauto Santos e
Inezita Barroso,
apenas para citar alguns), a obra de Joubert de Carvalho tamb�m foi gravada por diversos outros
int�rpretes de gabarito de nossa MPB, tais como Gast�o Formenti, Carlos Galhardo, Francisco
Alves, al�m da �Pequena Not�vel� Carmen Miranda que havia consagrado �Ta-Hi (Pra Voc� Gostar
de Mim)� em 1929.
Joubert de Carvalho nunca foi de beber, e tamb�m nunca foi bo�mio; bares e botecos n�o o atra�am. Era uma homem culto e refinado e, al�m de mais de 700 composi��es editadas, tamb�m escreveu um romance: "Esp�rito e Sexo". E como M�dico, tamb�m foi muito talentoso e um dos pioneiros no Brasil na Medicina Psicossom�tica. Joubert de Carvalho tamb�m participou de diversas entidades de Defesa dos Direitos Autorais at� o fim de seus dias.
Um pneumonia p�s fim � sua vida no Rio de Janeiro no dia 20/09/1977...
Voltei a visitar Maring�-PR, dois anos e meio depois, entre 11 e 15/08/2022, junto com minha Esposa (Netinha) e com os Estudiosos
Maikel Monteiro
e
Fernando Rodrigues Leandro!
Clique aqui,
veja e ou�a alguns coment�rios sobre o Piano que pertenceu ao Compositor, e que se encontra na Sala Joubert de Carvalho, no CAC (Centro de A��o Cultural da Prefeitura de Maring�-PR), num di�logo descontra�do, com o "Cumpadre" Fernando Rodrigues Leandro e o Ant�nio, que trabalha no CAC. Esse reencontro, postado no YouTube, se deu no dia 11/08/2022!
Esse reencontro foi "pr� l� de especial", pois, no dia seguinte (12/08/2022), Netinha, eu, Maikel Monteiro e Fernando Rodrigues Leandro tivemos o prazer de ver o Piano de Joubert de Carvalho sendo tocado!!!
No evento intitulado "M�s da M�sica", em Agosto de 2022, o CAC homenageou o Acordeonista Terc�lio Men, que, com uma incr�vel simpatia, com seus 87 anos, � o Sanfoneiro mais idoso em atividade no Brasil!!!
Jean Michel, tocando a Viola Caipira, e �dipo Leandro, tocando Piano, Viol�o de 7 Cordas e tamb�m o Trompete, realizaram uma excelente Apresenta��o que homenageou a M�sica de Terc�lio Men, no CAC!!!
L�gico que "Maring�" (Joubert de Carvalho) tamb�m foi tocada com bastante destaque nessa noite!!!
Nas fotos abaixo, com minha Esposa (Netinha), os "Cumpadres" Fernando Rodrigues Leandro, Maikel Monteiro e Terc�lio Men, no CAC, ap�s a brilhante Apresenta��o!!!
E, nas fotos abaixo, com Netinha, Fernando Rodrigues Leandro e Maikel Monteiro, um encontro descontra�do, no dia seguinte (13/08/2022), na resid�ncia de Terc�lio Men, em Maring�-PR!!!
Clique aqui
e conhe�a um pouquinho mais sobre a brilhante Trajet�ria Musical de Terc�lio Men, num artigo no jornal "O Maring�"!!!
Algumas composi��es de Joubert de Carvalho:
De Papo Pro � (Joubert de Carvalho - Oleg�rio Mariano)
Mariblanca (Joubert de Carvalho - Luiz de Gongora)
Maring� (Joubert de Carvalho)
Melhor Amor (Joubert de Carvalho)
No Tempo da Valsa (Joubert de Carvalho)
Pierrot (Joubert de Carvalho - Pascoal Carlos Magno)
Pr�ncipe (Joubert de Carvalho - H�lio Silveira)
Rosalinda (Joubert de Carvalho)
Ta-Hi (Pra Voc� Gostar de Mim) (Joubert de Carvalho)
Volta Para o Meu Amor... (Joubert de Carvalho - Tostes Malta)
Z�ngara (Joubert de Carvalho - Oleg�rio Mariano)
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Jura�ldes da Cruz:
"O trabalho deles,
Gen�sio e
Jura�ldes,
� maravilhoso. S�o bons Poetas e t�m M�sicas absolutamente in�ditas."

O nome completo � tamb�m o nome art�stico desse compositor e cantador que nasceu pr�ximo ao
p� da Serra Geral, no dia 23/11/1954, no munic�pio de Aurora do Norte que, na �poca, pertencia
ao Norte do Estado de Goi�s. A cidade natal de Jura�ldes da Cruz hoje pertence ao
Estado do Tocantins, o mais novo da Federa��o, o qual passou a existir a partir de 1988.
Cresceu ouvindo manifesta��es folcl�ricas regionais tais como Cantigas de Roda, Folias de Reis,
e tamb�m a voz de cantadores como Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, entre outros.
O primeiro lugar que conquistou no GREMI de Inhumas em 1976 deu in�cio � sua carreira
art�stica, a qual incluiu tamb�m a participa��o em diversos festivais, dentre eles, o Festival
Tupi-79, onde Jura�ldes se apresentou juntamente com Gen�sio Tocantins, sendo que, no mesmo
festival, participaram tamb�m compositores e int�rpretes do quilate de Caetano Veloso,
Elba Ramalho, Z� Ramalho, Alceu Valen�a, Fagner e Jackson do Pandeiro, dentre outros.

Com mais de 20 anos "na estrada", Juraildes � considerado como um sertanejo, n�o apenas por
mero modismo, mas sim, um sertanejo que sabe cantar com a simplicidade que veio do ber�o,
guardada no cora��o. Como um bom cantador, traz no seu canto os valores aut�nticos da Cultura
Regional, que ele aprendeu naturalmente com a linguagem, os h�bitos e os costumes do povo de
seu lugar.
Jura�ldes j� teve composi��es gravadas, por diversos excelentes int�rpretes, dentre os quais,
Pena Branca e Xavantinho,
Xangai e
Rolando Boldrin,
apenas para citar alguns. O segundo disco de carreira de
Pena Branca e Xavantinho,
"Uma Dupla Brasileira", lan�ado em vinil em 1982, produzido por
Rolando Boldrin,
tem como primeira faixa a bela composi��o "Mem�ria de Carreiro" (Jura�ldes da Cruz), numa
bel�ssima interpreta��o da excelente dupla do Tri�ngulo Mineiro.
Como int�rprete, Jura�ldes da Cruz participa do CD "Canta Cerrado", o qual
foi gravado ao vivo durante um festival; esse CD cont�m a famos�ssima "N�is � Jeca Mais � J�ia",
em ritmo de Forr�, e que � uma cr�tica bem humorada a certos preconceitos que muita gente tem
com rela��o ao Caipira e ao seu linguajar. Jura�ldes da Cruz ganhou inclusive o Pr�mio Sharp
com essa composi��o, em 1997.

Jura�ldes tamb�m tem participa��o no CD "Eug�nio Avelino - Lua Cheia, Lua Nova", lan�ado pelo
"Est�dio de Inven��es", no qual interpreta juntamente com Xangai a sua composi��o "Fuzu� na
Taboca".

E Jura�ldes da Cruz tamb�m participa do CD "S� Forr� II" (KCD150) lan�ado pela inesquec�vel gravadora
Kuarup Discos,
e que � uma excelente colet�nea de Forr�s, tendo tamb�m as participa��es especiais de Dominguinhos, Genaro, Heraldo do Monte,
Maciel Melo e
Jackson Antunes.
Jura�ldes nesse CD interpreta suas composi��es "Nois � Jeca Mais � Joia (Juraildes da Cruz), "Pegando Fogo" (Juraildes da Cruz) e
"Receita de Mulher" (Juraildes da Cruz).
Lamentavelmente, a
Kuarup Discos
se viu obrigada a encerrar suas atividades, no in�cio de 2009, ap�s mais de 30 anos de Excelente Atividade... Resta-nos a esperan�a de que esse Acervo
Musical n�o seja perdido e que os respectivos CD's e DVD's sejam adquiridos por outra Gravadora/Produtora o mais breve poss�vel, retornando assim aos
cat�logos de vendas...
Al�m das participa��es especiais nos CD supra-mencionados, Jura�ldes lan�ou tr�s discos de
carreira:

Seu primeiro disco "Cheiro da Terra" foi lan�ado em 1990 pelo selo "Outros Brasis" e contou com a
participa��o de excelentes m�sicos tais como Chiquinho do Acordeon, Sebasti�o Tapaj�s, Paulo
Moura, Jaques Morelenbaum, Fernando Carvalho, Nilson Chaves, Mingo e Xangai, entre outros. Para
nossa felicidade, esse �lbum tamb�m foi lan�ado em CD.

Em 1998, gravou seu segundo CD, "Lugar Seguro", tamb�m de produ��o independente, pela Devil
Discos, com destaque para as composi��es "Rio Araguaia" (Jura�ldes da Cruz - Ham�lton Carreiro),
"O Melhor da Festa" (Jura�ldes da Cruz), "Meninos" (Jura�ldes da Cruz) e "Vida no Campo"
(Jura�ldes da Cruz), al�m da faixa-t�tulo "Lugar Seguro" (Jura�ldes da Crus) que abre o CD e
tamb�m da famos�ssima "N�is � Jeca Mas � J�ia" (Jura�ldes da Cruz), j� mencionada logo acima. O
CD tamb�m conta com participa��es especiais de excelente m�sicos tais como Miltinho Edilberto,
Toninho Carrasqueira, Oswaldinho do Acordeon e Z� Gomes, entre outros.

E, em 2002, Jura�ldes da Cruz lan�ou seu terceiro CD "Hot-Dog-Latino" pela Anhang�era Discos,
com destaque para "Se Correr o Bicho Pega" (Jura�ldes da Cruz), "Canoa Furada" (Jura�ldes da
Cruz), "Desatando N�" (Jura�ldes da Cruz) e "Voc� T� Doida" (Jura�ldes da Cruz), al�m da
faixa-t�tulo Hot-Dog-Latino, na qual Jura�ldes satiraza "nomes pr�prios americanos e
tupiniquins"...
Em 2000, Jura�ldes foi classificado no concurso do Projeto "Rumos Musicais", do Banco Ita�
para fazer um Mapeamento Cultural do Pa�s.
Clique Aqui
e conhe�a o Projeto
"Cartografando Sons do Oiapoque ao Chu�", no qual Jura�ldes da Cruz participa representando a
Regi�o Centro-Oeste e, em especial, o jovem Estado do Tocantins.
E, no mesmo ano de 2000, Jura�ldes tamb�m esteve no Rio de Janeiro, onde gravou
programas na
R�dio MEC
com os radialistas Ricardo Cravo Albin e Adelzon Alves, al�m de
apresentar um show no Teatro do Servi�o Social da Ind�stria (SESI).

E, em 2002, Jura�ldes teve sua composi��o "Luz Dourada" gravada por Xangai (Eug�nio Avelino)
no CD "Brasileran�a", o qual conta tamb�m com a participa��o especial do Quinteto da Para�ba.

E, segundo H�lio Santos, Jura�ldes da Cruz
" ...traz o b�lsamo de sua
inf�ncia sertaneja em suas composi��es, verdadeiras contas no ros�rio de sua caminhada
pela m�sica, sempre voltada para o homem da terra em seus sonhos, alegrias e labuta."
H�lio Santos foi o produtor do CD "Made In Dependente Brasil - O Melhor da M�sica
Independente", que � uma colet�nea lan�ada pela "Luz do Sol Produ��es", da qual Jura�ldes da
Cruz participa com suas composi��es "Dod�i" e "Cantiga").

Quero aqui destacar o CD "N�is � Jeca Mais � J�ia - Jura�ldes da Cruz e Xangai" (KCD183),
lan�ado pela
Kuarup Discos,
onde, juntamente com Eug�nio Avelino (tamb�m conhecido como Xangai), Jura�ldes interpreta 13
m�sicas, 12 das quais de sua autoria. Destaque para a regrava��o da c�lebre "N�is � Jeca
Mais � J�ia" (Jura�ldes da Cruz), j� mencionada nesse resumo biogr�fico, al�m de "Convida Eu
(para Bush e Saddam)" (Juraildes da Cruz), "Receita De Mulher" (Juraildes da Cruz) e tamb�m
"O Bolero De Isabel" (Jessier Quirino) (a �nica m�sica do CD que n�o foi composta pelo
Jura�ldes), apenas para citar algumas. Gravado em Agosto de 2003, esse CD contou com a
Produ��o de Mario de Aratanha e Xangai, e a Dire��o de Jo�o Omar, al�m das
participa��es especiais de Antonio Adolfo (Piano e Rabeca),
Chico Lobo
(Viola Caipira), Mari� Porto (voz), Paulo S�rgio Santos (Clarinete) e Oswaldinho do Acordeon.
Lamentavelmente, a
Kuarup Discos
se viu obrigada a encerrar suas atividades, no in�cio de 2009, ap�s mais de 30 anos de Excelente Atividade... Resta-nos a esperan�a de que esse Acervo
Musical n�o seja perdido e que os respectivos CD's e DVD's sejam adquiridos por outra Gravadora/Produtora o mais breve poss�vel, retornando assim aos
cat�logos de vendas...

Quero destacar tamb�m o CD e o DVD "Meninos" que Jura�ldes da Cruz gravou em Novembro de 2008 no "Goi�nia Ouro", numa excelente apresenta��o que tamb�m
contou com as participa��es de Luiz Chaffin (Viol�o), Em�dio Queir�z (Viol�o), Edilson Moraes (Percuss�o), Andrea Teixeira (Flauta), Marcelo Maia (Baixo),
Gidesmi (Violoncelo), Juarez (Trompa), Amin Braga (Acordeon), e tamb�m do saudoso Voninho (Acordeon), al�m do Coral Infantil formado pelos alunos da
Professora Adriana Jacinto.

No texto do encarte, a Professora de Hist�ria Miriam Bianca, da Universidade Federal de Goi�s, menciona que esse trabalho
"...pretende ser uma
contribui��o para a atividade pedag�gica de Professores e Alunos da Educa��o Infantil e das s�ries iniciais do Ensino Fundamental. A id�ia se baseia na
articula��o entre a M�sica, linguagem art�stica fundamental para o desenvolvimento da sensibilidade, da capacidade de observa��o e da criatividade, al�m
dos demais conte�dos desenvolvidos em Sala de Aula..."
Destaque para a interpreta��o da faixa-t�tulo "Meninos" (Jura�ldes da Cruz), que � a 1� Faixa do DVD e a 5� Faixa do CD, Composi��o essa que j� havia
sido gravada por
Renato Teixeira
e Xangai na 6� faixa do CD "Aguaraterra" (OXX-1208-1), lan�ado pela Gravadora Paradoxx Music.
Minha Esposa (a Netinha) e eu tivemos a felicidade de conhecer pessoalmente o Jura�ldes da Cruz na C�mara Municipal de Goi�nia-GO, na noite de 16/09/2010,
evento no qual a Vereadora C�lia Valad�o concedeu o T�tulo de Cidad�o Goianiense ao Professor Luiz de Aquino Alves Neto.
Para o envento, Netinha e eu estivemos presentes, a convite de F�tima Paraguassu, que preside a
Comiss�o Goiana de Folclore,
que � uma Institui��o da Sociedade Civil, sem fins lucrativos, que tem, como Miss�o, identificar os v�rios sotaques da Cultura Popular do Estado de Goi�s,
promover a incorpora��o dos saberes, fazeres e falares ao conte�do das Escolas, para que o Estudante, conhe�a, aprenda a gostar e crie o sentimento de
pertencimento dentro de uma Identidade Coletiva!
Nesse evento, al�m do T�tulo de Cidad�o Goianiense outorgado ao Professor Luiz de Aquino Alves Neto, o Compositor Jura�ldes da Cruz tamb�m foi homenageado
pela Vereadora C�lia Valad�o!
Na foto abaixo, Jura�ldes da Cruz, interpretando seu sucesso "N�is � Jeca Mais � J�ia" (Jura�ldes da Cruz), na C�mara Municipal de Goi�nia-GO, no dia
16/09/2010:
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Jura�ldes da Cruz, a Vereadora C�lia Valad�o e Ricardinho, na C�mara Municipal de Goi�nia-GO, na noite de
16/09/2010:
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Ricardinho e Jura�ldes da Cruz, com o Pr�mio Recebido, na C�mara Municipal de Goi�nia-GO, na mesma noite de
16/09/2010:
E, na foto abaixo, Ricardinho e Jura�ldes da Cruz, com o CD e o DVD "Meninos", na C�mara Municipal de Goi�nia-GO, na mesma noite de 16/09/2010:
Algumas composi��es de Jura�ldes da Cruz:
A Trempe (Jura�ldes da Cruz)
Alian�a (Gen�sio Tocantins - Jura�ldes da Cruz)
Aragem (Lucas - Jura�ldes da Cruz)
Arraste (F�tima Le�o - Jura�ldes da Cruz)
Beijo na Boca (Jura�ldes da Cruz)
B�ia Fria (Jura�ldes da Cruz)
Bom Tempo (Jura�ldes da Cruz)
Canoa Furada (Jura�ldes da Cruz)
Cantiga (Jura�ldes da Cruz)
Com Jeito (Jura�ldes da Cruz)
Confiss�es de um Leitor (Jura�ldes da Cruz)
Desatando N� (Jura�ldes da Cruz)
Doce V�cio (Jura�ldes da Cruz)
Dod�i (Ei Flor) (Jura�ldes da Cruz)
Feliz da Hist�ria Real (Jura�ldes da Cruz)
Florzinha (Jura�ldes da Cruz - Braguinha Barroso)
Fogo da Saudade (Jura�ldes da Cruz)
Fuzu� na Taboca (Jura�ldes da Cruz)
Homem Tem Que Ter Mulher (Jura�ldes da Cruz)
Hot-Dog Latino (Jura�ldes da Cruz)
Lugar Seguro (Jura�ldes da Cruz)
Luz Dourada (Jura�ldes da Cruz)
Mais Que Decis�o (Sebasti�o Pinheiro - Jura�ldes da Cruz)
Maxixe Com Cheese-Burguer (Jura�ldes da Cruz)
Mem�ria de Carreiro (Jura�ldes da Cruz)
Meninos (Jura�ldes da Cruz)
Mo�a Bonita (Jura�ldes da Cruz)
Nas Nuvens (Jura�ldes da Cruz)
N�is � Jeca Mais � J�ia (Jura�ldes da Cruz)
O Brasileiro (Jura�ldes da Cruz)
O Importante � o Brasil ganhar a Copa (Jura�ldes da Cruz)
O Ja� e a Perdiz (Jura�ldes da Cruz)
O Melhor da Festa (Jura�ldes da Cruz)
O Samba (Braguinha Barroso - Jura�ldes da Cruz)
Pegando Fogo (Jura�ldes da Cruz)
Porta do Tempo (Jura�ldes da Cruz)
Pot�vel (Jura�ldes da Cruz)
Princesinha (Braguinha Barroso - Jura�ldes da Cruz)
Quem Ama Perdoa (Jura�ldes da Cruz)
Quem Planta Colhe (Jura�ldes da Cruz)
Ra�zes e Rimas (Jura�ldes da Cruz)
Reboli�o (Jura�ldes da Cruz)
Receita (Jura�ldes da Cruz)
Receita de Mulher (Jura�ldes da Cruz)
Retalhos de uma roda de frevo
Reviravolta (Jura�ldes da Cruz)
Rio Araguaia (Hamilton Carneiro - Jura�ldes da Cruz)
Se Correr O Bicho Pega (Jura�ldes da Cruz)
Solteir�o Conquistador (Jura�ldes da Cruz)
Some N�o (Jura�ldes da Cruz)
T�o Falando (Jura�ldes da Cruz)
Tem Que "Privini" (Jura�ldes da Cruz)
Toda Vez (Jura�ldes da Cruz)
Tributo do Amor (Sebasti�o Pinheiro - Jura�ldes da Cruz)
Viagem (Jura�ldes da Cruz)
Vida No Campo (Jura�ldes da Cruz)
Voc� T� Doida (Jura�ldes da Cruz)
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Laureano:

Ochelcis Aguiar Laureano foi Violeiro, Compositor e Cantor. Nasceu em Votorantim-SP
em 01/05/1909, onde tamb�m veio a falecer em 16/01/1996 (Votorantim era na �poca um
distrito de Sorocaba-SP, por isso, a respectiva cidade costuma ser mencionada em algumas
biografias como a cidade-natal desse Compositor).
Laureano formou a primeira dupla com Soares, tendo sido uma das duplas caipiras pioneiras, logo
ap�s a c�lebre Turma Caipira de
Corn�lio Pires,
da qual tamb�m chegaram a fazer parte.
"Laureano e Soares" chegaram a gravar 14 discos 78 RPM, sendo que o primeiro deles, lan�ado em
1931, continha as m�sicas "Desafio" (Laureano e Soares) e "Casamento" (Laureano e Soares). No
mesmo ano, gravaram na Ouvidor as toadas caipiras "A Crise" (Laureano) e
"O Diabo No Mundo" (Laureano), as quais falavam sobre a crise que o Brasil e o mundo viviam naquela �poca.
E, na mesma esteira, no ano seguinte, a dupla lan�ou as modas de viola "Revolta de S�o Paulo"
(Laureano) e "Moda dos Tecel�es" (Laureano), onde tamb�m foi retratada a situa��o pol�tica e
social brasileira da �poca. A dupla foi desfeita no final dos anos 30.

Laureano tamb�m fez parte do "Quarteto da Saudade" juntamente com Serrinha, Mariano e
Arnaldo Meirelles (foto � esquerda). Em 1937, formou, juntamente com seu irm�o, a dupla "Irm�os Laureano" que
estreou em disco com "Casando � Bessa" (Ochelsis Laureano) "Roseira Branca"
(Ochelsis Laureano). No ano seguinte, os "Irm�os Laureano" gravaram
"O Crime Do Restaurante Chin�s" (Laureano) e "Amanhecer No Sert�o" (Laureano -
Ariowaldo Pires), esta �ltima, uma esp�cie de teatraliza��o da qual tamb�m participaram
o
Capit�o Furtado
e Dulce Malheiros. Os "Irm�os Laureano" encerraram a dupla em pouco tempo, no entanto,
Ochelsis n�o largou jamais a carreira musical.
Laureano tamb�m fez parceria com
Ariowaldo Pires
n�o apenas na composi��o, mas tamb�m na R�dio Tupi, no programa "Repouso". E, entre as
composi��es mais c�lebres da dupla, destacam-se "Agricultura Hoje Tem Seu Lugar",
(gravada por Nh� Zefa,
Nh� Pai e
Capit�o Furtado),
"A Bandeira Do Caboclo" (gravada pelo Duo Estrela Dalva), "Desafio Disparatado" (gravada por
Nh� Zefa e
Nh� Pai)
e tamb�m o grande sucesso "Destinos Iguais" (gravado por diversos excelentes int�rpretes,
dentre os quais,
Inezita Barroso,
Duo Glacial e tamb�m
Tonico e Tinoco).
Em 1945, Laureano fez dupla com Mariano, com quem gravou tr�s discos e juntos fizeram sucesso
com a j� mencionada "Destinos Iguais" (Laureano - Ariowaldo Pires), "Lola Mariana" (Mariano) e
"Boiadeiro Folgado" (Mariano).
Um dos maiores sucessos de Laureano como compositor foi sem d�vida a famos�ssima "Moda Da
Pinga", moda de viola chamada inicialmente de "Festan�a No Tiet�" e gravada por
Raul Torres
em 1937 e regravada pela "Madrinha"
Inezita Barroso
em 1953, no Lado A do mesmo disco 78 RPM que teve no outro lado a c�lebre "Ronda" (Paulo
Vanzolini). "Moda da Pinga" (ou "Marvada Pinga", como tamb�m � conhecida) tamb�m foi gravada
por diversos outros int�rpretes, dentre os quais
As Galv�o,
Passoca e
Pena Branca e Xavantinho.
Al�m de ter sido considerado como um dos maiores Violeiros nas d�cadas de 30 e 40, Laureano
tamb�m estudou Canto Coral com
Heitor Villa-Lobos
e foi Professor de M�sica. Tendo se
tornado Evang�lico, viajou pelo pa�s ensaiando Corais de diversas Igrejas.
Algumas composi��es de Laureano:
A Bandeira Do Caboclo (Laureano - Ariowaldo Pires)
ABC Do Prisineiro (Laureano)
A Ca�ada (Laureano)
A Madrugada (Laureano)
A Morte Do Manuelzinho (Laureano)
A Mulher E O Rel�gio (Laureano)
Agricultura Hoje Tem Seu Lugar (Laureano - Ariowaldo Pires)
Amanhecer No Sert�o (Laureano - Ariowaldo Pires)
Cana-Verde Em Desafio (Laureano - Ariowaldo Pires - Nh� Zefa)
Cantando No R�dio (Laureano)
Casamento (Laureano - Soares)
Casamento Internacional (Laureano)
Casamento Perdido (Laureano)
Casando � Bessa (Laureano)
Chuva de Pedra (Laureano)
Como Nasceu o Cururu (Laureano - Ariowaldo Pires)
Crise (Laureano)
Deixei De Ser Carreiro (Mariano - Laureano)
Desafio (Laureano - Soares)
Desafio Disparatado (Laureano - Ariowaldo Pires)
Destinos Iguais (Laureano - Ariowaldo Pires)
Em Redor Do Mundo (Irm�os Laureano - Ariowaldo Pires)
Ensinando A Mui� (Laureano)
Fim De Um Valent�o (Laureano)
Meu Casamento (Laureano)
Meu Jardim (Laureano)
Minha Profiss�o (Laureano)
Minhas Aventuras (Laureano)
Moda Da Pinga (Ochelsis Laureano - Raul Torres)
Moda Das Meias (Irm�os Laureano - Ariowaldo Pires)
Moda Do Ceguinho (Laureano)
Moda Do Pito (Laureano)
Moda Dos Tecel�es (Laureano)
Mui� Sapeca (Laureano)
No Mundo Da Lua (Laureano)
O Bal�o Subiu (Laureano)
O Cavalo E O Boi (Laureano)
O Cravo (Laureano)
O Crime Do Restaurante Chin�s (Laureano)
O Diabo E O Mundo (Laureano)
O Jogo Do Truco (Laureano)
O Que Eu Vejo (Laureano)
O Sonho Do Matuto (Laureano - Ariowaldo Pires)
Patr�es E Oper�rios (Laureano)
Repicando A Viola (Laureano)
Revolta De S�o Paulo (Laureano)
Roseira Branca (Laureano)
Saudades de Sorocaba (Laureano)
Situa��o Dos Homens (Laureano)
Uma Carta Atrapalhada (Laureano)
Um Retrato (Laureano)
Valentia de Volunt�rio (Laureano)
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Lourival dos Santos:

Nasceu em Guaratinguet�-SP no dia 11/08/1917 e faleceu em Guarulhos�SP no dia 19/05/1997. Com
apenas 12 anos de idade, ficou �rf�o de pai e foi morar na casa do av� em Lorena-SP e, desde
essa �poca j� manifestava seus dons fazendo quadrinhas improvisadas em Folias-de-Reis na
regi�o. �Meu romance� (Lourival dos Santos - Teddy Vieira) foi sua primeira composi��o a ser
gravada (o que foi feito pela dupla Laranjinha e Zequinha).
Em 1933, mudou-se para a Capital Paulista, onde foi trabalhar no com�rcio. Tornou-se amigo de
Palmeira e
Piraci
e passou a compor para a dupla. Em 1959, come�ou a compor para
Ti�o Carreiro e Pardinho,
int�rpretes com os quais Lourival conheceu sua gl�ria como compositor.
Lourival dos Santos comp�s com diversos parceiros, entre eles,
Ti�o Carreiro,
Teddy Vieira,
Sulino,
Raul Torres,
Piraci,
Jac�,
Serrinha,
T�o Azevedo
e Jorge Paulo.

Um fato curioso na vida de Lourival dos Santos foi como ele conheceu sua esposa, Jandira (professora de filosofia e irm� do dramaturgo Oduvaldo Viana), com quem se casou em 1950, ap�s um namoro de apenas 6 meses: ele havia telefonado para uma lavanderia para reclamar de algumas toalhas que n�o haviam chegado � casa de espet�culos onde ele trabalhava como comprador, s� que errou o n�mero e o telefone tocou na casa dela! Foi o
�engano mais certeiro do mundo� segundo palavras do pr�prio Lourival...
Ao final da d�cada de 50, comp�s, juntamente com
Teddy Vieira,
"Pagode em Bras�lia", que foi gravada por
Ti�o Carreiro e Pardinho,
na �poca da inaugura��o da Capital Federal. Esta foi a primeira composi��o do novo g�nero denominado �Pagode�, que foi criado pelo
Ti�o Carreiro
a partir da batida espec�fica na Viola por ele estabelecida. Foi tamb�m nessa �poca que conheceu seus maiores sucessos, a maioria dos quais em parceria com
Teddy Vieira,
Moacyr dos Santos e
Ti�o Carreiro.
Foi uma triste hist�ria ver�dica que levou Lourival � composi��o de �A Vaca J� Foi Pro Brejo� (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Vicente P. Machado): um grande amigo havia criado a filha com enorme sacrif�cio. �Deu seu sangue� e trabalhou bastante para comprar cimento, areia, tijolos e todo material de constru��o para construir a casinha que seria dela. A mo�a nunca trabalhou, mas estudou Medicina e, quando se formou, disse ao pai que ia embora de casa... E ele ficou t�o desgostoso que acabou morrendo em conseq��ncia do fato...
Para Lourival dos Santos, compor era um �Dom Divino� que tinha de sentir... Preocupava-se com o
p�blico e com o que ele queria ouvir. Foi sem d�vida um dos mais importantes compositores da
nossa bel�ssima M�sica Caipira Raiz, tendo composto cerca de 1300 m�sicas, gravadas pelos mais
variados e renomados int�rpretes do g�nero. E, al�m dos aut�nticos Caipiras de Raiz, Lourival
tamb�m gostava de duplas como "Leandro e Leonardo", "Zez� di Camargo e Luciano" e "Jo�o Mineiro
e Marciano", j� que ainda era melhor ouvir algo brasileiro na voz deles do que "certas coisas
importadas"...

O romance que inspirou Lourival a compor "Rio de L�grimas"
pode ser visto no site do
S�tio do Caipira da EPTV.
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita,
Jos� Fortuna,
Sulino,
Adelino Moreira,
M�rio Zan, e
Lourival dos Santos,
por ocasi�o da posse de Adelino Moreira como Presidente Nacional do ECAD, em 1981. Lembrando tamb�m que Adelino Moreira (nascido no dia 28/03/1918 em Covelo, Portugal e
falecido no dia 09/05/2002, em Campo Grande, no Rio de Janeiro-RJ) foi um excelente Compositor "Luso Brasileiro" e Autor de Bel�ssimas Composi��es gravadas principalmente
pelo "�ltimo Bo�mio", que foi o inesquec�vel Nelson Gon�alves!!! Dentre elas, "A Volta do Bo�mio" (Adelino Moreira), "Deusa do Asfalto" (Adelino Moreira) e
"Fica Comigo Esta Noite" (Adelino Moreira - Nelson Gon�alves), apenas para citar alguns exemplos!!!
Algumas composi��es de Lourival dos Santos:
Abrindo Caminho (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
A Coisa Ficou Bonita (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
A Coisa T� Feia (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
A Ferro e Fogo (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
A Grande Cilada (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos - Arlindo Rosas)
Alian�a Contrariada (Lourival Santos - N�zio)
A Majestade O Pagode (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
A Marca da Ferradura (Lourival dos Santos - Riach�o)
Amor De Praia (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Para�so)
Ara Po (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
As Tr�s Verdades (Lourival dos Santos - Piraci)
A Vaca J� Foi Pro Brejo (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Vicente P. Machado)
A Vida De Um Policial (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos)
A Viola e o Violeiro (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
A Volta Que O Mundo D� (Lourival dos Santos - Z� Batuta)
Azul�o Do Reino Encantado (Lourival dos Santos - Pardinho - Arlindo Rosas)
Baianinho (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos - J�lio Guidini)
Bandeira Branca (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos)
Boiadeiro de Fama (Piraci - Lourival dos Santos)
Boiadeiro de Palavra (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Boiadeiro � Boi Tamb�m (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Caminho do C�u (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Can�rio Malandrinho (Lourival dos Santos - Milton Jos� - Ti�o Carreiro)
Cabelo de Tran�a (Priminho - Lourival dos Santos)
Caboclo Ventania (Zico - Lourival dos Santos)
Canarinho T� Chorando (Para�so - Lourival dos Santos)
Can�rio Malandrinho (Lourival dos Santos - Milton Jos� - Ti�o Carreiro)
Can��o do S�culo (Lourival dos Santos - Itapu� - Dom�rio de Oliveira)
Candieiro Da Fazenda (Jesus Belmiro - Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos)
Cavalo Enxuto (Lourival dos Santos - Moacyr dos Santos)
Cerne De Aroeira (Lourival dos Santos - Jesus Belmiro - Vicente P. Machado)
Chega De Sujeira (Lourival dos Santos - Para�so - Arlindo Rosas
Chora Viola (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos)
Chuva... Sangue Da Terra (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Cidade Morena (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos - Alberto Cal�ada)
Cochilou O Cachimbo Cai (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos)
Come�o do Fim (Lourival dos Santos - Moacyr dos Santos)
� Fogo (Lourival dos Santos - Z� Batuta)
� Isto Que O Povo Quer (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos - Z� Mineiro)
Em Tempo De Avan�o (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Encontrei Quem Eu Queria (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Esquina da Saudade (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Esta Vida � Um Punhal (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Faca Que N�o Corta (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Falou e Disse (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Piraci)
Filhinho de Papai (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Filho da Liberdade (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos - Sebasti�o Victor)
Final dos Tempos (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos)
Fim da Picada (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos)
Golpe de Mestre (Lourival dos Santos - Mairipor�)
Guerra de Poesias (Lourival dos Santos - Raul Torres)
Hoje Eu N�o Posso Ir (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Homem At� Debaixo D' �gua (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Arlindo Rosas)
Homem Sem Rumo (Serrinha - Lourival dos Santos)
Linda Banc�ria (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Linha de Fogo (Lourival dos Santos)
Linha De Frente (Lourival dos Santos - Edgard de Souza)
Marreta Do Desprezo (Lourival dos Santos - Carminha - Para�so)
Menina Mo�a (Lourival dos Santos - Jacozinho)
Meu Amor Tem Outro Dono (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Meu Cora��o De Ferro (Louren�o - Lourival dos Santos)
Mina De Ouro (Lourival dos Santos - J. dos Santos)
Minas Gerais (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Mineiro de Monte Belo (Lourival dos Santos - Serrinha)
Mineiro do P� Quente (Lourival dos Santos - J. dos Santos)
Minha Esposa Vale Ouro (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos)
Minha Grande Amiga (Lourival dos Santos - M�lton Jos� - Fauzi Kanso)
Minha Solid�o (Miltinho Rodrigues - Lourival dos Santos)
Mundo Velho (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Mundo Velho N�o Tem Jeiro (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos - Rose Abra�o)
Navalha na Carne (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos)
Nossas Maneiras (Praense - Lourival dos Santos)
Nossos Devaneios (Lourival dos Santos- Ti�o Carreiro)
Nove e Nove (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Teddy Vieira)
Novo Amor (Jesus Belmiro - Lourival dos Santos)
O Castigo Vem A Cavalo (Lourival dos Santos - Sebasti�o Victor - Arlindo Rosas)
O Fogo e a Brasa (Praense - Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
O Mundo no Avesso (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
O Patr�o e o Empregado (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
O Pre�o da Gl�ria (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Jos� Russo)
Os Degraus da Fama (Lourival dos Santos - Bigu�)
Os Filhos Da Bahia (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos)
O Tesouro � Do Patr�o (Lourival dos Santos - Moacyr dos Santos - Para�so)
Pagode Do Grot�o (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Ronaldo Viola)
Pagode Do Pai Tom� (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Mangabinha)
Pagode Em Bras�lia (Lourival dos Santos - Teddy Vieira)
Paix�o Dupla (Lourival dos Santos - Chic�o Pereira - Pardinho)
Paulista E Mineiro (Lourival dos Santos - Carlito)
P� De Chinelo (Lourival dos Santos - Milton Jos�)
P� De Guerra (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Peito De A�o (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
P� Quente P� Gelado (Lourival dos Santos)
Perereca (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos)
Pr� Tudo Se D� Um Jeito (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Priminha Linda (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos)
Pula-Pula (Lourival dos Santos - Moacyr dos Santos)
Quando A Saudade Machuca (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Rainha do Lar (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Rancho dos Ip�s (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Rancho do Vale (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Claudio Rodante)
Rei do Pagode (Lourival dos Santos - Moacyr dos Santos)
Resposta De Poeta Sertanejo (T�o Azevedo - Lourival dos Santos)
Rio de L�grimas (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro � Piraci)
Rio de Pranto (Lourival dos Santos - Z� do Rancho)
Roubei Uma Casada (Lourival dos Santos - Teddy Vieira)
Sete Flexas (Z� Mineiro - Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Sou Demais Em Teu Caminho (Lourival dos Santos - N�zio)
Suspirando (Lourival dos Santos - Moacyr dos Santos)
T� Do Jeito Que Eu Queria (M�e Menininha) (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Tesouro Da Madrugada (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Br�s Bacarin)
Tudo � Beleza (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
�ltima Chance (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos)
Uma Coisa Puxa a Outra (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Cl�udio Balestro)
Uma Flor E Uma Santa (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Para�so)
Uma Noite N�o � Nada (Praense - Lourival dos Santos - Luiz de Castro)
Vencendo Sempre (Piraci - Lourival dos Santos)
VII Exposi��o de Fernand�polis (M�lton Jos� - Lourival dos Santos)
Viola Barulhenta (Ti�o Carreiro - Milton Jos� - Lourival dos Santos)
Viola Chic Chic (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos - Zel�o)
Viola Divina (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos)
Viola Que Vale Ouro (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos - Alberto Cal�ada)
Violeiro Sem Medo (Ado Benatti - Brinquinho - Lourival dos Santos)
Violinha Barulhenta (Lourival dos Santos - Jacozinho)
Vizinha Fuchiqueira (Sulino - Lourival dos Santos - Moacyr dos Santos)
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Luiz de Castro:

Esse excelente Poeta e Compositor � natural de Campo do Meio-MG, onde nasceu, no dia 11/12/1936. Luiz de Castro faleceu em Pouso Alegre-MG no dia 31/12/2017.
Vindo de uma inf�ncia humilde e muito dif�cil, Luiz � o s�timo dos dez filhos de Joaquim Ant�nio Mendes e Josefina de Castro Mendes. Contando apenas 12
anos de idade, o menino j� dividia o tempo entre o Estudo, a lida na planta��o de alho e o futebol de rua, que ele tamb�m jogava com os amigos.
Aos 13 anos, ele se tornou um Folheiro e as pe�as que produzia, ele pr�prio "mascateava" nas casas da ro�a. Tamb�m foi Engraxate e trabalhou quebrando pedras
na Constru��o Civil.
Quero aqui passar a palavra para que o pr�prio Luiz de Castro conte ao Apreciador a sua Trajet�ria Art�stica!!! Segue abaixo a
Entrevista
que ele concedeu � R�dio Difusora de Pouso Alegre-MG, no dia 07/09/2009 (publicada no site
Mem�ria do Povo - Vozes M�ltiplas, Hist�rias Singulares),
quando ele tinha 72 anos de idade:
"Oi gente! Eu sou o Luiz de Castro! Nasci em Campo do Meio-MG e cresci plantando �rvore, enrestiando alho e quebrando pedra para a constru��o de um
pr�dio na minha cidade. Minha fam�lia era pobre e tive que come�ar a trabalhar cedo; por isso, n�o pude continuar meus estudos � fiz at� o Quarto Ano
Prim�rio.
Cresci ouvindo Artistas Sertanejos nas R�dios, como
Torres e Flour�ncio,
Tonico e Tinoco e
Cascatinha e Inhana.
Alimentava o sonho de ouvir uma Composi��o minha nas vozes destes Artistas.
Este gosto pelos versos eu herdei do meu pai, que deixou um livro de poesias editado. Como minha cidade era muito pequena, tivemos que mudar para
Varginha-MG pr� arrumar trabalho. Consegui emprego numa metal�rgica e l� fiquei quatro anos. Na esperan�a de que alguma Dupla Sertaneja de l� pudesse
gravar minhas M�sicas, comecei a frequentar os bares da cidade e levava minhas Composi��es pra eles.
Um gerente da Casa Maracan� ouviu uma M�sica minha uma vez e ficou encantado com a beleza dos meus versos e quis saber de quem era a M�sica. Quando
soube que era minha, ofereceu-se pra ajudar a divulgar meu trabalho em S�o Paulo-SP. Na �poca, eu tinha 30 M�sicas escritas num caderninho.
Algum tempo depois eu tirei f�rias da metal�rgica e segui pra S�o Paulo-SP sem conhecer nada da cidade. Fui com Deus, a cara e a coragem. Na primeira
porta que eu bati, a Gravadora Continental, j� veio a primeira decep��o. O diretor me tratou com desprezo e disse que 'n�o tinha tempo a perder com
vagabundo'
. Eu n�o tive tempo de dizer nenhuma palavra. Minha vontade foi de rasgar meu caderninho e voltar pra casa. Mas n�o desisti. Fui pr� pens�o
onde morava e me lembrei que
Cascatinha e Inhana
tinham um programa na R�dio Record todas as Quintas, das 07:00 �s 08:00 da manh�. Fui bem recebido pelo Cascatinha, mas quando ele olhou a primeira
M�sica ('Somente Tu'), disse que ela n�o prestava; na segunda M�sica ('Covarde'), perguntou se tinha melodia. Como tinha, ele disse que poderia aproveitar,
mas teria que cortar o refr�o que era muito longo.
Fiquei animado e comecei a buscar outros Artistas da R�dio Record. Um dia cheguei l� faltando 20 minutos pra come�ar o programa do
Palmeira,
grande Int�rprete da �poca, mas o porteiro n�o me deixou entrar. Ent�o, eu menti que tinha um encontro marcado com o Cantor e que ele estava me aguardando.
N�o pude subir at� o audit�rio. Fiquei esperando ali na rua, perto do port�o de entrada.
Eu n�o o conhecia pessoalmente, s� das capas de Discos. Quando ele chegou, eu me apresentei e disse que tinha um sonho de ver uma M�sica minha gravada.
Disse a ele que era mineiro e ele disse que gostava muito dos mineiros. A� me convidou para subir com ele e esperar o final do programa e disse que depois
daria uma olhada nas minhas Composi��es.
Palmeira
registrou minha presen�a no audit�rio e, quando terminou o programa, quis ver minhas M�sicas. Ele gostou muito da M�sica 'Somente Tu' e perguntou aos
companheiros da R�dio se eles tinham gostado. Disseram que era muito boa.
Ele ficou t�o entusiasmado que declarou que n�o precisava correr atr�s de sucessos, mas que o sucesso vinha at� ele.
Parecia um sonho, mas n�o era. Come�ava ali uma nova hist�ria na minha vida.
Palmeira
agendou comigo uma visita at� a Chantecler pra fazer o contrato de tr�s M�sicas que seriam gravadas.
Aquela dor que eu senti na primeira porta que eu bati se transformou em satisfa��o. A m�sica desprezada era bem acolhida por
Palmeira,
um dos maiores Diretores de gravadora de todos os tempos. Ele lan�ou a m�sica 'Somente Tu' e, em um m�s, ela j� estava nos primeiros lugares das paradas
de sucesso. Hoje essa M�sica tem 36 grava��es no Brasil e 4 no exterior.
Eu tenho 49 anos de estrada e mais de 1.500 Composi��es; tenho algumas grava��es independentes tamb�m. Hoje, eu sobrevivo dos Direitos de Execu��o das
minhas M�sicas. Muitos famosos da �poca gravaram Composi��es minhas, inclusive
Cascatinha e Inhana;
depois vieram
Milion�rio e Jos� Rico,
Trio Parada Dura,
Pedro Bento e Z� da Estrada,
Louren�o e Lourival
e muitos outros. Da nova safra, meus int�rpretes s�o Daniel e 'Chit�ozinho e Xoror�'. E t� bom assim.
Os novos artistas gravam m�sicas fabricadas, que n�o t�m in�cio, nem meio, nem fim. Minha satisfa��o n�o � fazer esse tipo de m�sica, e sim seguir o Dom
que Deus me deu de ser um verdadeiro Compositor, com conte�do de versos e palavras. Esta � a minha alegria, junto com o reconhecimento do p�blico. Por onde
vou, eu sou convidado a dar entrevistas e tirar fotos com os f�s.
Com os Direitos Autorais, estudei meus filhos e constru� duas casas. Poderia ter tido muito mais se aderisse � composi��o em massa, mas eu dispenso isso
tudo; prefiro corresponder ao Dom Divino.
Eu vejo um futuro triste para os Compositores. Acredito que � uma profiss�o em extin��o. Hoje, o Compositor sobrevive exclusivamente do Direito de
Execu��o, porque a 'pirataria' faz uma concorr�ncia desleal com ele. Antigamente, disc-jockey corria atr�s dos Compositores pra divulgar suas M�sicas.
Hoje, pra tocar um lan�amento nas r�dios, somente mediante pagamento da gravadora. Dificilmente, surgir�o novos Compositores como na minha gera��o de
Sertanejos. A 'm�fia das gravadoras' n�o d� acesso a novos talentos.
Meu forte sempre foi a M�sica de Raiz. Minha vida no Interior e o contato de perto com a Natureza serviram de inspira��o pra mim. Em 1965 compus a M�sica
'Encanto da Natureza', gravada por
Ti�o Carreiro e Pardinho e,
recentemente, por Daniel e seu pai [Jos� Camillo].
J� compus M�sica para Pouso Alegre-MG tamb�m, mas por ser um tema 'bairrista', sem valor comercial, n�o tive incentivo para gravar.
Sou um Amante da Natureza. At� me fizeram um slogan: 'Luiz de Castro, Poeta da Natureza'
. Fico preocupado com essa devasta��o desenfreada. J�
estou com 72 anos e ainda tenho um sonho de transformar o meu poema 'Jo�o Ningu�m' em um Filme. E essa vai ser uma outra hist�ria que eu vou contar."
Al�m de enriquecer com bel�ssimas Composi��es Musicais o aut�ntitico Repert�rio Caipira Raiz, Luiz de Castro foi tamb�m Radialista, Apresentador de
Programa de TV, animador de audit�rio, diretor de circo e, por diversas vezes, tamb�m atuou na Comiss�o Julgadora em diversos Festivais de M�sica Sertaneja!!!
Al�m do Repert�rio Caipira Raiz que, como mencionado logo acima, tem como destaque o Amor � Natureza, Luiz de Castro tamb�m � o Autor de algumas vers�es em
Portugu�s de alguns Cl�ssicos Internacionais tais como "Tema de Lara (Lara's Theme)" (Maurice Jarr� - vers�o: Luiz de Castro) (do Filme "Dr.
Jhivago) e tamb�m "Galopeira" (Maur�cio Cardoso Ocampo - vers�o: Luiz de Castro), apenas para citar algumas. Lembrando tamb�m que "Galopeira" ganhou
uma outra letra em Portugu�s composta pelo
Pedro Bento,
e o "Tema de Lara", nessa vers�o, tamb�m foi gravado pelo inesquec�vel
Tinoco,
em seu �ltimo CD, intitulado "Tinoco do Brasil - 70 Anos", lan�ado em 2005, comemorando os 70 Anos da inesquec�vel
Dupla Cora��o do Brasil!!!
Na foto abaixo, o Compositor Luiz de Castro ao lado da "Cumadre" Sandra Cristina Peripato, criadora do Site
Recanto Caipira,
que tamb�m possui uma
P�gina Dedicada ao Luiz de Castro!!!
E, foi com profunda tristeza que a Cultura Caipira recebeu a not�cia do falecimento do Compositor Luiz de Castro, no dia 31/12/2017, aos 81 anos de idade, em
Pouso Alegre-MG, aos 81 anos, v�tima de uma infec��o que evoluiu para uma pneumonia...
Luiz de Castro estava internado no Hospital das Cl�nicas Samuel Lib�nio, em Pouso Alegre-MG, desde o dia 28/12/2017, com uma infec��o, a qual, segundo os m�dicos,
apresentava um quadro de sa�de que era grave e irrevers�vel...
Seu corpo foi velado na Funer�ria Santa Edwiges em Pouso Alegre-MG e foi sepultado em Cachoeira de Minas-MG...
O Compositor deixou a Esposa e quatro Filhos, al�m dos Netos...
Luiz de Castro: Receba de Netinha e Ricardinho essa singela homenagem...
Algumas composi��es de Luiz de Castro:
Alma Aventureira (Benedito Seviero - Luiz de Castro)
Apaixonados (Luiz de Castro - Ti�o Carreiro)
Aquarela Sertaneja (Luiz de Castro - Ti�o Carreiro)
Aquela Ingrata (Luiz de Castro - Ti�o Carreiro)
Cachorro Amigo (Benedito Seviero - Luiz de Castro)
Casa Vazia (Luiz de Castro - Pedro Bento)
Cora��o da Natureza (Luiz de Castro - Ademir)
Covarde (Luiz de Castro)
Ecologia (Luiz de Castro - Zico - Zeca)
Encanto da Natureza (Luiz de Castro - Ti�o Carreiro)
Eu Gosto (Luiz de Castro - Braz Aparecido)
Feliz Casamento (Ti�o Carreiro - Luiz de Castro)
Faculdade do Mundo (Luiz de Castro - Muniz Teixeira)
Galopeira (Maur�cio Cardoso Ocampo - vers�o: Luiz de Castro)
Ga�cho Decidido (Luiz de Castro - Ti�o Carreiro)
Heran�a (Luiz de Castro - Jos� Rico)
Homem De Bem (Benedito Seviero - Luiz de Castro - Sulino)
Ingratid�o (Benedito Seviero - Luiz de Castro)
L�bios Gelados (Luiz de Castro - Osvaldo Tos�)
Lembran�as Que O Tempo N�o Apaga (Luiz de Castro - Jeca Mineiro)
Minha Terra, Minha Inf�ncia (Luiz de Castro - Ti�o Carreiro - At�lio Versutti)
Ningu�m Vive Sem Amor (Luiz de Castro)
O Dinheiro Compra Tudo (Benedito Seviero - Luiz de Castro)
�rf�os de Pais Vivos (Benedito Seviero - Luiz de Castro)
Paisagens do Sert�o (Luiz de Castro - Pardinho)
P�ssaro Preto (Luiz de Castro - Cl�udio Rodante)
Quando Cai a Chuva (Ti�o Carreiro - Luiz de Castro)
Recanto dos Passarinhos (Luiz de Castro - Jos� Homero)
Rica e Orgulhosa (Luiz de Castro)
Seja Sincero (Luiz de Castro - Sebasti�o Aur�lio)
Sert�o da Ribeira (Luiz de Castro - Ant�nio Ton�o)
Somente Tu (Luiz de Castro)
Tema de Lara (Lara's Theme) (Maurice Jarr� - vers�o: Luiz de Castro)
Ternura de Teus Beijos (Pedro Bento - Luiz de Castro)
Terra Amada (Luiz de Castro - Jos� David Vieira)
Teu Adeus (Benedito Seviero - Luiz de Castro)
Toalha De Mesa (Benedito Seviero - Luiz de Castro)
Trem Das Seis (Luiz de Castro - Benedito Seviero)
Uma Noite N�o � Nada (Praense - Lourival dos Santos - Luiz de Castro)
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Marrequinho:

O sexto dos 8 filhos de Maria Rosa Piedade e Onofre Ricardo de Souza, Francisco Ricardo de Souza, o Marrequinho, nasceu na Fazenda Gato Preto, no
munic�pio de Orizona-GO (que j� teve antes o nome de Capela dos Corr�as e Campo Formoso), no dia 14/10/1940, e faleceu em Goi�nia-GO, no dia 31/01/2016.
Tendo adoecido gravemente, Seu Onofre se viu obrigado a vender suas vacas leiteiras, seus cavalos de sela e partes de sua propriedade rural, at� que, n�o
restando mais nada para ser vendido, a fam�lia foi morar na cidade. N�o conseguindo se recuperar, o Pai de Francisco Ricardo faleceu com apenas 48 anos de
idade, tendo deixado o Compositor �rf�o de pai aos seis anos de idade, restando apenas a F� e muita coragem de Dona Maria Rosa para chefiar a fam�lia, com
8 filhos, tendo o mais velho 18 anos de idade...
Em 1947, quando Francisco Ricardo tinha 7 anos de idade, Dona Maria Rosa e seus 8 filhos, na busca de novas oportunidades, trocaram a pequena cidade de Campo Formoso-GO pela
Capital Goi�nia-GO, que come�ava a se desenvolver.
Francisco Ricardo foi Engraxate, Jornaleiro, Vendedor de Doces (que eram feitos por sua M�e, Dona Maria Rosa), Cobrador de �nibus, e tamb�m Carregador de
Marmitas (para os Trabalhadores que constru�am a nova Capital do Estado de Goi�s). Marrequinho tamb�m foi Lustrador de M�veis na "M�veis Novo Mundo", entre
14 e 16 anos de idade, junto com seu irm�o Jair.
O que o jovem Francisco mais queria, no entanto, era se profissionalizar como Violeiro, j� que, desde os seis anos de idade, ele j� gostava de cantar em
dueto as Modas que ele ouvia no R�dio, geralmente de algum parente ou vizinho. Cantar em dueto era, por sinal, um dom nato de toda a fam�la, como o pr�prio
Marrequinho conta em seu Livro Auto-Biogr�fico "Marrequinho - O Menino de Campo Formoso".
Na adolesc�ncia, Francisco Ricardo, em Dupla com seu irm�o Z� Ricardo (Zequita), cantava M�sicas de sucesso na �poca, as quais eram repert�rio de Duplas
com timbre agudo na voz. Marrequinho fazia a primeira voz que era fina e em tonalidade bastante alta.
At� que a mudan�a de voz aconteceu, no entanto, n�o foi um processo gradual, mas sim, de modo brusco, conforme relato do pr�prio Compositor, em seu Livro
Auto-Biogr�fico "Marrequinho - O Menino de Campo Formoso":
"
... depois de uma noite quase totalmente n�o dormida e ap�s passar uma �gua pelo pesco�o fui perguntar pr� m�e se tinha um trem pr� gente comer, com caf�.
Levei um baita susto, quando ouvi, saindo da minha garganta, um som estranho, semelhante ao troar de um trov�o enrouquecido. N�o sei como, nem porque
aconteceu, mas, houve uma mudan�a de voz, repentina, e n�o gradativa, como acontece com os adolescentes (...) A mudan�a da minha voz foi da noite para o
dia, literalmente. N�o aconteceu aquele trastejar caracter�stico de falar grosso e falar fino at� que as cordas vocais se firmem definitavamente. O
acontecimento me causou afli��o j� que, com o novo timbre da minha voz, tornava-se imposs�vel eu cantar as M�sicas de estilo agudo que havia cantado at�
ent�o. Eram M�sicas dos Repert�rios de
Tonico e Tinoco,
Zico e Zeca,
Vieira e Vieirinha e
Campanha e Cuiabano,
s� para citar alguns exemplos. Passei algum tempo, sem conseguir cantar nada, o que me deixou desorientado � be�a. Tive que passar a fazer a segunda voz e
adotar um novo estilo de interpreta��o...
"
Francisco Ricardo usava (naturalmente!) o nome art�stico de Chiquinho, j� que
"Todo Francisco � Chico. Todo Chico � Chiquinho ou Chic�o, dependendo da
estrutura �ssea e da massa corporal do indiv�duo. Eu, desde pequeno, fui chamado de Chiquinho e usava esse diminutivo como apelido art�stico,
tamb�m...", conforme ele narra em seu Livro Auto-Biogr�fico "Marrequinho - O Menino de Campo Formoso".
Houve, no entanto, um "quiproqu�", ap�s uma carta que ele havia escrito � R�dio Nacional de S�o Paulo-SP (hoje R�dio Globo), elogiando a Dupla
Tonico e Tinoco,
que apresentava seu programa na respectiva emissora. Francisco Ricardo era um f� incondicional, da
Dupla Cora��o do Brasil,
por�m, a carta-resposta que ele recebeu trouxe a advert�ncia de que ele estava
"
... usando indevidamente a marca 'Chiquinho'
, que pertencia a um irm�o nosso e encontra-se registrada no Departamento de Registros e Patentes...
"
Em 1957, Francisco Ricardo conheceu o Violeiro C�ndido de Paula Bras�o, que foi o primeiro Bras�o, da Dupla
Bras�o e Bras�ozinho,
e que havia acabado de desfazer a Dupla com o
Marinheiro.
Bras�o costumava fazer a segunda voz, mas, em Dupla com Francisco Ricardo, passou a fazer a primeira voz, j� que a voz de Chiquinho era muito grave e ele
n�o conseguia a fa�anha de fazer a primeira voz, como antes dos 14 anos de idade.
Bras�o tamb�m sugerira que Francisco Ricardo deixasse de lado o nome art�stico Chiquinho, para evitar problemas com o Departamento de Registros e Patentes,
e sugeriu um nome que se assemelhasse ao nome do Bras�o: surgia ent�o a Dupla "Bras�o e Braisito" que, em fun��o da diferen�a de idade de seus integrantes,
era alvo de goza��o e era chamada de Dupla "Pai e Filho", "Av� e Neto", "O Menino e o Velho", etc.
A Dupla "Bras�o e Braisito" n�o chegou a gravar nenhum disco comercialmente (somente um "acetato" que gravaram, por�m o Bras�o n�o gostou do resultado).
Mas, de qualquer forma, a Dupla chegou a se apresentar no audit�rio lotado da R�dio Brasil Central de Goi�nia-GO, numa manh� de Domingo! O p�blico, os
microfones, o audit�rio e os aplausos foram uma nova experi�ncia vivida por Francisco Ricardo que se refere a esse epis�dio no Cap�tulo VII de seu Livro
Auto-Biogr�fico "Marrequinho - O Menino de Campo Formoso", cap�tulo esse que Marrequinho denominou "A Inicia��o"!

At� que no ano seguinte, em 1958, Francisco Ricardo, ainda com o nome art�stico de Braisito, conheceu Jos� Onofre Leite, o Marreco, natural de Itabera�GO e
que havia desfeito a Dupla que ele formava com Sapezinho. Braisito trocou ent�o seu pseud�nimo pelo pr�prio diminutivo do nome art�stico do novo parceiro,
e passou a utilizar o apelido que perdurou at� o final de seus dias...
A jovem Dupla "Marreco e Marrequinho" gravou 3 Discos 78 RPM pela RCA:
Em 1959: N� 80-2134, tendo no Lado A o Cururu "Nossa Verdade" (Piraci - Marrequinho - Marreco) e no Lado B o Tango
"Passado De Um Bo�mio" (Marrequinho - M. Alves Nascimento - B. Eug�nio Neto).
Em 1960: N� CAM-1.022, tendo no Lado A o Tango "Tortura Do Remorso" (Marrequinho) e no Lado B o Cururu "Tempo De Carreiro" (Ado Benatti - Marreco).
Em 1961: N� CAM-1.037, tendo no Lado A a Polca Paraguaia "Paraguaia Da Fronteira" (Goi� - Zilo) e no Lado B o Tango "Estrada Da Amargura"
(Marrequinho - Aldegundes).
O segundo e o terceiro Disco 78 RPM tamb�m contou com o acompanhamento do excelente Acordeonista
Nardeli.
A Dupla "Marreco e Marrequinho" tamb�m tinha um bom relacionamento com o meio pol�tico no Estado de Goi�s e costumava ser requisitada em com�cios de
diversos candidatos a cargos eletivos, incluindo o inesquec�vel Ex-Presidente Juscelino Kubitsch�ck de Oliveira, quando de sua candidatura ao Senado pelo
Estado de Goi�s. O popular JK, era Apreciador da Boa M�sica Brasileira e tamb�m gostava da Moda de Viola. E em algumas ocasi�es, Juscelino viajava no mesmo
carro e se hospedava no mesmo apartamento do hotel com "Marreco e Marrequinho", nas diversas cidades nas quais se realizavam os com�cios.
A Dupla "Marreco e Marrequinho", por�m, durou pouco, j� que, no ano de 1962, um pol�tico havia oferecido ao Marreco um emprego na Assembl�ia Legislativa do
Estado de Goi�s! L�gico que ele aceitou a "proposta irrecus�vel"...

Marrequinho tamb�m conheceu, no in�cio da d�cada de 1960, o Compositor e Poeta Ubirajara Moreira de Andrade, de Uruana-GO, cuja parceria foi bastante
significativa para a Carreira de Marrequinho como Compositor. A Dupla comp�s diversos M�sicas de sucesso tais como:
"Meu Erro" (Ven�ncio - Marrequinho - Ubirajara Moreira), "Disco Mensageiro" (Marrequinho - Ubirajara Moreira),
"Falso Amigo" (Marrequinho - Ubirajara Moreira), "Gota De Orvalho" (Marrequinho - Ubirajara Moreira), "Mil Mulheres" (Marrequinho - Ubirajara Moreira),
"Miragem" (Marrequinho - Ubirajara Moreira) e "Tr�s Noites" (Marrequinho - Ubirajara Moreira)!
Tamb�m foi importante a parceria de Marrequinho com o Mineiro Alberito Leoc�dio Caetano, de Ituiutaba-MG, famoso pelo seu imenso repert�rio sertanejo,
utilizando os pseud�nimos de Letinho e, mais tarde, Ronaldo Adriano. "Pranto do Adeus" (Marrequinho - Ronaldo Adriano) foi gravada pela Dupla Goiana
"Sinval e Dalmy" e tamb�m foi gravada no Rio de Janeiro-RJ por um dos maiores nomes da Seresta, que foi o Carlos Jos�! E essa bel�ssima Composi��o �
considerada como o maior sucesso de Carlos Jos�, tendo sido presen�a obrigat�ria em suas diversas apresenta��es, al�m de ter ocupado por dois anos o
primeiro lugar nas grandes paradas das principais emissoras de R�dio no Brasil!
Al�m de "Pranto do Adeus" (Marrequinho - Ronaldo Adriano), Alberito comp�s tamb�m outras bel�ssimas M�sicas tais como "Lembran�a" (Letinho - Marrequinho),
"Cora��o Guerreiro" (Ronaldo Adriano - Marrequinho), "Essa Noite Sonhei Contigo" (Marrequinho - Ronaldo Adriano), "Castigo de Amor" (Letinho - Marrequinho),
"O Filho Do Mundo" (Marrequinho - Ronaldo Adriano), "Meu Bem Que Tristeza � Essa" (Ronaldo Adriano - Marrequinho) e "S�rio Perigo" (Marrequinho - Ronaldo Adriano),
em parceria com Marrequinho!
Em 1963, Marrequinho trabalhava no Bazar Paulistinha (o famos�ssimo "Bazar do Waldomiro", Empresa de propriedade do excelente Escritor e Compositor
Waldomiro Bariani Ort�ncio),
e foi nessa �poca que ele conheceu o Motorista Ol�dio Machado, Mineiro de Ituiutaba-MG, que adotava o pseud�nimo de "Nuvem Negra", dono de uma excelente
primeira voz!

A Dupla "Marrequinho e Nuvem Negra" gravou no mesmo ano de 1963 um Compacto Duplo na Gravadora Audio Fidelity - N� 78-098 - com a Can��o Rancheira
"Ergam As Ta�as" (Waldomiro Bariani Ort�ncio - Lindomar Castilho), o Balanceado "Se A Lua Contasse" (Nuvem Negra), a Can��o Rancheira
"Adeus Boemia" (Campe�o - Marrequinho) e a Guar�nia "Meu Tormento" (Ubirajara Moreira de Andrade - Percival).
Durou apenas seis meses a Dupla "Marrequinho e Nuvem Negra" a qual se desfez porque n�o estava conseguindo coletar nenhum resultado financeiro.

Em 1965 Marrequinho havia sido convidado pelo diretor M�rio Vieira, da Gravadora Calif�rnia, a gravar um LP. Como ele n�o tinha dupla, formou com
Waldivino Rodrigues da Paz (o Beb�), de Firmin�polis-GO, a Dupla "Marrequinho e Silvan". Destaque para as M�sicas "Ao Presente E Ao Passado" (Marrequinho),
"� Imposs�vel" (Marrequinho - Carlinho), "Ber�o Da Minha Inf�ncia" (Marrequinho - Campe�o) e "Disco Mensageiro" (Marrequinho - Ubirajara Moreira).

O pr�prio Marrequinho considerava que esse LP n�o havia sido bem sucedido, dado o despreparo da Dupla, al�m do repert�rio bem "ruinzinho", como ele mesmo mencionou
em seu Livro Auto-Biogr�fico "Marrequinho - O Menino de Campo Formoso".
Waldivino, por outro lado, com a experi�ncia adquirida, formou com seu irm�o Ant�nio a Dupla "Carlone e Cabral", que gravou um LP no Selo Choror�. Formou
tamb�m com Jailes a Dupla "Salom�o e Silvan" que gravou um LP na Continental. Waldivino tamb�m adotou o pseud�nimo de Venancin e fez parte do
"Trio da Vit�ria", formado por Ven�ncio, Venancin e Nhozinho.
Ap�s o fracasso do LP com Silvan, Marrequinho havia decidido que n�o iria mais cantar, j� que sua interpreta��o, segundo ele, tecnicamente era boa, mas o
timbre de sua voz deixava muito a desejar.

Veio, no entanto, o convite de Luiz Salatiel de Oliveira e Francisco Ad�o Gon�alves, que eram, respectivamente o Venancinho e o Nhozinho que integravam o
"Trio da Vit�ria" juntamente com o Ven�ncio que, por motivos pessoais, teria que parar de cantar por algum tempo. Como estavam diversos shows agendados e
agendada tamb�m estava a grava��o do pr�ximo LP na Calif�rnia, Marrequinho, juntamente com Venancinho e Nhozinho passou a ser a nova forma��o do
"Trio da Vit�ria", que gravou o LP "Jardim de Amor" em 1967, com destaque para as M�sicas "Manh� Do Nosso Adeus" (Z� do Rancho - Pirassununga).
Marrequinho dizia que
"... quando ouvi o nosso disco e o comparei com os discos do verdadeiro 'Trio da Vit�ria'
confesso que tive
vergonha (...) A interpreta��o n�o convencia, o repert�rio era fraco, os arranjos eram pobres, e as condi��es t�cnicas, sofr�veis... "
Em fun��o disso, Marrequinho resolveu se despedir de vez da Carreira de Int�rprete, preferindo ser apenas Marrequinho, o Compositor.

Ainda em 1965, Marrequinho havia conhecido o Trio "Oda�s Rosa, Rosito e Rosenito - Os Donos Dos Dois G�neros". Os tr�s integrantes do trio eram de Rio
Verde-GO. Marrequinho considerava Oda�s Rosa (foto � esquerda) como um grande amigo, al�m de um �timo parceiro em v�rias Composi��es, dentre as quais
"Interroga��o" (Marrequinho - Oda�s Rosa),
"A Chave Da Casa Dela" (Marrequinho - Oda�s Rosa),
"Cora��o Matogrossense" (Marrequinho - Oda�s Rosa),
"Proposta De Amor" (Marrequinho - Oda�s Rosa),
"Endere�o da Felicidade" (Marrequinho - Oda�s Rosa),
"Tri�ngulo De Amor" (Marrequinho - Oda�s Rosa),
"Mar Da Vida" (Marrequinho - Oda�s Rosa),
"Ensopado De L�grimas" (Oda�s Rosa - Marrequinho),
"Minha Poesia" (Marrequinho - Oda�s Rosa) e
"Saudades Antigas" (Marrequinho - Oda�s Rosa),
al�m de "Saudade... Nada Mais (Homenagem ao Goi�)" (Marrequinho - Oda�s Rosa) que Oda�s Rosa gravou em duas vozes, com a Declama��o a cargo de Marrequinho!!!
Em 1970, decepcionado com as dificuldades de se manter no meio art�stico, por melhor que se pudesse ser, tanto na Interpreta��o como na Composi��o, Marrequinho
decidiu abandonar (ao menos temporariamente) o Meio Musical e, juntamente com seu irm�o Z� Ricardo, come�ou a trabalhar com um caminh�o de entregas. Marrequinho
trabalhou como Ajudante de Caminhoneiro (profiss�o conhecida popularmente como "Chapa") e, pouco tempo depois, o Compositor estava empregado como Caminhoneiro nas
Casas Al� Brasil.
Foi tamb�m numa dessas viagens, quando ele dirigia o caminh�o na Bel�m-Bras�lia, que veio a inspira��o e os versos de um de seus maiores sucessos, intitulado
"Endere�o Da Felicidade" (Marrequinho - Oda�s Rosa), que foi gravada em 1980 pelo
Trio Parada Dura
(formado na �poca por Creone, Barreirito e Mangabinha), no LP "Blusa Vermelha", gravado em 1975 pela Gravadora Copacabana (COELP 41457).
Calcula-se que mais de 150 Composi��es de Marrequinho foram gravadas por diversos Int�rpretes Sertanejos, tanto do Estado de Goi�s como tamb�m do Estado
de S�o Paulo e tamb�m de v�rios outros Estados Brasileiros. Dentre os diversos Int�rpretes, podemos destacar o "Trio da Vit�ria", "Sinval e Dalmy",
"Osmano e Manito", Carlos Jos�, "Irm�s Barbosa (Edna e Din�)", "Di Paullo e Paulino", "Ma�da e Marcelo",
Silveira e Silveirinha,
"Carlito, Baduy e Nhozinho",
Belmonte e Amara�,
Irm�s Freitas,
Andr� e Andrade,
"Chico Rey e Paran�", Lindomar Castilho, "Z� Vidal e Vidalzinho",
Muniz Teixeira e Jo�ozinho,
"Creone e Barreirito", Amilton Lelo, "Bandeirinha e Goianinha",
Duduca e Dalvan,
"Poeta e Trovador",
Pedro Bento e Z� da Estrada,
Trio Parada Dura,
"Mato Grosso e Mathias", "Mozart e Mozair", "Robson e Chico Jr.",
Z� Mulato e Cassiano e
Zilo e Zalo,
apenas para citar alguns!!!

Francisco Ricardo de Souza J�nior, o Chico Jr., da Dupla "Robson e Chico Jr.", � o filho primog�nito do Compositor Marrequinho e, no
Site Oficial da Dupla,
existe uma
P�gina Dedicada ao Marrequinho!
Chico Jr. � tamb�m formado em Hist�ria pela Universidade Federal de Goi�s!
Em 1999 Marrequinho foi homenageado com um Diploma De Honra Ao M�rito pela AGEPEL - Ag�ncia Goiana de Cultura, atrav�s da Orquestra de Violeiros de Goi�s,
que era regida pelo Sr. Geraldo Alves Pereira. O renomado Escritor e Compositor
Waldomiro Bariani Ort�ncio
escreveu a respeito:
"Marrequinho, o Francisco Ricardo de Souza, foi, no ano passado, homenageado pela AGEPEL, por iniciativa do Maestro Jos� Eduardo de Morais, no enorme
palco do Teatro Goi�nia, com a casa cheia, aplaudido de p�, por v�rias vezes, por seus amigos e admiradores. Um grande espet�culo que homenageou a Hist�ria
da M�sica Popular Sertaneja em Goi�s. Eu estava l�, firme na primeira fila."

No ano de 2005 Marrequinho recebeu tamb�m da Ag�ncia Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (AGEPEL) uma important�ssima homenagem, com o lan�amento
de um �lbum formado por um CD e um Livro. No livro constam diversos segmentos da trajet�ria art�stica de Marrequinho, al�m de coment�rios feitos por
Artistas famosos de v�rios segmentos: Radialistas, Apresentadores, Jornalistas, Escritores e muita gente famosa ligada ao meio sertanejo, admiradores de
Marrequinho. E, no CD (foto da capa � direita), foram gravadas 20 M�sicas de Autoria de Marrequinho, com parceiros diversos, interpretadas por int�rpretes
de nomes admirados e respeitados a n�vel nacional, os quais se ofereceram voluntariamente para que fosse prestada essa homenagem a quem dedicou grande
parte da sua vida � valoriza��o, ao prosseguimento e ao aperfei�oamento da M�sica Sertaneja. O lan�amento do CD "Marrequinho � Uma Vida, Uma Hist�ria"
foi um "mega-espet�culo" que aconteceu na cidade de Piren�polis�GO, no Grande Palco Do Rio, como parte do tradicional evento "Canto da Primavera" de 2005 e
foi prestigiado por uma multid�o calculada em 30.000 pessoas, conforme estimativa feita pela Pol�cia Militar. Destaque do CD para
"Miragem" (Marrequinho - Ubirajara Moreira) e "Consagra��o De Amor" (Marrequinho - Ant�nio Fernando de Farias (Campe�o)), interpretadas pela excelente
Dupla
Z� Mulato e Cassiano!!!

Quero destacar tamb�m o CD independente "Rel�quias" com remasteriza��o de diversas grava��es originais a cargo de "Marrequinho, Melrinho e Belguinha", "Marreco e Marrequinho", "Marrequinho e Nuvem Negra",
"Marrequinho e Silvan", "Marrequinho, Venancinho e Nhozinho" (Trio da Vit�ria), "Oda�s Rosa e Marrequinho" e "Marrequinho e Mozair", que mostra ao Apreciador
um verdadeiro "panorama" da Trajet�ria Musical do Marrequinho como Int�rprete e tamb�m como Compositor! Destaque para "Paraguaia Da Fronteira" (Goi� - Zilo),
interpretada por "Marreco e Marrequinho", "Manh� Do Nosso Adeus" (Z� do Rancho - Pirassununga), interpretada por "Marrequinho, Venancinho e Nhozinho" (Trio da Vit�ria),
"Senhora Do Ros�rio" (Waldomiro Bariani Ort�ncio), interpretada por "Marrequinho, Melrinho e Belguinha", e
"Saudade... Nada Mais (Homenagem ao Goi�)" (Marrequinho - Oda�s Rosa) interpretada por Oda�s Rosa (Em Duas Vozes) com Declama��o de Marrequinho.

Quero destacar tamb�m o CD independente "Reminisc�ncias" que tamb�m brinda o Apreciador com bel�ssimas Composi��es de Marrequinho, a cargo de renomados
Int�rpretes do quilate de Carlos Jos�, "Trio da Vit�ria",
Z� Mulato e Cassiano,
"Irm�s Barbosa (Edna e Din�)", "Di Paullo e Paulino", "Carlito, Baduy e Nhozinho",
Irm�s Freitas,
Andr� e Andrade,
"Chico Rey e Paran�", "Poeta e Trovador",
Trio Parada Dura,
"Mozart e Mozair" e "Robson e Chico Jr.", dentre outros. Destaque para "Pranto do Adeus" (Marrequinho - Ronaldo Adriano), interpretada pelo Carlos Jos�,
"Endere�o Da Felicidade" (Marrequinho - Oda�s Rosa), interpretada pelo
Trio Parada Dura, e
"Meu Viol�o" (Marrequinho - Silveira - Silveirinha), interpretada pela Dupla "Di Paullo e Paulino"!
Est� em andamento o Projeto "Marrequinho - 50 Anos de M�sica" (1958 - 2008), pela Secretaria Municipal da Cultura de Goi�nia-GO, o qual consistir� na
grava��o de um CD com diversas composi��es de Marrequinho, sendo que 6 M�sicas ser�o regrava��es e outras 7 M�sicas ser�o in�ditas! De acordo com o
Compositor, em seu Livro Auto-Biogr�fico "Marrequinho - O Menino de Campo Formoso",
"Ao ocupar minha mente com o planejamento desse trabalho, mais
uma vez minhas trovas v�m me servir de alento, provocando efeito bals�mico sobre o sofrimento causado pelas duras provas que tem sido impostas a mim."
Marreco e Marrequinho tamb�m participaram do Programa
Ra�zes - Jornalismo Cultural,
que vai ao ar todos os Domingos �s 11:00 da manh� pela Fonte TV (Canal 5 na "TV aberta" e Canal 4 na NET), apresentado por Doracino Naves e Edival Louren�o.
Clique nas fotos abaixo, e saiba mais sobre a participa��o de
Marreco
e
Marrequinho
nos respectivos programas:

Marrequinho dizia ser "Um Guardador de Saudades" e, no 50� Cap�tulo de seu Livro Auto-Biogr�fico "Marrequinho - O Menino de Campo Formoso", ele destacou diversas lembran�as
marcantes de sua vida. E, nesse seu excelente livro, tamb�m est�o publicadas as letras de uma centena de suas principais Composi��es!!!
Esse excelente Livro "Marrequinho - O Menino de Campo Formoso - Mem�rias de um Artista Sertanejo", foi publicado em Goi�nia-GO em 2010 pela Editora Kelps,
e tem o Pref�cio datado de 08/10/2008 escrito pelo renomado Escritor e Compositor
Waldomiro Bariani Ort�ncio.
Clique aqui
e conhe�a o Blog do Marrequinho, com grande riqueza de fotos e informa��es sobre sua Trajet�ria como Int�rprete e Compositor!!!
Clique aqui
e conhe�a o espa�o dedicado ao Compositor Marrequinho no
Palco MP3.
Clique aqui,
e ou�a "Miragem" (Marrequinho - Ubirajara Moreira), interpretada pela excelente Dupla
Z� Mulato e Cassiano,
num Arquivo Musical pertencente ao
Palco MP3,
e que � a 2� Faixa do CD "Uma Vida Uma Hist�ria".
Clique aqui,
e ou�a "Endere�o Da Felicidade" (Marrequinho - Oda�s Rosa), interpretada pelo
Trio Parada Dura,
num Arquivo Musical pertencente ao
Palco MP3,
e que � a 12� Faixa do CD "Uma Vida Uma Hist�ria".
Clique aqui,
e ou�a "Consagra��o De Amor" (Marrequinho - Ant�nio Fernando de Farias (Campe�o)), interpretada pela excelente Dupla
Z� Mulato e Cassiano,
num Arquivo Musical pertencente ao
Palco MP3,
e que � a 18� Faixa do CD "Uma Vida Uma Hist�ria".
Clique aqui,
veja e ou�a Marrequinho, em Dupla com seu Filho Chico Jr., interpretando descontra�damente a M�sica "Perdoando Sempre" (Marrequinho), num "Clip Musical"
pertencente ao
Palco MP3.
E, foi com profunda tristeza que a Cultura Caipira recebeu a not�cia do falecimento do Compositor Marrequinho, que desencarnou aos 75 anos de idade, v�tima de um acidente vascular cerebral, em Goi�nia-GO, no dia 31/01/2016...
De acordo com nota publicada pelo Compositor
Valtair Bertoli
no Facebook,
"
... Pouco antes de ser acometido pelo AVC, ele havia me dito
'N�o se espante, mas sei que minha hora est� chegando... Minha miss�o j� est� quase cumprida por aqui'...
Eu disse a ele que 'iria passar muita �gua por baixo da ponte', antes que isso ocorresse... Mas ele era t�o grande, que sabia mesmo que sua partida seria breve... Confesso que fiquei muito triste e, ao mesmo tempo, confortado pelo que ele tinha me falado... e j� me preparado... Vai em Paz meu Mestre... Suas palavras que me foram ditas sempre ser�o lembradas! Descanse na Paz do Senhor...
"
Seu corpo foi sepultado no dia 01/02/2016 no Complexo Vale do Cerrado em Goi�nia-GO...
Marrequinho, com certeza, foi recebido de Bra�os Abertos no Oriente Eterno, e agora suas bel�ssimas Composi��es fazem parte do Repert�rio do Grande Coro e da Grande Orquestra Celestial de Violeiros.�., sob a Reg�ncia do Grande.�. Arquiteto.�. Do.�. Universo.�. ...
Marrequinho: Receba de Netinha e Ricardinho essa singela homenagem...
E, como disse o "Cumpadre"
Valtair Bertoli,
parecia que Marrequinho
"... sabia mesmo que sua partida seria breve... ", e, desse modo, seu Filho
Chico Jr. postou no
Facebook
esse bel�ssimo Poema intitulado "Ep�logo", escrito pelo Marrequinho!!!
Clique aqui
e conhe�a o Poema
Ep�logo
com o qual Marrequinho se despediu dessa Vida Terrena pouco tempo antes de ter partido para o Oriente Eterno.�....
Algumas composi��es de Marrequinho:
A Chave Da Casa Dela (Marrequinho - Oda�s Rosa)
Adeus � Boemia (Marrequinho - Carlinho)
A Hist�ria do Nosso Amor (U. Moreira - Marrequinho - C. Bento)
Agora Sei Que Estou Amando (Marrequinho - Ven�ncio)
Algu�m T�o S� (Marrequinho - Paulino)
Alma Vencida (Marrequinho - Jota Dias)
Ao Presente E Ao Passado (Marrequinho)
Baque da Solid�o (Marrequinho - Deusdete Alves - Chico Jr.)
Ber�o Da Minha Inf�ncia (Marrequinho - Campe�o)
Capricho da Sorte (Venancinho - Marrequinho)
Castigo de Amor (Letinho - Marrequinho)
Confiss�o (Marrequinho - Sinval - Dalmi)
Consagra��o De Amor (Marrequinho - Ant�nio Fernando de Farias (Campe�o))
Cora��o Guerreiro (Ronaldo Adriano - Marrequinho)
Cora��o Matogrossense (Marrequinho - Oda�s Rosa)
Disco Mensageiro (Marrequinho - Ubirajara Moreira)
Duas Vidas (Baronito - Marrequinho)
� Imposs�vel (Marrequinho - Carlinho)
Endere�o da Felicidade (Marrequinho - Oda�s Rosa)
Endere�o Dele (Marrequinho)
Ensopado De L�grimas (Oda�s Rosa - Marrequinho)
Essa Noite Sonhei Contigo (Marrequinho - Ronaldo Adriano)
Estrada Da Amargura (Marrequinho - Aldegundes)
Eterna Saudade (Belmonte - Amara� - Marrequinho)
Eu e Ela (Venancinho - Marrequinho)
Eu e Voc� (Marrequinho - Reinaldo Queir�z)
Falso Amigo (Ven�ncio - Marrequinho - Z� Risada)
Falso Amigo (Marrequinho - Ubirajara Moreira)
Frente A Frente (Marrequinho)
Gota De Orvalho (Marrequinho - Ubirajara Moreira)
Homem Sem Rumo (Marrequinho - Reinaldo Queir�z)
Interroga��o (Marrequinho - Oda�s Rosa)
Julgamento de Amor (Marrequinho - Fernandito)
Lembran�a (Letinho - Marrequinho)
Mar Da Vida (Marrequinho - Oda�s Rosa)
Meu Bem Que Tristeza � Essa (Ronaldo Adriano - Marrequinho)
Meu Erro (Ven�ncio - Marrequinho - Ubirajara Moreira)
Meu Viol�o (Marrequinho - Silveira - Silveirinha)
Mil Mulheres (Marrequinho - Ubirajara Moreira)
Minha Poesia (Marrequinho - Oda�s Rosa)
Miragem (Marrequinho - Ubirajara Moreira)
Noiva Triste (Marrequinho - Creone)
Nossa Verdade (Marrequinho - Marreco - Piracy)
O Filho Do Mundo (Marrequinho - Ronaldo Adriano)
Perdoando Sempre (Marrequinho)
Pranto do Adeus (Marrequinho - Ronaldo Adriano)
Proposta De Amor (Marrequinho - Oda�s Rosa)
Reminisc�ncias (Marrequinho - Mozart - Mozair)
Rio Araguaia (Marrequinho - Oda�s Rosa)
Saudade... Nada Mais (Homenagem ao Goi�) (Marrequinho - Oda�s Rosa)
Saudades Antigas (Marrequinho - Oda�s Rosa)
S�rio Perigo (Marrequinho - Ronaldo Adriano)
Sorriso Triste (Marrequinho - Bandeirinha)
Tortura Do Remorso (Marrequinho)
Tr�s Noites (Marrequinho - Ubirajara Moreira)
Tri�ngulo De Amor (Marrequinho - Oda�s Rosa)
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Moacyr dos Santos:

Nasceu em 03/06/1932 em Monte Apraz�vel-SP e faleceu em 02/04/1996 em S�o Paulo, SP.
Despertou seu desejo compor, principalmente como letrista, atrav�s de um pequeno livro de
modinhas. Ficou impressionado com algumas letras de
Lourival dos Santos
(n�o havia nenhum
parentesco entre eles, apesar de terem o mesmo sobrenome). Chegou a S�o Paulo em 1953, onde
procurou por Lourival e, em pouco tempo, come�aram a compor juntos.

Destacou-se como letrista e fez parceria com diversos nomes da M�sica Caipira Raiz, dentre
os quais
Sulino,
Ti�o Carreiro,
Ti�o do Carro,
Jacozinho e
Para�so,
al�m do j� mencionado
Lourival dos Santos.
Na foto ao lado, da esquerda para a direita:
Moacyr,
Lourival dos Santos,
Pardinho e
Ti�o Carreiro.
Trabalhou tamb�m como programador na R�dio Clube de Tanabi e tamb�m na R�dio Brasil Novo de S�o Jos� do Rio Pardo.
Diversas duplas, entre as quais,
Ti�o Carreiro e Pardinho,
Sulino
e Marrueiro,
Zilo e Zalo,
Louren�o e Lourival e
Pedro Bento e Z� da Estrada
gravaram suas composi��es.

Moacyr dos Santos tamb�m comp�s in�meras Obras-Primas em parceria com o
Para�so,
tais como "Franguinho Na Panela" (Moacyr dos Santos - Para�so), "N�o � Mole N�o" (Para�so - Moacyr dos Santos), "O Esteio E O Estorvo" (Moacyr dos Santos -
Para�so), "O Gato E A Pomba" (Moacyr dos Santos - Para�so) e "P� De Boi E M�o De Vaca" (Moacyr dos Santos - Para�so).
Para�so
era por sinal muito amigo de Moacyr dos Santos e "Franguinho Na Panela" teve uma hist�ria "sui-generis", j� que Moacyr um dia foi ao escrit�rio de
Para�so e lhe mostrou um "rascunho" da bel�ssima composi��o, a qual encantou o parceiro que, ocupado, acabou "deixando o franguinho para outro dia".

Por�m, poucos dias depois, Moacyr dos Santos "partiu para o Andar de Cima" e Para�so, bastante chateado, tentava lembrar como era a melodia do
"franguinho"... E nada! At� que, bastante tempo depois, uma Dupla Caipira foi ao seu escrit�rio, querendo orienta��o para gravar um disco e, numa fita,
levavam tamb�m uma grava��o do que seria a "id�ia b�sica" do mesmo "Franguinho na Panela"!
Moacyr dos Santos, que tamb�m era amigo dessa dupla, havia apresentado a eles o "franguinho". Para�so fez ent�o o "acabamento" t�o desejado e a primeira
grava��o ficou a cargo de
Craveiro e Cravinho,
que, com bastante alegria, num momento de retorno � Carreira Art�stica, fizeram ficar ainda mais bonito o "Franguinho Na Panela"
(Moacyr dos Santos - Para�so) e, com sucesso imediato!
Moacyr dos Santos jamais parou de compor e, ao falecer, deixou diversos trabalhos inacabados e algumas de suas obras ainda in�ditas estavam sendo gravadas na ocasi�o.
Algumas composi��es de Moacyr dos Santos:
Achei Pouco, Achei Bom (Jacozinho - Moacyr dos Santos)
A Ferro e Fogo (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
A Mulher do Cachaceiro (Moacyr dos Santos - Ti�o do Carro)
Baiano No C�co (Moacyr dos Santos - Vaqueirinho)
Boiadeiro de Palavra (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Boi Fuma�a (Moacyr dos Santos - Sulino)
Bom de Bico (Moacyr dos Santos - Sulino)
Caboclinha (Moacyr dos Santos - Milton Jos�)
Caboclo do P� Quente (Sulino - Moacyr dos Santos)
Can��o � Morena da Praia (Xavantinho - Moacyr dos Santos - Ti�o do Carro)
Cavalo Enxuto (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos)
Cavalo Que Pula (Carlos Militar - Moacyr dos Santos)
Cochilou O Cachimbo Cai (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos)
Come�o do Fim (Lourival dos Santos - Moacyr dos Santos)
Cora��o Redom�o (Ti�o do Carro - Moacyr dos Santos)
Empreitada Perigosa (Moacyr dos Santos - Jacozinho)
Faca Que N�o Corta (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro)
Franguinho na Panela (Moacyr dos Santos - Para�so)
Fundanga (Moacyr dos Santos - Z� Claudino)
La�o da Saudade (Moacyr dos Santos - Jo�o de Deus)
Ladr�o de Terra (Moacyr dos Santos - Teddy Vieira)
M�e Cega (Moacyr dos Santos - Ti�o do Carro)
M�o Fechada (Moacyr dos Santos - Chico Mineiro)
Mariquinha (Moacyr dos Santos - Quintino Eliseu)
Menino Boiadeiro (Sulino - Moacyr dos Santos)
N�o � Mole N�o (Para�so - Moacyr dos Santos)
Ninho De Cobra (Moacyr dos Santos - Jac�)
O Ca�ador (Moacyr dos Santos - Jacozinho)
O Dedo de Deus (Moacyr dos Santos - Gamalier)
O Esteio e o Estorvo (Moacyr dos Santos - Para�so)
O Gato e a Pomba (Moacyr dos Santos - Para�so)
O Jogador de Baralho (Moacyr dos Santos - Quintino Eliseu - Sulino)
O Machado e a Moto-Serra (Moacyr dos Santos - Z� Goiano)
O Milagre de S�o Gon�alo (Nenete - Moacyr dos Santos)
O Pe�o e o Rica�o (Sulino - Moacyr dos Santos)
O Pobre e o Rico (Sulino - Moacyr dos Santos)
Os Filhos Da Bahia (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos)
O Tesouro � Do Patr�o (Lourival dos Santos - Moacyr dos Santos - Para�so)
Pagode na Pra�a (Moacyr dos Santos - Jorge Paulo)
Patr�o Camarada (Jacozinho - Moacyr dos Santos)
Pe�o da Cidade (Sulino - Moacyr dos Santos)
P� de Boi e M�o de Vaca (Moacyr dos Santos - Para�so)
P� Quente (Moacyr dos Santos - Jacozinho)
Perereca (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos)
Portas Fechadas (Jacozinho - Moacyr dos Santos)
Preto e Branco (Moacyr dos Santos - Sulino)
Priminha Linda (Moacyr dos Santos - Lourival dos Santos)
Promessa Do Batistinha (Moacyr dos Santos - Ado Benatti - Marrueiro)
Pula-Pula (Lourival dos Santos - Moacyr dos Santos)
Pura Verdade (Sulino - Moacyr dos Santos)
Rei do Pagode (Lourival dos Santos - Moacyr dos Santos)
Resposta de Bombardeio (Moacyr dos Santos - Sulino - Celso Duarte)
Sonho dos Direitos Autorais (Jacozinho - Moacyr dos Santos)
Suspirando (Lourival dos Santos - Moacyr dos Santos)
Tem E N�o Tem (Moacyr dos Santos - Ti�o Carreiro)
Tem Gamb� No Galinheiro (Ti�o do Carro - Moacyr dos Santos)
Terra Bruta (Moacyr dos Santos - Jacozinho)
Tirando A�o do Ch�o (Xavantinho - Moacyr dos Santos - Martins Neto)
Tudo Certo (Ti�o Carreiro - Moacyr dos Santos)
Tudo Serve (Ti�o Carreiro - Moacyr dos Santos)
Um Beijo S� (Moacyr dos Santos - Sulino)
Vizinha Fuchiqueira (Sulino - Lourival dos Santos - Moacyr dos Santos)
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Muybo C�sar Cury:

Nascido em Duartina-SP, no dia 16/01/1929 e falecido em S�o Paulo-SP dia 26/12/2009, Muybo C�sar Cury (ou simplesmente Muybo Cury) tinha origem Libanesa.
Seu pai era propriet�rio de uma lojinha na cidade de Mar�lia-SP. Embora n�o tenha vivido no campo, Muybo gostava da M�sica Caipira desde crian�a e tamb�m
aprendeu a tocar Viola.
De grande versatilidade, Muybo C�sar Cury foi Cantor, Dublador, Radialista, Ator e Compositor.
Como Cantor, Muybo participou do LP "Linguagem Do Amor", lan�ado em 1964 pela Fermata (N� FB-92), cantando nas faixas 6 e 7, que eram, respectivamente,
"N�o Me Abandones" (Zacarias Mour�o - Z� do Rancho - Bigu�) e a faixa-t�tulo "Linguagem do Amor" (Marguerite Monnot - vers�o: Juvenal Fernandes), que
era tema do filme "Irma La Dulce".
O LP "Linguagem do Amor" foi produzido pelo
Capit�o Furtado
que na �poca apresentava o Programa "Roda de Violeiros", que ia ao ar pela renomada
R�dio Bandeirantes
de S�o Paulo-SP. Esse LP foi a estr�ia de Muybo C�sar Cury como Int�rprete.
Na foto abaixo (do site da
R�dio Bandeirantes
de S�o Paulo-SP), Muybo C�sar Cury apresentando o programa "Roda de Violeiros", com o
Capit�o Furtado,
em 1953:
Al�m disso, Muybo Cury tamb�m j� substituiu o Barroso num LP da famosa dupla "Barreto e Barroso",
dupla que era formada inicialmente por Ant�nio Barreto (o Barreto, natural de S�o Sebasti�o da
Grama-SP) e Benedito Rodrigues Pinheiro (o Barroso, natural de Guar�-SP).
Barreto tamb�m foi apresentador na R�dio Bandeirantes de S�o Paulo-SP e Barroso, al�m de
Professor de art�fices, tamb�m foi apresentador na mesma emissora. Al�m disso, a dupla havia se
formado em 1946, tendo estreado na R�dio Am�rica de S�o Paulo-SP, a mesma emissora na qual Muybo
iniciou sua carreira em 1947, conforme mencionado logo abaixo.

Foi ap�s o falecimento de Benedito, que Muybo C�sar Cury o substituiu, tendo mantido o mesmo
nome (Barroso) no LP "As Duas Faces de Barreto e Barroso" (foto da capa do LP � direita).
Na foto abaixo (do site da
R�dio Bandeirantes
de S�o Paulo-SP), Muybo C�sar Cury e a Dupla "Barreto e Barroso" em sua forma��o original:
Como dublador, fun��o que Muybo exercia esporadicamente, emprestou sua voz ao Ca�ador Kaura em "Flashman". Fez tamb�m a
primeira voz do Mantor do Diabo em
"Lion Man"
(exibido no Brasil em 1973 na extinta Rede Manchete) e participou ainda de algumas dublagens em "Jaspion".

Como Radialista, Muybo teve destaque como um dos maiores profissionais do radiojornalismo brasileiro, atuando por mais de 37 anos na
R�dio Bandeirantes
de S�o Paulo-SP.
"Fa�o est�gio, estou terminando meu per�odo de experi�ncia", brincava ele, referindo-se � sua Profiss�o e � sua experi�ncia no
R�dio, principalmente na referida emissora na qual ele apresentava o "Jornal em Tr�s Tempos" junto com Chiara Luzzati e Paulo Galv�o.
Muybo foi locutor de auto-falante, auxiliar de escrit�rio e "cont�nuo" de banco em Duartina-SP, at� que em 1946 seguiu para a Capital Paulista,
onde iniciou no ano seguinte a sua carreira na R�dio Am�rica. Muybo Cury foi tamb�m disk-joquei na d�cada de 1960.

Al�m do trabalho jornal�stico na j� mencionada
R�dio Bandeirantes
de S�o Paulo-SP,
Muybo Cury tamb�m apresentava o excelente programa "Ra�zes do Brasil" na
R�dio Cultura - AM - 1200 kHz
de S�o Paulo-SP, programa que mostrava ao Apreciador a genu�na M�sica Caipira Raiz, al�m da presta��o de servi�os gratuitos. Nesse programa,
Muybo tamb�m contava "causos" caboclos, piadas e declamava Poemas Sertanejos (que podiam inclusive ser enviados pelos ouvintes).
Como Ator, Muybo Cury atuou nas tele-novelas "Os Inocentes", na extinta TV Tupi e "Dulcin�ia Vai � Guerra", na TV Bandeirantes. Atuou tamb�m em
diversos comerciais na Televis�o. Destaque tamb�m para a radio-novela "A Verdade da Vida" interpretada por Maria Stella Barros e Muybo C�sar Cury, na
j� mencionada
R�dio Bandeirantes
de S�o Paulo-SP.
E, como Compositor, Muybo C�sar Cury foi Autor da Moda de Viola "Castigo De Dona Benta" (Teddy Vieira - Muybo C�sar Cury), gravada pelos Irm�os Divino
no Lado-A do 78 RPM N� 13.901, em 1955, pela Odeon.
Bastante vers�til tamb�m na Composi��o, Muybo comp�s em diversos outros estilos, como por exemplo, Marchas Carnavalescas, tais como
"A Marcha do Cabe��o" (Alfredo Borba - Muybo Cury) e "A Marcha da Peruca" (Bobby Hilton - Muybo Cury - Milton). � tamb�m de autoria de Muybo Cury o
�nico hino da Copa 74 "Cem Milh�es de Cora��es", gravado pelo conjunto "Os Incr�veis", grava��o que acabou "esquecida", j� que o t�o esperado
Tetra-Campeonato n�o veio nessa Copa que teve lugar na Alemanha Ocidental...
Muybo � tamb�m autor de algumas vers�es tais como "Deus Te Acompanhe Amor" (Vaya Com Di�s) (L. Russel - I. James - B. Pepper - adapta��o: Muybo Cury) e
"Minhas Noites Sem Ti" (Mis Noches Sin Ti) (Maria Teresa Marques - Demetrio Ortiz - vers�o: Muybo Cury).
No entanto, a principal Obra-Prima de Muybo C�sar Cury como Compositor �, sem d�vida, uma das mais belas p�ginas do repert�rio Caipira Raiz:
"Jo�o de Barro" (Muybo C�sar Cury - Teddy Vieira), a qual foi gravada pela primeira vez pela dupla
Mineiro e Manduzinho,
em 17/06/1955, na RCA Victor (hoje BMG), no Lado-A do Disco 78 RPM N� 80.1561 (Matriz: BE5VB-0791), lan�ado em Mar�o de 1956.
De acordo com Jos� Hamilton Ribeiro, em seu excelente livro "M�sica Caipira - As 270 Maiores
Modas De Todos Os Tempos", Muybo
"...se encantara ao ver, no s�tio de um amigo, um casal de
"jo�o de barro" fazendo sua casinha. '� o pedreiro da floresta'
, disseram a ele. Muybo
passou horas acompanhando o trabalho da constru��o do ninho de barro. Quando soube da hist�ria
de que o passarinho, se tra�do pela f�mea, aprisionava-a na casinha, levando a parceira �
morte, come�ou - sem nenhuma experi�ncia - a compor a M�sica (...) Fez os versos da can��o
(que acabaram ficando confusos e muito longos) e ajeitou uma melodia, mas entendeu que aquilo
podia dar certo se algu�m criativo, e com pr�tica, desse ali uma mexida (...) Pergunta daqui,
pergunta dali, descobriu que o homem certo para ajud�-lo era
Teddy Vieira,
j� um autor diferenciado. Aproximou-se dele, foi recebido com simpatia e ali mesmo, no corredor
da r�dio, mostrou seu 'rascunho'. Teddy disse na hora que achava que ia dar certo, com
possibilidade at� de entrar em um disco que estava em produ��o. Gravou numa fita a M�sica, na
voz de Muybo, avisando que precisaria dar uma ajeitada na melodia e na letra (...) A dupla
Mineiro e Manduzinho
estava dependendo de uma nova M�sica para fazer seu disco (...) Muybo foi
ver a dupla ensaiar a Moda - estava uma beleza. Marcou-se est�dio. Mineiro ficou doente,
precisaram adiar. Demorou para ser estabelecido novo dia de grava��o, o rapaz n�o melhorava.
Nova data, novo adiamento. Por fim, ap�s outros discos na frente, a prensagem agora tinha
que aguardar na fila. Por fim, o disco saiu (...) Entre o fim da prensagem e a data de
lan�amento, morreu Mineiro. Era um mo�o lutador, muito querido. A como��o foi grande, n�o havia
mais clima para fazer lan�amento, trabalhar o disco, batalhar as m�sicas. O parceiro
remanescente nem sequer foi � gravadora para se informar, pedir alguma provid�ncia. Numa
palavra: o disco 'morreu', com tudo o que continha."
E, de acordo com o compositor Muybo Cesar Cury,
"Passaram-se v�rios anos, ningu�m falava em
'Jo�o de Barro'. Fazer o qu�, mais uma Moda, que n�o pegou."
Pedro Bento e Z� da Estrada
tamb�m freq�entavam o mesmo est�dio na �poca da grava��o e haviam aprendido a bel�ssima,
composi��o, a qual apresentavam com freq��ncia em seus shows. At� que em 1974,
S�rgio Reis
havia procurado o Z� da Estrada atr�s de id�ias para grava��o, ao que este lhe sugeriu o
"Jo�o de Barro". Tendo gostado, o "Serj�o" contactou Muybo que
"...j� estava at� conformado
com o apag�o do 'pedreiro da floresta'. A� vem o disco do S�rgio e o que se v� �
uma 'explos�o'. Teddy n�o estava mais aqui para ver o 'nosso Jo�o' no lugar que ele merece."
E, lamentavelmente, o Mineiro tamb�m n�o estava mais aqui, j� que ele havia falecido em 1958,
ocasi�o na qual a dupla j� havia parado de cantar.
Muybo C�sar Cury continuou em plena atividade at� seus �ltimos dias de vida, apresentando os j� mencionados programas tanto na
R�dio Bandeirantes
como tamb�m na excelente
R�dio Cultura - AM - 1200 kHz
de S�o Paulo-SP!
Problemas card�acos, no entanto, encerraram a brilhante carreira de Muybo C�sar Cury que "passou para o Andar de Cima" no dia 26/12/2009, na
Capital Paulista...
O Radialista Ant�nio Daniel Queiroz, conhecido carinhosamente como Tunico da Viola, compareceu ao enterro de Muybo no Cemit�rio da Lapa, em S�o Paulo-SP.
Segundo Tunico
"
...al�m da perda irreparavel dessa pessoa querida, eu fico pensando que, junto com ele, foi Sabedoria e Conhecimentos... Isso tudo � muito triste...
Estamos perdendo 'pe�as' important�ssimas no Cen�rio Caipira... Estive no vel�rio junto com seus filhos, Luis Carlos, Luiz Alexandre, Adriana, Karina, e
sua esposa Dalva. Fiquei sabendo por depoimento dos proprios filhos de quanto ele era uma pessoa simples. Como um dos filhos disse, um Caipira Nato.
Esteve internado por v�rios dias com problemas card�acos. Recebeu alta na v�spera do Natal, passou com a familia, brincou, sorriu e, no dia seguinte,
sentiu uma dor aguda... Foi socorrido, mas no hospital, teve uma outra dor forte e fulminante... Morreu em segundos por volta das 11:30 do dia 26/12/2009.
Seu maior sucesso foi 'Jo�o de Barro', composi��o dele com Teddy Vieira e, por obra divina, um p�ssaro desses passou v�rias vezes em frente ao vel�rio
e, vez ou outra, cantavam como que homenageando... foi de arrepiar...
"
E, tamb�m, segundo o Tunico da Viola,
"...conversando com um dos filhos do Muybo, fiquei sabendo que o nome dele original, 'de Batismo', era Muhib, e que ele adotou o nome Muybo, porque
dava muita confus�o com os ouvintes..."
Tunico da Viola � um Grande Defensor da aut�ntica M�sica Caipira Raiz, al�m de apresentar seu Programa de Segunda a Sexta-Feira das 19:00 �s 20:00 na
R�dio Raiz Caipira,
que transmite exclusivamente pela Internet!! Visite tamb�m o Site da
R�dio Raiz Caipira,
e conhe�a o trabalho de Tunico da Viola em prol da aut�ntica M�sica Caipira Raiz, com destaque para a Moda de Viola, al�m da Folia de Reis, Congada, Catira e Cururu!! Nas
palavras de Tunico da Viola,
"...tocamos o que r�dio comercial n�o toca!".
Na foto abaixo, � direita, o Compositor Muybo C�sar Cury e, � esquerda, o Radialista e Pesquisador Maikel Monteiro (que apresenta o
Programa
Brasil Caboclo
nos 630 kHz da
R�dio Paran� Educativa (e-Paran�) - AM
de Curitiba-PR, no ar todos os Domingos Das 07:00 �s 09:00 da manh�). Foto de autoria do Radialista Jos� Francisco ("In Memoriam") (que tamb�m apresentou o mesmo Programa
juntamente com o Maikel Monteiro).
Algumas composi��es de Muybo C�sar Cury:
A Marcha do Cabe��o (Alfredo Borba - Muybo C�sar Cury)
Carnavar Caipira (Muybo C�sar Cury - Tony Ruiz)
Castigo De Dona Benta (Teddy Vieira - Muybo C�sar Cury)
Desilus�o, Nada Mais (Muybo C�sar Cury - Dion�sio da Ponte)
Deus Te Acompanhe Amor (Vaya Con Dios) (Russel - James - Pepper - vers�o: Muybo C�sar Cury)
Jo�o de Barro (Teddy Vieira - Muybo C�sar Cury)
Qu�-Qu�-Qu� (Adilson Godoy - Domingos Leone - Muybo C�sar Cury)
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Nh� Chico:

Excelente Cururueiro, Poeta e Compositor da M�sica Caipira Raiz, Francisco Fornaziero, o "Nh� Chico",
nasceu no Bairro Sete Barrocas, na cidade de
Piracicaba-SP
(munic�pio riqu�ssimo nas tradi��es da dan�a do Cururu), no dia 19/08/1927, e faleceu aos 86 anos de idade no dia 20/03/2015, tamb�m em Piracicaba-SP. Filho do Sr.
At�lio Fornaziero (nascido em Rovigo, It�lia) e de D. In�s Guerrero (nascida em M�laga,
Espanha).

Quero aqui deixar a palavra para que Joaquim de Oliveira Fornaziero, o Juninho Caipira, filho
de Nh� Chico, apresente ao Apreciador uma biografia desse excelente Compositor e Poeta:
"Aos 4 anos, tornou-se �rf�o de m�e, recebendo assim a educa��o e os carinhos de sua
madrasta, a Sra. Regina Betiol. Aos 11 anos come�ou a tocar Cavaquinho e a cantar com seu
irm�o de cria��o, nascendo assim, a dupla 'Chiquinho e Luizinho'
. Uma dupla dotada de
muito talento, mas tamb�m de muita timidez, que ao notar a presen�a de estranhos, parava de
cantar.
Acompanhando a sua fam�lia, Chiquinho, como era carinhosamente chamado, aos quatorze anos,
mudou-se para Pederneiras-SP, onde viveu por 20 anos. J� aos 16 anos, come�ou a compor as
primeiras letras. Cantor de Modas-de-Viola, tamb�m demonstrava seu grande talento, cantando
Cururu.
Certa vez, o que foi motivo de muita emo��o, a Dupla 'Chiquinho e Luizinho'
, recebeu um
convite da R�dio PRG-8 de Bauru-SP, para uma apresenta��o. Tiveram assim, um sonho realizado.
Com o casamento de Luizinho, a dupla foi desfeita. Por�m, a vida art�stica de Chiquinho, n�o
parou por ali. Na inaugura��o da R�dio Cultura de Pederneiras-SP, fora convidado a assumir o
programa sertanejo 'Festa na Fazenda'
. Foi naquela �poca que recebeu do Sr. Kamel,
diretor da emissora, um novo nome art�stico que se perpetuou no meio cultural brasileiro:
'Nh� Chico'
.
A partir desse momento, uma nova trajet�ria come�ava a ser tra�ada na vida desse valoroso
artista. Conheceu as duplas
Le�ncio e Leonel e
Craveiro e Cravinho.
Em setembro de 1949, Nh� Chico casou-se com Apparecida de Oliveira G�es Fornaziero. Desse
casamento nasceram: Jo�o, Dirceu, Neusa, Ivone, Dimas e Joaquim, tendo este �ltimo, o nome
art�stico de Juninho, e que herdou do pai Nh� Chico, o dom de cantar e de compor, vindo a gravar
quatro CDs, na carreira solo e autor de mais de 650 letras de m�sicas.
Em 1961, Nh� Chico retornou definitivamente � sua terra-natal, Piracicaba-SP. Passou assim, a
conviver com grandes cantadores de Cururu: Jo�o Davi, Parafuso, Pedro Chiquito, Zico Moreira,
Hor�cio Neto e outros, tornando-se conhecido em toda a regi�o.
Com o passar do tempo, a morte de alguns amigos fez com que Nh� Chico deixasse de cantar o
Cururu, dedicando-se exclusivamente � composi��o de letras musicais. Assim surgiram sucessos
como: 'Caboclo na Cidade' (Dino Franco - Nh� Chico)
, 'Negrinho Parafuso'
(Nh� Chico - Ti�o Carreiro)
e 'Moradia' (Nh� Chico - Ti�o Carreiro - Craveiro)
,
dentre outros.
Nh� Chico assinou sozinho v�rios trabalhos, mas possui tamb�m m�sicas em parceria com
Dino Franco,
Ti�o Carreiro,
Ti�o do Carro,
Garcia,
Carreirinho,
al�m de Juninho Caipira, seu filho (na foto � direita, Nh� Chico e seu filho Juninho
Caipira que, seguindo os passos do pai, tamb�m � Int�rprete e Compositor Sertanejo).
Teve como seu maior parceiro
Dino Franco.
Participou do corpo de jurados de diversos
festivais, ao lado de grandes nomes ligados � cultura sertaneja. Comandou programas nas
r�dios: R�dio Alvorada (AM e FM) e Municipal-FM e se apresentou na TV Bandeirantes e na
TV Cultura
por diversas vezes.
O talento de Nh� Chico foi mais al�m. � tamb�m autor de muitos C�nticos Religiosos. A Capital
Paulista e quase todas as cidades da regi�o, conheceram a 'Missa Caipira'
de Nh� Chico,
inclusive em CD (foto da capa � direita), com o Coral Sertanejo Padre Anchieta e com arranjos
de Viola Caipira a cargo do Violeiro
Mazinho Quevedo,
que tamb�m � encarregado da reg�ncia. O CD tamb�m conta com a participa��o de Gil Pedro e Vitor
Quevedo na Percuss�o, Toninho Madrugada no Contra-Baixo, e o coral � formado por Galileu,
Samaritano, Nh� Chico, Dona Cida, Juninho, Carlos Tabai, Nelson Vitti, Ilda e Roseli Palomo.
Gravado e Mixado no Est�dio Millenium em Araras-SP.
Em homenagem � mem�ria de Artistas Piracicabanos, Nh� Chico escreveu "Negrinho Parafuso",
"Pedro Chiquito", "Toninho do Mirante", "Z� do Prato", "Sorocabinha", "Saudade do Veneno" e
diversas outras composi��es."

Nh� Chico possui bel�ssimas Modas de Viola gravadas por excelentes int�rpretes do quilate de
Pedro Bento e Z� da Estrada,
Zilo e Zalo,
"Os Dois Mineiros",
Dino Franco e Moura�,
Ti�o Carreiro e Pardinho,
Craveiro e Cravinho,
"Cativante e Continente",
Ti�o Do Carro e Pagodinho,
Daniel e
Cacique e Paj�,
apenas para citar alguns.
Quero aqui agradecer ao Joaquim de Oliveira Fornaziero, o Juninho Caipira, filho de Nh� Chico e
tamb�m Violeiro e Compositor pela biografia fornecida e tamb�m pelos e-mails de incentivo que
me foram enviados.
Clique aqui
e visite o
"flog�o" de Juninho Caipira com diversas fotos dele e do pai, al�m de bel�ssimos
poemas escritos por esse Violeiro e Compositor que � filho de Nh� Chico.
Contato para shows e venda de CD's:
(19) 3421-1580
(19) 9627-4838
(falar com Juninho Caipira)
e-mail:
[email protected]
Na foto abaixo, Nh� chico declamando bel�ssimos Poemas, num momento descontra�do, acompanhado
por seu filho Juninho Caipira, em dupla com Marcelo, em Piracicaba-SP, no dia 10/03/2007:
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Juninho Caipira, Z� Francisco ("In Memoriam") (que apresentou o programa
Brasil Caboclo
na
R�dio Paran� Educativa (e-Paran�)
juntamente com
Maikel Monteiro
em Curitiba-PR), Nh� Chico e Ricardinho, numa tarde descontra�da em 10/03/2007 em Piracicaba-SP.
E, na foto abaixo, da esquerda pr� direita,
Guido de Sousa, o Leonel (da inesquec�vel Dupla
Le�ncio e Leonel)
e o Compositor Nh� Chico, em Ja�-SP, no ano de 2009. Foto gentilmente cedida pelo
Juninho Caipira,
filho do excelente Compositor!
Clique aqui
e conhe�a o Poema "Ti�o Carreiro e o Menino" que homenageia o
Criador e Rei do Pagode,
declamado pelo pr�prio Nh� Chico, num arquivo pertencente ao site
YouTube.
Clique aqui
e conhe�a o Poema "Boiadeiro Centen�rio" de autoria de Juninho Caipira, filho do Compositor Nh� Chico. Poema dedicado a todos os Cidad�os Brasileiros que
lidam com gado e/ou vivem nos campos retirados da cidade. Esse Poema � tambem uma homenagem ao seu pai que no passado foi tamb�m Pe�o de Boidadeiro.
Arquivo pertencente ao site
YouTube.
Clique nos quatro links abaixo e ou�a uma amostra do trabalho de Nh� Chico, como Cururueiro, num "Desafio" com o inesquec�vel Parafuso:
Parafuso Desafia Nh� Chico
Nh� Chico Responde Parafuso
Parafuso Desafia Nh� Chico em R�plica
Nh� Chico Responde Parafuso em R�plica
Essas 4 valios�ssimas grava��es fazem parte do excelente Site
Os Reis Do Cururu
desenvolvido pelo F�bio Porangaba e que retrata o Cururu, que � o repente, o desafio, trovado ao som de Violas do M�dio Tiet�. N�o deixe de visitar esse
excelente Site que faz parte da Hist�ria da M�sica Caipira Raiz!!
O Cururueiro Parafuso � homenageado pelo Nh� Chico em sua bel�ssima Composi��o "Negrinho Parafuso" (Nh� Chico - Ti�o Carreiro), cujo Poema foi musicado
pelo
Criador e Rei do Pagode.
E, na foto abaixo, a Casa onde viveu o inesquec�vel Parafuso, em Piracicaba-SP,
"...Perto da Linha FEPASA, antiga Sorocabana...":
E foi com profunda tristeza que a Cultura Caipira recebeu a not�cia do falecimento de Nh� Chico, aos 86 anos de idade, no dia 20/03/2015 em Piracicaba-SP...
Sem d�vida, um enorme vazio na Hist�ria do Cururu e da Aut�ntica M�sica Caipira Raiz... Mas, com certeza o "Cumpadre" Nh� Chico foi recebido de bra�os abertos e est� declamando seus Bel�ssimos Versos e improvisando novos Cururus, passando a fazer parte do Grande Coro e da Grande Orquestra Celestial de Violeiros.�., Regidos pelo Grande.�. Arquiteto.�. Do.�. Universo.�. ...
"Cumpadre" Nh� Chico: Receba de Netinha e Ricardinho essa singela homenagem...
Algumas composi��es de Nh� Chico:
A Cacha�a E O Fumo (Nh� Chico - Dino Franco)
A Fuga (Nh� Chico - Dino Franco)
A Moda Do Cachaceiro (Dino Franco - Nh� Chico)
Amor Precipitado (Nh� Chico - Taviano)
Caboclinha Sertaneja (Nh� Chico - Jos� Toledo - Get�lio Toledo)
Caboclo Centen�rio (Dino Franco - Nh� Chico)
Caboclo Na Cidade (Dino Franco - Nh� Chico)
Candidato Caipira (Nh� Chico - Dino Franco)
Escravid�o (Nh� Chico - Para�so)
Filhos de Botucatu (Nh� Chico - Ramiro Vi�la)
Futebol de Amor (Ti�o do Carro - Nh� Chico)
Gr�-Fino Na Ro�a (Dino Franco - Nh� Chico)
Minha Mensagem (Dino Franco - Nh� Chico)
Miss�o Cumprida (Nh� Chico - Carreirinho)
Moradia (Nh� Chico - Ti�o Carreiro - Craveiro)
Negrinho Parafuso (Nh� Chico - Ti�o Carreiro)
Pedro Chiquito (Nh� Chico - Apol�nio)
Trem da Vida (Nh� Chico - Para�so)
Trem De Ferro (Nh� Chico)
Tudo Mentira (Nh� Chico - Cravinho)
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Nh� Pai:
Jo�o Alves dos Santos nasceu em Paragua�u Paulista-SP no dia 28/03/1912 e faleceu na mesma
cidade em 12/03/1988.
O famoso compositor de "Beijinho Doce" foi lan�ado por
Ariowaldo Pires (o
Capit�o Furtado)
e, como int�rprete, formou duplas com seu compadre Nh� Fio, sua prima Nh� Fia e tamb�m com
sua irm� Nh� Z�fa. Tamb�m chegou a cantar juntamente com Tonico da dupla
Tonico e Tinoco.
Nitidamente influenciado pela M�sica Paraguaia, Nh� Pai fez bastante sucesso nos anos 40 e 50,
interpretando Rasqueados (ritmo musical utilizado com freq��ncia nas Polcas Paraguaias e no
qual as cordas da Viola s�o todas puxadas simultaneamente com as costas dos dedos).
Em 1943, cruzando pastos em carro de boi, viajando em caminh�es de mudan�a, Nh� Pai excursionou
pelo Interior Paulista e tamb�m pelo Tri�ngulo Mineiro, al�m dos Estados de Goi�s e Mato
Grosso, juntamente com o
Capit�o Furtado,
tendo tamb�m em sua companhia Nh� Fia e
M�rio Zan.
Apresentaram-se em diversos lugares, incluindo cinemas, sal�es de igrejas e pracinhas.

J� tendo cantado em dupla com Nh� Fio e Nh� Zefa, Nh� Pai formou em 1942 uma dupla com Jo�o
Salvador Perez, o Tonico da dupla
Tonico e Tinoco!
E interpretaram o Rasqueado "Casinha de Carand�" (Nh� Pai) e a Valsa "Gauchita" (Z� Man�). E, no
mesmo ano, Nh� Pai tamb�m gravou com Nh� Fio a Moda de Viola "O Brasil Entrou Na Guerra" (Nh�
Pai -
Ariowaldo Pires),
al�m do Rasqueado "Fronteira" (Nh� Pai - Edgard Cardoso). Na foto acima e � direita, Nh� Pai e
Nh� Fio.
Outro fato curioso se deu em 1944, quando Nh� Pai comp�s e gravou juntamente com Nh� Fio, o
desafio "Corinthians x S�o Paulo" (Nh� Pai - Nh� Fio), incluindo o futebol (tema
caracteristicamente urbano) como assunto tamb�m na M�sica Caipira.
Como compositor, seu maior sucesso foi sem d�vida o Corrido "Beijinho Doce", gravado pela
primeira vez no ano de 1945 pelas
Irm�s Castro
e que se tornou um dos maiores cl�ssicos da M�sica Popular Brasileira, tendo sido inclu�da
tamb�m no filme "Aviso Aos Navegantes" em 1951.
Esse famoso Corrido foi gravado tamb�m em diferentes ritmos tais como Valsa (por Adelaide
Chiozzo e Eliana) e Bai�o (por Andr� Penazzi). Mas foi em 1976 que "Beijinho Doce" voltou a
ser novamente um grande sucesso quando foi gravado por
Nalva Aguiar
que, at� ent�o, atuava
predominantemente nos ritmos da Jovem Guarda e, segundo algumas opini�es, tal grava��o
estabeleceu um
"segundo marco" na
"migra��o" de int�rpretes da Jovem Guarda
para a M�sica Sertaneja, a exemplo de
S�rgio Reis,
quando da sua grava��o do "Menino da Porteira" (Teddy Vieira - Luizinho) em 1973.
Clique aqui
e ou�a "Ciriema" (M�rio Zan - Nh� Pai), numa interpreta��o bastante criativa das irm�s
Alzira e Tet� Esp�ndola,
num Arquivo Musical pertencente ao site
MPB-NET.
Nh� Pai deixou um expressivo repert�rio de composi��es em nossa M�sica Caipira, tendo tido
diversos parceiros tais como Nh� Fio, Nh� Zefa,
Ariowaldo Pires,
Riellinho,
Nalva Aguiar,
Piraci,
Ado Benatti,
Sulino,
M�rio Zan,
e
Raul Torres,
apenas para citar alguns.
Algumas composi��es de Nh� Pai:
A Mui� E O Avi�o (Nh� Pai)
A Volta Do Curumb� (Nh� Pai - Ado Benatti - Sulino)
Amor E Ci�me (Nh� Pai - M�rio Zan)
Apuros Na Capit� (Nh� Pai)
Ara�atuba (Nh� Pai)
Beijinho Doce (Nh� Pai)
Beijinho Horroroso (Nh� Pai - Z� Fid�lis)
Caboclo Beija-Fl� (Nh� Pai - Mira Vieira)
Caboclo de Azar (Nh� Pai)
Canta, Canta, Canta (Nh� Pai - L. F. Sim�es)
C�ozinho Sem Dono (M�rio Zan - Nh� Pai)
Cartinha Aventurosa (Nh� Pai - Jos� Cleto "Z� da Pinta")
Casamento De Hoje Em Dia (Nh� Pai)
Casinha De Carand� (Nh� Pai - Bolinha)
Chalana Do Amor (Nh� Pai - Serralheiro)
Cidade Feiti�o (Nh� Pai - Limeira)
Cidade Morena (Nh� Pai - Riellinho)
Ciriema (M�rio Zan - Nh� Pai)
Coisas Do Paraguai (Nh� Pai)
Com Deus (Nh� Pai)
Cora��o Sem Dono (Nh� Pai - M�rio Zan)
Cora��o Sofredor (Nh� Pai - Nalva Aguiar)
Corinthians x S�o Paulo (Nh� Pai - Nh� Fio)
Deixei A Minha Terra (Nh� Pai)
�gua Branca (Nh� Pai - Raul Torres e Godoy)
Fronteira (Nh� Pai - Edgard Cardoso)
Galo �ndio (Nh� Pai - Nh� Fio)
Iracema (M�rio Zan - Nh� Pai)
Lucila (Nh� Pai)
Meu Brasil (Nh� Pai - Jota Efeg�)
Meus Oito Anos (Nh� Pai - Ariowaldo Pires)
Meus Parab�ns (Nh� Pai)
Minha Despedida (Nh� Pai)
Minha Viola (Nh� Pai - Nh� Fio)
No Corr� Dos Ano (Nh� Pai)
Nossa Vida (Nh� Pai)
O Brasil Entrou Na Guerra (Nh� Pai - Ariowaldo Pires)
Orgulhoso (Nh� Pai - M�rio Zan)
Peixinho Arisco (Nh� Pai - Riellinho)
Pirra�a (Nh� Pai - Riellinho)
Quando Dois Se Ama (Nh� Pai)
Rapaz De Gosto (Nh� Pai)
Receita De Coquetel (Nh� Pai)
Rocinha De Milho (Nh� Pai)
Rosa Linda (Nh� Pai - Piraci)
Santa Cruz Do Rio Pardo (Nh� Pai)
Seu Anivers�rio (Nh� Pai)
Sombranceia Grossa (Nh� Pai)
Suspiro (Nh� Pai)
T� De Mal Comigo (Nh� Pai)
Triste Despedida (Nh� Pai - Piraci)
Viaje A Parmit� (Nh� Pai - Nh� Zefa)
Vinte Anos A Mais (Nh� Pai - Luizinho)
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Non� Bas�lio:

Nascido em Formiga-MG no dia 22/11/1922 e falecido em S�o Paulo-SP no dia 01/07/1997,
Alcides Felisbini Bas�lio foi Compositor, Cantor e Diretor Art�stico, tendo trabalhado
inclusive na produ��o do excelente programa
Viola Minha Viola,
apresentado por
Inezita Barroso
e que vai ao ar aos S�bados e Domingos pela
TV Cultura
de S�o Paulo-SP.
Desde cedo, Alcides demonstrou sua paix�o pela M�sica, cantando e compondo. Sua carreira
art�stica ganhou for�a quando formou juntamente com sua esposa Maria de Lourdes Souza
(nascida tamb�m em Formiga-MG no dia 19/08/1934) a dupla "Non� e Nan�". O casal
havia se conhecido ainda na inf�ncia em sua cidade-natal.
Foi com apenas 12 anos de idade que Alcides adotou o pseud�nimo de Non� Bas�lio e,
nessa �poca, j� se apresentava com os "Irm�os Azevedo", que faziam sucesso na emissora de r�dio
de Formiga-MG. E Maria de Lourdes, a Nan�, apresentava-se num teatro amador local, ao passo
que Non� cuidava da parte musical do mesmo. At� que em 1938, Non� Bas�lio deixou o conjunto
dos Irm�os Azevedo o qual havia se transformado numa orquestra.
Antes por�m de formar a dupla com Nan�, Non� Bas�lio seguiu para S�o Jo�o D'el Rey-MG em
1946, onde estudou Instrumentos de Sopro na Corpora��o Musical Te�filo Otoni. Em seguida,
Non� seguiu para a Paulic�ia Desvairada, onde tentou formar dupla com seu irm�o
Dudu Bas�lio que no entanto desistiu e decidiu retornar para Formiga-MG.
Foi em 1950 que Non� conheceu o renomado trio
Luizinho, Limeira e Zezinha
na R�dio Tupi de S�o Paulo-SP. E eles gravaram em 1951 o corrido "Cantando Sempre" (Non� Bas�lio - Mauro Pires).
Non� Bas�lio passou ent�o a ter suas composi��es gravadas por
Luizinho, Limeira e Zezinha,
"Palmeira e Bi�"
e tamb�m
"Jeca Mineiro
e Mineirinho".
E foi com
Jeca Mineiro
e L�cio Sampaio que Non� Bas�lio formou o Trio "Seresteiros do Sul" que se apresentou
com sucesso na R�dio Cultura de S�o Paulo-SP.
E, em 1953, celebrou-se o casamento de Alcides com Maria de Lourdes, o qual teve como padrinhos
a dupla
Cascatinha e Inhana.

Desfeito o "Trio Seresteiros do Sul", Non� voltou a se dedicar � sua antiga profiss�o que era a
de alfaiate. Junto com Maria de Lourdes, costumava cantar nas horas vagas e o casal foi
percebendo que as vozes se combinavam e finalmente formaram a dupla "Non� e Nan�" (foto acima �
direita).

Seguiram-se diversas apresenta��es em festas, shows de caridade, clubes e sal�es e tamb�m
apresenta��es na R�dio Emissora ABC de Santo Andr�-SP e tamb�m no programa de
Zacarias Mour�o
na R�dio Bandeirantes de S�o Paulo-SP, al�m do programa de Blota Jr. na Record (nesse �ltimo,
Non� e Nan� foram apresentados por
Cascatinha e Inhana,
em 1956).
Non� e Nan� gravaram o primeiro disco em 1957 na Todam�rica, gravadora que era dirigida pelo
Cascatinha.
Tamb�m continuaram com as apresenta��es em circos e teatros das cidades do interior.
Al�m de 10 LP's gravados pela dupla, em 1971, Non� e Nan� participaram do filme
"No Rancho Fundo", de Osvaldo de Oliveira.
Em 1996, Non� e Nan� gravaram o �ltimo disco e �nico CD da dupla, "Nossa �ltima Lembran�a".
Por essa �poca, Nan� apresentava problemas na voz (desde 1980). E Non� Bas�lio deixou esse
mundo no ano seguinte � grava��o do CD.

Como compositor, Non� Bas�lio � sem d�vida de fundamental import�ncia para o nosso
Cancioneiro Sertanejo; e um grande momento de sua carreira foi certamente o
lan�amento e o sucesso de �M�goa de Boiadeiro�, que ele comp�s em parceria com
�ndio Vago
(ver mais detalhes sobre
�ndio Vago, no
Museu do Boiadeiro Moacyr Fabiano,
na p�gina dedicada aos
Tr�s Botucatuenses)
e tamb�m no
resumo biogr�fico do compositor,
nessa mesma p�gina.
Essa bel�ssima composi��o foi gravada por dezenas de diferentes int�rpretes, tais como
Pedro Bento e Z� da Estrada,
S�rgio Reis,
Ouro e Pinguinho e outros mais.
Calcula-se que Non� Bas�lio tenha mais de 500 composi��es, �s quais foram
gravadas pelos mais variados artistas, tais como
Luizinho, Limeira e Zezinha,
Cascatinha e Inhana,
Pedro Bento e Z� da Estrada,
M�rio Zan,
Nenete e Dorinho,
Duo Ciriema,
Irm�s Galv�o,
Tonico e Tinoco e
S�rgio Reis,
apenas para citar alguns.
Como compositor, Non� Bas�lio teve como um dos mais constantes parceiros o acordeonista
M�rio Zan,
com quem comp�s, entre outras, o xote "Crian�a Sapeca" (gravada pelo pr�prio
M�rio Zan),
o bai�o "Vov� Caduca" (gravado pelo
Duo Ciriema)
e a Tupiana "Linda Forasteira" (gravada pelo
Duo Irm�s Celeste.
E, por falar em "Tupiana", de acordo com a jornalista e pesquisadora Rosa Nepomuceno em seu
excelente livro "M�sica Caipira - Da Ro�a Ao Rodeio", Non� Bas�lio, em 1956, juntamente com
M�rio Zan,
foi o criador do novo r�tmo que �
"uma esp�cie de guar�nia, com maior
influ�ncia da m�sica dos �ndios Tupi-Guaranis, em compasso 3 x 4, com batidas ritmadas
marcadas pelo tambor".
Face � "invas�o" dos r�tmos paraguaios em nossa M�sica, principalmente na Regi�o do Mato Grosso
do Sul, Non� Bas�lio e
M�rio Zan
resolvem criar o novo ritmo de resist�ncia dentro da M�sica Brasileira.
Curiosamente o pr�prio
M�rio Zan
havia sido antes um dos principais expoentes da introdu��o
de tais elementos vindos "de fora" em nossa M�sica Brasileira, como por exemplo, a c�lebre
"Chalana" (M�rio Zan - Arlindo Pinto) que � uma Guar�nia e foi composta �s margens do
Rio Paraguai, na cidade de Corumb�-MS.
A primeira Tupiana foi "Alvorada Tupi" gravada na RCA Victor pelo
Duo Irm�s Celeste.
O Duo Irm�s Celeste e tamb�m os pr�prios autores chegaram a gravar outras "Tupianas". Tal
ritmo, no entanto, n�o atingiu o grande p�blico e n�o foi grande sucesso de vendas. De acordo
com
M�rio Zan, a Tupiana
"... n�o pegou, n�o teve divulga��o. Naquele tempo n�o existia m�dia, hoje qualquer bobagam
que voc� fala tem repercuss�o."
E al�m da cria��o da Tupiana juntamente com
M�rio Zan,
Non� Bas�lio comp�s suas m�sicas nos mais variados ritmos,
tais como Boleros, Cururus, Tangos, Valsas, Can��es Rancheiras e Xotes, entre outros.
Algumas composi��es de Non� Bas�lio:
Abandono (Non� Bas�lio)
Abec� Do Amor (Non� Bas�lio)
A Dan�a Do Amor (Non� Bas�lio)
Agradecimento (Non� Bas�lio)
�gua Mole Em Pedra Dura (Non� Bas�lio)
Amigo At� Morrer (Non� Bas�lio)
Arena Do Amor (Non� Bas�lio - Ant�nio Celso)
Bambol� (Non� Bas�lio - M�rio Zan)
Baton No Colarinho (Non� Bas�lio)
Berrante Da Saudade (Non� Bas�lio)
Boiadeiro Beija-Flor (Non� Bas�lio)
Calend�rio da Vida (Non� Bas�lio - M�rio Zan)
Canta Mo�ada (Non� Bas�lio - Tonico - Nh� Fio)
Cantando Pr� Goi�s (Non� Bas�lio)
Cantando Sempre (Non� Bas�lio - Mauro Pires)
Cart�o Vermelho (Non� Bas�lio)
Cerne de Aroeira (Lourival dos Santos - Jesus Belmiro - Vicente P. Machado)
Chap�u Furado (Non� Bas�lio)
Coisinha Fofa (Non� Bas�lio - Osmar Zan)
Colibri (Non� Bas�lio - Z� do Rancho)
Conselho De Amigo (Non� Bas�lio - Piraci)
Cora��o De Pai (Non� Bas�lio)
Crian�a Sapeca (Non� Bas�lio - M�rio Zan)
Desilus�o (Non� Bas�lio)
Desprezada (Non� Bas�lio)
Desquite (Non� Bas�lio - Bigu�)
Devo��o (A Dan�a De S�o Gon�alo) (Non� Bas�lio)
Diabinha Deixa Disso (Non� Bas�lio - Rubens Avelino)
Dilema Da Vida (Non� Bas�lio)
Doce Ilus�o (Non� Bas�lio - Z� Garcia)
Dormindo S� (Non� Bas�lio)
Ego�sta (Non� Bas�lio - Sebasti�o Vitor)
Escrava Do Amor (Non� Bas�lio - Osmar Zan)
Eterna Lembran�a (Non� Bas�lio)
Festinha Do Papai (Non� Bas�lio - Osmar Zan)
Forr� Do Zero A Zero (Non� Bas�lio)
Gauchinha Boiadeira (Non� Bas�lio)
Grande Verdade (Non� Bas�lio)
Hino Sertanejo (Non� Bas�lio)
Hoje Eu N�o Posso Ficar (Non� Bas�lio - Ti�o Carreiro)
Homenagem � Mam�e (Non� Bas�lio - M�rio Zan)
Largando Brasa (Non� Bas�lio - Henrique de Almeida - Brasinha)
Linda Forasteira (Non� Bas�lio - M�rio Zan)
M�goa De Boiadeiro (Non� Bas�lio - �ndio Vago)
Mais Uma Li��o (Non� Bas�lio)
Mais Um Drama Da Vida (Non� Bas�lio)
Mal de Amor (Non� Bas�lio - Ti�o Carreiro)
Meu Juramento (Non� Bas�lio)
Meu Sofrimento (Non� Bas�lio - Nh� Belarmino - Nh� Gabriela)
Meu Tempo De Crian�a (Non� Bas�lio)
Minha Hist�ria (Non� Bas�lio - Ti�o Carreiro)
Minha Vida Em Tuas M�os (Non� Bas�lio - Osmar Zan)
Motivo De Saudade (Non� Bas�lio)
Mulher Ciumenta (Non� Bas�lio - Palmeira)
Mulher Valente (Non� Bas�lio)
N�o Bebo Mais (Non� Bas�lio)
Nome De M�e (Non� Bas�lio - Barreto)
O Milagre Da F� (Non� Bas�lio)
Onde Canta O Sabi� (Non� Bas�lio)
O Rei Dos Reis (Non� Bas�lio)
Orgulho De Caboclinha (Non� Bas�lio)
Papel De Madalena (Non� Bas�lio)
Prova De Amor (Non� Bas�lio)
Recordar � Sofrer (Non� Bas�lio - Osmar Zan)
Restaurante Do Papai (Non� Bas�lio - Osmar Zan)
Rostinho Colado (Non� Bas�lio - Aldo Reis)
Saudade Da Mam�e (Non� Bas�lio)
Sem O Teu Amor (Non� Bas�lio - Valdemar Salom�o)
Sinto-Me Bem (Non� Bas�lio)
Solid�o (Non� Bas�lio - Miguel �ngelo)
Sou Igual A Um Passarinho (Non� Bas�lio)
Terra Sempre Terra (Non� Bas�lio)
Tudo bem... Tudo bem (Non� Bas�lio)
Um Bom Exemplo (Non� Bas�lio - Tito Neto)
Uma Casa De Caboclo (Non� Bas�lio)
Vamos Cochichar (Non� Bas�lio - Sert�ozinho)
Velho Macho (Non� Bas�lio)
Vov� Caduca (Non� Bas�lio - M�rio Zan)
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Palmeira:

Diogo Mulero, o Palmeira, nasceu em Agudos-SP em 1918 e faleceu em S�o Paulo-SP no dia
29/06/1967. O
sucesso do "Menino da Porteira" (Teddy Vieira - Luizinho) mostrou-nos o que a cidade de Ouro
Fino-MG significa para a M�sica Caipira Raiz. Nessa cidade mineira, existe tamb�m a "Rua Diogo
Mulero", que homenageia um dos maiores compositores e cantores brasileiros, que cantou em Dupla
com
Piraci,
Luizinho e
Bi�.
Piraci, por outro lado, tamb�m � nome de rua em sua cidade natal, Piracicaba-SP: Rua Miguel Lopes Rodrigues.
A dupla, formada por Diogo Mulero, o Palmeira, e
Miguel Lopes Rodrigues, o
Piraci
(abrevia��o
de "Piracicabano") (Piracicaba-SP. 1917 - Caieiras-SP, 1974), teve in�cio em 1941 na R�dio S�o
Paulo, a convite de Oduvaldo Viana e, logo em seguida, no Rio de Janeiro-RJ, gravou seu
primeiro disco na RCA-Victor, destacando-se "Carro de Boi" (Capit�o Furtado e Orlando Puzone).
No Rio de Janeiro-RJ, a dupla se apresentou, tamb�m, na R�dio Nacional e no Cassino Atl�ntico.
Foi nessa �poca, na Cidade Maravilhosa, que Piracicabano "abreviou" seu nome art�stico para
"Piraci". Em 1945, Palmeira e
Piraci
voltaram pra S�o Paulo e foram trabalhar na R�dio Difusora
no programa "Longe da cidade". Em S�o Paulo, atuaram tamb�m no legend�rio programa "Arraial da
Curva Torta", produzido e apresentado pelo
Capit�o Furtado,
(Ariowaldo Pires, sobrinho de
Corn�lio Pires,
conforme j� foi mencionado nesse site).
Palmeira e
Piraci
compuseram diversas outras m�sicas, sozinhos e tamb�m com parceiros. Ainda
no mesmo ano gravaram um disco 78 RPM juntamente com
Tonico e Tinoco
que, no Lado A, gravaram "Em Vez de Me Agradec�" (Capit�o Furtado - Jayme Martins - Aymor�); e,
no Lado B, Palmeira e
Piraci
gravaram a Moda de Viola "Salada Internacional" (Palmeira -
Piraci - Ariowaldo Pires).
Em 1946, a dupla se separou e Palmeira passou a cantar em dupla com
Luizinho
(Luiz Raimundo -
S�o Paulo-SP, 1916 - S�o Paulo-SP, 1983). A Dupla foi logo contratada pela R�dio Tupi de S�o
Paulo e, pela Continental, lan�ou seu primeiro disco com destaque para "Burro Pica�o"
(Anacleto Rosas Jr. - Geraldo Costa) e "Cavalo Preto" (Anacleto Rosas J�nior).
Em 1950 "Palmeira e Luizinho" foram contratados pela RCA-Victor, onde gravaram diversos sucessos.
No mesmo ano, com a sanfoneira Zezinha, formaram o "Trio Orgulho do Brasil", que logo se
desfez.
Palmeira e Luizinho foram considerados os "Criadores da M�sica Campeira" e contaram para seu
repert�rio com dois dos principais Compositores Caipiras da �poca,
Arlindo Pinto e
Anacleto Rosas Jr.
Tamb�m cantavam freq�entemente acompanhados pela acordeonista Zezinha.
Em 1953, Palmeira e Luizinho gravaram o �ltimo disco pois, logo depois, a dupla se desfez.
Palmeira formou ent�o a Dupla com
Bi�;
e
Luizinho
formou a Dupla com
Limeira
(foi inclusive a Dupla que, pela primeira vez, gravou o c�lebre "Menino da Porteira" (Teddy Vieira - Luizinho),
em 1955).
Bi�
(Sebasti�o Alves da Cunha - o Sabi� - Coromandel-MG, 1927), que at� ent�o fazia dupla com
Mariano, passou a integrar com Palmeira a dupla "Palmeira e Bi�" (foto � direita) a partir de
1953.
Em S�o Paulo-SP, foram contratados pela R�dio Piratininga, para fazer um programa semanal,
toda Ter�a-Feira �s 21 horas. A dupla trabalhou acompanhada pelo Sanfoneiro
Alberto Cal�ada
(c�lebre por excelentes interpreta��es de diversas Valsas de Zequinha de Abreu, tais como
"Branca", "Aurora", "Tardes em Lind�ia", "�ltimo Beijo" e "Rosa Desfolhada".
Em seu primeiro ano de atua��o, a dupla "Palmeira e Bi�" gravou 10 discos 78 RPM, numa m�dia de
quase um por m�s. Gravaram al�m de composi��es pr�prias, outras m�sicas, de conhecidos e
renomados compositores, tais como
Teddy Vieira e
Nh� Pai.
No ano seguinte, em 1954, a dupla passou a se apresentar juntamente com o c�lebre
acordeonista
M�rio Zan
em excurs�es por v�rios estados do Brasil. A dupla manteve o mesmo
ritmo de grava��es do ano anterior, com lan�amentos sucessivos, dentre os quais, a toada
"Couro de Boi", (Palmeira - Teddy Vieira), que al�m de grande sucesso, tornou-se um cl�ssico
da M�sica Caipira. E, no ano seguinte, em 1955 lan�aram mais um grande sucesso, "Disco Voador"
(Palmeira). No mesmo ano gravaram a toada "Carmen Miranda" (Palmeira - Capit�o Bardu�no), que
foi uma homenagem � Pequena Not�vel que havia falecido naquele ano nos Estados Unidos.

E em 1956, "Palmeira e Bi�" gravaram o bolero "Boneca Cobi�ada" (Bi� - Bolinha), o maior sucesso
da dupla com mais de 500 mil c�pias vendidas e que se tornou um cl�ssico da MPB, tendo sido
regravado in�meras vezes, por diversos artistas, como por exemplo, Carlos Galhardo. "Boneca
Cobi�ada" virou filme com o mesmo nome e tornou-se um marco da M�sica Sertaneja, por incluir
novas tem�ticas, al�m de novos arranjos e nova instrumenta��o.
"Palmeira e Bi�" ficaram conhecidos como "Os Coron�is da M�sica Sertaneja".
N�o podemos nos esquecer de que
Teddy Vieira
tamb�m foi um parceiro constante de Palmeira e juntos compuseram o j� mencionado
"Couro de Boi", obra que se tornou um cl�ssico da nossa M�sica Caipira Raiz, conforme j�
mencionado acima.
Palmeira assumiu tamb�m o cargo de Diretor Art�stico do Setor Sertanejo, na RCA-Victor e, em
1958, foi contratado pela Chantecler como Diretor Geral.
Mas, em 1965, Palmeira e Bi� se separaram e Bi� passou a fazer dupla com seu irm�o S�lvio, o
Biazinho. (Bi� tamb�m chegou a cantar em dupla com Dino Franco de 1972 at� o in�cio da d�cada
de 80).
Palmeira continuou compondo e foi creditado a ele o lan�amento do cantor Francisco Petr�nio, a
quem entregou "Valsa da Saudade" (Palmeira e Zairo Marinoso), que logo faria suspirar os
cora��es brasileiros, al�m dos c�lebres sucessos "O Amor Mais Puro" (Palmeira) e tamb�m
"O Baile da Saudade" (Palmeira - Zairo Marinoso), a c�lebre valsa que nos leva a um
maravilhoso passado de belas dan�as em compasso tern�rio e excelentes bandas tocando no
coreto da pra�a!
Ali�s, merece destaque aqui uma curiosidade sobre "O Baile da Saudade": deixemos que o pr�prio
Francisco Petr�nio, em seu
Site Oficial
nos conte como aconteceu essa composi��o:
"...na volta do SHOW, em meu carro e com meu
amigo violonista Zairo Marinoso, sem querer comecei a cantarolar instintivamente o tema da
m�sica que viria a chamar-se "O Baile Da Saudade", e a letra e as rimas vinham se encaixando
rapidamente, e com a participa��o do Zairo montei uma grande parte da m�sica no caminho de
volta, mas houve ai um grande detalhe: quando cheguei em casa �s tr�s horas da madrugada,
antes de dormir eu gravei m�sica e letra, deixando-a registrada no gravador. Quando acordei
�s nove da manh�, n�o me lembrava de mais nada, apenas recordei-me da grava��o e ato continuo
telefonei para a Continental onde o Palmeira tinha assumido a dire��o art�stica, e pedi a ele
que terminasse a letra da musica, o que imediatamente foi feito. Rapidamente gravada, n�o deu
outra... foi um sucesso total. Embora tivesse sito co-autor da m�sica e letra "O Baile da
Saudade" fiz quest�o de n�o colocar o meu nome como autor no disco prestigiando meus dois
companheiros..."
Ver tamb�m logo adiante, no resumo biogr�fico de
Piraci,
o CD "Palmeira e Piraci - Caboclinho
Apaixonado" - RVCD-181, contendo todas as 21 grava��es deixadas em 78 RPM pela dupla Palmeira e
Piraci, lan�ado pela excelente gravadora
Revivendo!
Algumas composi��es de Palmeira:
Adeus Morena (Palmeira - Piraci)
Arroz � Carretera (Palmeira - M�rio Zan - Jos� Paniguel)
Bai�o da Serra Grande (Palmeira - Fred Williams)
Boiadeiro Triste (Palmeira - M�rio Zan)
Caboclinho Apaixonado (Serrinha- Palmeira - Piraci)
Carmen Miranda (Palmeira - Capit�o Bardu�no)
Carta Para O Expedicion�rio (Capit�o Furtado - Palmeira)
C�u de Goi�s (Palmeira - Bi�)
Congada De Ouro Fino (Palmeira)
Couro de Boi (Palmeira - Teddy Vieira)
Curimbat� (Palmeira - M�rio Zan)
Disco Voador (Palmeira)
�brio De Amor (Ramoncito Gomes - Palmeira)
Festa Na Ro�a (M�rio Zan - Palmeira)
Louva��o A S�o Gon�alo (Capit�o Furtado - Palmeira - Piraci)
N�is Na Oropa (Palmeira - Piraci)
O Amor Mais Puro (Palmeira)
O Baile da Saudade (Palmeira - Zairo Marinoso)
O Burro Can�rio (Palmeira)
O Milagre De Tamba� (Teddy Vieira - Palmeira)
O Mundo Daqui A Cem Anos (Capit�o Furtado - Palmeira - Piraci)
O Nariz Da Mulher (Capit�o Furtado - Palmeira)
O Segredo Est� No Molho (Arlindo Pinto - Palmeira)
Os Homens N�o Devem Chorar (Nova Flor) (M�rio Zan - Palmeira)
Paraguaya Pepita De Oro (Capit�o Furtado - Palmeira)
Paran� do Norte (Palmeira)
Recorda��es (M�rio Zan - Palmeira)
Resposta do Couro de Boi (Palmeira - Bi�)
Salada Internacional (Capit�o Furtado - Palmeira - Piraci)
S�o Judas Tadeu (Palmeira - Luizinho)
Sina Do Beija-Flor (Capit�o Furtado - Palmeira - Piraci)
Vai De Roda (Teddy Vieira - M�rio Zan - Palmeira)
Valsa Da Saudade (Palmeira e Zairo Marinoso)
Voc� J� Viu O Cruzeiro? (Capit�o Furtado - Palmeira - Piraci)
Volta Comigo Morena (Palmeira - Piraci)
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Patativa do Assar�:
"N�o tenho tend�ncia pol�tica; sou apenas revoltado contra as injusti�as que venho notando
desde que tomei algum conhecimento das coisas provenientes talvez da pol�tica falsa, que
continua fora do programa da verdadeira democracia."
Patativa do Assar�, em sua
Auto-Biografia,
presente no site do
Clube dos Cordelistas da Internet - CORDELON - Literatura de Cordel.
Ant�nio Gon�alves da Silva nasceu no dia 05/03/1909 no s�tio Serra de Santana, a 3 l�guas da
cidade de Assar�-CE e faleceu no dia 08/07/2002 tamb�m em Assar�-CE. Foi o segundo
filho de Pedro Gon�alves da Silva e Maria Pereira da Silva, pequenos propriet�rios rurais.
Em 1913, com 4 anos de idade, Ant�nio ficou cego do olho direito, no per�odo da denti��o,
devido a uma doen�a conhecida como "dor-d'olhos". E quando contava 8 anos, em 28/03/1917,
faleceu o Sr. Pedro e a pequena propriedade da fam�lia acabou sendo dividida entre os 5 filhos
que ficaram (quatro homens e uma mulher). Conseq�entemente o menino teve que trabalhar bastante,
ao lado do irm�o mais velho, para poder sustentar os mais novos, na extrema pobreza em que a
fam�lia ficou.
Aos 12 anos de idade foi que Ant�nio passou a freq�entar uma escola, atrasad�ssima por sinal, e
na qual passou apenas 4 meses, sem interromper o trabalho na agricultura. Mesmo assim, ele j�
saiu da escola lendo o segundo livro de Felisberto de Carvalho, livro pelo qual ele foi
alfabetizado e, desde ent�o, nunca mais sentou nos "bancos escolares", mas passou a lidar
com as Letras, sempre que encontrava algum tempo.
Desde cedo, Ant�nio j� tinha a paix�o pela Poesia: algu�m lia os versos e ele
"tinha que
demorar para ouvi-los"... E, entre 13 e 14 anos de idade, come�ou a fazer versinhos
que falavam sobre as Brincadeiras das Noites de S�o Jo�o, a Queima de Judas, o plantio nas
ro�as e tamb�m o "ataque aos pregui�osos" (que deixavam o mato estragar os plantios das
ro�as).
E, aos 16 anos de idade, Ant�nio conseguiu uma Viola (a qual havia sido trocada por uma ovelha)
e come�ou a cantar de improviso, de acordo com tradi��o dos Cantadores Nordestinos. No entanto,
nunca quis fazer profiss�o, apesar de sempre cantar e recitar quando algu�m o convidava.
Em 1928 Ant�nio viajou para Bel�m-PA, com Jos� Alexandre Montoril que era primo de sua
m�e e morava na Capital Paraense. Foi numa visita ao Assar�-CE, para matar saudades de seu
"torr�o natal", que Jos� Alexandre havia ouvido falar dos versos do jovem repentista e
pediu � Dona Maria que o deixasse ir com ele para Bel�m-PA, prometendo o custeio das despesas.
Apesar de bastante chorosa, Dona Maria confiou o filho ao seu primo que tratou Ant�nio como
se fosse um filho.
Ant�nio passou 5 meses em Bel�m do Par�. Seu primo Jos� Alexandre apresentou-o ao
tabeli�o Jos� Carvalho de Brito, que era nascido no Crato-CE, e que estava trabalhando na
publica��o de seu livro "O Matuto Cearense e o Caboclo do Par�" (que, por sinal, possui um
cap�tulo referente ao Patativa do Assar� e o motivo da sua viagem ao Par�). E foi nesse
per�odo em Bel�m-PA que Ant�nio ganhou de Jos� Carvalho o apelido de "Patativa", dada a
pureza de sua poesia comparada com o canto da ave nordestina.
No Estado do Par�, Patativa apresentou-se nas "col�nias" (n�cleos de nordestinos que migraram
para aquele Estado Brasileiro) e fez tamb�m o percurso pela ferrovia de Bel�m-PA a Bragan�a-PA. Segundo o pr�prio
Patativa do Assar� em sua
Auto-Biografia,
"...passei naquele estado apenas 5 meses, durante os quais n�o fiz outra
coisa, sen�o cantar ao som da Viola com os cantadores que l� encontrei. De volta do Cear�,
Jos� Carvalho deu-me uma carta de recomenda��o, para ser entregue � Dra. Henriqueta Galeno,
que recebendo a carta, acolheu-me com muita aten��o em seu Sal�o, onde cantei os motes que me
deram".
De volta ao Assar�-CE, seu "torr�o natal", visitou a Casa de Henriqueta e Juvenal Galeno, onde
Patativa se apresentou numa noite festiva, tendo conhecido o poeta das "Lendas e Can��es
Populares". E, na Serra de Santana, por outro lado, continuou na mesma vida de pobre
agricultor. O pr�prio Patativa do Assar� nos diz em sua
Auto-Biografia:
"...desde que comecei a trabalhar na agricultura, at� hoje, nunca passei um ano sem botar a
minha ro�azinha; s� n�o plantei ro�a, no ano em que fui ao Par�".
Em 06/01/1936, com 27 anos incompletos, Patativa do Assar� se casou com Belarmina Paes Cidr�o,
a dona Belinha, que lhe deu 14 filhos, 7 dos quais vieram a falecer.
Em 1940 Patativa passou a se apresentar com Violeiros em s�tios e festas no Sert�o do Cariri.
Conheceu em 1955 Jos� Arraes de Alencar, que transcreveu seus poemas, por meio de Moacir Mota,
filho de Leonardo Mota. E em 1956, foi publicado pela primeira vez o livro "Inspira��o
Nordestina", por Borsi Editor, do Rio de Janeiro.

Apesar de ser semiletrado, Patativa do Assar� � conhecido e respeitado como sendo um dos
maiores repentistas e poetas nordestinos sem no entanto enveredar pela vida itinerante de
cantador, mas sim, permanecendo na agricultura. Dedicou-se principalmente ao
canto das coisas de sua terra e sua gente.
Sua primeira composi��o gravada foi "A Triste Partida", em 1964, na bel�ssima voz de Luiz
Gonzaga, o inesquec�vel Rei do Bai�o! Nessa bel�ssima composi��o musical, � narrada
a triste saga do Nordestino que, sem nenhuma esperan�a com a seca que castiga o Sert�o e a
chuva que nunca chega, se v� obrigado a vender barato o pouquinho que possui, botar a fam�lia
num caminh�o, rumo a S�o Paulo, onde tamb�m vive como escravo, sofrendo desprezo, devendo ao
patr�o... � muito dif�cil ouvir atentamente os quase 9 minutos desse verdadeiro poema cantado,
na voz do Gonzag�o, sem que nos venham as l�grimas nos olhos!
Eis a letra do bel�ssimo poema que � "A Triste Partida" (Patativa do Assar�):
Setembro passou, com Oitubro e Novembro
J� tamo em Dezembro,
Meu Deus, que � de n�is?
Assim fala o pobre do seco Nordeste,
Com medo da peste,
Da fome feroz.
A treze do m�s ele fez a experien�a,
Perdeu sua cren�a
Nas pedra de s�.
Mas n�ta experan�a com gosto se agarra,
Pensando na barra
Do alegre Nat�.
Rompeu-se o Nat�, por�m barra n�o veio,
O s�, bem vermeio,
Nasceu munto al�m.
Na copa da mata, buzina a cigarra,
Ningu�m v� a barra,
Pois barra n�o tem.
Sem chuva na terra descamba Jan�ro,
Depois, Fever�ro,
E o m�rmo ver�o
Entonce o Nortista, pensando consigo,
Diz: - isso � castigo,
N�o chove mais n�o!
Apela pra Mar�o, que � o m�s preferido
Do Santo querido,
Sinh� S�o Jos�.
Mas nada de chuva! T� tudo sem jeito,
Lhe foge do peito
O resto da f�.
Agora pensando ele s�gui �tra tria,
Chamando a fam�a
Come�a a diz�:
- Eu vendo mau burro, meu jegue e o cavalo,
N�s vamo a S�o Palo
Viv� ou morr�.
- N�s vamo a S�o Palo, que a coisa t� feia;
Por terras aleia
N�s vamo vag�.
Se o nosso destino n�o f� t�o mesquinho,
C� pro m�rmo cantinho
N�s torna a vort�.
E vende o seu burro, o jumento e o cavalo,
Int� m�rmo o galo
Vend�ro tamb�m,
Pois logo aparece feliz fazend�ro,
Por p�co dinh�ro
Lhe compra o que tem.
Em um cami�o ele joga a fam�a;
Chegou o triste dia,
J� vai viaj�.
A seca terrive, que tudo devora,
Lhe bota pr� fora
Da terra nat�.
O carro j� corre no topo da serra.
Oiando pr� terra,
Seu ber�o, seu l�,
Aquele nortista, partido de pena,
De longe acena:
- Adeus, Meu lug�!
No dia seguinte, j� tudo enfadado,
E o carro embalado,
Veloz a corr�,
T�o triste, o coitado, falando saudoso,
Com seu fio choroso
Escrama, a diz�:
- De pena e sodade, papai, sei que morro!
Meu pobre cachorro,
Quem d� de com�?
J� �tro pergunta: - M�ezinha, e meu gato?
Com fome, sem trato,
Mimi vai morr�!
E a linda pequena, tremendo de medo:
- Mam�e, meus brinquedo!
Meu p� ful�!
Meu p� de ros�ra, coitado, ele seca!
E a minha boneca
Tamb�m l� ficou.
E assim v�o dexando, com choro e gemido,
Do ber�o querido
O c�u lindo e azul.
Os pai, pesaroso, nos fio pensando,
E o carro rodando
Na estrada do Sul.
Chegaro em S�o Palo sem cobre, quebrado.
O pobre, acanhado,
Percura um patr�o.
S� v� cara estranha, de estranha gente,
Tudo � diferante
Do caro torr�o.
Trabaia dois ano, tr�s ano e mais ano,
E sempre nos prano
De um dia vort�.
Mas nunca ele pode, s� vive devendo,
E assim vai sofrendo
� sofr� sem par�.
Se arguma not�cia das banda do Norte
Tem ele por sorte
O gosto de ouvi,
Lhe bate no peito sodade de m�io,
E as �gua dos �io
Come�a a ca�.
Do mundo afastado, ali veve preso,
Sofrendo desprezo,
Devendo ao patr�o.
O tempo rolando, vai dia vem dia,
E aquela fam�a
Num vorta mais n�o!
Distante da terra t�o seca mas boa,
Exposto � gar�a,
� lama e ao pa�,
Faz pena o Nortista, t�o forte, t�o bravo,
Viv� como escravo
No Norte e no Su.
Clique aqui
e ou�a Luiz Gonzaga interpretando "A Triste Partida" (Patativa do Assar�), numa grava��o oriunda do LP "A Triste Partida", lan�ado pela RCA em 1964.
Arquivo Musical pertencente ao excelente site
Luiz Lua Gonzaga,
o qual convido o Apreciador a visitar!
Outra bel�ssima composi��o de Patativa que alcan�ou bastante sucesso foi "Vaca Estrela e Boi
Fub�", gravada por Fagner em 1980, tendo sido gravada tamb�m por excelentes int�rpretes tais
como
Rolando Boldrin,
S�rgio Reis
e
Pena Branca e Xavantinho.
Apesar de t�o pouco tempo nos "bancos escolares", Patativa do Assar� foi Doutor Honoris Causa
em tr�s Universidades: a Universidade Regional de Cariri, a Universidade Federal do
Cear� (UFCE) e a Universidade Tiradentes de Sergipe. Mesmo sem estudo, discutia com maestria
a arte de versejar. Patativa tamb�m lan�ou quatro livros de poesias: "Inspira��o Nordestina"
(1956), "Patativa do Assar�" (1970), "Canto da Patativa" (1976) e "Cante L� Que Eu Canto C�"
(1978).
A poesia intuitiva e de alto teor social que Patativa do Assar� escreveu passou a ser
estudada a partir da d�cada de 1970 pela cadeira de Literatura Popular Universal, na
Universidade da Sorbonne na Fran�a.
Em 1979, com a produ��o do cantor cearense Raimundo Fagner, a gravadora Epic (hoje Sony Music)
lan�ou o LP "Patativa do Assar�", no qual o poeta declama versos de sua autoria, dentre
os quais: "A Triste Partida", "O Retrato do Sert�o", "Lamento de um Nordestino" e "Casinha de
Palha", entre outros.
E, em 1981, tamb�m com a produ��o de Fagner, Patativa lan�ou pela CBS (hoje Sony Music) o
segundo LP, tamb�m com declama��o de poemas de sua autoria, dentre os quais "A Terra �
Natur�".

Em 1995, em Fortaleza-CE, por ocasi�o do recebimento da medalha Jos� de Alencar, que o
homenageou pelos seus 85 anos de vida, foi lan�ado o LP "Patativa do Assar�: 85 anos de poesia".
Consta que em 2002 foram relan�ados em CD os dois LPs gravados em 1979 e 1981 numa parceria da
Funda��o Dem�crito Rocha e da Funda��o Raimundo Fagner.
Entre diversas dificuldades em sua trajet�ria,
Patativa do Assar� sofreu tamb�m um atropelamento na avenida Duque de Caxias em Fortaleza-CE no
dia 13/08/1973, acidente esse que lhe deixou seq�elas e ele passou a usar uma perna mec�nica. E,
no dia 15/05/1994, perdeu sua esposa, a Dona Belinha que veio a falecer nesse dia, ap�s 58 anos
de casamento.
Patativa do Assar� tamb�m atuou politicamente, tendo sido perseguido durante o regime militar.
E, no ano de 1984, participou da campanha pelas "Diretas J�", tendo subido no palanque em
Fortaleza para declamar seus poemas ao lado de diversos pol�ticos brasileiros. E em 1986
apoiou a candidatura de Tasso Jereissati ao governo do Estado do Cear�.

Mas Patativa do Assar� sempre se manteve ativo em seus 93 anos de vida, tendo participado de
diversos eventos, tais como o "Semin�rio 80 Anos de Patativa do Assar�" (1989), al�m de
"Patativa do Assar� - 80 Anos de Vida e Poesia" (30/11/1989 no BNB Clube em Fortaleza-CE).
Apresentou-se juntamente com
T�o Azevedo,
no teatro das Na��es em S�o Paulo-SP e, juntamente com Fagner no Memorial da Am�rica Latina,
tamb�m na Capital Paulista, no mesmo ano de 1989.
Patativa participou tamb�m do evento "Fortaleza das Violas" no BNB Clube nos dias 26 e 27/01/1990
como convidado especial juntamente com Otac�lio Batista e Geraldo Am�ncio. E, em 1993,
teve participa��o na novela "Renascer" na Rede Globo e, no mesmo ano, foi tamb�m entrevistado
pelo J� Soares, no "J� Onze e Meia" que na �poca ia ao ar pelo SBT. Lan�ou tamb�m em 20/11/1993
a "Caixa Cord�is do Patativa" (editada pela SECULT, com apoio da Prefeitura Municipal de
Juazeiro do Norte, na Casa de Juvenal Galeno, em Fortaleza-CE).
E em 1999 por ocasi�o da comemora��o de seus 90 anos, foi inaugurado o Memorial Patativa do
Assar�, em sua cidade natal, no Estado do Cear�.
E, em 1993, Patativa do Assar� foi internado tr�s vezes com problemas pulmonares e tamb�m na
ves�cula. E esse Poeta e Repentista que soube colher como poucos a poesia da terra seca e do
povo humilde do Sert�o do Cear�, deu seu �ltimo suspiro no dia 08/07/2002, em Assar�, sua
cidade-natal, ap�s fal�ncia m�ltipla dos �rg�os ap�s tanto sofrimento com pneumonia
dupla, infec��o na ves�cula e problemas renais. Seu corpo repousa no Cemit�rio S�o Jo�o
Batista, em Assar�-CE.
Clique aqui
e veja uma Cronologia da Vida de Patativa do Assar� que faz parte do
Jornal de Poesia
a cargo de Soares Feitosa.
Clique aqui
e veja um artigo intitulado "Patativa do Assar�, o P�ssaro Repentista e Seus 90 Ver�es de
Gorjeio Po�tico" no site
M�sica Nordestina
que � um Projeto Experimental em Comunica��o pelos alunos Cl�udio Carvalho Moreira e Zez�o
Castro da Universidade Federal da Bahia - UFBA.
Clique aqui
e ou�a "Patativa do Assar�" (Emmanuel Sampaio - Gilton Della Cella), interpretada pelo Pedrinho Sampaio, que � uma bel�ssima homenagem a esse Grande Poeta
que foi o Patativa do Assar�.
Ou ent�o, se preferir,
Clique aqui
e fa�a o download do
Arquivo PPS (Slides) - Justa Homenagem
com a mesma Melodia, al�m de fotos e informa��es sobre essa bel�ssima Composi��o!
Esse Arquivo Musical, bem como o Arquivo PPS, foi gentilmente fornecido pelo Compositor
Emmanuel de Castro Sampaio,
residente em Salvador-BA.
Algumas composi��es de Patativa do Assar�:
Adeus (Patativa do Assar�)
A Estrada Da Minha Vida (Patativa do Assar� - T�o Azevedo)
A Triste Partida (Patativa do Assar�)
Barriga Branca (Patativa do Assar� - T�o Azevedo)
Cada Um No Seu Lugar (Patativa do Assar� - T�o Azevedo)
Cante L� Que Eu Canto C� (Patativa do Assar�)
Casinha De Palha (Patativa do Assar�)
Dor Gravada (Patativa do Assar�)
Lamento De Um Nordestino (Patativa do Assar� - T�o Azevedo)
M�e Preta (Patativa do Assar� - T�o Azevedo)
Maria Gulora (Patativa do Assar� - T�o Azevedo)
Menino De Rua (Patativa do Assar� - T�o Azevedo)
O Inferno, O Purgat�rio E O Para�so (Patativa do Assar�)
�ios Redondo (Patativa do Assar� - T�o Azevedo)
O Poeta Da Ro�a (Patativa do Assar� - T�o Azevedo)
O R�dio ABC (Patativa do Assar�)
O Retrato Do Sert�o (Patativa do Assar�)
Po�tica (Patativa do Assar�)
Rosa e Rosinha (Patativa do Assar� - T�o Azevedo)
Saudade (Patativa do Assar� - T�o Azevedo)
Senhor Doutor (Patativa do Assar�)
Um Cearense Desterrado (Patativa do Assar� - T�o Azevedo)
Vaca Estrela E Boi Fub� (Patativa do Assar�)
Viva O Povo Brasileiro (Patativa do Assar� - T�o Azevedo)
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Piraci:

Miguel Lopes Rodrigues, filho de Francisco Lopes Rodrigues e Encarnaci�n Puga Rodrigues, nasceu
em Piracicaba no Bairro dos Marins em 1917 e faleceu em Caieiras-SP, em 1974. Iniciou seu
trabalho art�stico em 1937, em dupla com o irm�o Santiago Lopes (os �Irm�os Piracicabanos�).
E, num per�odo de 4 anos, Os �Irm�os Piracicabanos� se apresentaram em shows, que inclu�am
�causos�, bom humor e um pouco de M�sica Caipira.
Em 1941, Miguel passou a cantar em dupla com
Diogo Mullero, o
Palmeira,
surgindo ent�o na R�dio
Difusora de S�o Paulo, a dupla caipira que veio a ser uma das mais importantes (se n�o a mais
importante) da d�cada seguinte:
Palmeira e Piracicabano.
Influenciado por
Antenor Serra
(o
Serrinha)
e tamb�m por
Ariowaldo Pires
(o
Capit�o Furtado),
�Palmeira e Piracicabano� se mudaram para o Rio de Janeiro onde gravaram o primeiro disco,
na RCA Victor e que alcan�ou grande repercuss�o em todo o Brasil. O disco continha as m�sicas
�Mulheres C�lebres� (Capit�o Furtado - Bandeirante) e �Carro de Boi�
(Capit�o Furtado - Orlando Puzone), que s�o respectivamente a 2�. e a 3�. faixa do CD "Palmeira
e Piraci - Caboclinho Apaixonado" - RVCD-181, da Revivendo, mencionado logo abaixo.

E, conforme j� foi dito logo acima no resumo biogr�fico de
Palmeira,
Miguel Lopes Rodrigues, na Cidade
Maravilhosa, aceitando sugest�o do padrinho e amigo Z� da Zilda, mudou seu nome art�stico
(Piracicabano) para "Piraci" e a dupla adotou o nome definitivo �Palmeira e Piraci� (foto da
dupla � direita).
Em 1944, a dupla retornou � Paulic�ia Desvairada. Na Capital Paulista, �Palmeira e Piraci�
participaram dos programas �Longe da Cidade� e �Arraial da Curva Torta�, este �ltimo produzido
e apresentado pelo renomad�ssimo
Capit�o Furtado.
A dupla na �poca passou a gravar na Continental.
Em 1945, desfez-se a dupla �Palmeira e Piraci�. Ambos ent�o sa�ram � procura de parceiros e
formaram novas duplas: �Palmeira e Luizinho� e �Piraci e Jorginho�, estes �ltimos que logo
ficaram conhecidos como �Os Garimpeiros da M�sica Sertaneja�.
Outra dupla formada foi tamb�m �Piraci e Guarani�, a qual se desfez em 1952. Nesse mesmo ano,
outra parceria: �Piraci e Cuiab� que existiu como dupla at� 1957. Embora tendo sido parcerias
de curta dura��o, Piraci participou de 4 duplas de sucesso em 17 anos.
Em 1950, de seu casamento com Natalina Gornik (falecida em 1992), nasceu sua �nica filha, em
1951, Veranice Gornik Rodrigues, que foi presenteada com a valsa �Veranice� (gravada por
Carlinhos Mafazzoli).

Desfeita a dupla com Cuiab�, Piraci passou a se dedicar mais ao Humorismo, viajando em companhia de
M�rio Zan.
O excelente acordeonista e c�lebre compositor ("Chalana" e "Nova Flor - Os Homens N�o Devem Chorar", entre outras) ainda era desconhecido na �poca. Piraci assumiu tamb�m muitas outras atividades,
incluindo a que mais gostava: viajar por todo o Brasil divulgando a M�sica Caipira e
o Riqu�ssimo Folclore Brasileiro. Nas �Rodas de Cururu� das quais participava, estava
sempre ao lado de Jo�o Chiarini, estudioso de Folclore.
No Setor Sertanejo da gravadora Chantecler, Piraci foi respons�vel direto pelo lan�amento de
discos de �Cururueiros� tais como Parafuso, Pedro Chiquito, Nh� Serra e
Moreno
entre outros. Tamb�m foi Piraci quem lan�ou duplas famosas como o
Duo Glacial
e o �Duo Brasil Moreno�, e Piraci tamb�m teve participa��o na Chantecler no lan�amento da Dupla
Cora��o do Brasil
Tonico e Tinoco.
Suas composi��es ultrapassando a casa das trezentas, continuam sendo cantadas, pelos mais
renomados int�rpretes, como por exemplo,
Irm�s Galv�o,
S�rgio Reis e
Zico e Zeca.

Foi em 1970, em seu apartamento na Avenida S�o Jo�o, que Piraci comp�s juntamente com Lourival
dos Santos o c�lebre �Rio de L�grimas�, que homenageia o famos�ssimo Rio de Piracicaba que
banha a sua Terra Natal. Al�m de
Ti�o Carreiro e Pardinho,
centenas de diferentes int�rpretes
gravaram a c�lebre composi��o, entre os quais,
Tonico e Tinoco,
S�rgio Reis,
Renato Teixeira e
Almir Sater.
Foi realmente uma das m�sicas do Nosso Cancioneiro que atingiu um dos mais altos
�ndices de regrava��es. Lembrar que dos tr�s compositores de �Rio de L�grimas� (Piraci �
Lourival dos Santos � Ti�o Carreiro), Piraci foi o �nico que realmente nasceu em
Piracicaba.
Na foto abaixo, uma vista do Rio Piracicaba, com Arco-�ris, ap�s uma r�pida "chuva de ver�o",
na tarde de 10/03/2007:
Na foto abaixo, Ricardinho no "Mirante" do Rio Piracicaba na tarde de 10/03/2007:
E, na foto abaixo, Netinha e Ricardinho na margem do Rio Piracicaba no dia 11/03/2007:
Em 1975, ano seguinte � sua morte, Piraci foi homenageado em Piracicaba, onde seu nome, Miguel
Lopes Rodrigues, foi perpetuado com o nome de uma das ruas da cidade.
N�o deixe de ver tamb�m uma excelente biografia de Piraci no site
http://www.piraci.art.br
a ele dedicado, que possui tamb�m alguns links com pequenos trechos de composi��es c�lebres de
sua autoria, incluindo a valsa �Veranice�, composta em homenagem � sua �nica filha.

Para nossa felicidade, todas as 21 grava��es deixadas em 78 RPM pela dupla Palmeira e Piraci
est�o remasterizadas no CD "Palmeira e Piraci - Caboclinho Apaixonado" - RVCD-181 lan�ado
pela excelente gravadora
Revivendo
com um excelente trabalho de Le�n Barg em termos do resgate das preciosas grava��es
hist�ricas, que v�o de 1942 a 1945, muitas das quais dispon�veis apenas em 78 RPM at� ent�o!
A 21�. faixa � a hist�rica grava��o de "Salada Internacional" (Capit�o Furtado - Palmeira -
Piraci) que ocupava o Lado B do disco 78 RPM N�. 15.385-B, da Continental (Matriz 10-249),
gravada em Abril de 1944 e lan�ada em Julho de 1945. Conforme j� foi mencionado, no Lado A
desse "bolach�o", foi gravada a m�sica "Em Vez De Me Agradec�" (Capit�o Furtado - Jaime
Martins - Aimor�) que foi a estr�ia em disco da c�lebre dupla
Tonico e Tinoco,
grava��o essa que tamb�m foi lan�ada pela
Revivendo
no CD "Tonico e Tinoco - Nossas Primeirias Grava��es" - RVCD-220.
Al�m das grava��es
hist�ricas resgatadas, os CD's da Revivendo tamb�m presenteiam o Apreciador com excelentes
encartes contendo dados biogr�ficos do artista, al�m das letras das m�sicas, explica��es sobre
as mesmas e os dados originais constantes no selo do "bolach�o" 78 RPM!
Parab�ns, mais uma vez, Le�n Barg!!!
Algumas composi��es de Piraci:
Abre a Janela (Capit�o Bardu�no - Piraci)
A Carta Do Expedicion�rio (Capit�o Furtado - Piraci)
Adeus Morena (Palmeira - Piraci)
Adeus, Morena, Adeus (Luiz Alex - Piraci)
Ai Meu Bem (Geraldo Costa - Piraci)
As Tr�s Verdades (Lourival dos Santos - Piraci)
Boiadeiro de Fama (Piraci - Lourival dos Santos)
Caboclinho Apaixonado (Serrinha - Palmeira - Piraci)
Casando Fugido (Piraci - Ant�nio P. de Toledo)
Conselho De Amigo (Non� Bas�lio - Piraci)
Encontro Divino (Piraci - Ado Benatti)
Falou e Disse (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Piraci)
Goiano Valente (Piraci � Nenete)
Gostinho de Saudade (Piraci - Jo�o Pac�fico)
Lembrando Meu Bem (Piraci - Zico)
Louva��o A S�o Gon�alo (Capit�o Furtado - Palmeira - Piraci)
N�o Fico Mais Na Cidade (Jaime Martins - Piraci)
N�is Na Oropa (Palmeira - Piraci)
Nossa Senhora Da Guia (Dr. Alves Lima - Piraci)
O Mundo Daqui A Cem Anos (Capit�o Furtado - Palmeira - Piraci)
Rio de L�grimas (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro � Piraci)
Salada Internacional (Capit�o Furtado - Palmeira - Piraci)
Sina Do Beija-Flor (Capit�o Furtado - Palmeira - Piraci)
Triste Lembran�a (Piraci - Ado Benatti)
Vencendo Sempre (Piraci - Lourival dos Santos)
Veranice (Piraci)
Viola Cabocla (Piraci - Tonico)
Voc� J� Viu O Cruzeiro? (Capit�o Furtado - Palmeira - Piraci)
Voc� Sabe Onde Eu Moro (Piraci - Geraldo Costa)
Volta Comigo Morena (Palmeira - Piraci)
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Roberto Stanganelli:
"Confesso que ao ouvir algumas composi��es do jovem acordeonista e compositor Rob Stan,
senti que esse mo�o � mais um grande valor que surge no cen�rio da M�sica Popular Brasileira
".
(coment�rio do compositor e poeta Arlindo Pinto
impresso num volume de diversas partituras de Roberto Stanganelli)
"Venho acompanhando com interesse, de uns tempos a esta parte, a carreira ascencional do
jovem compositor Rob Stan. Sua sensibilidade art�stica vem lhe caracterizando um valor incomum,
merc� da originalidade dos seus temas musicais. Seu m�rito elevado e digno, bem justifica a
situa��o que gosa de componente da Uni�o dos Compositores. Seu slogan de 'O Ca�ula dos
Compositores'
, por ser esse o mais jovem Compositor Brasileiro, nos permite prognosticar
para ele, espectativas de um futuro promissor e venturoso. Auguro Rob Stan que as musas
continuem a te inspirar sublimes poemas musicais para �xtase do teu esp�rito, g�udio da tua
legi�o de 'fans'
e gl�ria para o patrim�nio art�stico de nossa terra
".
(coment�rio do compositor
Teddy Vieira
impresso num volume de diversas partituras de Roberto Stanganelli)
"A M�sica � uma subida que n�o cansa".
(Roberto Stanganelli)

Esse not�vel Acordeonista, Compositor, Escritor e Produtor Fonogr�fico nasceu em Guaran�sia-MG
no dia 24/02/1931. Filho de Maria Vit�ria Villan Stanganelli e Pedro Stanganelli, Roberto foi o
d�cimo-quarto dos quinze filhos do casal.
Roberto contava apenas 12 anos de idade e sua m�e, que era parteira, havia viajado para
S�o Paulo-SP para assistir o parto de seu neto, que era filho de um dos 15 filhos do casal
e que j� morava h� algum tempo na Capital Paulista.
Foi quando Roberto decidiu trocar sua Guaran�sia natal pela Paulic�ia Desvairada, movido por
sua paix�o musical. Estudou Acordeon no Conservat�rio Musical Brasileiro e come�ou tamb�m a
despertar sua "veia" de Compositor. E, no in�cio da carreira, era conhecido carinhosamente como
Rob Stan.
E foi entre 13 e 14 anos de idade que Roberto Stanganelli abra�ou a Doutrina Esp�rita, inspirado
pelo respeitad�ssimo M�dium Chico Xavier, por quem sempre teve profunda admira��o. Desde o
per�odo da adolesc�ncia, Roberto j� cultivava uma atitude sempre positiva e encarava a vida de
uma forma otimista. E esse modo de pensar Roberto escreveu em diversos livros de Mensagens
Otimistas e Pensamentos Positivos.
Como exemplos de livros edificantes escritos por Roberto Stanganelli, podemos citar "A B�blia Do
Otimismo" (Editora Tr�ade - ISBN - 146881), "Coragem Para viver" (Edi��es Culturama) e "De
Vencido A Vencedor" (Editora �cone), apenas para citar alguns.
"De Vencido A Vencedor" foi por sinal o seu primeiro livro publicado. Tendo de in�cio o nome
"E A Vida Continua", o livro teve seu nome modificado para o nome pelo qual o conhecemos
atualmente, por sugest�o de seu amigo, o compositor Diogo Mulero, o
Palmeira.
Como Compositor e Solista de Acordeon, Roberto Stanganelli estreou em disco na d�cada de 1950,
com "Cora��o de Crian�a" (Roberto Stanganelli) e "Princesa Isabel" (Roberto Stanganelli), um 78
RPM gravado pela
CID.
Al�m de suas primeiras interpreta��es, foram tamb�m suas primeiras composi��es gravadas.
"Cora��o de Crian�a" por sinal, ganhou algum tempo depois uma letra escrita pelo
Capit�o Furtado,
e a mesma passou a ser conhecida como "Sua Majestade A Crian�a" (Roberto Stanganelli - Capit�o
Furtado).

Roberto Stanganelli teve desde o in�cio suas composi��es gravadas por diversos int�rpretes, dentre
as quais, podemos destacar a bel�ssima valsa "Cidade de Santos" (Roberto Stanganelli - Dr.
Luciano Mazzei Nogueira) que foi gravada por Jos� B�ttio em 1954
(o famos�ssimo Z� B�ttio, tamb�m
conhecido pelo seu famoso programa, inicialmente na R�dio Record, e atualmente na R�dio Capital,
� tamb�m excelente Solista de Acordeon). A rancheira "Festa Ga�cha" (Roberto Stanganelli) e o
xote "Sempre Sorrindo" (Roberto Stanganelli) foram gravadas em 1958 pelo Sexteto Guarany na
gravadora Chantecler. E em 1960, Jos� B�ttio gravou seu bolero "Bis Para o Amor" (Roberto
Stanganelli).
Jos� B�ttio tamb�m gravou em 1961 pelo selo Sertanejo o maxixe "Tudo Certo" (Roberto
Stanganelli - Jos� B�ttio). Em 1963 a quadrilha "Festa de S�o Jo�o" (Roberto Stanganelli -
Sert�ozinho) foi gravada na gravadora Caboclo por Pedro Sertanejo (que mais tarde tamb�m
passou a ser produtor fonogr�fico). Isso apenas para citar alguns exemplos.
Roberto Stanganelli � tamb�m produtor fonogr�fico e diversos excelentes nomes da M�sica Caipira
Raiz foram lan�ados gra�as ao seu incentivo. Podemos citar, por exemplo, a primeira grava��o
das
Irm�s Galv�o,
que foi "Canta Com A Natureza" (Roberto Stanganelli) em 1955, grava��o na qual Roberto
Stanganelli participou solando o Acordeon e Z� Paio�a, narrando o bel�ssimo poema!

Tamb�m foi produ��o de Roberto Stanganelli as duas primeiras grava��es da jovem dupla formada
pelos "Irm�os Lima"
(filhos do Paranaense M�rio Ant�nio Lima que tamb�m j� havia cantado em
dupla com Jo�o Mineiro - "Jo�ozinho e Marinho" - o mesmo Jo�o Mineiro que formou depois a
dupla com Marciano). "Chit�ozinho e
Choror�" (Serrinha - Athos Campos) e "Moreninha Linda" (Tonico - Priminho - Maninho) foram
gravadas por Jos� Lima Sobrinho e Durval de Lima, que ainda possuiam vozes infantis e bem
afinadas e, na grava��o, podemos tamb�m ouvir no refr�o, um coro no qual participaram
Athos Campos
e o
Capit�o Furtado.
Jos� e Durval, inicialmente os "Irm�os Lima", receberam e aproveitaram a
sugest�o de adotar para a dupla um nome "mais caipira" e hoje eles s�o famos�ssimos como a dupla
Chit�ozinho e Xoror�. Acima e � esquerda, um verdadeiro
Documento Hist�rico
assinado por M�rio
Ant�nio Lima quando do recebimento da quantia de Cr$ 400,00 (Quatrocentos Cruzeiros) referentes
� grava��o do primeiro LP da jovem dupla.

Para nossa felicidade, as grava��es de "Canta Com A Natureza" (Roberto Stanganelli) na voz das
Irm�s Galv�o
e de "Chit�ozinho e Choror�" (Serrinha - Athos Campos) e "Moreninha Linda"
(Tonico - Priminho - Maninho) nas vozes da jovem dupla Chit�ozinho e Xoror� est�o presentes no
CD
"O Melhor Do Sert�o" - BR-1020
- Brasis - Distribu�do pela
Movieplay,
que tamb�m � mais um excelente trabalho produzido por Roberto Stanganelli!

Tamb�m tenho uma gratid�o especial por Roberto Stanganelli, pois � de sua autoria a linda valsa
"Saudades de Santos" (Roberto Stanganelli - Dr. Luciano Mazzei Nogueira) que ele comp�s em
homenagem � cidade de
Santos
que foi a cidade onde foi celebrado o casamento do compositor e � tamb�m a
cidade-natal de Ricardinho, o criador desse site. Roberto Stanganelli comp�s a bel�ssima melodia
para Acordeon em 1954 (a qual foi gravada por Jos� B�ttio, conforme j� mencionado) e o Dr.
Luciano Mazzei Nogueira comp�s a bel�ssima letra em 1960. Na foto acima e � direita, Roberto
Stanganelli e Ricardinho, numa conversa bastante agrad�vel em 30/03/2005, na Capital Paulista.

Roberto Stanganelli � autor de in�meras composi��es nos mais diversos ritmos tais como Valsas,
Choros, Polcas, Boleros, Sambas, Rasta-P�s, Toadas, etc. e, tamb�m comp�s diversas obras-primas
em parceria com renomados compositores do quilate de
Ariowaldo Pires,
Paulo Barreiros, Francisco Barreto, Belmiro,
Sulino,
Martins Neto, H�lio Cavanaghi,
Tonico
e Rodolfo Vila, apenas para citar alguns. S�o mais de 2000 composi��es, muitas das quais gravadas
por renomados int�rpretes tais como
Tonico e Tinoco,
Silveira e Silveirinha, Belmiro e Bueno, Ca�ula e Marinheiro,
Sulino e Marrueiro,
Irm�s Galv�o,
Cascatinha e Inhana,
Charanga e Char�, al�m do pr�prio Roberto Stanganelli, solando suas pr�prias composi��es no
Acordeon. E muitas de suas composi��es ainda permanecem in�ditas!! Na foto acima e � esquerda, Roberto
Stanganelli, Neusinha do Acordeon e Ricardinho, numa tarde descontra�da em 30/03/2005 na
Paulic�ia Desvairada!
"N�o escreveremos um livro sem antes aprendermos o Alfabeto: assim � na M�sica: n�o
chegaremos a compor ou executar grandes pe�as musicais sem antes passarmos pelos estudos
das semi-breves e dos cansativos exerc�cios".
(Roberto Stanganelli)
Na foto abaixo, Ricardinho e Roberto Stanganelli, noutro encontro descontra�do no dia 24/05/2007:
Na foto abaixo, minha Esposa (Netinha) e Roberto Stanganelli, no dia 24/05/2007:
Na foto abaixo, Roberto Stanganelli, no dia 24/05/2007, com um exemplar de seu Livro "De Vencido A Vencedor":
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Ricardinho, Oswaldo Galhardi (Esposo de Laura e Produtor da Dupla
Leyde e Laura)
e Roberto Stanganelli, numa tarde descontra�da no dia 26/11/2008:
Na foto abaixo, o Radialista Jos� Francisco ("In Memoriam") (que apresentou junto com Maikel Monteiro o Programa
Brasil Caboclo
nos 630 kHz da
R�dio Paran� Educativa (e-Paran�) - AM
de Curitiba-PR, no ar todos os Domingos Das 07:00 �s 09:00 da manh�),
e Roberto Stanganelli, no mesmo encontro descontra�do no dia 26/11/2008:
Roberto Stanganelli "desencarnou" quando contava seus 79 anos de idade, "provavelmente" no dia 24/09/2010, na Capital Paulista, onde residia h� v�rios anos.
"Data provavel", j� que seu corpo foi encontrado em seu apartamento, sentado no sof�, alguns dias depois...
De acordo com coment�rios de diversos amigos, Roberto Stanganelli parece ter partido para o "Andar de Cima", de uma forma serena, com a consci�ncia
tranq�ila, de bem com a Vida e, possivelmente, "sem sofrimento"...
Roberto trabalhava na preserva��o de seus diversos livros, digitalizando-os em CD-Rom, na �poca em que deixou esse mundo...
Roberto Stanganelli: Receba de Netinha e Ricardinho essa singela homenagem...
Algumas composi��es de Roberto Stanganelli:
Abismo (Roberto Stanganelli - Paraguass�)
Acordeon Manhoso (Roberto Stanganelli)
A Garota Do Biquini Vermelho (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
A Grande Luz (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto - Ari Guardi�o)
A Humanidade Est� Mudada (Roberto Stanganelli - Rodolfo Vila)
Alma Desesperada (Roberto Stanganelli)
Arrasta-P� Da Meia-Noite (Roberto Stanganelli)
At� O Sol Nascer (Roberto Stanganelli - Francisco Ribeiro)
At� O Sol Raiar (Roberto Stanganelli)
Bai�o Dos Escoteiros (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
Barba Azul (Roberto Stanganelli - Evandro)
Beija-Me Com Ternura (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
Bendita Hora (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
Bis Para O Amor (Roberto Stanganelli)
Brasil Gigante (Roberto Stanganelli - Belmiro)
Canta Com A Natureza (Roberto Stanganelli)
Chorando No C�u (Roberto Stanganelli)
Chuva De Rosas (Roberto Stanganelli)
Coisinha Boa (Roberto Stanganelli)
Como Eu Gosto De Voc� (Roberto Stanganelli - Sebasti�o Do Roj�o)
Conseq��ncia Da Bebida (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
Conversa de Papagaio (Roberto Stanganelli - Jos� B�ttio)
Cora��o Amoroso (Roberto Stanganelli)
Cora��o Que Chora (Roberto Stanganelli)
Cora��o Solit�rio (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
Coragem Para Viver (Roberto Stanganelli - francisco Barreto)
De Cora��o Para Cora��o (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
Deixa-Me Chorar (Roberto Stanganelli)
Deixe Que Leve (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
De Vencido A Vencedor (Roberto Stanganelli - Ari Guardi�o - Tonico)
Dona Chiquinha (Roberto Stanganelli)
Duvido (Roberto Stanganelli - Roberto Nunes)
Encha O Cora��o De F� (Roberto Stanganelli - Ari Guardi�o)
Esque�a Cora��o (Roberto Stanganelli - Roberto Nunes)
Estrela Por Uma Noite (Roberto Stanganelli)
Feliz Semeador (Roberto Stanganelli)
Festa De S�o Jo�o (Roberto Stanganelli - Sert�ozinho)
Festa Ga�cha (Roberto Stanganelli)
Fingido (Roberto Stanganelli)
Gata Borralheira (Roberto Stanganelli)
Hoje � Meu Anivers�rio (Roberto Stanganelli - Tonico)
Humilha��o (Roberto Stanganelli)
L�grimas De Quem Ama (Roberto Stanganelli)
Mensagem De Amor (Roberto Stanganelli - Luizito Peixoto)
Meu Passado (Roberto Stanganelli - Rodolfo Vila)
Minha �ltima Noite (Roberto Stanganelli - Waldick Soriano)
Mo�a Bonita (Roberto Stanganelli - Santana)
Mulata Danada (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
N�o Deixa Cair (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
N�o Me Julgue Mal (Roberto Stanganelli)
N�o Quero Mais Sofrer (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
Nossa Senhora De Maio (Roberto Stanganelli - H�lio Cavenaghi)
O Canto Triste Da Ema (Roberto Stanganelli - Valdeci)
Olhar De Boneca (Roberto Stanganelli)
O Seresteiro (Roberto Stanganelli - Maria Vit�ria)
P� Na Estrada (Roberto Stanganelli)
Por Que Sofrer? (Roberto Stanganelli)
Primeiro A Esposa (Roberto Stanganelli - Roberto Nunes)
Rosa Das Rosas (Roberto Stanganelli - Maria Vit�ria)
Samba Amoroso (Roberto Stanganelli)
Samba Do Lavrador (Roberto Stanganelli - Ipal�cia)
Sanfoneiro Feliz (Roberto Stanganelli)
Saudade De Porto Alegre (Roberto Stanganelli - Paraguass�)
Saudades De Santos (Roberto Stanganelli - Dr. Luciano Mazzei Nogueira)
Seja Feliz (Roberto Stanganelli - Roberto Nunes)
Sepultura Larga (Roberto Stanganelli - Sulino)
Sempre Sorrindo (Roberto Stanganelli)
Sua Majestade A Crian�a (Roberto Stanganelli - Capit�o Furtado)
Sublimidade (Roberto Stanganelli)
Tenho Fome E Tenho Sede (Roberto Stanganelli - Sulino)
Testamento De Um Pobre Velho (Roberto Stanganelli - Martins Neto)
Tire O Olho Gordo (Roberto Stanganelli - Italucia)
Todinha Pr� Mim (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
Trenzinho Do Amor (Roberto Stanganelli - Maria Vit�ria)
Tudo Certo (Roberto Stanganelli - Jos� B�ttio)
Um Dia Sentir�s Saudades (Roberto Stanganelli)
Valsa De Carroussel (Roberto Stanganelli)
Vamos Em Frente (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
Vatap� De Iai� (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto - Ari Guardi�o)
Velho Amor (Roberto Stanganelli - H�lio Cavenaghi)
Velho Sozinho (Roberto Stanganelli - H�lio Cavenaghi)
Vestido De Chita (Roberto Stanganelli)
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Roque Jos� de Almeida:

Tentei, durante mais de 12 anos, atrav�s de pesquisas diversas em livros, jornais, revistas e tamb�m recortes dos mesmos, al�m, claro, da pr�pria Internet, mas, "confesso" que fiquei frustrado durante esses anos todos por n�o ter conseguido praticamente nenhuma informa��o sobre esse inesquec�vel Compositor que foi o Roque Jos� de Almeida, e que tamb�m se destacou como Radialista e que teve tamb�m fundamental import�ncia para o Cururu em Sorocaba-SP!!!
Dentre as pouqu�ssimas informa��es que encontrei, o excelente Compositor � citado no
Dicion�rio Cravo Albin da M�sica Popular Brasileira,
elaborado pelo Ricardo Cravo Albin,
e tamb�m no
Recanto Caipira,
elaborado pela "Cumadre" Sandra Cristina Peripato, e onde aparece tamb�m uma das rar�ssimas fotos de Roque Jos� de Almeida!!!
L�gico que o que � citado nos dois sites acima pussui fundamental import�ncia. E, ap�s todos esses anos, eis que, pela primeira vez, estou citando a Rede Social
Facebook
como sendo uma das fontes de informa��o para um "resumo biogr�fico" a ser inclu�do nesse site, j� que, gra�as �
Postagem do "Cumpadre" Tadeu Amaral,
foi que pude conhecer algumas informa��es adicionais importantes sobre esse important�ssimo Compositor, que tamb�m se destacou como Folclorista, Produtor e Radialista!!!
E � com grande satisfa��o que eu passo a palavra para o "Cumpadre"
Tadeu Amaral
que, gentilmente, nos forneceu a foto acima � direita e tamb�m nos informou um pouquinho mais sobre esse Grande Compositor que n�o pode ser esquecido de forma alguma:
"
'Desde j� eu pe�o perd�o, se acaso eu falar errado.'
Esta era uma das frases ditas pelo Compositor, Folclorista, Produtor e Radialista Roque Jos� de Almeida, sempre que dirigia a palavra a algu�m que por ventura teria mais estudo que ele.
Isso me parece 'humilde at� demais' para algu�m que criou o Centro de Tradi��o Paulista de Sorocaba-SP!!!
Roque Jos� nasceu em Sorocaba-SP, no ano de 1920. Casou-se com Benedita Moreira de Almeida e teve tr�s filhos.
Teve v�r�as Composi��es gravadas por Cantores do G�nero.
Foi um exemplo de pai, honesto, soci�vel, dono de um bom cora��o, modesto, e que sempre dedicou sua Voca��o de Compor M�sicas Sertanejas, sempre falando da terra, dos costumes e bons exemplos, com uma linguagem simples, tendo em vista as rimas escritas em oitavas.
Teve suas primeiras Composi��es gravadas em 1952 pelos Violeiros 'Camargo e Manduzinho': o Cateret� 'Carro de Boi' e o Cururu 'As Cores da Bandeira':
"Meus senhores tomem nota
nestas palavras ligeiras
na batida da Viola
e no repique da tueira
vou contar o que representa
ai, ai, as cores da nossa Bandeira..."
Depois desta vieram outros sucessos, como: 'Assombra��o', 'A Menina do Bolo', 'Casinha de A�o', 'Castigo do Fazendeiro', 'Foli�o Conquistador' e 'Vinte Anos Depois', entre outros...
Encerrou suas Atividades Art�sticas em Janeiro e faleceu em 9 de Abril de 1984. Sua Obra Completa ainda aguarda edi��o.
Ainda, num dos poemas mais lindos da Hist�ria do Brasil, escreveu um Cururu 'Espada da Independ�ncia':
Primeiro eu pe�o licen�a
Para ser apresentado
Sou Roque Jos� de Almeida
Nome que eu fui batizado
Eu nasci em Sorocaba
E l� mesmo fui criado
Sou Brasileiro por Na��o
E sou Paulista por Estado
(***)
Vou falar bem a verdade
Mentir n�o sou costumado
Eu n�o sou um Professor
Mas sou alfabetizado
Estudei no Interiior
Na escola de um povoado
Recebi o meu diploma
L� em casa est� guardado.
E s�o muito versos lindos iguais a esses, vale a pena conhecer...
"
Quero aqui destacar tamb�m o bel�ssimo Cururu "Man� Tibiri��" (Roque Jos� de Almeida - Bi�), gravada pelas inesquec�veis Duplas
Moreno e Moreninho
e tamb�m
"Sulino
e Marrueiro"!!!
Sobre a Letra dessa bel�ssima Composi��o, e o respectivo Personagem Folc�rico, existe um Estudo muito interessante intitulado
Anais do XXVI Simp�sio Nacional de Hist�ria � ANPUH,
que teve lugar em S�o Paulo-SP, em Julho de 2011.
Nesse interessant�ssimo Documento, de autoria de Paulo Doniz�ti Siepierski (Ph. D. em "Historical Studies", Universidade Federal Rural de Pernambuco) o Compositor � lembrado tamb�m como o Radialista que atuou em emissoras tais como a R�dio Cacique e a R�dio Emissora Vanguarda, ambas de Sorocaba-SP, apenas para citar dois exemplos!!!
De acordo com Paulo Dozin�ti,
"... O Mercado Municipal de Sorocaba-SP era, na d�cada de 1940, ponto de encontro dos Cururueiros que gravitavam ao redor da banca de ervas medicinais de Jos� de Franco Camargo, o Z� Franco.
Nessa �poca o Compositor Roque Jos� de Almeida era Apresentador de Cururu nas R�dios e um de seus patrocinadores era o Z� Franco, quem, ap�s o final dos programas recebia os Cantadores em sua banca no mercado.
Era ali que ele e Roque Jos� de Almeida planejavam n�o apenas os programas radiof�nicos como tamb�m as apresenta��es em shows dos artistas e afinavam novas composi��es.
Foi ali que nasceu 'Man� Tibiri��', cria��o de Roque Jos� de Almeida, popularizada por 'Moreno e Moreninho'.
(...)
Foi assim que os irm�os Cioffi conheceram o Compositor e Radialista Roque Jos� de Almeida. Reconhecendo na Dupla
qualidades para o Cururu, ele os apoiou compartilhando Composi��es e patrocinando shows e apresenta��es nos Programas de R�dio...
"
Clique aqui
e ou�a "Man� Tibiri��" (Roque Jos� de Almeida - Bi�), interpretada pela inesquec�vel Dupla
Moreno e Moreninho,
no Arquivo Musical postado no
YouTube!!!
E, vale lembrar tamb�m que Roque Jos� de Almeida � imortalizado em Sorocaba-SP com uma
rua que leva seu nome!!!
Algumas composi��es de Roque Jos� de Almeida:
Assombra��o (Roque Jos� de Almeida - Nh� Z�)
Bambol� de Baiano (Roque Jos� de Almeida - Le�ncio)
Boa Vontade (Roque Jos� de Almeida - Lauripes Pedroso)
Cacho de Uva (Roque Jos� de Almeida)
Casinha de A�o (Roque Jos� de Almeida - Teddy Vieira)
Castigo de Santo Reis (Moreninho - Roque Jos� de Almeida)
Castigo do Fazendeiro (Roque Jos� de Almeida - Sulino)
Deus Lhe Pague (Roque Jos� de Almeida)
Estrela da Guia (Roque Jos� de Almeida - Teddy Vieira)
Filho do diabo (Roque Jos� de Almeida - Jo�o Farah)
Foli�o Conquistador (Roque Jos� de Almeida - Riachinho)
Homem Perverso (Roque Jos� de Almeida e Sebasti�o Vitor)
Jesus Menino (Roque Jos� de Almeida - Jos� Farah)
Man� Tibiri�� (Roque Jos� de Almeida - Bi�)
Menina do Bolo (Teddy Vieira - Roque Jos� de Almeida)
Morte do Boi de Carro (Roque Jos� de Almeida - M�lton Jos�)
Mulher do Feiticeiro (Priminho - Roque Jos� de Almeida)
Namoro de Hoje (Roque Jos� de Almeida - Riachinho - Em�lio Gimenez)
N�o Sei Porque (Roque Jos� de Almeida - Francisco Lacerda)
N�o Sou Culpado (Roque Jos� de Almeida - Juli�o)
Os Grandes Nomes da Hist�ria (Pedro Bento - Roque Jos� de Almeida)
Pescador Vagabundo (Roque Jos� de Almeida - Moreno)
Produto da Cana (Roque Jos� de Almeida - Teddy Vieira)
Quem Ama Perdoa (Roque Jos� de Almeida)
Rei do Samba (Roque Jos� de Almeida)
Resposta (Roque Jos� de Almeida - Juven� - Ado Benatti)
Saudades do Passado (Roque Jos� de Almeida - Bigu�)
Sonhei que as Plantas Falavam (Roque Jos� de Almeida)
Sou Eu (Roque Jos� de Almeida)
Velho Catireiro (Roque Jos� de Almeida - Teddy Vieira)
Via Sacra no Sert�o (Roque Jos� de Almeida)
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Sulino:

Francisco Gottardi nasceu na Fazenda Santa Cec�lia, Comarca de Castilho, pr�ximo a Pen�polis-SP
no dia 10/04/1924 e faleceu em S�o Paulo-SP no dia 30/07/2005. Com apenas 6 anos de idade, j�
trabalhava na dura lida do campo, sabendo plantar, colher e cultivar qualquer tipo de cereal.
Filho e neto de Violeiros, tamb�m cantava e se acompanhava ao Cavaquinho.
Francisco era o mais velho dos sete filhos e ficou �rf�o de m�e em 1940, com 16 anos de idade e,
al�m do trabalho na ro�a, passou a ter que cozinhar e dar banho nos irm�os mais novos,
inclusive no irm�o ca�ula que tinha apenas 8 meses de vida.
No ano de 1941, seu pai se casou pela segunda vez e a fam�lia se mudou da fazenda para o
munic�pio de Castilho, onde Francisco trabalhou como carroceiro, transportando cereais das
lavouras para os armaz�ns.
Em 1942, Francisco adotou o nome art�stico de Limeira e, juntamente com Am�lio Posso, formou a
dupla
"Limeira e Limeirinha", a qual se desfez em 1945.
Francisco se casou com Leonor em 28/07/1945, com quem teve duas filhas: Isabel Gottardi Mar�al
e Ivanilde de Oliveira Gottardi. O casamento completou 60 anos dois dias antes do falecimento
de Sulino, quando este contava 81 anos de idade!
Ap�s a separa��o da dupla
"Limeira e Limeirinha", Francisco formou com Jo�o Rosante
(que nasceu em Bocaina-SP em 1916 e faleceu em S�o Paulo-SP em 1978) e com o sanfoneiro
Castelinho (que havia atuado na R�dio Bandeirantes de S�o Paulo-SP) o
"Trio Campeiro", o
qual tamb�m se desfez rapidamente. Algumas biografias mencionam que Jo�o Rosante nasceu em Ja�-SP, o
que n�o deixa de ser verdade, j� que Bocaina-SP, na �poca, era um Distrito de Jau-SP.

Francisco adotou ent�o, no mesmo ano de 1945, o nome art�stico de Sulino e teve origem a
dupla
"Sulino e Marrueiro". Jo�o Rosante, o Marrueiro, na verdade era antes o
Nin�o que havia deixado o
"Trio Saudade", do qual fazia parte juntamente com
Nininho e
Nenete).
O primeiro disco 78 RPM foi gravado em 1949 pela Copacabana, com as m�sicas "Morena de Olhos
Pretos" (Sulino - Teddy Vieira) e "Corumb�" (Teddy Vieira - Ado Benati).
Ap�s uma curta separa��o, Sulino e Marrueiro se uniram novamente em 1952, e estrearam o
programa "Brasil Caboclo" do
Capit�o Barduino
na Bandeirantes. Tr�s anos depois, passaram a fazer parte do programa "Alma da Terra",
juntamente com Nh� Serena, o humorista Saracura e o compositor
Ado Benatti,
na R�dio Tupi, tamb�m na Capital Paulista.

A partir de ent�o, Sulino come�ava a se celebrizar tamb�m como compositor e foram lan�adas
pela dupla v�rias de suas composi��es c�lebres, tais como "Abismo Cruel" (Sulino - Z� Fortuna),
"Mandamento do Chofer" (Sulino -
Ado Benatti), "Florisbela" (Sulino - Z� do Rancho), "A Volta de Curumb�" (Ado Benatti -
Sulino - Nh� Pai), "A Volta do Boiadeiro" (Sulino - Teddy Vieira), "Pe�o da Cidade"
(Sulino - Moacyr dos Santos), "O Pe�o e o Rica�o" (Sulino - Moacyr dos Santos) e "Tenho Fome e
Tenho Sede" (Sulino - Roberto Stanganelli), apenas para citar algumas.
Ap�s o falecimento do Marrueiro em 1978, Sulino chegou a formar uma nova dupla com Amarito e
juntos gravaram mais alguns discos, entre 1978 e 1982. Desconhe�o at� o momento qualquer
relan�amento em CD da dupla Sulino e Amarito.
Sulino presidiu o juri dos Festivais da R�dio Record em 1978 e foi tamb�m diretor art�stico do
Setor de M�sica Sertaneja da RGE (adquirida recentemente pela Som Livre) at� 1984. E em
1973, Sulino foi um dos fundadores do Escrit�rio Central de Arrecada��o e Distribui��o - ECAD,
institui��o que foi criada pela Lei N� 5.988/73 e mantida pela Lei Federal N� 9.610/98.
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita,
Jos� Fortuna,
Sulino, Adelino Moreira,
M�rio Zan, e
Lourival dos Santos,
por ocasi�o da posse de Adelino Moreira como Presidente Nacional do ECAD, em 1981. Lembrando tamb�m que Adelino Moreira (nascido no dia 28/03/1918 em Covelo, Portugal e
falecido no dia 09/05/2002, em Campo Grande, no Rio de Janeiro-RJ) foi um excelente Compositor "Luso Brasileiro" e Autor de Bel�ssimas Composi��es gravadas principalmente
pelo "�ltimo Bo�mio", que foi o inesquec�vel Nelson Gon�alves!!! Dentre elas, "A Volta do Bo�mio" (Adelino Moreira), "Deusa do Asfalto" (Adelino Moreira) e
"Fica Comigo Esta Noite" (Adelino Moreira - Nelson Gon�alves), apenas para citar alguns exemplos!!!
Al�m das c�lebres composi��es musicais, Sulino tamb�m escreveu diversas Pe�as de Teatro
�s quais foram apresentadas com sucesso em diversos circos pelo Brasil, dentre elas,
"Volta do Boiadeiro", "Quatro Caminhos", "Quatro Pistoleiros a Caminho do Inferno",
"Vingan�a se Escreve Com Sangue" e "Cada Bala Uma Sepultura".

E, no Hospital Bandeirantes, em S�o Paulo-SP, um infarto fulminante "transportou Sulino para o Andar de Cima", no dia
30/07/2005, quando o Compositor contava 81 anos de idade. Seu corpo foi cremado no Cremat�rio da Vila Alpina em S�o Paulo-SP.
Dois dias antes, em 28/07/2005, Sulino e sua esposa Leonor de Souza Gottardi haviam completado 60 anos de casados! Al�m
da esposa Leonor, Sulino deixou duas filhas, tr�s netos e uma neta: Isabel Gottardi Mar�al (m�e de Maur�cio Gottardi
Mar�al e Andr� Luis Gottardi Mar�al) e Ivanilde de Oliveira Gottardi (m�e de Francis Gottardi de Oliveira e Giselle
Gasparini).
Clique aqui,
veja e ou�a "Erro Judici�rio" (Sulino - Dr. Ant�nio Carlos), numa interpreta��o a cargo do pr�prio Sulino, no excelente Programa
Viola Minha Viola,
apresentado pela "Madrinha"
Inezita Barroso
e que foi ao ar pela
TV Cultura
de S�o Paulo-SP no ano de 1994. Essa bel�ssima Moda de Viola (tamb�m gravada pela Dupla
Luiz Faria e Silva Neto,)
conta a hist�ria dos Irm�os Naves que foram presos (inocentes) e barbaramente torturados at� confessar sua suposta culpa num crime que n�o cometeram. Esse
caso foi ver�dico e � conhecido como um dos maiores erros judici�rios no Brasil e ocorreu na �poca do "Estado Novo".
Algumas composi��es de Sulino:
Abismo Cruel (Sulino - Z� Fortuna)
A Boiada Do Araguaia (Sulino)
Adeus Ingrata (Fernandes - Sulino)
A Lenda Do Caipora (Sulino)
Ambi��o (Moacir dos Santos - J. Ferreira - Sulino)
Anivers�rio da Mam�e (Sulino - Nelson Gomes)
A Volta do Boiadeiro (Sulino - Teddy Vieira)
A Volta do Corumba (Ado Benatti - Sulino)
Boiadeiro de Passos (Sulino)
Boi Fuma�a (Moacyr dos Santos - Sulino)
Boi Meia Noite (Sulino - Ant�nio Maria)
Bom de Bico (Moacyr dos Santos - Sulino)
Bom Jesus de Iguape (Sulino - Teddy Vieira)
Caboclo do P� Quente (Sulino - Moacyr dos Santos)
Castigo do Fazendeiro (Sulino - Roque Jos� de Almeida)
Cidades de Mato Grosso (Sulino - Jo�o de Deus)
Cruel Desilus�o (Sulino - Nelson Gomes)
Destino Sofredor (Sulino - Jos� Fortuna)
Dia de Natal (Sulino - Corrente)
Duas Rosas (Sulino - Moacyr dos Santos)
Erro Judici�rio (Sulino - Dr. Ant�nio Carlos)
Estranho Retrato (Sulino - Teddy Vieira)
Festa No C�u (Sulino - Augusto Toscano)
Flor Cobi�ada (Anacleto Rosas Jr. - Sulino)
Flor Da Minha Alma (Sulino)
Florisbela (Sulino - Z� do Rancho)
Fui o Primeiro (Sulino - Requinto)
Gamei Por Voc� (Sulino)
Gar�a Branca (Sulino - Marrueiro)
Her�i do La�o (Sulino)
Her�i sem Medalha (Sulino)
Homenagem a Maracaju (Sulino)
Justiceiro do Oeste (Sulino)
La�o de Amor (Sulino - Jos� Fortuna)
La�o de Couro (Sulino)
La�o Justiceiro (Sulino)
M�e do Batistinha (Marrueiro - Sulino - Pedro Lopes Oliveira)
Mandamentos do Chofer (Sulino - Ado Benatti)
Menino Boiadeiro (Sulino - Moacyr dos Santos)
Mensagem de Teddy Vieira (Sulino - Toscano)
Mentira de Amor (Sulino - Z� Fortuna)
Meu Querido Sert�o (Sulino - Quintino Elizeu)
Mo�a Namoradeira (Sulino - Teddy Vieira)
Morena Dos Olhos Pretos (Sulino - Teddy Vieira)
N�o Me Diga Adeus (Sulino - Pereira - Guerrinha)
Nelore Valente (Sulino - Ant�nio Carlos da Silva)
Noite Triste (Sulino)
O Carro e a Faculdade (Sulino - Jos� Fortuna)
O Erro da Professora (Sulino - Teddy Vieira)
O Jogador de Baralho (Moacyr dos Santos - Quintino Eliseu - Sulino)
O Justiceiro (Sulino)
O Milagre da Foto (Sulino - Paulo Calandro)
Onde Estejas (Sulino - Nelson Gomes)
O Pe�o e o Rica�o (Sulino - Moacyr dos Santos)
O Pobre e o Rico (Sulino - Moacyr dos Santos)
O Que � Dela � Meu (Sulino - Roberto Becker)
Passarinho Prisioneiro (Sulino - Jos� Fortuna)
Pe�o da Cidade (Sulino - Moacyr dos Santos)
Prece � Nossa Senhora (Sulino - Nelson Gomes)
Preto e Branco (Moacyr dos Santos - Sulino)
Primeiro Filhinho (Sulino - Nelson Gomes)
Pura Verdade (Sulino - Moacyr dos Santos)
Quando A Lua Vem Surgindo (Jos� Fortuna - Sulino)
Resposta de Bombardeio (Moacyr dos Santos - Sulino)
Semente do Desprezo (Sulino - Jos� Rancheiro)
Se O Passado Voltasse (Sulino - Quintino Eliseu)
Sepultura Larga (Sulino - Roberto Stanganelli)
Tenho Fome e Tenho Sede (Sulino - Roberto Stanganelli)
Um Beijo S� (Moacyr dos Santos - Sulino)
Velho Pe�o (Sulino - Teddy Vieira)
Viola Amiga (Sulino - Quintino Elizeu)
Vizinha Fuchiqueira (Sulino - Lourival dos Santos - Moacyr dos Santos)
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Teddy Vieira:

O c�lebre compositor de �Menino da Porteira� (em parceria com
Luizinho),
Teddy Vieira de Azevedo, nasceu em Itapetininga-SP no dia 23/12/1922 e morreu em 16/12/1965, num acidente de carro na estrada, na regi�o onde nasceu. Deixou cerca de 200 composi��es de sua autoria gravadas pelos mais destacados int�rpretes da M�sica Caipira Raiz, tais como
Tonico e Tinoco,
Ti�o Carreiro e Pardinho,
Mineiro e Manduzinho e
S�rgio Reis,
apenas para citar alguns.
Teddy cursou o Prim�rio em Itapetininga e os Estudos Secund�rios na Capital Paulista. Casou-se na cidade de Andradas-MG com Am�rica Risso Azevedo (j� falecida) e, com ela teve seu filho conhecido por �Teddinho�.
Tendo sido diretor da gravadora Columbia, foi Teddy Vieira que praticamente �criou� a dupla
Ti�o Carreiro e Pardinho,
em 1956. Tamb�m respons�vel pela cria��o de
Zico e Zeca
em 1957 e foi quem tamb�m lan�ou, algum tempo depois a dupla
Liu e L�u (irm�os de
Zico e Zeca).

E foi por essa �poca, em 1955, que a dupla
Luizinho e Limeira
lan�ou pela RCA o registro
hist�rico de um dos maiores cl�ssicos da M�sica Caipira Raiz, de Teddy Vieira em parceria com
Luizinho, o cururu "Menino da Porteira" (
�Toda vez que eu viajava pela Estrada de Ouro
Fino / De longe eu avistava a figura de um menino...�), regravada in�meras vezes,
inclusive por
Tonico e Tinoco,
Ti�o Carreiro e Pardinho e
S�rgio Reis.

Vale lembrar tamb�m que na cidade mineira de
Ouro Fino
existe um Monumento dedicado ao "Menino da Porteira", no trevo de entrada da cidade na
Rodovia MG-290, erigido em homenagem � bel�ssima m�sica que fala sobre a referida cidade. Na
foto � direita, com Ricardinho, o criador desse site, em 02/05/2004.
Ainda na mesma �poca, em 1956, um outro grande sucesso de Teddy Vieira e Muibo Cesar Curi,
"Jo�o de Barro", teve sua primeira grava��o a cargo da dupla �Mineiro e Manduzinho�. Gravada
tamb�m por diversas outras duplas, "Jo�o de Barro" alcan�ou novo sucesso com a regrava��o
feita por
S�rgio Reis
na d�cada de 70, pouco tempo depois do sucesso renovado do �Menino da Porteira�, que foi,
sem d�vida um marco na carreira art�stica do
Serj�o
quando ele trocou o estilo �Jovem Guarda� pela M�sica Sertaneja.
"Pagode em Bras�lia" (Teddy Vieira � Lourival dos Santos), de 1959, foi a primeira composi��o
do g�nero �Pagode� que havia sido criado por
Ti�o Carreiro.
Essa m�sica, consagrada nas vozes de
Ti�o Carreiro e Pardinho,
fez sucesso na �poca da inaugura��o de Bras�lia. Teddy e
Lourival
foram inclusive homenageados pelo ent�o Presidente da Rep�blica Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Um acidente automobil�stico, no entanto, tirou a vida de Teddy Vieira em 16/12/1965, quando ele voltava para a Capital Paulista, ap�s ter realizado um show em Itapetininga-SP, sua Cidade-Natal. Uma semana antes do seu 43� anivers�rio...
Algumas composi��es de Teddy Vieira:
A Enxada e a Caneta (Teddy Vieira - Capit�o Bardu�no)
Amor Passageiro (Comendador Bigu� - Teddy Vieira)
A Volta do Boiadeiro (Sulino - Teddy Vieira)
Boiadeiro Errante (Teddy Vieira)
Boiadeiro Punho de A�o (Teddy Vieira - Ti�o Carreiro - Pereira)
Bom Jesus De Iguape (Teddy Vieira - Sulino)
Capelinha de Chico Mineiro (Comendador Bigu� - Teddy Vieira)
Catimbau (Teddy Vieira - Carreirinho)
Couro de Boi (Palmeira - Teddy Vieira)
Criador de Passarinho (Teddy Vieira - Bigu�)
Delicadeza (Cumpadre Juven� - Teddy Vieira)
Dona Felicidade (Teddy Vieira)
Duas J�ias (Teddy Vieira)
Estranho Retrato (Teddy Vieira - Sulino)
Faz Um Ano (Waldick Soriano - Teddy Vieira)
Goiana (Tonico - Teddy Vieira)
Goi�s Do Sul (Teddy Vieira - Jayme Ramos)
Irm�o do Ferreirinha (Teddy Vieira - Carreirinho)
Jo�o De Barro (Teddy Vieira - Muibo C�sar Cury)
Ladr�o de Gado (Teddy Vieira - Nelson Gomes)
Ladr�o de Terra (Moacyr dos Santos - Teddy Vieira)
Len�o Preto (Teddy Vieira - Laureano)
Mo�a Namoradeira (Teddy Vieira - Sulino)
Morena Dos Olhos Pretos (Sulino - Teddy Vieira)
Nove e Nove (Lourival dos Santos - Ti�o Carreiro - Teddy Vieira)
O Cavalo e a Lambreta (Arlindo Rosa - Teddy Vieira - Craveiro)
O Manto Sagrado (Teddy Vieira - Luizinho)
O Menino Ca�ador (Teddy Vieira)
O Menino da Porteira (Teddy Vieira - Luizinho)
O Milagre de Tamba� (Teddy Vieira - Palmeira)
O Mineiro e o Italiano (Teddy Vieira - N�lson Gomes)
Pagode em Bras�lia (Lourival dos Santos - Teddy Vieira)
Pe�o Do Rio Grande (Teddy Vieira - Alcino Freire)
Pescad� e Cano�ro (Benedito Seviero - Bigu� - Teddy Vieira)
Pretinho Aleijado (Teddy Vieira - Luizinho)
Preto de Alma Branca (Teddy Vieira - Lauripe Pedroso)
Preto Inocente (Teddy Vieira - Camp�o - Bento Palmiro)
Rei do Caf� (Carreirinho - Teddy Vieira)
Rei do Gado (Teddy Vieira)
Reisado (Teddy Vieira)
Rel�gio Quebrado (Teddy Vieira - Jos� Russo)
Rosa Trai�oeira (Lauripes Pedroso - Teddy Vieira - Tatu)
Roubei Uma Casada (Lourival dos Santos - Teddy Vieira)
Sagrado Of�cio (Teddy Vieira - Ado Benatti)
Santa Cruz da Serra (Benedito Seviero - Bigu� - Teddy Vieira)
Terra Roxa (Teddy Vieira - Carreirinho)
Treze De Maio (Teddy Vieira - Riach�o - Riachinho)
Triste Desengano (Z� Carreiro - Teddy Vieira)
Vai De Roda (Teddy Vieira - M�rio Zan - Palmeira)
Velho Catireiro (Teddy Vieira - Roque Jos� de Almeida)
Velho Pe�o (Sulino - Teddy Vieira)
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Ti�o do Carro:

Cantador, Violeiro e Compositor, Jo�o Benedito Urbano nasceu em Vargem Grande do Sul-SP no dia 17/01/1946 e faleceu em Campinas-SP no dia 28/02/2009.
Alguns bi�grafos citam Varginha-MG como sendo a cidade-natal de Ti�o do Carro; em entrevista ao Walter de Sousa, autor do excelente Livro "Moda Inviolada",
na p�gina 208, Ti�o do Carro menciona que
"Sou registrado no Estado de S�o Paulo. Mineiro de nascen�a e Paulista de cria��o..."
Jo�o Benedito iniciou sua Trajet�ria Musical duetando em "ter�os cantados" junto com sua fam�lia. Aos 6 anos de idade foi o "Foguetinho", cantando em Dupla
com "Faisquinha". Em 1954, com apenas 8 anos de idade, come�ou a participar do programa "Na Fazenda do Boqueir�o", na R�dio Difusora de S�o Jo�o da Boa
Vista-SP.
Em 1960, em sua adolesc�ncia, Jo�o Benedito seguiu para a R�dio Brasil de Campinas-SP. Nessa cidade, formou a dupla "Jo�o e Joca" e participou do Programa
do Rivail, durante 5 anos.
Foi com 20 anos de idade que Jo�o Benedito adotou o nome art�stico Ti�o do Carro, nome com o qual ficou conhecido como Compositor e tamb�m como Int�rprete
nas diversas Duplas que formou.
Seu primeiro disco foi um Compacto Simples de Vinil gravado em 1967, em Dupla com Piraquara, com destaque para "A Lei Da Chibata" (Jeca Mineiro).
Em 1968, Ti�o do Carro mudou-se para a Capital Paulista, onde formou dupla com Mulatinho, com quem gravou
dois LP's: "Na Boca Dos Le�es", lan�ado em 1980 pelo selo Mour�o da Porteira/K-Tel (KPL-16027), e "Nem Carro, Nem Boiada", lan�ado em 1982 pelo selo
Rancho/Polygram (2493-423). Desconhe�o qualquer remasteriza��o dos mesmos em CD.
A Dupla "Ti�o do Carro e Mulatinho" durou 16 anos e teve fim com o falecimento de Mulatinho.
"Do Mulatinho, acho que n�o me separaria nunca...",
afirmou Ti�o do Carro em entrevista ao Walter de Sousa, autor do excelente Livro "Moda Inviolada", na p�gina 209. Ti�o do Carro tamb�m considerava que
nunca tinha tido muita sorte com as diversas Duplas que formou.

Ti�o do Carro passou a cantar em Dupla com Maur�cio Moreira da Silva, o Pagodinho, natural de Londrina-PR.
Foi num restaurante da Paulic�ia Desvairada que Ti�o do Carro conheceu Pagodinho, que cantava nesse

restaurante. Desse encontro, surgiu uma grande amizade e formou-se a Dupla "Ti�o do Carro e Pagodinho" que durou 12 anos e gravou cerca de dez discos,
entre LP's e CD's. A maioria dos quais, infelizmente, fora de cat�logo.
De acordo com o "Cumpadre"
Luiz Fernando,
o Pagodinho tamb�m j� foi conhecido pelo nome art�stico de Oreco:
"... Eu conheci muito o Oreco; viajamos muito com
Zilo e Zalo,
quando o Zilo estava recuperando do derrame, ent�o o Oreco ia pra poder cantar com o Zalo, quando o Zilo n�o tava muito disposto. O Oreco
recebeu esse nome quando ainda era Palha�o de Circo (Palha�o Oreco) e depois ele deixou o Circo e foi cantar na noite em S�o Paulo-SP, at� que foi
trabalhar como M�sico num Regional num programa da Rede Vida, que o
M�rio Zan
apresentava, e foi nessa �poca que ele come�ou a gravar com o Ti�o do Carro com o nome de Pagodinho."
Ti�o do Carro tamb�m acompanhou durante v�rios anos o Criador e Rei do Pagode
Ti�o Carreiro,
tocando com ele nas grava��es de diversos discos e fazendo solos de Viola. Ti�o do Carro tamb�m gravou com
Z� do Rancho
e com
Rolando Boldrin!!!
Em 1980, Ti�o do Carro gravou o disco "Uma Viola na Saudade". Desconhe�o, no entanto, a exist�ncia de qualquer remasteriza��o do mesmo em CD.
Em 1982,
Pena Branca e Xavantinho
gravaram no disco "Um Dupla Brasileira" as composi��es de Ti�o do Carro "Prociss�o de Gado" (Jos� Caetano Erba - Xavantinho - Ti�o do Carro) e
"Can��o � Morena da Praia" (Xavantinho - Moacyr dos Santos - Ti�o do Carro). Para nossa felicidade, esse LP foi remasterizado em CD na d�cada de 1990 e
existe � venda!! � o segundo disco da inesquec�vel Dupla do Tri�ngulo Mineiro!!!
Em 1994, um ano ap�s o falecimento do
Criador e Rei do Pagode,
Ti�o do Carro participou do CD "Saudades de Ti�o Carreiro", lan�ado pela Warner Music, tocando
Viola e Viol�o e tamb�m com a participa��o de diversos artistas.

Em 1999, Ti�o do Carro gravou com
Jackson Antunes,
tendo tamb�m a participa��o de Pagodinho, o CD
"Jeit�o de Caipira", onde interpretam, entre outras, composi��es do pr�prio Ti�o do Carro,
como "Conversa de Caipira" (Ti�o do Carro) e "Francisco de Assis" (Ti�o do Carro - Jos� Caetano
Erba), al�m de "Cl�ssicos Caipiras Raiz" como "A Coisa T� Feia" (Ti�o Carreiro - Lourival dos
Santos), "Chico Mulato" (Jo�o Pac�fico - Raul Torres), "Terra Roxa" (Teddy Vieira - Carreirinho),
"Ferreirinha" (Carreirinho), "A Vaca J� Foi Pro Brejo" (Ti�o Carreiro - Lourival dos Santos -
Vicente Machado) e "Travessia do Araguaia" (Dino Franco - D�cio dos Santos).
Ti�o do Carro tamb�m formou Dupla com Talism� e com Z� Mat�o, com quem gravou, respectivamente os LP's "Mera Coincid�ncia", em 1990, pelo selo
Itaipu (GILP-666), e "Ti�o Do Carro e Z� Mat�o", pelo selo Tri-Som (LP-1031). Esse �ltimo, para nossa felicidade, foi remasterizado em CD pela
Allegretto: O CD "Cheiro de Terra" (ALCD-00135).
Ti�o do Carro, formou dupla tamb�m com o paranaense Odilon e, com ele, participou do Programa
Viola Minha Viola
que foi ao ar no dia 28/05/2003 pela
TV Cultura
de S�o Paulo, apresentado pela "Madrinha"
Inezita Barroso,
programa no qual tamb�m estiveram presentes
Pena Branca
com o conjunto "Mano V�io" e a dupla "C�sar e Paulinho". No respectivo programa, predominaram Composi��es de
Jos� Caetano Erba.

Ti�o do Carro e Odilon lan�aram seu CD pela Gravadora Tocantins (GTL-CD-230), em Setembro de 2003, com destaque para diversas Modas de Viola bem
aut�nticas, tais como "O Pintor" (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba), "O Homem e os Bichos" (Ti�o do Carro - Da Costa) e "O Cachorro e o Andarilho"
(Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba), apenas para citar algumas.

Na foto ao lado, da esquerda pr� direita, Ti�o do Carro, Ricardinho e Odilon, no dia 14/03/2004, por ocasi�o do II Encontro de Violeiros que teve lugar
no S�tio do Pau D' Alho, na cidade de Ribeir�o Preto-SP, quando tive o prazer de conhecer pessoalmente e assistir a uma excelente apresenta��o da Dupla
"Ti�o do Carro e Odilon".
E na foto abaixo, Ricardinho,
Apar�cio Ribeiro
e Ti�o do Carro, tamb�m no II Encontro de Violeiros, no dia 14/03/2004, em Ribeir�o Preto-SP:
Desfeita a Dupla, Odilon passou a cantar com o parceiro Rio Pardo (a Dupla "Rio Pardo e Odilon"), e Ti�o do Carro passou a cantar em Dupla com Adilon,
por um curto espa�o de tempo e, ao que consta, sem ter gravado nenhum CD.
A t�tulo de curiosidade, voltei e me encontrar com Odilon, mais de 5 anos depois, por ocasi�o da posse da Diretoria da ASESP, quando ele j� havia lan�ado
o terceiro CD, juntamente com seu novo parceiro Rio Pardo.
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, a Dupla "Rio Pardo e Odilon", o Compositor
Ademar Braga
e o Radialista Valdecir Matioli (que apresenta seu programa "Madrugada Especial" simultaneamente na
R�dio ABC
de Santo Andr�-SP e na
R�dio Atl�ntica
de Santos-SP, diariamente das 00:00 �s 05:00 da manh�), por ocasi�o da posse da Diretoria da ASESP - Associa��o Dos Sertanejos Da M�sica Raiz Do Estado De
S�o Paulo-SP, no Teatro da UNIP (Campus Anchieta), no dia 21/11/2009:
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Rio Pardo, Ricardinho e Odilon, tamb�m por ocasi�o da posse da Diretoria da ASESP - Associa��o Dos Sertanejos Da
M�sica Raiz Do Estado De S�o Paulo-SP, no Teatro da UNIP (Campus Anchieta), no mesmo dia 21/11/2009:

Pouco tempo depois, Ti�o formou nova Dupla com Santar�m, tendo gravado o CD "Espada Azul", pela Unimar Music (UNI186), com destaque para "Sonho de Caboclo"
(Ti�o do Carro - Ademar Braga), "Velho Comandante" (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba), "O Preto Velho e o Tico-Tico" (Ti�o do Carro - Jos� Pinto), al�m
da faixa-t�tulo "Espada Azul" (Ti�o do Carro - Ademar Braga).

No entanto, "Ti�o do Carro e Santar�m" foi a �ltima Dupla, e o CD "Espada Azul", foi o �ltimo disco desse Grande Cantador, Violeiro e Compositor, pois,
no in�cio de 2009, Ti�o do Carro foi internado na Santa Casa de Valinhos-SP, onde foi submetido a um cateterismo, o qual constatou a necessidade de uma
cirurgia que, por sua vez, seria de alto risco.
E um infarto calou a voz e silenciou a Viola de Ti�o do Carro, que passou para o "Andar de Cima" na manh� de 28/02/2009, no Hospital da PUC de Campinas-SP,
onde havia sido novamente internado...
A foto abaixo se encontra na p�gina 358 do excelente Livro de Rosa Nepomuceno "M�sica Caipira - Da Ro�a Ao Rodeio", e mostra Ti�o do Carro participando do
inesquec�vel Programa "Som Brasil", apresentado pelo
Rolando Boldrin
e que ia ao ar nas manh�s de Domingo na Rede Globo, na d�cada de 1980:
A foto abaixo, de autoria do Violeiro Pinho, se encontra na p�gina 15 da excelente
Revista Viola Caipira,
editada pelo Pinho em Belo Horizonte-MG, com uma reportagem muito boa sobre o Ti�o do Carro, feita na resid�ncia do inesquec�vel Violeiro, que na
�poca residia em S�o Paulo-SP:
Algumas composi��es de Ti�o do Carro:
A Formiguinha (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
A Loira Do Caixa (Ti�o do Carro - Jesus Belmiro)
Amigo da On�a (Z� Mulato - Ti�o do Carro)
A Mudan�a (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
A Mulher do Cachaceiro (Moacyr dos Santos - Ti�o do Carro)
A Semente (Ademar Braga - Ti�o do Carro)
A Volta do Filho (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Ba� de Saudade (Ademar Braga - Ti�o do Carro - Toni Gomide)
Braza Viva (Z� Mulato - Ti�o do Carro)
Ber�o de Espinhos (Jos� Caetano Erba - Ti�o do Carro)
Bolha de Sab�o (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Can��o � Morena da praia (Ti�o do Carro - Xavantinho - Moacyr dos Santos)
Capiau (Jos� Caetano Erba - Ti�o do Carro)
Caquinho de Saudade (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Cenas do Passado (Ademar Braga - Ti�o do Carro)
Chuva de Mulher (Z� Mulato - Ti�o do Carro)
Conversa De Caipira (Ti�o do Carro)
Cora��o de Gelo (Ademar Braga - Ti�o do Carro)
Cora��o Redom�o (Ti�o do Carro - Moacyr dos Santos)
Cord�o de Ouro (Ti�o do Carro)
Cortina Dourada (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Depois A Gente Se Fala (Ti�o do Carro - Ademar Braga)
De Que Adianta (Jos� Fortuna - Ti�o do Carro)
Dois Astros (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Dr. Cora��o (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Duelo Sem Espada (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Espada Azul (Ti�o do Carro - Ademar Braga)
Fogo da Paix�o (G. Gomes - Ti�o do Carro)
Francisco de Assis (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Garganta do Mundo (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Jo�o Corisco (Ti�o do Carro - Aleixinho)
Jo�ozinho Da Favela (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
M�e Cega (Moacyr dos Santos - Ti�o do Carro)
M�e De Carv�o (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Mala De Ouro (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Mans�o Caipira (Jos� Vitor - Ti�o do Carro)
Maxixe na Rama (Z� Mulato - Ti�o do Carro)
Meu Pai (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Meu Retrato (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Mo�a Canavieira (Jos� Caetano Erba - Ti�o do Carro)
Ninho de Andorinha (Jos� Caetano Erba - Ti�o do Carro)
O Cachorro e o Andarilho (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
O Caipir�o (Ti�o do Carro - Z� Batuta)
O Homem e os Bichos (Ti�o do Carro - Da Costa)
Onde Voc� Mora (Ti�o do Carro - G. Gomes)
O Nordestino (Ti�o do Carro - Grilo)
O Paciente da Janela (Ademar Braga - Ti�o do Carro)
O Pintor (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
O Rep�rter Andarilho (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Patrono do Infinito (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Picada de Cobra (Dom�rio de Oliveira - Meire Perce - Ti�o do Carro)
Primeira Cartilha (Ademar Braga - Ti�o do Carro)
Primeiro Brinquedo (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Primeiro Presidente (Ti�o do Carro - L�u)
Prociss�o de Gado (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba - Xavantinho)
Puro Caboclo (Ti�o do Carro - Caetano Erba)
Recado de Carreiro (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Reza Povo (Ti�o do Carro)
Sem Terra E Sem Caminho (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Sonho de Caboclo (Ademar Braga - Ti�o do Carro)
Sou Forgado (Ti�o do Carro - Z� Batuta)
Tem Gamb� No Galinheiro (Ti�o do Carro - Moacyr dos Santos)
Um Peso, Duas Medidas (Ti�o do Carro - Jos� Caetano Erba)
Vou Tentar Te Esquecer (Meire Perce - Ti�o do Carro)
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Valdemar Reis:
"Para o poeta a amizade,
� o perfume da saudade,
Que se tem quando distante;
Sem amigo e sem saudade,
O poeta na verdade,
Nem divisa o horizonte.
".
Valdemar Reis

Respeitado Poeta e Compositor da M�sica Caipira Raiz, Valdemar Alves dos Reis nasceu em
Ara�atuba-SP, no dia 08/10/1941, e reside h� v�rios anos em S�o Jos� do Rio Preto-SP, que � a cidade de sua
prefer�ncia, mais amada do que a pr�pria cidade-natal; como ele pr�prio afirma,
"Ningu�m
escolhe o lugar para nascer, mas pode perfeitamente escolher o lugar para viver (..) E
escolhi [S�o Jos� do]
Rio Preto." A foto acima � esquerda retrata Valdemar Reis
em sua resid�ncia e pertence ao seu arquivo particular.

Filho do lavrador e administrador de fazenda Ant�nio Alves dos Reis e de Dona Eulina Rodrigues
dos Reis (Do Lar), Valdemar Reis viveu sua inf�ncia numa fazenda do Interior Paulista.
Quando contava apenas 13 anos de idade, na escola em que estudava, sua professora solicitou
algumas trovas para um concurso que homenageava o Dia das M�es e, de modo surpreendente, todas
as tr�s trovas vencedoras foram de autoria do jovem estudante que da� por diante passou a
escrever versos e poesias para declamar para amigos e parentes em festinhas do Interior,
inspirado em grandes e j� renomados compositores tais como
Teddy Vieira,
Dino franco e
Jos� Fortuna,
e movido tamb�m pela saudade da inf�ncia no campo, a fam�lia e as suas ra�zes.

Podemos dizer que o Poeta cedeu lugar ao Compositor, j� que Valdemar Reis uniu seus talentos
predominantes e as letras de suas composi��es conservam o tom po�tico e delicado de seus
antigos versos, desde o tempo dos bancos escolares.

Valdemar Reis ingressou na Pol�cia Militar do Estado de S�o Paulo com apenas 19 anos de idade,
e serviu � Corpora��o de 1961 at� 1992, quando se aposentou. Desses 30 anos e 9 meses, 18 anos
foram na cidade de S�o Paulo-SP e o tempo restante no Interior Paulista.
E sua esposa Marilda Coelho dos Reis, foi Sub-Tenente Feminina tamb�m na Pol�cia Militar,
onde serviu durante 25 anos, tendo sido 15 anos na Capital Paulista e o restante em S�o Jos�
do Rio Preto-SP, para onde foi transferida por ocasi�o da cria��o da Pol�cia Feminina naquela
cidade.
Valdemar e Marilda nasceram em Ara�atuba-SP e se consideram "Rio-Pretenses de Cora��o". O casal tem
filhos paulistanos e ara�atubenses.
Sua primeira composi��o gravada foi "O Pared�o" (Valdemar Reis), nas vozes de Mato Grosso e
Mathias, no in�cio da d�cada de 1980. Algum tempo depois, a bel�ssima composi��o "Meu
Reino Encantado" (Valdemar Reis - Vicente P. Machado), passou a ser seu principal sucesso,
destacada na m�dia, e que foi gravada por Daniel e tamb�m por
Louren�o e Lourival.
Valdemar Reis calcula que j� possua um total de cerca de 340 composi��es gravadas, nas vozes
de renomados int�rpretes da M�sica Caipira Raiz, tais como
Zico e Zeca,
Liu e L�u,
Jo�o Mulato e Douradinho,
Louren�o e Lourival,
Marcos Violeiro e Adalberto,
Ramiro Vi�la e Pardini,
Daniel e Z� Camilo, Ronaldo Viola e Jo�o Carvalho, Mato Grosso e Mathias, Ir�dio e Irineu,
Eli Silva e Z� Goiano, Goiano e Paranaense,
Dino Franco e Moura� e muitos outros.
Transcrevo a seguir o Poema "Sou Quem Sou" de Valdemar Reis, escrito em S�o Jos� do Rio Preto-SP
em 30/08/1999 �s 22:00, Poema esse cuja c�pia recebi das m�os do pr�prio Valdemar Reis em
Pardinho-SP, por ocasi�o do III FESMURP - Festival de M�sica Sertaneja Raiz - que se realizou
nos dias 09 a 12/06/2005:
Sou parte de um continente
Que soma quase a metade
Sou a beleza que invade
A ternura do poente
Eu sou a prosperidade
Que orgulha muita gente
Sou grande sou imponente
Como a for�a da verdade.
Sou territ�rio banhado
Por um grande oceano
Sou por rios retalhado
Com montanhas e ch�o plano
Sou livre sou soberano
Sou por todos admirado
Sou pend�o dasabrochado
A mais de quinehntos anos.
Sou a fauna, sou a flora
Campos verdes e montanhas
Eu sou as praias que banham
Minha face a toda hora
Sou terra cujas entranhas
O diamante e o ouro afloram
Sou poesia � vida a fora
Sou a luta, eu sou a gl�ria.
Sou porta do Velho Mundo
Com um cen�rio colorido
Eu sou o gr�o mais fecundo
Germinado e j� crescido
Sou o mundo prometido
Eu sou da paz oriundo
Eu cres�o a cada segundo
Eu sou o Brasil querido.
Valdemar Reis
SICAM N�. 6834 - ECAD-MEC

Quero aqui destacar o excelente CD "Vinte M�sicas do Autor e Compositor Valdemar Reis",
produzido pela Interativa CD, sob encomenda do pr�prio Valdemar Reis, contendo o melhor de sua
obra, inclusive algumas das preferidas do pr�prio compositor, na interpreta��o a cargo de
excelentes Duplas Caipiras. O CD pode ser adquirido atrav�s de contato direto com Valdemar Reis
(ver telefones e e-mails abaixo).

Quero destacar tamb�m o �lbum Duplo "Valdemar Reis - Poemas, Modas e Viola" que � uma colet�nea de 35 Composi��es de Valdemar Reis interpretadas por
excelentes Duplas Caipiras diversas, al�m de 5 Poemas declamados pelo pr�prio Valdemar Reis. Os dois CD's s�o intitulados "Valdemar Reis e Suas Can��es
Ra�zes" e "Valdemar Reis e Suas Can��es Rom�nticas" e tamb�m podem ser adquiridos atrav�s de contato direto com Valdemar Reis (ver telefones e e-mails
abaixo).
Valdemar Reis tamb�m tem sido tamb�m presen�a constante, fazendo parte do Juri em diversos Festivais de M�sica Sertaneja Raiz que costumam ser realizados
em diversos lugares do Brasil!
Clique aqui
e conhe�a o
Site Oficial de Valdemar Reis
com sua Biografia, Discografia, Clipes, Fotos Diversas e Homenagens j� recebidas por esse excelente Compositor!
Para contato:
(17) 3233-4009
(17) 9619-3559
(17) 9619-3518
e-mail:
[email protected]
Clique aqui
e veja o
Artigo sobre o Compositor Valdemar Reis
que me foi enviado pelo Apreciador
Jos� Goularte
que reside em S�o Jos� do Rio Preto-SP. Trata-se de um artigo publicado no Jornal "Di�rio da Regi�o" de 24/10/2010 que homenageia o
excelente Compositor que escolheu a cidade de S�o Jos� do Rio Preto-SP para residir!
Muito obrigado, Jos� Goularte, por esse gesto que ajuda a preservar a Mem�ria Musical Brasileira!!!

Na foto � direita, pertencente ao arquivo particular do compositor Valdemar Reis, um verdadeiro
"Edif�cio de Jo�o de Barro", com 8 andares e o nono andar em constru��o! De acordo com
as informa��es no verso da foto, a cena foi fotografada no munic�pio de Ca�u-GO, pelo Sr.
Sebasti�o do Bar Recanto dos Violeiros de Uberl�ndia-MG, em 19/01/2004.
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, o compositor Batista dos Santos,
Ramiro Vi�la,
Ricardinho, Rivaldo Corulli (Produtor do Programa
Viola Minha Viola),
Pardini,
e os compositores Valdemar Reis e Z� Proc�pio, por ocasi�o do III FESMURP - Festival de
M�sica Sertaneja Raiz - que teve lugar na cidade de Pardinho-SP nos dias 09 a 12/06/2005:
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Valdemar Reis,
Pardini
e Ricardinho, por ocasi�o do III FESMURP - Festival de M�sica Sertaneja Raiz - que teve
lugar na cidade de Pardinho-SP nos dias 09 a 12/06/2005:
E na foto abaixo, Valdemar Reis e Ricardinho, o criador desse site, por ocasi�o do III
FESMURP - Festival de M�sica Sertaneja Raiz - que teve lugar na cidade de Pardinho-SP
nos dias 09 a 12/06/2005:
Nas duas fotos abaixo (gentilmente fornecidas pelo Compositor), Valdemar Reis participa do "Viola Em Alto Mar" que teve lugar em S�o Francisco do Sul-SC,
nos dias 06 e 07/11/2008, a bordo do Iate Joinville FII SC: Na primeira foto, Valdemar embarcando no Iate e, na segunda foto, no Chal� Su��o, onde Valdemar
pernoitou por ocasi�o do evento:
Encontrei-me novamente com o Compositor Valdemar Reis na viagem que fiz a S�o Jos� do Rio Preto-SP entre 16 e 19/03/2009.
Na foto abaixo, Ricardinho e Valdemar Reis, exibindo seus diversos trof�us, em sua resid�ncia em S�o Jos� do Rio Preto-SP, no dia 16/03/2009
(foto de autoria de minha Esposa (a Netinha)):
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Valdemar Reis, Ricardinho, Dilson Vaz Cipolli e sua Esposa Teca (Maria do Carmo das
Primas Miranda),
num momento descontra�do na resid�ncia de Valdemar Reis, em S�o Jos� do Rio Preto-SP, no dia 16/03/2009 (foto de autoria de minha Esposa (a Netinha)).
Ricardinho segura o Viol�o que pertenceu ao saudoso Moura�, que cantava em Dupla com
Dino Franco.
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita,
Z� do Cedro,
Valdemar Reis, Ricardinho e
Ti�o do Pinho,
num momento descontra�do na resid�ncia de Valdemar Reis, em S�o Jos� do Rio Preto-SP, no dia 18/03/2009 (foto de autoria de minha Esposa (a Netinha)).
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Valdemar Reis, Jo�o Campanha (Sobrinho de
Ant�nio Campanha),
Z� do Cedro,
Ant�nio Campanha,
Ricardinho e
Ti�o do Pinho,
num momento descontra�do na resid�ncia de Valdemar Reis, em S�o Jos� do Rio Preto-SP, no dia 18/03/2009 (foto de autoria de minha Esposa (a Netinha)).
Na foto abaixo, da esquerda pr� direita, Ricardinho e Valdemar Reis, em sua resid�ncia em S�o Jos� do Rio Preto-SP, no dia 18/03/2009
(foto de autoria de minha Esposa (a Netinha)):
E, na foto abaixo (de autoria de minha Esposa (a Netinha)), diversos amigos presentes no encontro descontra�do que teve lugar na casa do Compositor
Valdemar Reis, em S�o Jos� do Rio Preto-SP, no dia 18/03/2009:
Ant�nio e Jo�o Campanha,
Z� do Cedro e Ti�o do Pinho,
Valdemar Alves dos Reis Junior (Advogado, Filho do Compositor Valdemar Reis), o Radialista
Alan de Tanabi
(que apresenta seu Programa na
R�dio Clube Tanabi
de Segunda a S�bado (exceto �s Ter�as-Feiras) das 20:00 �s 22:00 e aos Domingos das 06:00 �s 08:00 da manh� - em frente, "agachado"...), al�m de Lucas e
Gustavo (amigos de
Alan de Tanabi):
Algumas composi��es de Valdemar Reis:
Amor Sincero (Valdemar Reis - Divino)
Amor Tenta��o (Valdemar Reis - Adalberto)
A Outra Metade (Valdemar Reis)
Arei�o da Saudade (Valdemar Reis - Eli Silva)
A Viola e o Cantor (Valdemar Reis - Jo�o Carlos)
Belezas N�o Se Dividem (Valdemar Reis - Liu)
Brete da Paix�o (Valdemar Reis)
Can��o de um Poeta (Valdemar Reis - Jo�o Pinheiro)
Cerveja (Valdemar Reis - Donizete)
Conselho (Valdemar Reis - Junior Hartung)
Cora��o Esta��o (Valdemar Reis - Emerson Reis)
Cora��o Que Apanha (Valdemar Reis - James)
Cortina do Mundo (Valdemar Reis - Z� Goiano)
Duplo Sentido (Valdemar Reis - Piraj�)
Esposa Fiel (Valdemar Reis - Geraldinho)
Eu Compro Essa Lua de Mel (Valdemar Reis)
Eu E A Lua (Valdemar Reis - D�lio Silva)
Fazenda Furnas (Valdemar Reis - Z� Goiano)
Festa Do Pe�o De Boiadeiro (Valdemar Reis - Z� Mat�o)
Fonte De Desejos (Valdemar Reis)
Inquilino do Mundo (Valdemar Reis - Batista dos Santos)
Jeit�o De Caboclo (Valdemar Reis - Liu)
Lamento De Um Pe�o (Valdemar Reis - Goiano)
L�ngua do Povo (Valdemar Reis - Jo�o Mulato)
Livro da Mente (Valdemar Reis - Divino)
Mans�o 430 (Valdemar Reis - Jos� Caetano Erba)
Meu Cen�rio (Valdemar Reis - Z� Goiano)
Meu Para�so (Valdemar Reis - Chico Amado)
Meu Reino Encantado (Valdemar Reis - Vicente P. Machado)
Meu Regresso (Valdemar Reis)
Meus Dois Diamantes (Valdemar Reis - Batista dos Santos)
Minha Amiga (Valdemar Reis - Rodrigues Viola)
Minhas Lembran�as (Valdemar Reis - Nilson Nunes de Freitas)
Minha Solid�o (Valdemar Reis - Piraj�)
Morena de An�polis (Valdemar Reis - Alvarenga)
Na Voz Do Vento (Valdemar Reis - Ronaldo Viola - Silviano Ramos)
No Fim Dos Tempos (Valdemar Reis - Goiano)
O Caipira Lavrador (Goiano - Valdemar Reis)
O Mesti�o (Valdemar Reis - Jaime)
O Meu Regresso (Valdemar Reis)
O Pared�o (Valdemar Reis)
O Vagalume (Valdemar Reis)
Patrono Dos Catireiros (Valdemar Reis - Fernando Basso)
Pe�o de Rodeio (Valdemar Reis)
Pergunta Ao Mestre (Valdemar Reis - Marcos Violeiro)
Por Dois Olhos Negros (Valdemar Reis - Z� Goiano)
Princesa Morena (Valdemar Reis)
Recanto Feliz (Valdemar Reis)
Recorda��o de Boiadeiro (Valdemar Reis)
Retalhos de Poemas (Valdemar Reis - Z� Goiano)
Sempre Pr� C� Da Porteira (Valdemar Reis - Divino)
Serra Molhada (Valdemar Reis - Dino Franco)
Sol Vermelho (Valdemar Reis)
Som De Viola (Valdemar Reis - Piau�)
Sonhando Com O Pantanal (Valdemar Reis - Z� Goiano)
Te Esperando (Valdemar Reis - Nilson Nunes de Freitas)
Terceira Carta (Valdemar Reis - Monterey)
T� Fora e T� Dentro (Valdemar Reis)
Touro Bandido (Valdemar Reis - Dudu da Viola)
Tropa e Boiada (Valdemar Reis - Junior Hartung)
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Zacarias Mour�o:

Compositor, Radialista e Jornalista, considerado como o principal representante musical do
Estado de Mato Grosso do Sul, Zacarias dos Santos Mour�o nasceu em Coxim-MS em 1928, onde
tamb�m veio a falecer, brutalmente assassinado, por raz�es desconhecidas, em 23/05/1990.
Encontramos nas composi��es de Zacarias Mour�o bel�ssimos
poemas que divulgam a beleza do Estado de Mato Grosso do Sul. Foi com 27 anos de idade que
Zacarias entrou no mundo art�stico, com a poesia "Brasil Caboclo".
E, pouco tempo depois, comp�s juntamente com
Goi�
o maior sucesso de sua carreira, "P� de Cedro" (Goi� - Zacarias Mour�o), M�sica que foi gravada primeiramente pela
dupla
Tibagi e Miltinho,
atrav�s da qual recebeu o Trof�u Oceania. O c�lebre "P� de Cedro" foi gravado por diversos outros int�rpretes, entre os quais,
S�rgio Reis
e tamb�m as irm�s Sul Matogrossenses
Alzira e Tet� Esp�ndola.
"P� de Cedro" tamb�m passou a ser considerada como o Hino Municipal de Coxim-MS, cidade natal de Zacarias Mour�o.
Clique aqui
e ou�a "P� de Cedro" (Goi� - Zacarias Mour�o), numa interpreta��o bastante criativa das irm�s
Alzira e Tet� Esp�ndola,
num Arquivo Musical pertencente ao site
MPB-NET.

Assim como o j� mencionado
Goi�,
Zacarias Mour�o colocou em suas diversas composi��es a saudade de sua terra natal. E
�P�-De-Cedro�, por sinal, � autobiogr�fico: Em 1939, quando contava 11 anos de idade,
Zacarias plantou uma muda de p�-de-cedro antes de sair de Coxim-MS com objetivo de estudar
na cidade de S�o Paulo-SP. Quando retornou a Coxim-MS, cerca de 20 anos depois, emocionou-se
com a �rvore j� adulta que l� existia e escreveu a bel�ssima can��o, em parceria com Goi�,
m�sica essa que se tornou o seu mais importante trabalho musical. E, desde ent�o, passou a
cultivar o sonho de transformar o local do p�-de-cedro numa pra�a p�blica.
Zacarias Mour�o tamb�m recebeu diversos pr�mios no Festival de M�sica Sertaneja da R�dio
Record de S�o Paulo.
Al�m de compositor, Zacarias Mour�o foi tamb�m radialista, tendo trabalhado na Bandeirantes,
na Excelsior (hoje CBN) e tamb�m na Nacional (hoje Globo). Na Bandeirantes, por sinal, tamb�m
foi diretor art�stico sertanejo e, com essa fun��o, descobriu v�rios novos talentos na M�sica
Caipira.
Zacarias tamb�m foi diretor art�stico e produtor de diversas gravadoras, tais como Polygram
(hoje Universal), Chantecler (hoje Warner Music) e RCA (hoje BMG).
Como jornalista, trabalhou nas revistas "Melodias" e "Moda e Viola", onde era respons�vel pela
coluna "Venenos do Zacarias".
Suas composi��es foram gravadas por renomados int�rpretes, tais como as "Primas Miranda",
"Ti�o Carreiro e Pardinho",
Irm�s Galv�o
e
Zilo e Zalo,
apenas para citar alguns exemplos.
Zacarias retornou ao Mato Grosso do Sul no ano de 1981, e passou a residir em Campo Grande,
onde trabalhou na Assembl�ia Legislativa, sem no entanto abandonar o meio art�stico.
Participou tamb�m como jurado do programa �Nossa Terra Nossa Gente�, que ia ao ar pela TV Campo
Grande, al�m do programa "Porteira Velha" que apresentava na R�dio Cultura.
"Brigava" constantemente pela Valoriza��o dos Artistas Regionais! Chegou a ser propriet�rio
da ZN Produ��es, trabalho que exerceu at� o momento em que foi misteriosamente assassinado
no dia 23 de maio de 1990.
E, com a morte tr�gica de Zacarias Mour�o, o sonho de fazer a pra�a p�blica no lugar do
p�-de-cedro passou a ser um desafio ainda maior para os amigos e familiares.

Foi erguido no local um busto em homenagem ao compositor, o que deu in�cio � constru��o
do espa�o p�blico com o qual ele sempre sonhou.
Segundo o
Coxim News,
as
Irm�s Galv�o,
que chegaram a gravar em 1975 um disco de carreira com 12 composi��es de Zacarias Mour�o
(pelo Selo Itamarati P� de Cedro, sob a dire��o de Zacarias Mour�o), n�o conseguiram segurar
as l�grimas ao visitarem o �Parque Tem�tico do Pantanal�, quando se depararam com o busto
do compositor.
E, segundo L�gia Mour�o, filha de Zacarias, num artigo no
Informativo de Express�o Popular,
a casa na qual se encontra o p�-de-cedro dever� abrigar no futuro o museu Zacarias Mour�o,
onde tamb�m repousar�o os restos mortais do c�lebre Compositor de Coxim-MS, o "Pai do P� de
Cedro".
Algumas composi��es de Zacarias Mour�o:
Alvorada de Coxim (Zacarias Mour�o - Jorge Castilho)
A Matogrossense (Zacarias Mour�o)
Amada Ausente (Goi� - Zacarias Mour�o)
Amor e Felicidade (Zacarias Mour�o - Goi�)
Copo na Mesa (Zacarias Mour�o - Goi�)
Desventura (Zacarias Mour�o - Bigu� - Z� do Rancho)
Deus Sabe O Que Faz (Zacarias Mour�o - Capit�o Furtado)
Feiti�o Espanhol (Zacarias Mour�o - Goi�)
Flor Mato-Grossense (Zacarias Mour�o)
Fui Culpado - (Zacarias Mour�o - Sebasti�o Vito)
Gangorra (Gioia Jr. - Zacarias Mour�o)
�ndia Soberana (Zacarias Mour�o - Goi�)
Juriti Mineira (Zacarias Mour�o - Goi�)
Lamento (Goi� - Zacarias Mour�o)
Luar de Aquidauana (Zacarias Mour�o - Anacleto Rosas Jr.)
N�o Me Abandones (Zacarias Mour�o - Z� do Rancho)
O Cantar da Siriema (Zacarias Mour�o - N�zio)
O Que � o Amor (Zacarias Mour�o - Waldomiro Bariani Ort�ncio)
O que Passou (Zacarias Mour�o - Pechincha)
Pecado Loiro (Zacarias Mour�o - Goi�)
P� de Cedro (Goi� - Zacarias Mour�o)
Porta-Voz do Meu Sert�o (Zacarias Mour�o)
Rinc�o Mato-Grossense (Zacarias Mour�o - Z� do Rancho)
Sonho de Caboclo (Zacarias Mour�o - M�rio Albanese)
Ternura, Amor e Paz (Zacarias Mour�o - Antonio Miranda Neto)
Triste Abandono (Goi� - Zacarias Mour�o)
Voltei Amor (Zacarias Mour�o - Trans-Cocomarola)
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Z� Paio�a:

Fernandes Bortolon, o Z� Paio�a, � natural de Tangar�-SC, onde nasceu no dia 29/06/1933 e faleceu no dia 27/03/1992 em Curitiba-PR, cidade onde viveu boa parte de sua vida,
dedicada � M�sica, ao R�dio e tamb�m ao Teatro.
Filho de Nath�lia Rana Bortolon e Jo�o Bortolon, de acordo com a
Certid�o de Nascimento
registrada no dia 30/06/1933 em Tangar�-SC.
Artista completo, al�m de excelente Poeta, Z� Paio�a foi tamb�m Declamador, Animador, Violeiro, Cantador e Ator de Teatro, o que lhe conferiu em 1958 o
Pr�mio "M�scara de Ouro", por ter sido considerado o melhor ator do ano na Capital Paranaense, cidade que Z� Paio�a escolheu para residir, ap�s o
per�odo em que morou na Capital Paulista, onde atuou durante 4 anos na R�dio Nacional e na TV Paulista Canal 5 (na �poca, a emissora paulistana ainda
n�o pertencia � Rede Globo).
Sua estr�ia no R�dio se deu na Nacional de S�o Paulo-SP (hoje R�dio Globo), ao lado da j� consagrada dupla
Tonico e Tinoco.
No R�dio, a "grande queixa" de Z� Paio�a era a exist�ncia de "
...muita gente incapaz, concorr�ncia dos apadrinhados e ordenados minguados", de
acordo com entrevista por ele concedida ao J. Pacheco na inesquec�vel Revista Sertaneja N� 19 (Ano II - Novembro de 1959).

Al�m de suas bel�ssimas Composi��es, Z� Paio�a tamb�m mostra sua voz em "Educa��o" (Tonico - Z� Paio�a) juntamente com a dupla
Vieira e Vieirinha
num de seus LP's gravados na Continental. E Z� Paio�a tamb�m declama seu Poema "A Carta Do Pracinha" (Z� Paio�a) no disco CS-333-B gravado em Mar�o de
1960 no Selo Caboclo, e tamb�m participa de uma das primeiras grava��es das
Irm�s Galv�o
que � "Canta Com A Natureza" (Roberto Stanganelli) em 1955, grava��o na qual
Roberto Stanganelli
participou solando o Acordeon e Z� Paio�a, narrando o bel�ssimo poema!

Z� Paio�a tamb�m cantou em dupla com Rancho Alegre, tamb�m Violeiro e Cantador (foto � direita), na Capital Paranaense, onde o Compositor passou a
morar a partir de Mar�o de 1957, onde tamb�m se destacou na R�dio Ting�i do Paran� e na R�dio Clube Paranaense (PRB-2).

Na R�dio Clube Paranaense, o programa matutino "Galp�o De Violeiros" era apresentado por "Oswaldinho e Vieirinha", uma das Duplas Sertanejas mais famosas
do Estado do Paran� e, com o falecimento prematuro dos dois integrantes da dupla, num acidente de tr�nsito em 1957, o comando do programa ficou com
Z� Paio�a, que j� tinha seu talento reconhecido como Poeta e Declamador Sertanejo, de acordo com o bel�ssimo site
Nosso Encontro Com Ubiratan Lustosa,
desenvolvido pelo c�lebre Radialista que � uma das maiores lendas do R�dio Brasileiro! E a foto � esquerda tamb�m faz parte desse excelente site
desenvolvido pelo Ubiratan Lustosa.

E, conforme j� mencionado, foi na cidade de Curitiba-PR, no ano de 1958, que Z� Paio�a, representando um dos mais importantes pap�is na pe�a teatral
"Seu Nome Era Joana" (que retratava a vida de Santa Joana D' Arc), foi aclamado pela cr�tica e reconhecido como o "melhor ator teatral de 1958", o que lhe
valeu o cobi�ado Pr�mio "M�scara de Ouro".
Z� Paio�a tamb�m gostava de um bom Churrasco, que era seu prato preferido. Tamb�m gostava bastante de viajar e confessava que n�o gostava muito de Futebol.
Considero uma grande injusti�a existir t�o pouca informa��o dispon�vel sobre esse Poeta que foi Z� Paio�a. Esse resumo biogr�fico s� foi poss�vel gra�as
a algumas informa��es dispon�veis no j� mencionado site
Nosso Encontro Com Ubiratan Lustosa,
e tamb�m ao e-mail enviado pelo Radialista
Ricardo Nemer
que trabalha junto com Valdomiro na programa��o de M�sica Raiz da
R�dio Caminho Seguro FM -
107,9 MHz - na cidade de Bebedouro-SP, e que me forneceu informa��es adicionais bem como algumas fotos e a reportagem da Revista Sertaneja N� 19
(Ano II - Novembro de 1959). Muito obrigado, Ricardo!!
Quero agradecer tamb�m ao Radialista
Dirceu Moretto
que contribuiu de forma bastante significativa com esse resumo biogr�fico e obteve inclusive a data correta de nascimento do Z� Paio�a, no Cart�rio
de Tangar�-SC, a partir da
Certid�o de Nascimento
do Compositor.
Dirceu Moretto apresenta seu Programa "Viola e Saudade", que vai ao ar �s Sextas-Feiras das 20:00 �s 24:00, com bastante M�sica Caipira Raiz de
Qualidade, pela
R�dio Canal 8 FM - 104,9 MHz
de Mari�polis-PR e tamb�m apresenta o "Viola e Saudade" pela
R�dio Cidade Pato Branco�PR - AM 1360 kHz,
aos Domingos das 06:00 �s 09:20 da manh�.
Muito obrigado, "Cumpadre" Nh� Dirceu!!
Quero agradecer tamb�m ao Apreciador
Marco T�lio Schneider
pelo envio de algumas fotos e precios�ssimas informa��es adicionais sobre o Z� Paio�a e tamb�m sobre a Dupla ("Seresteiro e Sertanejo") que Z� Paio�a
formou com Sebasti�o Pereira (Pai de Marco T�lio) e tamb�m sobre o Trio ("Os Trovadores Do Sert�o") que, al�m de Z� Paio�a e Sebasti�o, tamb�m contava com
o Acordeon a cargo de J�lio Bertassoni, o Julinho.
Pela preciosidade do material fornecido, fa�o quest�o de reproduzir textualmente o relato de Sebasti�o Pereira (nascido em 1930), que conviveu com Z� Paio�a
entre 1949 e 1954, quando Z� Paio�a se mudou para Curitiba-PR e Sebasti�o permaneceu em Ca�ador-SC:
"
Fernandes Bortolon, o Z� Pai��a, nascido l� pelos anos de 1930, no interior do Estado de Santa Catarina (...) Era filho de
Jo�o Bortolon e dona It�lia Bortolon, sendo que o pai era Madeireiro, na regi�o dos pinheirais, no planalto Catarinense.
Fernandes, naquela �poca era estudante na cidade de Ca�ador-SC e s� ia para a casa dos pais nos fins de semana, no interior do munic�pio, onde seu pai
tinha uma serraria.
Numa dessas datas, l� no mato como ele dizia, eu que trabalhava na serraria, onde ponteava um Viol�o velho, muito mal afinado e com umas cordas emendadas,
ele me pediu licen�a para experimentar aquela 'j�ia'
e nunca mais largou do dito peda�o de Viol�o.
Z�, ou Fernandes Bortolon, por um longo tempo, vinha para o 'mato'
com o fito de aprender dominar o arcaico instrumento. Lembro-me, como se fosse
hoje.
Num determinado fim de semana ele me aparece l� no 'mato'
, portando as novinhas seis cordas de Viol�o. Nervoso, pediu-me para que eu encordoasse e
afinasse o 'lindo'
instrumento. A titulo de brincadeira (mas era s�rio) ele disse que na pr�xima viagem traria um Viol�o novo, como presente de seu
pai, que tamb�m ficou entusiasmado com a possibilidade do surgimento de uma nova Dupla Sertaneja.
Como eu n�o tinha pai nem dinheiro, tive que me contentar com o Viol�o velho.
Nesses encontros de final de semana, eu cantava e tocava Viol�o (do meu jeito) e ali surgiu o embri�o de uma nova Dupla Sertaneja, desde j� muito
afinada que, como sempre acontece, tinha que ter um nome, ent�o surgiu a dupla 'Seresteiro e Sertanejo'
. Seresteiro era Fernandes e Sertanejo, era
eu.
(...) chegou o dia em que, por acaso, o diretor de uma esta��o de r�dio local, a R�dio Ca�anjur�, nos viu cantando num bar da cidade e nos convidou para
uma apresenta��o no audit�rio de sua emissora e ele mesmo fez diversas chamadas, conclamando a popula��o de que seria apresentado um novo Conjunto Musical,
'prata da casa'
, que at� ent�o nunca havia acontecido naquela cidade.
A apresenta��o foi um sucesso t�o grande que, na sa�da, tivemos dificuldade para deixar o pr�dio. Aquela primeira apresenta��o nos animou e, com o sucesso,
tivemos um hor�rio pr�prio naquela emissora. A partir da� 'choveram'
contratos para tocar em festas de Igreja, churrascarias e diversos convites
para todas as festinhas e bailes, em diversas localidades da regi�o.
Nessas alturas j� t�nhamos adquirido instrumentos novos: Viol�o, Viola e Acordeon. E ent�o resolvemos transformar a dupla em um trio, com o nome de
'Os Trovadores do Sert�o'
, com a seguinte forma��o: Viol�o e Canto: Fernandes Bortolon, o Seresteiro; Acordeon: J�lio Bertassoni, o Julinho; e
Viola, Viol�o e Canto, Sebasti�o Pereira, o Sertanejo.
Tudo estava correndo '�s mil maravilhas'
, em fun��o de termos um bom repert�rio, para levar alto o sucesso que conseguimos angariar em t�o pouco
tempo. As m�sicas que cant�vamos eram 'tiradas'
de um radinho movido a bateria e que s� funcionava quando n�o estivesse chovendo...
Fernandes (Seresteiro) e eu �ramos 'vidrados'
em
Tonico e Tinoco
e em muitos outros Artistas do G�nero Sertanejo. Fernandes era muito bom Cantor, muito bom Compositor e, como Declamador, estupendo!
Como Compositor escreveu lindas melodias, quase todas em parceria; como Declamador ele era simplesmente estupendo. Antes de ir ao sucesso propriamente dito,
fez est�gio na cidade de Curitiba-PR que, em pouco tempo, j� se sentia pequena para 'hospedar'
tamanho talento em uma s� pessoa. Dentro daquelas
mat�rias, ele era especialista. Ele deve ter ficado meio tonto com o sucesso que abra�ou muito r�pido.
E l� foi Fernandes, em busca do seu futuro, cognominado Z� Pai��a. E nunca retornou ao seu 'torr�o natal'
. Por alguns tempos ele nos mandava longas
cartas, as quais foram rareando, at� que terminaram, talvez em fun��o de que nos mudamos para cidade distante e perdemos o contato. Por informa��es de
terceiros, soubemos que ele tinha falecido.
"
Ainda de acordo com Marco T�lio:
"
... meu pai nasceu em 1930 e n�o se lembra com exatid�o quando Z� Paio�a nasceu, mas creio que ele tenha nascido 2 ou 3 anos antes que meu pai.
A R�dio Ca�anjur�, de Ca�ador-SC, ainda existe e talvez tenha alguns arquivos com a biografia de Z� Paio�a (...) Entusiasmado em relembrar as Hist�rias
com seu grande Amigo, ele se prop�s a escrever outros relatos da conviv�ncia com Z� Paio�a e, em breve, terei material, com mais precis�o de datas,
sobre esse Artista."
Na foto abaixo, enviada gentilmente por Marco T�lio, o Trio "Os Trovadores do Sert�o": da esquerda pr� direita, Seresteiro (Z� Paio�a), J�lio Bertassoni
(Julinho) e Sebasti�o Pereira (Sertanejo):
Na foto abaixo, enviada tamb�m por Marco T�lio, Z� Paio�a em 1952:
Valeu, Marco T�lio!! Muito obrigado por esse gesto que enriquece a Preserva��o da Mem�ria Musical Brasileira e da nossa M�sica Caipira Raiz!!
Algumas composi��es de Z� Paio�a:
A Carta Do Pracinha (Z� Paio�a)
A Madrasta (Chiquinho - Z� Paio�a)
A Viola e o Cantador (Jos� Rosa - Z� Paio�a )
Boiada (Z� Paio�a)
Cabelo de Tran�a (Tonico - Z� Paio�a)
Cart�o De Visita (Chiquinho - Tonico - Z� Paio�a)
Convite (Z� Tapera - Z� Paio�a)
Despedida de Circo (Z� Paio�a - J�lio Morais)
Deus Lhe Pague (Z� Paio�a - Joel Tavares)
Filho de Carpinteiro (Tonico - Z� Paio�a)
Fim do Baile (Tonico - Tinoco - Z� Paio�a)
Formosa Prenda (Priminho - Z� Paio�a)
M�e Preta Maria (J. dos Santos - Tonico - Z� Paio�a)
Marca Do Beijo (Tinoco - Paiozinho - Z� Paio�a)
Menina Preta (Z� Tapera - Z� Paio�a - Carlos Costa)
Menina Sapeca (L�o Canhoto - Z� Paio�a)
Minha Mensagem (Z� do Rancho - Z� Paio�a)
Mudan�a (Priminho - Z� Paio�a)
N�is e o Destino (Tonico - Z� Paio�a)
Nova Ilus�o (Cambar� - Z� Paio�a)
O Gavi�o (Z� Paio�a - Siqueira)
Olhar Feiticeiro (Z� Paio�a - Ivan Taborda)
Padre Lima de Tamba� (Tonico - Tinoco - Z� Paio�a)
Papai Noel (Z� Paio�a - Mogica)
Papai Noel Chorou (Tonico - Tinoco - Z� Paio�a)
Pranto Amargo (Z� Paio�a)
Quebrando Bolacha (Z� Paio�a)
Quer�ncia da Serra (Z� Paio�a)
Quer�ncia do C�u (Tonico - Z� Paio�a)
Risco De Espora (Waldemar - Z� Paio�a)
S�o Gon�alo do Amarante (Nenete - Z� Paio�a)
Saudade Dela (Z� Paio�a - Santana)
Serenata do Adeus (Priminho - Z� Paio�a)
Tr�s Lagoas, Minha Terra Natal (Tertuliano Amarilha - Z� Paio�a)
Vaner�o da Lua Cheia (Z� Paio�a)
Velhas Cartas (Tonico - Tinoco - Z� Paio�a)
Velho Carreiro (Tonico - Tinoco - Z� Paio�a)
Vida de Palha�o (Z� Paio�a)
Xote do Gavi�o Cheia (Z� Paio�a)
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Zica Bergami:
"Um dia levantei cantando, peguei o Viol�o e fui para o terreiro sem tomar caf�. Saiu o
Lampi�o de G�s..." (Zica Bergami)
A nonagen�ria Compositora e Desenhista, Maria Elisa Campiotti Bergami, filha de italianos, nasceu em Ibitinga-SP no dia 10 de Agosto de 1913 e faleceu na
Capital Paulista no dia 16 de Abril de 2011. Ela � por n�s conhecida, em grande parte, gra�as � excelente "Comendadora" e Pesquisadora de Folclore
Inezita Barroso,
que gravou em 1958, pela primeira vez, a sua valsa de coreto, composta em 1957, que � uma verdadeira Ode �
"S�o Paulo Antiga dos
Bons Tempos", intitulada "Lampi�o de G�s". Essa espetacular composi��o, tanto pela letra, como tamb�m pela m�sica, conferiu �
Zica Bergami o Trof�u Zequinha de Abreu em 1959.
O Cr�tico Musical Zuza Homem de Melo considera "Lampi�o de G�s" (Zica Bergami) como "a mais bela Can��o j� escrita sobre S�o Paulo".
Foi na cidade-natal de Ibitinga que o pai de Zica se fixou como imigrante italiano e trabalhador rural, tendo sido homem de confian�a do
propriet�rio da fazenda. Conhecedor de vinhos que era, foi logo incumbido de ser tamb�m provador da cacha�a produzida no local. Tal fato,
no entanto, fez dele um alco�latra, at� que um dia, ele simplesmente saiu de casa e nunca mais se teve dele qualquer not�cia...
Ao se mudar para a Capital Paulista, Zica Bergami residiu na Barra Funda e, algum tempo depois, no Bom Retiro.
Al�m de Inezita Barroso (que, al�m de "Lampi�o de G�s", tamb�m gravou "O Batateiro" (Zica Bergami)), tamb�m podemos conhecer suas
Composi��es, gra�as � iniciativa da Cantora
Zez� Freitas
que, contrariando os interesses comerciais e mega-lucrativos das principais gravadoras, presenteou-nos com o lan�amento do CD
"Zez� Freitas Interpreta Zica Bergami".

Destaque nesse CD para "Gafanhoto Chegou" (Zica Bergami), que retrata uma praga de gafanhotos
que invadiu a planta��o e a rea��o da m�e e do filho, e tamb�m para "Mato o Pato" (Zica Bergami)
que trata de modo galhardo o problema do desemprego, apesar de ter sido composta na d�cada de
50. E tamb�m o c�lebre "Lampi�o de G�s" (Zica Bergami) j� mencionado acima.

Em Outubro de 2003, visitando uma Livraria Cultural em S�o Luiz do Maranh�o, tive
a grata surpresa de "descobrir a exist�ncia" do CD "Salada de Dan�as" lan�ado pela gravadora
MCK, com 13 composi��es de Zica Bergami, interpretadas por ela mesma!! Naturalmente eu n�o poderia
jamais ter deixado de adquirir esse precios�ssimo documento e, a partir daquele momento, foi que
decidi incluir a Compositora de "Lampi�o de G�s" nessa p�gina dedicada aos "Compositores e Poetas
da M�sica Caipira Raiz". Foi tamb�m a primeira vez na qual pude obter alguma informa��o sobre
essa excelente Compositora Paulista! E a 8� faixa do CD "Salada de Dan�as" � a famos�ssima
"Lampi�o de G�s" (Zica Bergami)!
Al�m de excelente Compositora, Zica Bergami tamb�m � Desenhista Primitiva e, como tal, tamb�m
participou de diversas exposi��es, dentre elas, o "X Sal�o Paulista de Arte Moderna" (1960),
a "Primeira Mostra Contempor�nea Brasileira - EXPOFAIR - Lisboa - Portugal" (1985), e tamb�m
conquistou a Grande Medalha de Prata no "Centre International D'Art Contemporain - Paris -
Fran�a" (1984), al�m da Grande Medalha de Ouro no "Encontro de Artes Pl�sticas de Atibaia-SP".
Zica Bergami tamb�m escreveu e publicou o livro "Aonde Est�o os Pirilampos?"
Clique Aqui
e conhe�a esse excelente
Site Dedicado � Zica Bergami,
desenvolvido pela j� citada Cantora Zez� Freitas, contendo biografia, letras de suas Composi��es Musicais, al�m de desenhos,
quadros e livros dessa excelente Artista em diversos sentidos!!!
Clique Aqui
e conhe�a um artigo que homegeia Zica Bergami no Site da
Galeria Brasiliana - Arte Popular Contempor�nea.
Sem d�vida, Zica Bergami � uma Compositora que jamais pode deixar de ser mencionada na Hist�ria Musical da Paulic�ia Desvairada, assim
como os famosos compositores Paulo Vanzolini e Adoniran Barbosa. Antes mesmo de Caetano Veloso, com seu bel�ssimo "Sampa", Zica Bergami
soube captar a "dura poesia concreta das esquinas de S�o Paulo-SP" tanto no passado, como tamb�m nos dias de hoje!!
Clique nos lins abaixo e ou�a:
Gafanhoto Chegou (Zica Bergami)
Manga (Zica Bergami)
Mato o Pato (Zica Bergami)
Interpretadas pela Zez� Freitas em Arquivos Musicais pertencentes ao site
Music Express,
o qual convido o Apreciador a visitar e conhecer a diversidade de Estilos Musicais nele divulgados.
Clique aqui
e ou�a a inesquec�vel Valsa "Lampi�o de G�s" (Zica Bergami) interpretada pela
Inezita Barroso,
acompanhada pela Orquestra e Coro da R�dio Record de S�o Paulo-SP, com arranjo de Herv� Cordovil, em sua primeira grava��o (hist�rica) do Disco
78 RPM - 5890 - Lado A - Gravadora Copacabana - Gravado em Maio/1958 - do Acervo de Jos� Ramos Tinhor�o - num excelente Arquivo Musical pertencente ao
IMS - Instituto Moreira Salles,
excelente site que se preocupa com a Preserva��o de Inestim�veis Acervos Brasileiros em termos de M�sica, Fotografia, Artes Pl�sticas e Biblioteca, o
qual convido o Apreciador a visitar! Na foto � esquerda, Zica Bergami e
Inezita Barroso.
Clique aqui
e ou�a "O Batateiro" (Zica Bergami) interpretada pela pr�pria Zica Bergami, num Arquivo Musical pertencente ao
Site de Zez� Freitas Dedicado � Zica Bergami,
e que � a terceira faixa do j� mencionado CD "Zica Bergami - Salada de Dan�as".
Parab�ns, Zica Bergami!! N�o apenas os Paulistanos e Paulistas, mas tamb�m os Brasileiros
n�o podem deixar de conhecer seu Trabalho Musical, que vai muito al�m do maravilhoso "Lampi�o
de G�s"!!!
A Compositora Zica Bergami exalou seu �ltimo suspiro no dia 16/04/2011, na Cidade de S�o Paulo-SP, onde residia desde os 8 meses de idade...
Zica Bergami!!! Receba de Netinha e Ricardinho essa singela homenagem...
Algumas composi��es de Zica Bergami:
Cabral Chegou (Zica Bergami)
Ca�ador de Borboletas (Zica Bergami)
Chuvarada (Zica Bergami)
De Hora Em Hora (Zica Bergami)
D� R� Mi F� Sol L� Si (Zica Bergami)
Gafanhoto Chegou (Zica Bergami)
Lampi�o de G�s (Zica Bergami)
Manga (Zica Bergami)
Maricotinha (Zica Bergami)
Mato o Pato (Zica Bergami)
O Batateiro (Zica Bergami)
Pirilampo (Zica Bergami)
Salada de Dan�as (Zica Bergami)
S�o Paulo de Hoje (Zica Bergami)
Serenata (Zica Bergami)
Sou Bo�mio (Zica Bergami)
Tempos Passados (Zica Bergami)
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Obs.: As informa��es contidas no texto dessa p�gina s�o origin�rias dos Livros de Rosa Nepomuceno: "M�sica Caipira - Da Ro�a Ao Rodeio",
de Walter de Sousa "Moda Inviolada" e de Ayrton Mugnaini Jr.: "Enciclop�dia das M�sicas Sertanejas", al�m da
Revista "Moda e Viola" (Luzeiro Editora Ltda. - de 1976 at� 1983),
Revista Viola Caipira
(editada pelo Pinho em Belo Horizonte-MG) e tamb�m do
Site Oficial de Junior da Violla,
Site Dedicado ao Piraci,
Comitiva Sertaneja,
Recanto Caipira,
Voz e Viola
(do "Cumpadre" Cleber Toffoli de Londrina-PR),
CliqueMusic da UOL,
Museu Mazzaropi,
Dicion�rio Cravo Albin de M�sica Popular Brasileira,
IMMUB - Instituto Mem�ria Musical Brasileira,
Funda��o Joaquim Nabuco e
Instituto Moreira Salles.

Quero agradecer tamb�m �s precios�ssimas colabora��es que me foram enviadas pelo Radialista,
Produtor e Pesquisador
Maikel Monteiro
(na foto � esquerda ao lado de Ricardinho e do amigo Jos� Francisco ("In Memoriam")), que apresenta o programa
Brasil Caboclo
que vai ao ar aos Domingos �s 07:00 da manh� pela
R�dio Paran� Educativa (e-Paran�)
de Curitiba-PR (AM 630 kHz), e que conhece a fundo a trajet�ria de diversos excelentes
int�rpretes da M�sica Caipira Raiz, tais como as
Irm�s Galv�o,
Tonico e Tinoco,
Nh� Belarmino e Nh� Gabriela,
Tuta e Tota,
Jac� e Jacozinho,
Le�ncio e Leonel,
Primas Miranda,
Pininha e Verinha,
Mogiano e Mogianinho,
Abel e Caim,
Mensageiro e Mexicano,
N�zio e N�zio,
Mineiro e Manduzinho e
Luizinho, Limeira e Zezinha.
Maikel tamb�m me forneceu as precios�ssimas informa��es sobre diversos Compositores e
Int�rpretes da M�sica Caipira Raiz, al�m de esclarecimento de diversas d�vidas que ocorreram durante a
elabora��o dos diversos resumos biogr�ficos!
Muito Obrigado, mais uma vez, "Cumpadres" Maikel e Jos� Francisco ("In Memoriam")!!!
Parab�ns por esse gesto que enriquece e ajuda cada vez mais e de forma brilhante a Preserva��o
da Mem�ria Musical Brasileira!!
Ver mais detalhes e links na p�gina
Para saber mais...
onde constam as
Refer�ncias Bibliogr�ficas
e as
Refer�ncias Discogr�ficas
sem as quais a elabora��o deste site teria sido imposs�vel.

Essa "viagem de trem" pelo Interior Musical do Brasil n�o para por aqui. Pegue o "Trenzinho do Caipira",
que ele agora ir� para o Rio de Janeiro-RJ, no bairro Laranjeiras: conhe�a um pouquinho da trajet�ria desse
excelente M�sico que soube captar o melhor da M�sica Brasileira tanto nas ruas de sua cidade-natal, como
tamb�m no Folclore dos mais long�nquos rinc�es desse imenso Territ�rio Brasileiro, e que
projetou de modo espetacular o Nosso Pa�s na M�sica Erudita al�m de nossas fronteiras!
Clique aqui
e conhe�a esse Grande Compositor e Grande Brasileiro que foi
Heitor Villa-Lobos!
Ou ent�o, se voc� preferir outro compositor ou int�rprete,
clique aqui
e "pegue outro trem para outra esta��o", na
P�gina-�ndice dos Compositores e Int�rpretes.